Vida com Dragões escrita por benihime


Capítulo 14
A Grande Caçada – Parte 1


Notas iniciais do capítulo

Depois de muito esperar, de grandes emoções, mistérios e reviravoltas, está na hora de ler uma sequência quadrupla de capitulos!
Que todos possam aproveitar!



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Alvin estava caminhando pelas trilhas rochosas de sua ilha. Admirava o horizonte, verificava as defesas, cumprimentava Grito e pensava silenciosamente consigo mesmo. Aguardava na tensão o ataque prometido por Harlock e pensava em Soluço e nos outros líderes.

Todos com certeza estavam enfrentando aquela tensão horrível, mas, talvez, Berk fosse precisar de ajuda! Uma que, nem ele nem ninguém, poderia fornecer, infelizmente. A despedida de Banguela e Soluço com certeza deixou uma cicatriz no povo e nos dragões que deveria estar sendo terrível de controlar; ainda mais com a ferida que Soluço estava carregando desde aquele dia.

Preocupações com as quais não podia se preocupar agora. Navios vinham no horizonte! O ataque finalmente havia chegado! E nada poderia surpreender Alvin mais do que aquela enorme força de invasão. Deveriam haver, pelo menos, 50 navios ali! Todos extremamente bem armados e já começando a atirar.

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Heather acariciava Tesoura de Vento depois de seu voo de inspeção. Tudo na ilha parecia calmo! O horizonte estava limpo, os dragões tranquilos, os soldados atentos e as artilharias de prontidão.

No porto admirando o horizonte, ela pensava nos acontecimentos dos últimos dias. Respondera algumas cartas de Astrid se atualizando sobre a condição de Soluço e a ajudando a passar pela situação complicada em que se encontravam; havia evacuado os membros inválidos de seu povo há dois dias após um consenso entre ela e os líderes que, depois de duas semanas de espera, talvez fosse hora de entrarem em alerta real perante a provocação de Harlock; e pensava aliviada que Dagur e Mala tinham tudo sobre controle na ilha dos Defensores de Asa.

Retirada de seus pensamentos pelo susto dos gritos de seus homens, ela se deparou com navios surgindo de trás das pilhas de rocha do oceano enquanto outra frota havia se aproximado pelos estreitos no ponto cego na parte de trás da ilha.

Ordenado que todos se mantivessem firmes e começassem a revidar, ela pensava na grandeza do planejamento em separar aquela grande força de invasão pelos pontos estratégicos frágeis da ilha! O quanto Harlock poderia ter estudado sobre eles!?

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Throk repassava a segurança do Eruptidão na entrada do vulcão, enquanto Dagur averiguava o posicionamento dos navios e Mala checava o posicionamento de seus lutadores e armadilhas nas florestas da ilha.

Na praça central, baixo a estátua do Eruptidão, os três compartilhavam suas atualizações e preocupações. A provocação pelo ataque demorado permanecia, ainda não haviam recebido a carta de Heather que Dagur esperava e a preocupação pelos companheiros e Soluço permanecia.

Até o estrondo do vulcão chamar suas atenções e desconcentrar suas defesas. Os rugidos do Eruptidão eram um claro aviso de que ele estava sobre ataque e, quando estes começaram, não demorou para as forças de vigia na água avisarem que haviam navios se aproximando.

Dagur fez com que Mestre Estilhaço levasse Throk rapidamente até o vulcão enquanto ele e Mala iriam com Scorpion averiguar os outros pontos de ataque. Permanecendo assim um problema apenas: Como eles entraram na ilha sem serem detectados?!

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A beleza da ilha das Moças com Asas estava cortada pelos rugidos e gritos que ecoavam ininterruptos pelo ambiente.

Homens haviam invadido por uma pequena praia e provocado as fêmeas de Chicote Cortante! As dragões estavam mirando nos homens e no processo acabavam acertando partes do vilarejo ou começando incêndios.

Atali ordenou que suas moças se dividissem para deter os invasores que provocavam os dragões e expulsassem os navios que começaram a aparecer em suas praias. Minden – uma Moça com Asa, tem uma grande amizade com Melequento, alta, olhos e cabelos castanhos e a próxima líder de seu povo – se encarregaria dos navios enquanto Atali lideraria o ataque aos caçadores em terra.

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Em Berk todo o esforço e sacrifício de Soluço e seus amigos estava sendo compensado! Haviam conseguido manter o povo unido e os dragões estavam mais estáveis agora que o único alfa que permanecia era Soluço.

Astrid havia conseguido vencer os últimos dez dias com o apoio de Valka e Heather. Precisando se focar nas defesas e nos treinamentos, enquanto se preocupava com Soluço e o mantinha são e focado, ela estava extremamente sobrecarregada e estaria enlouquecendo sem a ajuda das amigas e a colaboração de todos em Berk.

Enquanto os amigos de Soluço, os cavaleiros da equipe auxiliar e os vikings do povo se mantinham prontos para combater, Eret procurava se focar no trabalho e não em suas questões: Como Soluço conseguia? Quão forte eram os laços de união e família entre o povo de Berk? Poderia algum dia entender de verdade o profundo significado de tudo que defendem e prezam?

Muitas perguntas para as quais apenas uma conclusão chegava, enquanto as respostas faltavam: tinha muita sorte por poder estar entre eles e iria lutar por seu lar não importa o que aconteça!

No momento o que importava era ficar alerta! Havia uma densa camada de neblina no horizonte e, apesar de não ser época, estava extremamente abafado e quente. Soluço tinha todos de prontidão, os dragões em posição e já havia terminado sua evacuação junto dos outros líderes.

