When I Saw You. escrita por Honey Moon
Notas iniciais do capítulo
Boa leitura!
POV SESSHOUMARU
Uma sensação de alivio me inunda ao ver minha garota acordar e ao descobrir que ela não sabe quem eu sou é como levar um soco no estomago.
— É o Sesshoumaru. Você não lembra dele? - Sango diz pausadamente tão em choque quanto eu. Antes que ela diga qualquer coisa eu tomo a frente.
— Sango, tudo bem. Dê a um tempo a ela ... Kagome, se cuide. Descanse.
— Obrigada ... eu acho.
Kagome me encara com seus olhos escuros, completamente desinteressada em mim.
— Sango, pode vir um instante? - Eu chamo a garota que no momento, não sabe o que fazer.
Quando saímos do quarto ela está com seus olhos arregalados de preocupação.
— Como ela perdeu a memória? Foi uma facada no peito, não na cabeça.
— Eu nunca fui de acreditar em destino, mas talvez seja o melhor desfecho. Não acha? - Passo a mão pelo meu cabelo solto o tirando do rosto.
— Não seja ainda mais idiota! - Sango me belisca com força até demais.
— Argh! O que pensa que está fazendo?! - Eu lhe repreendo e ela me encara diretamente.
— Eu é que pergunto! Isso é uma fase. Não seja um covarde, fique ao lado dela e ganhe sua confiança! - A morena suspira completamente cansada - Isso é tudo tão exaustivo para todos ... Vamos apenas ter uma boa noite de sono hoje.
— Não fale nada sobre mim para ela ...
— Os nossos instintos defensivos erguem naturalmente diversas camadas para nos proteger. - A voz da garota soou baixa e calma - 11 dias em coma, acho que todas as defesas foram acionadas.
— Isso só me prova que sou um risco. - Meu celular vibra em meu bolso e eu o ignoro. Foram 11 dias longe das empresas, estou até com receio de olhar.
— Ah por favor! Você é bem mais velho e tão imaturo. - A garota revira os olhos - Viver é um risco Sesshoumaru, amor não é uma escolha. Você apenas sente ... E cá entre nós, você não é de sentir muitas coisas. Como pode decidir simplesmente esquecer alguém que invadiu seu coração apesar de todas as SUAS defesas?!
Ela tem razão e isso me deixa irritado.
Os pais da minha esposa chegam nesse exato momento e nos ignoram completamente entrando direto no quarto.
— Vamos dar tempo a eles.
Sentamos ao lado de fora da sala.
— Kagome tem sorte de ter uma amiga como você, é a única que vale a pena escutar. - A garota revira os olhos me dando um soquinho no braço.
— Eu não me orgulho em dizer isso, mas você também pode me considerar uma amiga. - Ela estreita os olhos castanhos pra mim - Claro, obviamente tem um preço! Vai ter que me escutar quando estiver prestes a fazer uma merda. - Ela ri.
— Eu não costumo escutar ninguém a muito tempo. Desde que a Kagura foi embora, na verdade. - Meu celular vibra de novo ao tira-lo do bolso vejo que é a própria - É só falar no diabo ...
Sango engole seco e cruza os braços. Com certeza não simpatiza com a morena de olhos exóticos. Antes que eu possa atender o celular vejo Kagura acelerando no corredor em nossa direção.
— Você não me atendeu. - Ela diz claramente irritada.
— Ele estava um tanto ocupado, Srt. Kagura. - Sango dispara me deixando perdido - Você sabe bem o que aconteceu.
— Como a Kagome-chan está? - Ela pergunta pra mim ignorando a garota.
— Ela acordou. Os pais estão com ela no momento.
— Que ótimo! - Kagura estende a mão pra mim - Agora vamos Sessh-kun.
Impaciente a mulher segura meu braço, puxando. Me obrigando a levantar.
— Eu vou indo .. Então. - Minhas palavras saem pausadas. Sango não me olha diretamente, apenas fixa seus olhos no celular e começa a digitar.
— Não é a mim que tem que dar explicações. - Kagura me arrasta para longe antes que eu possa responder e me empurra no elevador.
Quando as portas fecham meu celular apita. Uma mensagem.
— O que você quer?
— Um tempo com você.
