Pov Damon

Edward se aproximou devagar. Que cara chato! Se parece com meu irmão: todo cheio de princípios. Ele se aproximou o suficiente para podermos nos encarar melhor. Se ele a quer, é melhor saber no que está se metendo.

“Não vou falar. Quero lhe mostrar algumas coisas.” Ele assentiu e eu comecei lhe mostrando algumas imagens enquanto narrava, perdido em minhas memórias. “A mais de um século e meio atras, bruxos caçavam vampiros. Nosso veneno, nossa pele, nossos dentes, tudo eles aproveitavam. Eramos raros e viviamos escondidos. Os Volturi começaram a desafiar os bruxos e se deu uma guerra sangrenta e silênciaosa. Por fim, foi feito um acordo entre bruxos e os Voltures. Caçar vampiros virou ilegal e caçar bruxos virou pena de morte aos Volturi. Assim se passou até alguns anos atrás, quando Voldemort começou a matar vampiros, assim como seus seguidores. Até mesmo o Ministério da Magia fracassou ante o poder dele. Os Volturi não puderam fazer nada, preferiram se esconder de um inimigo tão poderoso. Sorte nossa que Voldemort não dava importância a nós. Incentivava a matança de vampiros, mais ele mesmo estava mais interressado em matar humanos trouxas. Um grupo de bruxos chamado Ordem da Fênix lutou bravamente contra o mal e os pais da Izy lutaram juntos. Quando Voldemort caiu, o trato entre bruxos e vampiros voltou e tudo ficou calmo de novo.”

 “Eu conheci Alvo Dumbledore, padrinho da Bella, na luta contra Você-sabe-quem. Ele salvou minha vida, quando um Comensal da Morte ia me matar. Lutei contra ele ao lado de Alvo e quando tudo acabou, nos tornamos amigos. Depois de ter salvo a Izy, me senti na obrigação de protegê-la, primeiro por Alvo, depois por ela, e sigo assim desde então”.

“Voldemort voltou e com ele o caos. Bruxos desesperados fugindo, se escondendo, com medo de tudo e de todos. Izy ficou um bom tempo trancada em casa enquanto seus pais lutavam, eu tive pena dela e a trouxe pra cá. Eu procurei por um lugar distânte e tranquilo. Izy viu seu padrinho cair de uma torre, viu seus amigos morrerem e serem perseguidos. Ela precisa de paz. Por ser filha, afilhada e amiga de quem é, ela é uma garota que está em perigo.”

Edward ouviu tudo em silêncio, torcendo o nariz quando eu motrei Izy triste depois da morte de Alvo. Ela ficou catatônica por horas, até que eu lhe dei uma sacudida de leve. Ela me olhou atônita e começou a chorar. Depois se recuperou mais rápido e começou a comer e falar de novo.

-Ela tem que ser protegida. Não vou deixar nada ameaçá-la –Edward disse. Franzi o cenho e ri. Ele pensa que ela é fraca.

Mostrei ela correndo de Aragoge, a aranha gigante do Hagrid, se esquivando da Nagini, o basilisco de Voldemort, dando um soco em Malfoy, minha cena preferida, lutando contra um comensal em Hogwarts. “Vê, ela não é tão fraca quanto pensas, mas nos somos fracos ante ela.” Edward revirou os olhos, então eu mostrei o que os bruxos andam fazendo conosco e ele ficou tenso. “Izy não brincou quando disse que o mundo dela é perigoso pra nós. Se você a ama e quer ficar com ela tem que estar disposto a correr riscos.”

Edward concordou com um aceno de cabeça. Ele estava prestando total atenção em mim. “Acho que você deve ver algo”- pensei pra ele. Mostrei então cenas de bruxos lutando. Queria que ele estvesse preparado para protegê-la. Quando eu mostrei a última luta entre mim e Izy, ele gruniu. Eu ri dele. Quê imbecil! Com ciúmes do passado meu e da minha amiga. Pensei em mim beijando-a e levando-a pra cama. Ele pulou em minha direção e eu me esquivei por pouco, rindo muito. Ele percebeu minha mentira e bufou.

-Se eu tivesse te matado, você não poderia reclamar. –ele disse.

-Se nem uma bruxa conseguegue, você mesmo que não.

-Vou ficar aqui de guarda.

-Ótimo! Vou ver meu irmão amanhã e quero que você tome conta dela. Vai ser muito sacrificante pra você? -perguntei irônico.

-Tchal Damon. –ele disse me espusando.

Dei um sorriso torto e corri pra longe dele. Stefan me ligou hoje e disse que não foi só a mãe da Ana que saiu da tumba. Agora há uma horda vampiros lá. Suspirei cansado mentalmente. Izy tem seu protetor. Acho que posso me dar ao luxo de cuidar dos meus problemas agora.