Oneshots Havaianas escrita por Any Sciuto


Capítulo 59
Herói Particular




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— Eu me diverti muito esta noite, Junior. – Tani sorriu para o namorado. – Fazia tempo que eu não ia ao estande de tiros com um homem que está dormindo comigo.

— Fico lisonjeado. – Junior a beijou. – Quer ir comprar um sorvete?

— Claro, por que não? – Tani começou a retirar a carteira quando ouviu o som de uma porta abrir. – O que...?

Dois homens desceram da van e a pegaram. Um terceiro acertou um soco em Junior, o fazendo cair desacordado no chão.

— Junior! – Tani tentou se soltar, arranhando um dos homens, mas recebeu um soco e ficou inconsciente.

— Leve essa garota para dentro. – O brutamontes que parecia estar no comando gritou. – Vamos.

A van acelerou deixando Junior caído desmaiado no chão.

Steve correu entre os paramédicos e foi de encontro a Junior que estava sendo tratado. Ele estava deitado em uma maca ainda inconsciente.

— Comandante Steve McGarrett. – Ele mostrou o distintivo. – Como ele está?

— O senhor Reigns precisa ser levado para o hospital. – A enfermeira chefe disse. – Ele tem uma concussão e um hematoma no braço.

— Mas ele vai ficar bem? – Steve procurou Tani, mas não a viu. – E a garota que estava com ele?

— Foi levada. – Danno apareceu de dentro de uma das empresas. – A câmera viu o que aconteceu. Ela foi sequestrada por dois homens mascarados. Um terceiro apagou Junior.

— Quem faria isso? – Steve tinha suas suspeitas. – Temos que deixar alguém com nossas esposas e com Júnior.

— Estou fazendo isso agora mesmo. – Adam subiu na ambulância com Junior.

Steve se sentou em uma das mesas. Ele recolheu algo do chão e percebeu que era o distintivo de Tani. Ele fechou os olhos e esperou que quando a encontrassem, ela estivesse bem. Ou ele mesmo torceria os pescoços.

Tani acordou. Ela sentia uma dor excruciante na testa. Seu corpo parecia ter uma carga de eletricidade, mas ela não conseguia se mexer. Ela sentiu a corda nos pulsos e pernas assim como a mordaça feita com um lenço nos lábios.

— Bem-vinda, senhorita Rey. – O bandido no comando a olhou. – Estou feliz que não esteja morta.

Tani olhou para ele como se dissesse alguma coisa com raiva. Ela o viu chegar perto dela e retirar a mordaça.

— Eu estou louca para quebrar a sua cara. – Tani olhou para ele. – Que tipo de pessoa sequestra outra enquanto está tendo uma noite agradável?

— Tínhamos certa pressa. – Ele mostrou uma foto da equipe dela. – Eu não estou interessado em você, se ajudar. Eu estou mais interessado no seu chefe.

— Por que? – Tani se sentia na obrigação de não deixar Steve se machucar. – Pelo o que eu sei, ele não fez nada de errado.

— Não fez nada de errado? – O homem forçou a cabeça de Tani para a tela. – Ele matou meu irmão.

— Seu irmão sequestrou uma família, atirou em outras duas. – Tani sabia do caso. – Ele fugiu da cadeia, matou um guarda e um preso. Ele não era certinho. Ele assaltou um banco.

— Bem, de qualquer forma, eu quero aquele desgraçado. – Ele bateu uma foto dela enquanto estava amarrada. – Isso deve atrair Steve.

Junior acordou no hospital, sentindo a cabeça doer. Mas nada doía mais do que lembrar de ver Tani sendo raptada e não poder fazer nada.

— Que bom que você acordou. – Steve sorriu. – Eu estava preocupado com você.

— Você já a encontrou? – Junior perguntou.

— Não, mas eu sei quem a tem. – Steve se levantou. – Há um policial na porta.

— Steve? – Junior viu Steve parar e se virar. – Eu quero ir junto, por favor?

— Eu não posso te tirar daqui sem o pessoal ver. – Steve sabia que o jovem era sua versão jovem. – Precisaríamos de uma distração.

Junior e Steve trocaram olhares entre um e outro. O agente tirou os monitores cardíacos. Ele colocou suas roupas rapidamente e os dois saíram enquanto os alarmes soaram.

— Onde você está, seu doido? – Danno ligou para o amigo. – Eu entendo que Junior é a sua versão jovem, mas uma fuga do hospital não é algo legal.

— Desculpa, Danno. – Steve sorriu. – Eu só estava querendo salvar a Tani.

— Sim, eu sei disso. – Danno ligou o camaro. – Mas os dois indianas Jones não vão salvar ela sozinhos. Me passe o endereço.

— Certo. – Steve viu Junior digitando. – Esteja lá assim que a gente chegar.

Enquanto isso, Tani trabalhava nas cordas que prendiam os pulsos dela. Ela finalmente havia conseguido soltar as mãos e trabalhou rapidamente nos pés. Quando ela os soltou de uma forma que poderiam ser deixados apenas visivelmente amarrados, ela fingiu que estava dormindo.

Aquele cara realmente não sabia com quem estava se metendo. Steve havia ensinado ela a ser forte e aguentar até que o socorro chegasse, mas ela realmente estava determinada a sair sozinha.

Brian voltou com um copo de chá quente. Ele deu uma olhada na garota e se sentou de costas para ela.

Tani levantou a cabeça como uma assombração e puxou as mãos e pernas, fazendo o homem se virar rapidamente derramando o chá quente em seu genital.

Ele tentou pegar a arma, mas Tani pulou e pegou a arma.

— Eu não faria um movimento sequer. – Tani se aproximou lentamente. – Senta nessa cadeira.

O homem resolveu pegar a cadeira, mas antes que ele batesse em Tani com ela, Tani disparou quatro tiros no peito do homem, o fazendo voar para trás e cair com os olhos em choque.

A porta foi explodida e um Junior com medo entrou, afastou a arma de Tani e a beijou nos lábios.

Steve e Danno guardaram as armas deles e resolveram dar privacidade ao casal. Eles, no entanto, sorriram para a cena de amor. Eles finalmente estavam juntos e era tudo o que importava a Steve e Danno.

— Desculpe interromper. – Steve os viu soltar os lábios. – Mas eu realmente acho que é hora de chamarmos a perícia aqui e você, Tani precisa de um médico.

— Nada que uma gaze e um band-aid não resolva, chefe. – Tani sorriu. – Ele morreu, certo?

— Sim, os quatro tiros no peito deixam pouco para discordar. – Steve sorriu. – Mas vamos. Eu quero que os dois fiquem duas semanas de folga e sem discussão.

— Não vamos discutir. – Tani sorriu e beijou Junior. – Assim eu posso cuidar dele.

— E eu cuidar dela. – Junior olhou para o homem morto. – E nunca enfurecer ela.

Steve estava tomando uma cerveja com Danno quando Anna apareceu e o beijou. Ela e a pequena Angélica ficaram em segurança total enquanto descobriam o que havia rolado. Mas agora, elas tinham voltado para casa.

— Eu senti sua falta. – Anna beijou Steve. – E nossa pequena também.

— Mal posso esperar para ver ela. – Steve pegou a carteira e deixou algumas notas. – Este dinheiro é a rodada dessa noite e mais uma gorjeta.

Danno sorriu com o fato, sabendo que Steve iria lhe fazer poupar alguns dólares.


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