— Isso é motivo para me tirar de lá? Kagura, eu preciso ficar aqui por enquanto. Kagome é minha esposa. - A mulher aperta o botão travando o elevador.
— Ela está bem não está?!
— Porque está agindo dessa forma? - Kagura dá um passo pra trás se afastado o máximo que pode de mim, seus olhos castanho avermelhado estão fixos em mim. Sua respiração acelerada.
— Porque eu te amo, porque eu sei que você seria feliz comigo. Sesshoumaru, você pode ter tudo que um dia já quis ... comigo.
Aperto o botão para o elevador seguir mas nada acontece. Aperto de novo e nada.
— Vamos finalmente ter um tempo juntos em 11 dias. - Ela debocha e eu a repreendo com um olhar - Calma, calma. Você vai gostar. - Ela pisca pra mim me fazendo segurar uma risada.
Pego o pequeno telefone preso ao lado do painel e ligo pra recepção avisando que o elevador parou.
— Em 5 minutos estaremos fora daqui. - Digo pra mulher que sorri pra mim.
— Dá pra fazer muita coisa em 5 minutos.
POV KAGOME
— Papai eu estou bem. Quantas vezes preciso dizer?! - Digo com dificuldade - Sango diz pra ela que eu preciso respirar!
Minha mãe me abraça tão forte que mal consigo respirar.
— Você vai voltar pra casa, isso está acabado. - Meu pai sai da sala batendo o pé.
— Eu não vou a lugar nenhum até me explicarem o que está acontecendo aqui.
— Kagome ... - O namorado da Kikyou me chama na porta, ele entra voado e me abraça me deixando desconcertada - Porque não me ligou sua idiota?!
Eu fico sem reação.
— Inuyasha, precisamos conversar. - Sango coloca a mão sobre os ombros dele o chamando.
— QUE FOI?! - Inuyasha diz entre dentes.
— Inuyasha ... - O garoto se afasta o suficiente para me encarar com seus olhos dourados ao ouvir minha voz. Eu me sinto esquentar inteira de vergonha.
— Porque está vermelha? - Ele diz me olhando atentamente. Consigo sentir sua respiração em meu rosto de tão perto.
— Ela não se lembra de você.
— Ta de sacanagem comigo. - O garoto senta ao meu lado na cama estreitando os olhos pra minha amiga - Não pode ser!
— Você é o namorado da Kikyou. - Digo mais pra mim do que pra eles. Como uma nota mental.
Inuyasha me olha surpreso.
— Ela parou ai, nem conhece seu irmão.
— Eu casei com o Sesshoumaru porque meu pai quis e agora ele quer que eu me divorcie? Isso sim é brincar de ping pong com a minha dignidade. - Dou uma risada enquanto eles me olham descrente - Disse alguma coisa errada?
— Você pediu o divorcio Kagome. Tecnicamente, a decisão foi sua. - Inuyasha diz do meu lado e quando seus olhos me encaram eu sinto que esqueci algo muito muito importante - Não se esforce demais, consigo sentir o cheiro dos seus poucos neurônios queimando daqui.
Eu sorrio sem jeito pro garoto que cora desviando o olhar desconcertado enquanto minha amiga ri da cena.
— Boba.
—-
— Kouga foi embora sem se despedir de mim. Sem uma só mensagem ... - Digo terminando de me trocar para ir embora.
— Você pediu pra ele aproveitar e se desligar daqui. Parece que realmente está fazendo isso ... - Sango parece preocupada e quando eu me aproximo ela respira fundo.
— Fala.
— Ele não sumiu, quer dizer... Sumiu. - Eu tento entender - Ele ouviu minhas mensagens de voz, tudo ... Mas eu to preocupada porque não respondeu.
Tem alguma coisa naquele sonho que está me perturbando, é melhor que ele fique longe. Eu me sinto programada pra pensar nele constantemente de uma forma estranha. O que aconteceu comigo enquanto estava dormindo?
— Mande mais uma, se ele ouvir, está bem. - Pego minha mochila e saio do quarto vendo uma agitação próximo ao elevador - O que está acontecendo?
Tem dois homens tentando abrir a porta do elevador e quando abre, vejo um cabelo prateado conhecido um tanto bagunçado, sua roupa bem amassada.
— Não pode ser. - Sango diz ao meu lado.
