Depois daquela dança escrita por ChattBug


Capítulo 10
A entrega


Notas iniciais do capítulo

Olá! Aqui está o último capítulo dessa fanfic e, não se preocupem, terá continuação. Como falei antes, iria explicar um pouco mais sobre isso.
Bom, essa história será dividida em três partes porque, como perceberam, essa aqui foi bem focada na Marinette, a próxima terá um pouco mais sobre o Adrien e a última será… diferente. E aí eu achei que, se fizesse uma única fanfic com trinta capítulos daria a impressão que esqueci alguém hahah! Mas a próxima fanfic será uma continuação direta dessa aqui, só que mais focada no Adrien.
Muito obrigada por todos os favoritos e comentários, vocês são incríveis! Nas notas finais, vou falar um pouco mais sobre a parte dois.
Enfim, já falei demais aqui hahah! Boa leitura, espero que vocês gostem.



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Marinette caminhava pelos corredores do Colégio Françoise Dupont sentindo seu coração acelerado. Era como se, a qualquer minuto, o receptor de suas cartas fosse aparecer e descobrir tudo: sua paixão por ele, sua descoberta sobre o amor secreto dele e a verdadeira identidade da heroína mascarada de Paris. Pela primeira vez, a menina sentiu que aqueles poemas poderiam mudar muita coisa e foi tomada por um frio na barriga que, ao poucos, percorreu todo o seu corpo. Agora, com a mente imersa em inúmeras incertezas, ela começava a recordar a preocupação de Tikki. Sabia que a kwami tinha um pouco de razão e que era extremamente egoísta da parte dela revelar sua identidade tão protegida durante todo aquele tempo  somente para conquistar o amor de Adrien. "Será que estou tomando a decisão certa?", pensou. Estava tão perdida em seus devaneios que nem se deu conta de que tinha passado direto por sua sala. Quando notou que iria entrar em outra classe, ela voltou para o local onde deveria ter ido antes, encontrando seus colegas. Mas não foi neles que seus olhos se fixaram. Assim que encarou seu amado, todas as incertezas que tinha em relação à entrega das cartas pareceu sumir. O garoto com os olhos verdes a fazia perder a razão, ela reconhecia isso.

As aulas passaram extremamente devagar para a menina, que mal conseguia esconder a ansiedade que antecedia o fim de seus segredos. Ela não via a hora do sinal do intervalo tocar para que pudesse ter a oportunidade de entregar os poemas. A azulada tinha pensado em colocar os três cartões na bolsa do modelo, mas lembrou-se do dia em que quase foi pega por causa disso. E, considerando a importância da revelação naqueles papéis, ela achou melhor não correr o risco de caírem no chão e serem lidos por outro aluno. Portanto, o jeito mais seguro era entregar pessoalmente, mas estas duas palavras aterrorizavam a menina. Falar com seu amor secreto já era um pouco complicado para Marinette, e ela nem conseguia imaginar o momento em que entregaria as três cartas. Foi então que uma lembrança iluminou sua mente: há alguns dias, ela tinha pensado em colocar um dos poemas no armário de Adrien, mas acabou sendo impedida e, com todas as complicações que vieram depois, tinha desistido e abandonado aquela ideia, mas agora poderia aproveitá-la. Somente o loiro conseguiria abrir o armário naquela tarde, então não correria tanto perigo de expôr seu segredo para pessoas indesejadas. Ao imaginar a expressão surpresa de seu amado encontrando três cartões com o nome dela em seu armário, Marinette sorriu.

