Doce Tortura escrita por STARDUST
Era uma doce tortura. Ver lábios que ela nunca poderia beijar, pele que ela nuca poderia tocar. Do outro lado da sala, o garoto nem presta atenção, olhando alguma coisa no celular. “Ela está cantando para você, idiota” ela pensa, rolando os olhos.
Ela então olha para a garota novamente, que parece derramar a alma em forma de música. E é lindo. Ela canta como um anjo.
A música termina. Os colegas aplaudem. Quinn olha para eles, eles nem estavam prestando atenção, quanta falsidade. Ela não move um músculo, mas aplaude Rachel de pé, em sua mente.
— Por que você nunca aplaude?
Quinn é pega de surpresa após o treino das líderes de torcidas ao abrir seu carro no estacionamento para ir embora. Ela não havia notado Rachel encostada na árvore a alguns passos de distância. Leva um momento para ela processar que Rachel está realmente ali e falando com ela.
— O que?
— Quando eu canto, no clube do coral, você nunca aplaude. Os outros me aplaudem.
Quinn aperta as sobrancelhas.
— Eu não tenho que aplaudir. Talvez eu não ache que você cante tão bem ou simplesmente não sinto vontade de aplaudir, qual o problema?
Rachel continua olhando para ela.
— Nenhum. – ela diz, finalmente.
Quinn concorda com a cabeça, entrando no carro. Rachel continua lá, em pé onde estava. Quinn liga o carro, pronta para sair, mas a curiosidade e preocupação? - não, ela nunca iria se “preocupar” com a irritante da Rachel Berry, nunca mesmo - tiram o melhor dela.
— Você já não deveria estar em casa?
— Bom, meus pais disseram que viriam me pegar.
— São seis horas, já está anoitecendo...
— É, eu sei... eu estou esperando eles.
Quinn suspira. Não é da sua conta, e afinal porque ela ainda está falando com Rachel?
— Não é meio perigoso você ficar aqui sozinha?
Rachel olha para Quinn por um momento, estranhando o fato de a loira continuar a falar com ela.
— Eu não sei... eu nunca fiquei aqui até mais tarde.
Quinn olha em volta. O local está vazio a não ser por um ou outro professor que sai da escola para ir embora eventualmente.
— Tentou ligar para os seus pais pra ver se eles vão vir mesmo?
— Meu celular acabou a bateria.
Quinn olha para ela incrédula.
— Como você anda por aí com um celular sem bateria? E eu achando que a "Rachel Berry" sempre andava preparada.
Rachel franze as sobrancelhas. Quinn rola os olhos.
— E se seus pais não vierem te buscar, sei lá, se acontecer alguma coisa, o carro quebrar, o que você vai fazer, não pode ficar aqui plantada até amanhã.
— Eu não estava planejando ficar aqui até amanhã, ia esperar mais alguns minutos e se eles não chegassem eu pegava o ônibus.
Quinn sente suas bochechas corarem um pouco. Faz sentido. Rachel parecia ter tudo resolvido, ela é que estava sendo a intrometida.
— Então tá. – diz Quinn, se preparando para sair. Ela olha para Rachel brevemente antes de ir e sai. Rachel acompanha o carro com o olhar até ele desaparecer na curva.
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