Hunting High And Low escrita por Raposinha Marota


Capítulo 1
Hunting High And Low


Notas iniciais do capítulo

Olá, caros leitores!
Agradeço de antemão pela atenção e espero que possam aproveitar a leitura como desejam.
Estória inspirada na música do A-Ha, Hunting High And Low.

Desejo-lhes uma boa leitura.

Obs: Se possível, leiam ouvindo a música. Garanto uma experiência muito interessante.



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Eu esperava vê-la novamente em meus sonhos. 

Não lembro exatamente quando eles começaram. Creio que foram poucos meses antes de abandonar a montanha. Sim... devia ter sido mais ou menos nessa época. Primeiro, eram apenas sonhos com lugares distantes, geralmente paisagens naturais exuberantes e que traziam algo que eu nunca havia sentido... Paz. Contudo, depois de algum tempo, eu conseguia sentir alguém além de mim nesses lugares. Era como uma assombração que vagava livremente pela minha cabeça. Aos poucos, era como se essa presença estivesse ao meu lado, mesmo quando acordado. Era estranho... muito estranho... Porém, eu não me sentia mal. Na verdade, era extremamente agradável. Era como se uma nova força me sustentasse para suportar meus dias naquele inferno familiar. Todas às vezes que me testavam, todas às vezes que me torturavam... todas essas vezes de profunda solidão já não eram como se eu realmente estivesse só. 

Eu podia jurar que havia realmente alguém comigo. 

Foi então que, em meus sonhos, a figura de uma mulher era visível. Eu não tive medo ou mesmo estranhei... Eu sabia que aquela mulher era a presença que me acompanhava dia após dia... Sonhando ou acordado. Eu apreciava isso com todas as minhas forças. Sim... a imagem, mesmo que borrada e sem cor, era a visão que eu almejava todas as noites. Ela sempre parecia dormir, tranquilamente, entre as flores do campo ou em qualquer outro lugar que pudesse me enlouquecer de tanta tentação. Parecia um doce sonho, pois eu tinha a certeza de que a felicidade estampava sua bela face. Nem em meus pensamentos mais selvagens e maliciosos eram tão prazerosos quanto vê-la naquela forma. Por mais que eu nunca tivesse visto seu rosto, por mais que nunca soubesse a cor de seus cabelos, eu tinha a certeza de que aquela era a minha mulher. Como muitos falam, minha alma gêmea. 

E não importava o quanto demorasse, eu a procuraria por toda parte, não havendo limites da distância que eu precisaria percorrer. 

Mas então, alguns dias antes de deixar os Zoldyck, ela abandonou meus sonhos. Eu fiquei desesperado, confuso e, acima de tudo, sofrendo uma abstinência assombrosa. Esse também foi um dos motivos para sair de casa. Queria a minha liberdade, meu próprio caminho... e encontrá-la. Não é como se ela pudesse simplesmente me enfeitiçar e escapar de mim tão facilmente. Acabou por muita coisa ter acontecido durante essa jornada. Minha falha no teste para me tornar um Caçador, encontrar grandes amigos que até me resgataram quando voltar para minha família, a busca pelo pai de Gon, a luta contra as Aranhas, o jogo da Ilha, as Formigas, a minha vez de salvar o Gon... Muita coisa aconteceu, realmente... E ela nunca mais me apareceu. Sua presença também há tempos havia sumido também, deixando-me novamente na solidão. Ela deixou-me aos pedaços e nem ao menos se desculpou. Eu já perdia minhas esperanças quando, em uma noite, podia jurar que algo repousava ao meu lado da cama. Não me atrevi a acordar, apenas apreciando as batidas de um coração alheio junto ao meu. Era ela. Eu tinha certeza. Só ela era tão angelical a ponto de fazer-me sentir tão loucamente instável. Ela era o mais puro amor que eu poderia encontrar... 

Eu já havia assumido isso há muito tempo, porém ela tinha noção do que significava amá-la? Se soubesse, talvez deixasse de brincar com meus sentimentos e deixasse de fugir dos meus braços. 

 

— Ei... Eu tenho que ir... – era a voz mais doce que eu já ouvira. 