Dentro da bolsa da azulada, Tikki tremia, sabendo que faltava pouco tempo para as identidades secretas serem reveladas. "Preciso recuperar a carta antes que ela entregue", com essas palavras ecoando em sua mente, a kwami passou, discretamente, da bolsa atravessada no corpo da menina para a mochila dela que estava no chão. Como a professora explicava a matéria e os alunos estavam bem atentos por conta da proximidade das provas, ninguém viu que um pequeno ser vermelho com bolinhas pretas saiu da bolsa de Marinette. Tikki procurou a carta que continha a revelação da identidade de Ladybug em todos os lugares da mochila, mas não encontrou. Com cuidado, saiu dali e olhou nas outras divisórias, mas só achava papéis com anotações da aula e provas antigas. Lembrou-se da discussão que teve com a azulada mais cedo, tentando recordar o local em que tinha visto a carta pela última vez. "Está com ela, deve ter colocado em algum bolso do casaco ou da calça". Tikki percebeu que não conseguiria pegar o poema sem que a menina notasse e não queria começar outra discussão. "Ela não vai mudar de ideia, tenho que pensar em outra coisa", antes que qualquer pensamento iluminasse sua mente, o sinal anunciou o intervalo, o que fez a kwami perceber que não conseguiria resolver aquilo sozinha e a tempo. Foi quando lembrou que não estava exatamente sozinha. Ela não conseguiria impedir Marinette de entregar a carta, mas alguém poderia impedir Adrien de lê-las. "Plagg!", pensou e, assim que todos os alunos saíram da sala, ela voou o mais rápido que podia para encontrar o kwami.

Enquanto Tikki corria contra o tempo para impedir a revelação, a azulada não via a hora de acabar com aqueles segredos. Ignorando todas as consequências que sua mente insistia em repetir, ela caminhou até o armário de seu amor secreto e, depois de certificar que ninguém estava ali, passou os três papéis, um por um, pela estreita fresta do local que guardava os pertences de Adrien. Novamente, um frio intenso a percorreu e os possíveis resultados daquela decisão voltaram a atormentá-la. "Agora já está feito, não tem como voltar atrás", disse para si mesma, ciente de que não conseguiria recuperar os poemas sem a chave que ficava com o modelo.

Escondida de todos os alunos, Tikki encarava a bolsa de Adrien, onde Plagg possivelmente estava escondido e percebeu que não conseguiria se aproximar dali sem ser vista. Foi quando o modelo saiu de perto do grupo de amigos, dizendo que iria buscar alguma coisa que tinha esquecido. Por alguma razão, a kwami teve um mau pressentimento, que se confirmou quando o loiro começou a caminhar na direção dos armários. Lembrou-se que Marinette tinha tentado colocar as cartas naquele local há alguns dias. "Por favor, que ela não tenha pensado nisso". Tikki voou depressa atrás do modelo, na intenção de falar com Plagg, mas estava um pouco distante e ainda tinha que se esconder dos alunos. Quando a kwami finalmente conseguiu encontrar um caminho mais discreto, notou que não conseguiu alcançá-lo a tempo e ele já estava abrindo o armário. Porém, antes que Adrien encontrasse os três cartões, ouviu um grito vindo do lado de fora e percebeu que era mais um ataque dos akumas de Hawk Moth. Depois de ter certeza de que não seria visto, o loiro se transformou, lembrando Tikki de que Marinette deveria fazer o mesmo. A kwami se aproximou da azulada bem a tempo de ouvir as palavras que a transformavam em Ladybug.

***

— Zerou! — Os dois heróis cumprimentaram-se, como de costume, após o fim da batalha.

— Opa, está na hora de ir. — Disse Chat Noir depois de ouvir um bipe de seu miraculous, mas sua parceira não comentou nada. — A não ser que você queira saber que eu também sou um gato sem a máscara. — Riu da piada idiota e esperava que sua lady revirasse os olhos, mas ela não fez isso. O loiro encarou a menina atentamente e percebeu que ela estava distante, parecia pensativa, talvez até… indecisa. — O que foi, my lady?

— Por que você mudou de ideia? — Chat a encarou, confuso, esperava que ela fosse desabafar e não fazer aquela pergunta sem sentido. Vendo que o parceiro não tinha entendido, ela foi mais clara. — Pelo que me lembro, você queria revelar sua identidade, por que não quer mais? — O gato continuou sem entender. "O que ela está falando? Foi ela quem pediu para as identidades serem secretas", pensou.

— Mas… você disse que deveríamos guardar segredo. — Chat sentiu uma pequena esperança invadi-lo. "Será que ela mudou de ideia? Finalmente vou descobrir quem ela é?"

— Sim, eu disse. Mas por que você seguiu minhas ordens? Você poderia muito bem não ter me escutado. — O loiro queria saber aonde aquela conversa iria chegar. "Será que é algum tipo de teste? Talvez ela queira saber se eu me revelaria ou algo assim", queria descobrir as intenções da menina com aquelas perguntas, mas seu anel apitou novamente, tinha pouco tempo. Então resolveu dar logo a resposta que a garota tanto queria.

