Elkhalas escrita por Olive Silver


Capítulo 1
Uma promessa em Norh’Palladium


Notas iniciais do capítulo

Sejam bem-vindos ao meu universo ksks

Depois de muito tempo pensando e criando varias versões para a historia da minha oc, finalmente teve uma com algum processo e que realmente me agradava.

Enfim, espero que gostem. Escrevi com tudo que tenho ks


Obrigada a minha prima Gaby e minha amiga Nicloy, por me ajudarem na historia e na escrita.



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Eu não sei como cheguei nesse mundo, apenas me lembro de aparecer aqui num belo dia. Havia flores, muitas flores. Suas pétalas voavam quando o vento da brisa batia. A paisagem era linda e bem longe havia um belo oceano. O vento suave e fresco acariciava os meus cabelos castanhos e curtos, os bagunçando. Maravilhada com a bela vista acabei não aprestando atenção e notando que havia duas belas mulheres ao meu lado, sorrindo.

— Seja bem-vinda de volta Shaitan-Sama. – Elas possuíam uma aparência estranha e diferente. Uma parecia um peixe prateado em forma humana, vestia roupas de um tecido fino em tom amarelo claro, tinha longos brincos e cabelos roxos claros. A outra tinha chifres de um alce, fita roxa clara e flores nos cabelos, usava calça colada e uma blusa azul com vários símbolos.

—“De volta”...?  – Elas se olharam e depois sorriram se dirigido a mim.

— Sim, você se reencarnou Shaitan-Sama. Estamos aqui como suas novas e humildes servas. E desta vez não deixaremos que você renasça no mundo podre dos humanos...

— Faremos tudo o que suas antigas servas não puderam fazer. A partir de agora, você apenas se reencarna-rá em Eldarya.

Olhei para mim mesma, confusa. E depois de uns minutos pude entender, agora estava claro, eu me lembro.  Parecia ter sido há uns minutos atrás, eu estava prestes a morrer... Mas agora, eu estava de volta ao um corpo de uma criança e aos poucos sentia que me esquecia da forma em que morri na minha “vida passada”.  Eu não entendia o porquê, mas apenas a minha ultima memória foi esquecida enquanto a minha vida inteira permanecia intacta. Havia muitas perguntas, mas minhas companheiras recusavam a respondê-las. Porem o que me deixava ainda mais confusa, era o fato de eu conseguir lembrar do meu passado, só que apenas a minha vida anterior e não todas em si. Minhas servas não pareciam saber desse fato, talvez elas achassem que eu havia me esquecido de tudo?

Enquanto nos caminhávamos, elas me explicaram algumas coisas. Viveríamos juntas e tínhamos alguns objetivos a cumprir, mas o motivo pelo qual buscam, era um mistério para mim. Elas estavam à procura de duas coisas: A primeira; era a localização de Memória, uma ilha. E a segunda; era uma flor, a flor de Vênus.  Elas diziam que essa jornada ia ser bem difícil e complicada, mas eu em particular, ia ficar bem.  Contaram sobre os meus poderes e descreveram a aparência que eu poderia ter ao domina-los, por mais que me deixaram maravilhada e curiosa, eu ainda era muito nova para tentar usa-los. Mas o que me deixou ainda mais impressionada foi o fato de que, eu não morria por velhice.

Vários dias se passaram e eu passei a viver com as minhas duas “servas”. Por algum motivo elas nunca me falaram os seus nomes e sempre se alto chamavam de “Irma”, graças a isso decidi nome- alas. A primeira apelidei de Zoe e a outra Ariel. E pro meu desagrado elas nem me contaram que nome eu possuía nesse mundo e nem o nome da minha própria raça. Na terra, as pessoas me nomearam como Erika. Achei que elas me chamariam assim aqui também, mas elas diziam que eu deveria descartar esse nome, pois como ele foi me dado pelos humanos ele era algo podre e desonroso.  Após isso achei justo lhes perguntar o motivo do “Shaitan-Sama”, mas minha pergunta era ignorada. Decidi deduzir que era apenas um modo que elas decidiram me chamar. Não importava o quanto tempo estivéssemos juntas, parecia que elas estavam ali por obrigação, porem isso pra mim era apenas imaginação, eu estava feliz em tê-las ao meu lado. Quanto mais tempo passo com elas, mais sinto que ah algo muito mais profundo sobre tudo e sobre mim, só que nada disso poderia ser dito ou escrito.