— “Ir”? O que quer dizer com isso? – perguntei em meus sonhos e rapidamente senti como se alguém tivesse se levantado da minha cama. 

— Eu tenho que partir. Desculpa não ter feito isso da última vez. – ouvi sons de ondas ao longe e os grasnar de gaivotas. Mesmo com toda aquela escuridão do sonho, eu sentia que estava em alguma daquelas belas paisagens que ela sempre me mostrava. Por algum motivo, aquela noite não fora o caso, mas claramente havia referência ao mar. – Tenho que ir. 

 

Tentei alcançá-la e logo acabei por cair da cama em que repousava e esmaguei meu rosto contra o piso. 

 

— Killua? – ouvi o movimentar de outra cama naquele quarto e logo as luzes foram acessas. – Killua, você está bem? 

— Né, Gon... – eu não havia feito questão de me mover. – O que você faria se você se apaixonasse por alguém que nunca viu na vida? 

— Como assim? É impossível gostar de alguém assim... – ele estava confuso e eu não o culpava. – Você está estranho. Nunca ouvi você falar de alguma garota antes. 

— É verdade... – suspirei desanimado. – É complicado. 

— Talvez não seja tão complicado quanto você pensa. – a voz vinha da porta do quarto e apenas levantei a face o suficiente para encarar Minako Kurobara.

 

Ela havia se juntado a nós recentemente. Uma caçadora de recompensas muito forte e assustadora. Só sei disso depois que Gon e eu pesquisarmos mais sobre ela. E houve também uma vez que ela “lutou” ao nosso lado. Mesmo não levando a sério, ela chegou a nos impressionar. Não é à toa que muitos acreditam que seja uma lenda, até mesmo entre os mais famosos Caçadores. Minako adentrou no quarto, sem cerimônia alguma, e sentou-se sobre a minha cama. Seu pijama era simples, sendo apenas uma regata branca e um short negro. Os cabelos não estavam muito bagunçados, mas era evidente que ela estava dormindo antes de chegar ali. Com pequenos tapas ao seu lado sobre a cama, notei que esta me convidava a me sentar ao seu lado. Dei mais um longo suspiro antes de satisfazer o seu desejo. Assim que me ajeitei ao seu lado, Gon se aproximou e sentou-se sobre o chão mesmo, fixando seus olhos sobre mim. Ele estava apenas com uma bermuda verde, mas era plausível já que estava muito quente. Até mesmo eu estava apenas com uma bermuda azul escura. 

 

— Mi, realmente, é muito cruel. 

 

Rapidamente, meus olhos pousaram sobre Minako. 

 

— “Mi”? – Gon perguntou. 

— Mi Fuwa... – ela me encarou com um gentil sorriso. – Esse é o nome da pessoa que te assombra, Killua. – arregalei meus olhos em tamanha surpresa e quando abri a boca para fazer mais perguntas, ela levantou sua mão em sinal para eu não prosseguir. – Ela tem um pequeno... Bem... Um problema sério em questão de controlar seu próprio Nen quando dorme. Talvez por ela não ser muito sociável. 

— Como sabe que é ela? – não consegui segurar a minha pergunta. 

— Ela tentou me afetar também e acabei sentindo o Nen dela por alguns instantes... e há um pouco de resquício em você. – Minako se limitou a rir brevemente e logo me encarou carinhosamente. – Então... não é a primeira vez, não é? 

— Não... – eu apenas abaixei a cabeça, encarando o chão desanimadamente. 

— Ela é sua amiga, Minako? E por que ela está atrás do Killua? – Gon ainda estava perdido sobre o assunto. 

— Digamos que ela entrou uns dois anos depois que eu no exame de Caçador. Tínhamos a mesma idade e isso foi um gancho para me deixar curiosa. E tinha o comportamento dela também... Um temperamento intrigante. Nós nos demos muito bem... Pelo menos, pra mim, somos quase irmãs. Eu não a vejo há algum tempo. Acho que quase um ano. Eu creio que ela também me considera uma irmã. 

— Como ela era? – Minako sentiu minha curiosidade junto a esperança de saber mais sobre aquela que adentrava em meus sonhos e, até mesmo, em meu coração. Pude notar um brilho triste no olhar de Minako, mas logo esta sorriu. 