Ele andava pelo terreno em silêncio e alerta. Seus olhos se mexiam de forma estranha as vezes, ele fazia alguns sons baixos vez ou outra, caminhava o mais silencioso possível e estava incomunicável. Muito estranho! Nem Astrid e Valka sabiam o que estava acontecendo com ele aquele dia.

— Pelo fantasma de Odin! – certa hora ele simplesmente parou e encarou o céu discretamente.

Ele correu até sua mãe e os cavaleiros de dragão que estavam de prontidão.

— Todos vocês! – ele se aproximou falando baixo e fazendo menção que todos o acompanhassem – Espalhem-se pela área da encosta do vilarejo, a praça central, as plataformas na lateral da rocha do Grande Salão e aguardem meu sinal para voar! Eret, onde está o Quebra Miolos? – sem esperar Soluço aproximou-se do dragão quando Eret o chamou.

— O que está acontecendo? – ele não estava entendendo e não era o único.

— Agora não! – Soluço o respondeu sem sequer olha-lo – Você consegue sentir isso? – ele conversava com o dragão – Concentre-se no céu e confirme as posições que estabeleci. – ele pediu e viu o dragão fazer imediatamente o que queria.

Quebra Miolos pareceu se assustar com o que sentira e confirmou as posições que Soluço estabeleceu. Eret foi até ele parra acalma-lo e Soluço novamente foi questionado.

— Soluço, mas o que está havendo!?

— Estamos sobre ataque! – sua resposta assustou de imediato – Esse calor não é do clima, é efeito do aquecimento de vários dragões Fornalha! Eles estão acima de nós e já nos cercaram. Estimo 30 dragões, incluindo o Fornalha Asa Titânica do Harlock. – ele terminou de se explicar e viu todos correrem para assumir suas posições de imediato.

Correndo entre seu povo, ele destacava ordens para todos! Os combatentes por terra deveriam ficar alertas e reunir os dragões no entorno da ilha, a artilharia de catapultas já deveria preparar a primeira salva de tiros e os navios no cais deveriam estar em ponto de saída com as balistas em prontidão para o horizonte.

Ordens dadas e agora era hora de começar a expulsar seu adversário. Com todos no mais absoluto silêncio e se baseando em seus instintos e em estratégia de ataque possíveis, Soluço faria com que os dragões usassem suas asas para dispersar o máximo de névoa possível.

Assim que isso fosse feito, os dragões Fornalha atacariam, então os cavaleiros iriam em voo detê-los. Na sequência, talvez Harlock denunciasse sua posição e facilitasse a ordem de tiro que ele aguardaria para dar por último; caso não fosse assim, orquestraria uma primeira salva de tiros em todos os pontos possíveis, para depois avaliar onde focar sua artilharia.

Tudo pronto, a primeira ordem foi dada e os dragões começaram a dissipar a neblina – esta estava realmente densa, mas um pouco de visibilidade voltava ao horizonte. Soluço sentiu a diferença de temperatura e curso do ar, segundo comando de ataque dado! Os cavaleiros foram ao céu e várias luzes de fogo começaram a passar pelas nuvens junto dos rugidos dos dragões.

Os rugidos pareceram um convite para atacar. Diretamente do front da ilha, tiros de catapultas vinham pela neblina. Sabendo onde seu inimigo estava, Soluço deu a ordem de focar sua artilharia na região. Sons das pedras contra madeira começavam e ele deu continuidade a sua primeira ordem; dissipar a neblina!

No processo, artilharias começaram a vir de mais e mais direções! Haviam mais locais onde atirar e ele ordenou a continuidade das artilharias – ainda precisava confirmar uma média de localização dos navios inimigos para liberar os seus.

— Soluço! – ele viu Valka aparecer atrás de si desesperada.

— O que foi mãe? – ele sabia que aquilo não podia ser bom.

— Venha comigo! Você precisa ver isso imediatamente. – ela o arrastou até Pula Nuvem e alçou voo rapidamente.

Do ar, acima da camada de neblina, ele via os cavaleiros enfrentando os dragões e Astrid dando trabalho para o Asa Titânica; mas esse não era o foco. Valka queria que ele visse a extensa e poderosa armada que se estendia além do que os olhos alcançavam! Haviam gaiolas para prender dragões, muita artilharia, navios grandes e revestidos com espinhos e aquela frota imensa estava quase dando a volta na ilha inteira.

— Mãe, eu vou voltar para praça! Você ajuda os cavaleiros e avisa para não tentarem atacar os navios. – ele ficava de pé e preparava seu traje de voo.

— Certo, mas porque não podemos atacar os navios? – ela não entendeu.

— Porque os dragões nunca atacariam o Banguela e a amiga dele. – Soluço apontou para o navio que liderava a armada onde duas gaiolas se destacavam: as que estavam com Banguela e a outra Fúria da Noite. Os caçadores pareciam tentar manter as reações de ambos ao mínimo enquanto o ataque estava em curso.

— Não! Soluço... – Valka ficou desorientada e sem reação.

— Não agora mãe. Eu não consigo escutar meus pensamentos neste momento e meu coração está disparado! Se eu perder o rumo, estamos acabados e, se os dragões virem os dois, isso vai virar um caos! – ele tentava acalmar sua respiração.

— Eu sei. – ela estendeu sua mão para pegar a dele – Vamos salva-los e a nossa casa. – ambos se encararam e seguiram seus caminhos.

Soluço saltou abrindo o ajuste de seu traje de voo para alcançar o chão em segurança e Valka seguiu de volta aos dragões Fornalha, para ajudar e repassar a ordem de Soluço.


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Notas finais do capítulo

Repararam que eu não me esqueci de nenhum personagem né?
e nem pretendo!
Continuem a ler porque está fase ainda vai longe



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