 

Algumas semanas se passaram, nos três estávamos em mais uma busca pela flor e pela ilha. Enquanto a Zoe estava dentro de uma casa, eu estava com a Ariel do lado de fora. Estávamos em um lugar que parecia um pântano, o céu estava nublado e a brisa calma. Havia alguns mascotes na água que me roubavam toda a concentração do mundo, pra apenas observa-los. Por algum motivo eu gostava bastante de todos os tipos de mascotes, e eles sempre me tratava com carinho e eu achava isso estranho, principalmente em relação dos mais hostis. Meia hora dês de que chegamos se passaram e a Zoe finalmente apareceu.

— E então? O que ele falou? – Zoe respirou fundo, ela parecia perturbada.

— Há registro de ter a flor de Vênus em Norh’Palladium... –Um silencio tomou conta do ambiente, pude sentir a tensão entre elas.

— O que é Norh’Palladium? –Perguntei perturbada.

— Norh’Palladium é um reino minha querida. Porem ele esta em guerra com Lund’Mulhingar, outro reino, porem um reino preocupante... –Disse Ariel gentilmente, mas ainda mantendo o tom serio.

— Lund’Mulhingar é um reino de elfos conquistadores e pra conseguirmos a flor teremos que ir direto pra Norh’Palladium , que nesse exato momento, deve estar se preparando pra evacuar todos os civis. Pois os elfos iram atacar em breve.  –Zoe falou enquanto nos preparávamos pra partir. Elas me explicaram num tom tão serio que acabaram por me assustar, mas algo em mim gritava duvidosamente e graças a isso, surgiam outras duvidas.

— O que é uma guerra? –Elas me olharam assustadas e outro breve silencio surgiu. Ariel se aproximou de mim.

— Guerra é algo terrível, um conflito entre povos, e sempre que acabam elas dão origem a dor, ódio e a tristeza. Por causa das guerras que nós, você, esta aqui. Vamos trazer a paz a esse mundo e ninguém mais morrerá. –Ela me olhava com um olhar perturbador, cheio de dor e tristeza. Mas, por algum motivo tudo o que ela me disse fez surgir uma duvida e um sentimento estranho em mim. Havia mais alguma coisa quem eu tinha esquecido? Será que tinha outras coisas que eu não consegui trazer da minha vida passada, para esta? Por mais que eu tentasse não conseguia lembrar, não conseguia sentir... E mais do que qualquer coisa, isso me perturbava, sentia que algo ruim ia acontecer e que eu não estava preparada pra isso.

Partimos para Norh’Palladium e o trajeto inteiro, elas conversavam sobre o que fariam caso o elfos nos atacassem. Particularmente eu estava assustada, se guerra era algo tão horrível como elas diziam, eu não queria presenciar uma. Enquanto caminhávamos eu pude ver a cidade de longe, ela era muito grande. Possuía muros e casas com detalhes de prata e ouro. La varias bandeiras estavam postas, pude notar que o outro lado da cidade estava todo destruído. Vários soldados estavam sendo expostos e as pessoas estavam em pânico. Quando íamos entrar, Zoe me pegou em seu colo e começou a correr. Quando estávamos  no centro da cidade, ela me deixou com a Ariel e fomos ate uma loja de alquimia. Havia um homem desesperado pegando varias coisas, ele estava se preparando para ir embora.

—Precisamos de algo que você o possui. –O homem olhou para Zoe, que falava se dirigindo a ele. Desesperado ele responde:

—Não está aberto e com certeza não estará mais a partir de hoje! –Um silencio se prevaleceu por um tempo, apenas o som de vários vidros de potes que estavam sendo carregados pelo homem ecoavam pelo local. Porem, com um movimento rápido Ariel sacou uma espada e partiu pra cima do homem, por reflexo soltei um grito. A lamina estava pousada no pescoço do homem que apavorado, tremia e possuía um olhar de puro medo.

