Annelise escrita por Kim C


Capítulo 26
Capítulo 26: Medo+Felicidade




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 Cheguei ao hospital com um buquê de flores enorme. Hoje eu sentia que ele iria acordar.

 

_Bom dia.

 

_Bom dia Annelise.

 

_Eu vim visitar o paciente Matheus.

 

_Claro. Ele está no quarto tomando café.

 

_Serio? - Abir um enorme sorriso.

 

_Sim.

 

Corri até o quarto que a enfermeira me indicou mais quando cheguei lá a cama estava vazia.

 

_Annelise? - me virei e vi doutor Julian na porta com um olhar triste.

 

_Doutor Julian. Onde está o Matheus?

 

_Eu sinto muito Anne, mais, ele morreu.

 

_O que? Não.

 

_Anne!

 

_Anne! - ouvi a voz do Lucas ecoar na minha cabeça.

 

Eu abri os meus olhos e o vi. Não estava mais no hospital eu estava no meu quarto. Foi um sonho, um pesadelo.

 

_Anne tudo bem?

 

Meu olhos lagrimejavam e eu abracei o Lucas, meu estômago doía e eu me sentia perdia, era um vazio imenso. Como pode um pesadelo te deixar assim?

 

_Anne tudo bem foi só um pesadelo. Para de chorar.

 

Hum? Eu estava chorando, como?

 

_Eu, sonhei com o Matt. Ele estava morto.

 

_Calma foi só um sonho. Vamos temos que dormir se quisermos visitar o Matt amanhã.

 

_É você tem razão.

 

Voltei a me deitar mais não consegui pregar o olho. Me levantei as cinco fiz o café, levamos as crianças para escola e fomos até o hospital. Na entrada avia uma senhora vendendo flores comprei um arranjo de rosas vermelhas lindas, assim que entramos vimos o doutor Julian.

 

_Bom dia Doutor. Como está o Matt? - perguntei logo de cara. Doutor Julian me olhou confuso.

 

_Matheus doutor. - Lucas me corrigiu.

 

_Está bem. Ele não acordou mais está bem melhor. Os ferimentos estão cicatrizando.

 

_Podemos vê-lo? - perguntei.

 

_Claro venham por aqui. Ele quebrou uma costela e o braço direito quando caiu da escada. Os remédios estão fazendo efeito rápido.

 

_E o pai dele? - Lucas perguntou nos fazendo parar.

 

_Está preso e acho que não vai sair da cadeia tão cedo.

 

_Ótimo. - disse com raiva. Aquele homem tinha que apodrecer na cadeia.

 

Chegamos ao quarto e ele continuava do mesmo jeito. Dormindo. Cheguei perto da cama.

 

_Oi Matt. - disse sorrindo. Eu não sei se ele podia me escutar mais eu não ligava.

 

Troquei as flores velhas pelas as que eu trouxe. Lucas estava quase chorando ao ver o amigo daquele jeito. Matt é muito ativo, brincalhão, e vê-lo nesse estado é terrível.

 

_Eu não acredito que aconteceu isso com ele.

 

_Calma Lu.

 

_Crianças vocês são os únicos parentes dele? - o doutor perguntou olhando no prontuário.

 

_Sim.

 

_Tudo bem. Vou deixar vocês a sós.

 

Cheguei perto da cama e fiquei passando a mão em seus cabelos, foi assim durante uma semana e ele não acordara. Eu ia todos os dias ao hospital o visitando, falando com ele, trocando as flores mais ele não saia daquela cama.

 

Sabe aqueles momentos em que você quer ter esperança mais tudo em volta diz que não? Eu estava assim, a ponto de desabar. Vários amigos dele foram visitá-lo eu e Yasmim revesávamos para ficar com ele. Lucas mentia pra mim na escola dizendo que eu estava com os pequenos enquanto eu ficava no hospital. Fiz de tudo para não deixa-lo sozinho. Na verdade as vezes, eu me sentia sozinha mais eu não tinha o direito de sentir nada era o Matt quem precisava de mim eu seria forte.

 

Hoje, mais uma visita. Já é sexta-feira e mais uma vez ele está dormindo. Olhei pra ele parecia melhor. Fui até o vaso para trocar as flores e como sempre conversava com ele.

 

_Oi dorminhoco. Como você está? Matei aula de novo pra te ver. Vou repetir de ano por sua causa. Mais não me importo. - disse suspirando. _ Trouxe flores. Tinha muitas opções então misturei tudo. Fico bonito. São lindas. - Me sentei na cama e segurei sua mão. _Você precisa acordar pra vê-las. Hum? Quero ver seus lindos olhos de novo. - Ele permanecia imóvel. Por quanto tempo mais eu aguentaria. _Responde Matt. Por favor. Você disse que nunca me deixaria sozinha. Você prometeu.

 

Me levantei da cama me virando para a porta e comecei a chorar fiquei sem olhar para ele como se ele pudesse me ver. Eu não aguento mais, pensei comigo mesma. E se ele ficasse assim pra sempre? Eu não suportaria. Mais eu seria forte. Ele precisava de mim.

 

_Por que tá chorando?

