Steve atravessou o corredor do hospital correndo carregando sua esposa nos braços. Faziam menos de dois anos que eles haviam casado e infelizmente não haviam conseguido ter filhos.

E agora, Ana estava morrendo.

O último caso que a Five 0 trabalhou fez múltiplas vítimas e o assassino atingiu a esposa de Steve de cima de um prédio. Ele não conseguiu esperar a ambulância e a levou direto para o hospital.

— Comandante McGarrett, por favor, nos deixe trabalhar. – O médico impediu Steve de seguir a esposa. – Vamos lhe dar notícias.

Então ele ficou sentado na sala de espera. Danno entrou no corredor e se sentou ao lado dele, dando um copo de café bem quente.

— Ela vai ficar bem. – Ele garantiu ao amigo. – Ela é uma lutadora.

Steve se levantou e Danno o seguiu. Entrando na silverado azul, os dois foram em busca do homem que atirou em Ana.

Depois de quase quatro horas perseguindo alguém, Steve sentiu o celular tocar.

— Alô? – Ele sabia que era do hospital.

— Senhor McGarrett? Meu nome é Esther, sou enfermeira aqui no hospital do exército onde sua esposa está internada. – A mulher tinha um som triste. – Você precisa saber uma coisa.

Steve se sentou, colocando as mãos no rosto. Ele mal podia acreditar no que estava ouvindo. Ana havia perdido muito sangue e estava fraca demais. Seria um milagre se ela durasse mais do que 24 horas.

Trazendo um buque com as flores favoritas dela e Eddie ao seu lado, Steve entrou no quarto da esposa. Ela estava acordada, mas estava cada vez mais chegando ao fim.

— Steve? – Ana disse fracamente. – É você, querido?

— Sou eu amor. – Steve fez sinal para que Eddie ficasse ao lado dele. – Trouxe nosso cão junto.

— Desculpe por não conseguir te dar um filho. – Ela suspirou um pouco. – Eu achei que teríamos mais tempo.

— E nós vamos, querida. – Steve estava chorando abertamente. – Nós temos uma reserva. Você precisa ficar boa. Não vai me dar um cano, não é?

— Não. – Ana estava indo embora lentamente. – Eu não vou.

Uma lagrima desceu pelo rosto dela e seu coração parou completamente. Steve ficou olhando para a mulher, completamente morta. Ele sabia que agora era uma questão mais do que pessoal.

Eddie começou a ganir de tristeza e Steve permitiu que a equipe de enfermeiros cuidassem de sua esposa. Ele saiu do quarto e escorregando pela parede, começou a chorar.

Danno ouviu a notícia e desligou o telefone. Tani e Junior começaram a chorar enquanto Lou tentou ficar sério por dentro, mas falhou.

Entrando no hospital, Danny ficou no chão ao lado de Steve. Ele deixou o lado machão e abraçou o amigo. A dor que ele estava sentindo era uma coisa que parecia ser um parente dele.

Olhando para o corpo da mulher de Steve, Noelani estava em dúvida sobre fazer uma autópsia. Ela precisava da bala para achar o assassino, mas iria pedir a Steve antes de tudo.

— Sinto muito pela sua perda, comandante. – Noelani falou. – Eu preciso do projetil que está dentro dela.

— Eu sei. – Steve beijou pela última vez os lábios da esposa e cobriu a cabeça. – Eu sempre, sempre vou te amar.

Retirado o projetil foi retirado e Noelani liberou o corpo de Ana para a casa funerária. O último desejo dela era ser enterrada ao lado da mãe no cemitério das forças armadas.

Por um acaso do destino, ela estava enterrada ao lado de John, o pai de Steve.

Steve estava se vestindo para o velório mais doloroso de sua vida. Depois de seu pai, de sua tia Deb e de Joe, o velório de Ana seria um dos piores de sua vida. Ele escolheu um vestido de verão que ela amava.

Entrando no lugar, ele viu Chin e Kono por lá. Ambos vieram lhe dar abraços e Sarah lhe deu um também. Havia um clima péssimo por lá.

A hora do enterro foi pior ainda. Steve quase não conseguiu ficar em pé de tanta dor e sofrimento que tinha.

Dois dias e ninguém havia encontrado o assassino. Steve se tornou obsessivo com o caso e finalmente encontrou algo sobre o homem que matou sua esposa. Deixando um bilhete para Danno, Steve saiu com sua arma e umm objetivo: Matar Scott McGregor.

Scott era um homem perturbado e que seguia a equipe Five 0 há quase um ano. Ele conseguiu a arma e atirou em Ana, sabendo que isso faria Steve finalmente se mexer. Ele estava em sua casa no momento em que um tiro soou pela janela. Pulando de sua cadeira, Scott sabia que Steve finalmente havia vindo para ele.

Steve começou a disparar uma série de balas pela janela. Sentindo a raiva fluir e sair na forma dos tiros. Ele estava pronto para matar ou morrer.

— Finalmente nos encontramos, comandante. – Scott gritou do telhado. – Sinto muito pela sua perda, mas a culpa é toda sua. Você continuou a vir atrás de mim.

— Você deveria ter vindo atrás de mim. – Steve gritou. – Ana era completamente inocente! Ela estava grávida!

Finalmente Steve deixou a verdade sair e ele sabia que Scott daria risada disso.

— Bem, é uma pena. – Scott apontou a arma para Steve. – Você vai estar com ela logo.

Steve finalmente sabia o que fazer. Deixando o dedo preso no gatilho ele deixou a arma ser descarregada no homem. Vendo o corpo dele despencar do telhado, Steve foi até Scott e deu mais dois tiros na cabeça. Ele estava finalmente em paz.

— Steve! – Danny correu para ele. – O que aconteceu?

— Ele tentou me matar. – Steve olhou para o amigo, cheio de sangue. – Eu tive que atirar.

Danno apenas assentiu, sabendo que Steve precisava de uma conclusão. Ele colocou o amigo em seu camaro depois de chamara polícia e a legista. Minutos depois, o lugar ficou cheio de policias e cientistas forenses.

Voltando para ver Steve, Tani o encontrou dormindo no camaro pela primeira vez em uma semana. Danno levou Steve para uma consulta com um amigo no hospital trippler e foi incumbido de cuidar de Steve.

Eddie veio receber Steve e Danny o obrigou a se deitar enquanto ele faria comida e os serviços de casa.

Entrando no quarto, Steve olhou para a foto de casamento dele e de Ana no porta retratos da cômoda. A realidade bateu e ele finalmente quebrou. Danno ficou ao lado dele, se mudando para a casa dele.

— Ela estava grávida. – Steve falou assustando Danno. – Eu encontrei um teste de gravidez debaixo de algumas roupas dela.

— Eu sinto muito. – Danno olhou para o amigo. – Não vou lhe dizer que vai superar isso rápido porque não vai. Mas você precisa saber de uma coisa. Ela te amava demais.

— Você quer vir morar comigo? – Steve olhou para Danno. – Não quero ficar sozinho.

— Tem sorte de eu ser seu amigo. – Danno sorriu e brindou.

Apesar da dor de perder sua esposa não diminuir, Steve aprendeu que não importava o que fizesse, Ana sempre estaria em seu coração, mente e casa. Ele não seria um viúvo que viveria em luto. Ana não iria querer isso.

Ele nunca mais se apaixonou por outra mulher como era por Ana. Eventualmente ele encontrou uma nova mulher, mas nunca a amou quanto ele amava a primeira.