— De certa forma, ela se parece, e muito, com você. Era confiante, realista e não levava a sério seus oponentes. Mas a principal característica na época era a sua indiferença... Arrisco dizer, ausência de vida. Muitas vezes, eu não acreditava que estava realmente viva. Antes da prova final, eu acabei deixando minha curiosidade falar mais alto e perguntei o real motivo para estar ali. Ela me contou que fora comprada quando muito nova por uma família mafiosa. Eles queriam um peão perfeito. Um assassino perfeito. E assim ela viveu. Sofrendo teste a após teste de todas as formas possíveis para chegar até onde estava. Confesso que aquilo me chocou, mas também acabou com a minha dúvida. – não me atrevi mudar de posição. – Talvez seja parecido com o que você sofreu com sua família, Killua. – de fato. – Ela era a assassina mais fria que eu já conheci. 

— E por que ela fez o exame para virar uma caçadora? 

— Ela disse que foi uma ordem. Querendo ou não, muitos buscam as vantagens de ser um Caçador. São muitas, não é mesmo? Ela realmente teria tudo nas mãos, deixando qualquer trabalho fácil até demais. – ousei a observar Minako e estranhei quando esta dera um sorriso maldoso. – Ainda bem que eles nunca imaginaram que o tiro pudesse sair pela culatra. 

— Ela os traiu? – perguntei calmamente. 

— Sim... As cabeças deles valiam um dinheiro muito tentador. E foi uma surpresa que ela realmente entregou as cabeças para receber a recompensa. Eu ri muito com aquele humor negro. Bom... Depois disso, ela trabalhou os anos seguintes como Caçadora de recompensas. Para ela, matar era a única coisa que ela sabia fazer direito. Eu até queria protestar, mas eu concordo até hoje. Ela é, de fato, a assassina perfeita. Quem sabe, um dia, ela não se torne um ícone para outros assassinos? 

— Isso não tem graça. – respondi. 

— Eu sei que não... Mas voltando. Apesar disso, eu foquei em afastá-la desse ramo o quanto antes. Afinal, ela continuava tão vazia quanto antes. Eu queria mostrar que haviam outros caminhos. Caminhos, às vezes, que a fariam “viver” de verdade. Já fazem quase seis anos que ela parou de matar. Não totalmente, mas deixou um pouco de lado o ramo de Caçador de recompensas. Ela está mais para uma exploradora, agora. 

— Seis anos... Quantos anos você tem, Minako? 

— Vinte... Por que? 

— É que quando pesquisamos seus dados no sistema, não fala sua idade e... 

— Gon! – eu não acreditava que ele estava contando isso. 

— Ah... Pesquisaram sobre mim. – Minako não parecia incomodada. Na verdade, estava rindo. – Pareço ser mais velha? 

— Na verdade, mais nova. – Gon riu também. – Mas então... Ela está melhor depois disso? – perguntou. 

— Nunca a vi tão viva. – Minako sorriu radiante. – Vez ou outra, ela ainda caça procurados. Isso ainda é a sua natureza. Mas suas últimas descobertas deixaram o mundo inteiro assustado. Basicamente, ela recriou o conceito de “maravilhas naturais”. Acho que tenho uma revista sobre isso. Já volto. – Minako se levantou e saiu rapidamente do quarto. Gon olhou para mim e pareceu se entristecer. Muito provavelmente, eu estava demonstrando mais do que eu gostaria. Ele respeitou meu silêncio, mantendo um sorriso leve no rosto e esperamos até que Minako retornasse. Passou-se alguns minutos e logo ouvimos seus passos pelo corredor. – Encontrei. 

 

Dei mais espaço da cama para que Minako e Gon se sentasse sobre esta. Com a garota no meio, ela deixava as páginas da revista bem visíveis para nós e tenho certeza que tanto Gon como eu estávamos surpresos. Nas páginas, as mais belas paisagens eram estampadas nas folhas. Ali também havia nome do local, características de fauna e flora e até mesmo sua localização. Cada imagem era como se um sonho se tornasse verdadeiro. Foi então que liguei os pontos. Eu já havia visto todas àquelas fotos antes. A mulher dos meus sonhos havia me mostrado. 