— Quando você falou que não poderíamos saber quem somos por trás da máscara, eu achei uma grande palhaçada. Pensei que realmente não ia mudar em nada se soubéssemos nossas identidades. E confesso que, algumas vezes, eu tentei acabar com esse segredo, sinto muito. — Percebeu que os olhos dela se arregalaram — Relaxa, não descobri quem você é. Pelo menos não ainda. — A menina sorriu levemente — Mas depois eu descobri que realmente é muito importante manter o segredo, isso garante que nossos amigos e familiares estejam seguros. Ou então… imagine se um de nós for akumatizado. Seria muito mais simples para o Hawk Moth pegar o miraculous se soubesse quem nós somos. O mesmo vale para outras pessoas, eu não gostaria de que… sei lá, um amigo meu que sabe minha identidade, por exemplo, fosse akumatizado, pois ele poderia pegar meu anel com mais facilidade. — Percebeu que a azulada estava pensativa, mas segundos depois, despertou de seus devaneios com um apito dos brincos. Chat Noir também notou que faltavam poucos minutos para se transformar de volta. — Bom, agora eu realmente preciso ir. Espero que tenha respondido sua pergunta. — A garota, embora ainda parecesse distante, sorriu sincera e se despediu do parceiro.

***

Durante o caminho de volta ao colégio, Marinette não conseguia parar de pensar nas palavras do gato. Ele tinha razão e a azulada sabia disso. Lembrou-se do que Tikki tinha dito naquela manhã, percebendo que foi muito injusta e egoísta para não escutar a kwami. Quando finalmente encontrou um local seguro para se transformar perto da escola, a garota notou que devia conversar com a amiga. Quando o traje de Ladybug desapareceu, a menina ofereceu um cookie para Tikki, juntamente com inúmeros pedidos de desculpas. Disse que tinha sido muito imatura ao fazer aquilo e a kwami, é claro, desculpou a azulada.

— Obrigada, mas… ainda temos um problema. — O pequeno ser vermelho a encarou, já imaginando o que iria escutar. — Eu coloquei o poema no armário dele e… não tem como abrir, a não ser que tenha a chave.

— Que, por acaso, só o Adrien tem. — Tikki completou e Marinette assentiu. — Eu consigo recuperar a carta, mas temos que chegar lá antes dele. — A azulada correu o mais rápido possível até o local onde tinha deixado os três cartões e, para seu alívio, o modelo ainda não estava lá. A kwami rapidamente atravessou o armário e iria abri-lo, mas a menina percebeu que seu amado estava a poucos metros da porta.

— Ele está aqui! Rápido! — Gritou, sentindo o desespero a invadir. Dentro do armário, Tikki procurava as cartas o mais depressa que podia, mas sentiu que a azulada tinha se afastado dali. "Ele já deve ter entrado". Estava muito difícil encontrar os poemas naquele local iluminado apenas por pequenas frestas e ainda tinha aquele cheiro insuportável de queijo. "Plagg!", pensou. Quando finalmente encontrou um papel, a kwami o passou pelo mesmo lugar em que Marinette tinha passado, saindo um pouco antes do modelo se aproximar do armário. Tikki voou até a azulada e sentiu o desespero nos olhos dela. Foi então que se lembrou: eram três poemas, e ela só estava com um. Torcendo para que fosse aquele em que a menina revelava que era Ladybug, ela abriu lentamente o cartão, encontrando, como título as palavras "garota mascarada".

— É esse! — Falou a azulada, um pouco mais alto do que imaginava e suspirou aliviadamente. — Sabia que as joaninhas traziam sorte! — As duas sorriram.

— Mas… e os outros? — A kwami perguntou, mas Marinette não respondeu e as duas continuaram encarando o loiro que, em poucos segundos, descobriria o amor da azulada por ele.


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Notas finais do capítulo

Então, o que acharam? Quero agradecer mais uma vez pelos comentários e favoritos nessa fanfic e dar alguns avisos sobre a próxima.
Como falei, a parte dois será um pouco mais focada no Adrien e vou postá-la daqui a mais ou menos uma semana. Na verdade, será no dia treze desse mês. Espero vocês, hein? Hahah!
Obrigada por ler!



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