—Nos diga onde esta a flor de Vênus! Ou não vai se importar em morrer mais cedo do que os outros, do que ter uma pequena chance de fugir dessa maldita cidade?! –Disse Ariel com firmeza.

Por mais que eu tentasse, não conseguia compreender. Eu nunca as vi assim antes, isso me assustava. Um sentimento estranho me invadiu, aquele mesmo sentimento. Questionei-me novamente se havia algo que não me lembrava. Enjoada e assustada sai da loja o mais rápido possível, sem notar a presença de Zoe que me seguia.

— Shaitan-Sama! O que estava fazendo?! Sei que não esta acostumada com esses métodos, nos desculpe por isso... Mas, se não formos rápidas essa cidade será invadida conosco, com você aqui dentro! Não podemos permitir isso, não se preocupe você não nos vera mais usá-los! –Enquanto eu a ouvia falar, senti que o chão tremia, logo pude ver homens em cima de uma montanha ao longe. Eles não pareciam com os homens de Norh’Palladium. Gritei para que Zoe olhasse, mas antes que ela entendesse o que eu estava tentando dizer Ariel saiu da loja correndo, com a flor em mãos.

— O exercido de Lund’Mulhingar chegou, temos que correr! –Pega pelos braços de Ariel, o medo me domou. O que era a guerra exatamente? Porque eu estava tão assustada? Mal tive tempo de pensar em respostas quando senti um terrível barulho e poucos segundos estávamos sendo levadas pelos ares, junto com as casas e com as outras pessoas. Foi tudo tão rápido que eu não pude entender o que havia acontecido porem assim que abri os olhos, percebi um campo de força a minha volta que desapareceu aos poucos. Um pouco tonta me levantei e dei uma olhada em volta. Tudo e todos estavam destruídos, uma verdadeira ruína.  Assustada comecei a procurar pelas minhas servas, mas assim que as vi, senti uma dor tão grande, que eu desconhecia ate então. Zoe estava esmagada por destroços das muralhas e eu duvidava que ainda possuísse vida nela.  Dirigi meu olhar para Ariel e percebi que ainda respirava.

— Shaitan-Sama... C-corra...

—Não, não posso te deixar! –Desesperada tentei tiras as pedras que estavam por cima da parte inferior de seu corpo. As lagrimas rolavam pelo meu rosto e eu tremia muito.

—É inútil... Eu não sinto nada. Shaitan-Sama me escute, fuja antes que eles te encontrem. Você pode fazer a diferença nesse mundo, traga a paz pra ele. Por favor...

Por mais que eu tentasse a grande pedra não se movia, mas percebi que Ariel não estava mais nesse mundo. Comecei a chorar e gritar, porque doía tanto?! Por mais que eu quisesse antes, senti que minha pergunta havia sido respondida. Sentimentos eram as únicas coisas que não foram passadas da minha vida anterior, para essa. Eu tinha que sentir e aprender sobre eles novamente. Então finalmente entendi o que Ariel quis me dizer, no final da guerra, a dor, tristeza e o ódio... Nasciam nos corações daqueles que a presenciaram.

Com o coração apertado eu sabia o que tinha que ser feito. Naquele momento eu fiz uma promessa, trarei a paz a esse mundo e cumprirei os nossos objetivos. Me levantei ainda me sentindo um peso em meu peito, as primeiras pessoas que conheci nesse mundo e que cuidaram de mim, morreram tentando cumprir o nosso dever e me protegendo.  Por mais que eu não queria deixa-las tive que sair de la correndo em lagrimas. Eu queria que tudo tivesse valido a pena, mas nem isso foi possível. A flor de Vênus havia sido esmagada junto com a Zoe e mal serviria pra algo. Eu sempre odiarei o povo de Lund’Mulhingar e vou honrar minhas servas com tudo que posso.


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Notas finais do capítulo

Próximo capitulo em breve!