 

— É tão lindo que nem parece real. – comentou Gon. 

— É esse tipo de trabalho que ela se dedica hoje em dia. Ela se tornou símbolo de respeito e admiração de todos os caçadores exploradores. Com seu trabalho, não só revelou que nosso mundo é belo, como o quanto a fauna e a flora são únicos nesses locais. Hoje, quase todos eles se tornaram patrimônios mundiais e alguns se tornaram reservas. 

— Realmente, é maravilhoso, não é Killlua? 

 

Eu não consegui responder Gon naquele instante. Eu estava confuso e ao mesmo tempo irritado. Por que, justamente, eu? Eu nem a conhecia. Por que ela fez isso comigo? Eram tantas perguntas, tantas dúvidas... 

 

— Ela é muito parecida com você, Killua. – Minako tornou a repetir sua frase e me chamou de volta a realidade. – Uma vez, Mi comentou um efeito colateral da sua habilidade. Lembra que eu comentei que ela não consegue controlar o Nen quando dorme? Ela disse que só afeta pessoas próximas a ela de alguma forma. No caso, eu fui a única até agora. Ela me colocou em bons sonhos todas às vezes. Pelo jeito, é isso que ela provoca. Da última vez que eu perguntei se ela afetou mais alguém, ela disse que apenas mais uma... 

 

O silêncio tomou a nossa volta por tempo o suficiente de me incomodar. Minako encarou-me intensamente. 

 

— Desde quando você sonha com ela? – foi a pergunta crucial. 

— Acho que... 4 anos, mais ou menos. – Minako deu um leve sorriso, parecendo se divertir com a informação. 

— Então foi antes de você fazer o exame de caçador comigo e com os outros? – Gon perguntou surpreso. 

— É demais. O que você viu dessa vez? 

 

Logo notei que Minako se arrependera de perguntar. Talvez meu rosto expressasse até mais do que gostaria de demonstrar. Não só ela, mas até Gon ficou preocupado. Dei um longo suspiro e fechei meus olhos. Não queria encará-los naquele momento, principalmente lhes contando sobre meu sonho. 

 

— Ela estava se despedindo. 

— Como assim “se despedindo”? – Gon se expressou. 

— Ela pediu desculpas pela outra vez... Por não ter dado um adeus. E justo agora que finalmente nos “encontramos”, ela disse que tinha que ir. – respondi ao meu amigo, sentindo a frustração contida em minhas palavras. 

— Ainda temos tempo. – Gon tentou me animar. – Se você sonhou com ela quer dizer que ela está perto, não? 

— Não é bem isso, Gon. – Minako explicou. – A habilidade de Mi não se restringe em questão de distâncias normais. Eu não sei exatamente como isso funciona, mas Mi já chegou a dizer que o alcance depende da ocasião. Geralmente coincide com a quantidade de Nen restante do dia. Mesmo assim, não podemos levar em base nisso. Querendo ou não, ela pode estar em qualquer lugar nesse momento. 

— Cara, isso não é assustador? 

— O poder dela é assustador. Manipular a mente como bem entende. Capaz de criar ilusões e reescrever memórias. Tudo bem que tem um jeito de lutar contra isso, mas é medonho... Já cheguei a lutar contra ela. 

— E? 

— Não gostaria de repetir a dose. Foi o empate mais irritante que já tive. – um longo suspiro foi dado pela jovem, demostrando seu desgosto. – Mas resumindo, entrar em sonhos é como brincadeira de criança para Mi. 

— Minako... – chamei sua atenção. Assim que seus olhos pousaram sobre os meus, eles logo pareceram ver as minhas súplicas para me ajudar. – O que eu faço? 

 

Ela parou por um tempo, provavelmente pensando em uma solução. 

 

— Não houve mais nada? – ela perguntou, incomodada. – Nenhum ruído ou imagem? 

— Agora que perguntou... Eu conseguia ouvir o mar e gaivotas grasnando. – ela se surpreendeu de imediato. 

— Ah!... – um grande sorriso tomou seu rosto e rapidamente esta apontou em uma das figuras que a revista em seu colo continha. – Que sorte a sua. O lugar é perto. 