 

_Tô ficando doida. Até sua voz to escutando agora.

 

Me virei e olhei pra cama o Matt avia acordado. Não era sonho ele acordo!!

 

_Matt!!

 

Eu sentia que iria explodir de tanta felicidade eu só queria abraça-lo e sentir que ele estava bem. Pulei na cama e o abracei.

 

_Ai.

 

_Seu idiota! Estúpido! Bosão!

 

_Isso lá é jeito de dizer que me ama mulher?!

 

_Eu, achei que ia te perder.

 

_Não achou que ia se livrar tão fácil assim de mim.

 

_Espera só pode ser um sonho. Eu tô sonhando.

 

_É...

 

_Não espera. Me belisca. - passei a mão em seu rosto ele estava frio. _Oh, Deus você está bem.

 

_Anne eu acho que você é que não está nada bem. Da cabeça.

 

_Você voltou. É mesmo você.

 

Fiquei ali olhando pra ele muito feliz, eu não acreditava ele avia acordado. Yasmim entrou no quarto e fez o mesmo que eu o abraçou, chorou e abraçou mais.

 

_Nossa desse jeito eu vou cair da escada mais vezes.

 

_Matt!! - Gritamos juntas.

 

_Desculpa.

 

_Você está bem? Está sentindo dor? - Yasmim o olhava de cima e baixo.

 

_Não. Só um pouco. Meu braço e no peito.

 

_Foi um milagre. - eu disse com certeza com os olhos brilhando.

 

_Como você me achou roxinha?

 

_É, uma longa historia.

 

_A Anne veio aqui todos os dias pra te ver. - Yasmim dizia baixinho no ouvido do Matt mais eu escutei.

 

_Serio?

 

_Não começa a se achar tá.

 

Ele pegou minha mão e me olhou bem fofo como se quisesse me agradecer só com o olhar.

 

_Obrigada.

 

_Annelise? O meu Deus você acordou. - O doutor entrou no quarto e ficou surpreso. _Como você está meu rapaz?

 

_Bem. Muito bem.

 

O doutor examinou o Matt e disse que estava tudo bem com ele, fez alguns curativos e depois me chamou para conversar.

 

_Sim doutor?

 

_Anne é sobre os gastos do Matheus. Como você sabe esse hospital é particular então...

 

_Eu pago. O que for preciso.

 

_Como?

 

_O dinheiro que meus pais deixaram. Eu posso pagar com ele.

 

_Anne o que foi? - Yasmim saiu do quarto e veio até nós.

 

_Estamos vendo as contas do hospital. - o doutor disse e mostrou o papel a ela.

 

_Isso tudo? A bem eu...

 

_Eu vou pagar Mim.

 

_Anne...

 

_Deixa comigo. Por favor.

 

_Tudo bem mais eu vou te pagar eu prometo.

 

_Não se preocupa.

 

_Ele também vai precisar de remédios.

 

_Eu compro.

 

_Anne são caros.

 

_E dai? Dinheiro não serve pra isso?

 

_Bem.

 

_Deixa como está gente o importante é que ele acordou o resto agente arruma. - falei sorrindo.

 

_Certo.

 

Voltamos pro quarto e o Matt tentava se levantar mais obvio que não conseguiu.

 

_Onde o senhor pensa que vai? - seguramos ele antes que caísse no chão.

 

_Ao banheiro. Ai!

 

_Espera vou chamar a enfermeira. - Yasmim saiu do quarto correndo, e nós dois ficamos ali olhando um pra cara do outro. Eu ainda o olhava não acreditando que ele estava bem.

 

_Me incomoda você me olhar assim. - ele disse desviando o olhar.

 

_É agora você sabe como é.

 

Ele sorriu.

 

_Você já sabe pra onde vai? - perguntei me sentando na beirada da cama.

 

_Pra casa.

 

_Seu pai foi...

 

_Preso. É eu sei. Foi melhor assim. Já estava na hora. - olhei para o chão, o que eu podia fazer ele estava sozinho, não tinha ninguém pra cuidar dele, a Mim tinha a casa dela e trabalhava e seu namorado também, Matt provavelmente ficara só o dia todo.

 

_Você pode ficar lá em casa! - gritei.

 

_O que? Na sua casa?

 

_É eu posso cuidar de você.

 

_Você? Cuidando de mim?

 

_É. Eu já cuido de duas crianças, não deve ser difícil cuidar de você.

 

_Há há.

 

_Você aceita?

 

_Com uma condição.

 

_Qual?

 

_Você vai usar aqueles uniformes sexy de enfermeira??

 

_Matt!!

 

_Desculpa eu não resisti.

 

Tá, ele é um idiota, mais eu estava feliz por ele ter voltado a ser o que era antes. Minha felicidade avia voltado. Ver ele bem era como se um pedaço de mim estivesse de volta. Eu não sabia ao certo o que sentia por aquele cara, mais de uma coisa eu tinha certeza eu não posso mais viver sem ele.

 

 


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Notas finais do capítulo

Capítulo dedicado a meu bff Caio. Muitas coisas do Matt eu tirei da
personalidade dele. Dois idiotas que eu amo.
Bjuss



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