— Sério? – levantei-me em um pulo, a fitando esperançoso. 

— Assim que sair da pousada, suba a montanha mais alta. Dali, você enxergará em algum ponto uma espécie de bacia hídrica muito bem protegida por penhascos e a vegetação local. Ali é uma praia paradisíaca descoberta por Mi. Eu até iria levá-los lá ama... 

— Obrigado. – eu agradeci às pressas, deixando o fato de estar apenas de bermuda e sai em disparada ao local indicado. 

 

Eu não tinha tempo. Eu sabia disso. Sai da pousada que estávamos e percorri a cidade em direção a montanha. A única coisa em minha mente era a vontade de vê-la. Eu estava feliz. Finalmente, as pistas de seu paradeiro mostravam sua face. Enfim, a caçada por ela estava dando frutos. Atravessei a floresta, escalei a montanha e rapidamente cheguei ao topo. Nunca imaginei que eu levaria tão pouco tempo, mas devido ao meu desespero eu já não duvidava tanto. Não é à toa que a altura nos facilita e muito nossas buscas. Apesar do vento gélido sobre meu corpo desprotegido, eu não liguei para isso. Rapidamente, lá no alto, pude encontrar a tal bacia que Minako havia falado. Não perdi tempo. Use meu poder para que meu corpo ficasse ainda mais rápido. Jogando-me montanha a baixo, as faíscas de eletricidade saíam do meu corpo a medida que me dirigia até o local. Eu precisava chegar... Precisava chegar o mais rápido possível. Quando cheguei ao penhasco, olhei para baixo, avistando uma bela praia de areia fina, água cristalina e uma fina espuma do mar se formando com as curtas e calmas ondas. O céu parecia favorecer ainda mais tamanha beleza, tomando uma tonalidade mais clara conforme o sol ameaçava-se a nascer. Não pensei duas vezes e joguei-me ao mar. A água estava quente e rapidamente nadei até a praia. Dei muita sorte de ter caído em uma área profunda e longe das rochas afiadas submersas. Assim que pus meus pés na areia macia, voltei-me para o horizonte e permiti que meu corpo pendesse para trás. Fiquei a encarar o céu perdendo as estrelas, deitado, recuperando o fôlego que eu havia perdido. Sentia meus olhos pesarem. Eu estava exausto. Apenas depois de um tempo tive forças para sentar-me. Busquei ao meu redor algum ser vivo e para a minha frustração, não havia mais ninguém ali. 

Novamente, eu estava sozinho e abandonado. 

 

— Você... 

 

Rapidamente, me levantei e voltei-me para trás. A apenas alguns passos que nos distanciavam, eu pude ver, finalmente a mulher que me fez companhia por tanto tempo; a mulher que me torturou pela vontade de tê-la... a mulher pelo qual me apaixonei incondicionalmente, sem ao menos conhecê-la realmente. Quando os primeiros raios de sol surgiram do horizonte e esquentaram minhas costas, nunca imaginei que aquela luz podia cair tão bem em uma pessoa como a visão que eu via. Os olhos de cores de brasa em um escarlate fascinantes e brilhantes me encarando... Os longos e lisos fios de seu cabelo negro repousados perfeitamente em seu corpo pequeno e delicado... Eu não pude deixar de sorrir vitorioso, com o sorriso mais sincero da minha vida. Finalmente, eu a havia encontrado. Corri em sua direção e a tomei em meus braços, em um abraço apertado para que eu tivesse certeza de que não estava sonhando. 

 

— Como você... 

— Eu te caçaria pelo resto da minha vida se deixasse. – eu a interrompi e capturei a atenção daqueles olhos em chamas. – Eu te procuraria pela eternidade só para tê-la comigo... e... – toquei seu rosto gentilmente e me aproximei de seu rosto. – Finalmente te alcancei. 

 

Meus lábios se encaixaram perfeitamente aos dela e com muita satisfação colei nossos corpos novamente, impedindo que ela fugisse mais uma vez.


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Notas finais do capítulo

Recomendo >>> Hunting High And Low: https://www.youtube.com/watch?v=5z4EbOh4-Po

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