— Kagura-sempai ... - Sesshoumaru toma um susto ao nos ver perto da porta - Sr. Taisho. - Eu o cumprimento já dando meia volta e seguindo rumo as escadas.
—-
— Tudo bem ficar sozinha aqui? Posso dormir com você. - Sango me deixa na porta de casa.
— Eu to bem.
— Relaxa! Ela não vai ficar sozinha. - Inuyasha abre a porta nos dando um susto - Vai tranquila, se não, o Miroku me mata.
Minha amiga respira fundo antes de entrar no táxi.
— Achei que fosse voltar pra sua casa. - O garoto diz pegando minha mochila delicadamente. É estranho e ao mesmo tempo familiar - Não está com medo de mim não é?
— Aqui é minha casa agora certo? - Quero saber o que aconteceu realmente. Só o Sesshoumaru pode me ajudar com isso - Pode me mostrar o meu quarto, Inuyasha?
O garoto de cabelos prateados me observa atentamente e eu vou direto pra escada subindo correndo.
Isso aqui parece uma mansão mal assombrada. Escuto um barulho vindo do corredor do lado esquerdo e vou até ele.
— Kaede-san? - A velha senhora me olha um tanto surpresa. Automaticamente vem ao meu encontro me abraçando forte. Meus olhos enchem de lágrimas por encontrar alguém tão familiar.
— Minha menina, eu fiquei tão preocupada com você. - Sua voz soou baixa e embargada.
— Eu senti sua falta. - A abraço carinhosamente, como fazia quando era pequena - Me desculpe, por causar toda essa dor. - Vejo Inuyasha encostado na porta assistindo a cena.
Ele sorri pra mim e eu sei que posso confiar nele.
POV INUYASHA
— Você quase matou a velhota do coração. - Digo tentando provocar a velha senhora.
— Inuyasha, você vai levar umas palmadas se continuar me chamando de velhota! - Kaede solta a menina que fica emburrada na hora.
— Você fez o sorvete favorito da Kagome, não foi ? - Eu a cutuco esperando que ela entenda o que eu quero dizer.
— Eu vou buscar pela Kagome e não por você, só pra deixar claro. - Ela sai do quarto, não sem antes me dar um puxão de orelha.
— Ela gosta mesmo de você. - Kagome diz sentando na cama com um sorriso leve em seus lábios - Sem Kikyou essa noite?
Eu me aproximo, sentando no outro extremo da cama. Reviro meus olhos.
— Eu já disse que não namoro a Kikyou a muito tempo.
— Porque gosta de mim? - Ela dispara me encarando diretamente - "Não se esforce demais, consigo sentir o cheiro dos seus poucos neurônios queimando daqui". - A morena pisca pra mim dando uma risada - Não pensei que fosse uma pergunta tão difícil!
— Engraçadinha, é óbvio que não! - Estreitos meus olhos pra ela que suspira.
— Relaxa Inuyasha, eu estava brincando. Não somos amigos? - Ela deita em meu colo em questão de segundos me encarando com seus olhos escuros como ja fez outra vez.
— Como sabe disso? Você estava comigo quando se apunhalou. Que amigo deixaria isso acontecer ... - Minhas palavras saem em um sussurro.
— Eu me sinto segura com você, é tudo que preciso saber. - Ela coloca a mão sobre minha bochecha a apertando.
Eu nem percebo quando uma lágrima escorre pelo meu rosto.
— Kagome, me desculpe. - Ela limpa as lagrimas que descem pelo meu rosto - Eu devia ter te protegido.
— De mim mesma? - Ela sorri docemente, e ao se levantar senta de joelhos na cama virada pra mim - Foi um infeliz acidente e com certeza totalmente estranho. Você não poderia saber.
— Sorvete! - Kaede entra no quarto com a bandeja de sorvete e a garota da um pulo correndo até ela como se tivesse cinco anos me fazendo rir.
—-
— Sra. Kaede, Sesshoumaru ainda não chegou? - Já passa das 21:00 e ele ainda não voltou.
— Não. Pensei que estaria aqui com a Kagome pelo menos hoje ...
— Aquele babaca. - Murmuro no automático.
— Ele deve estar ocupado com a Kagura. Eu os vi em uma situação um pouco constrangedora no elevador do hospital quando estava saindo. - Kagome diz mantendo seus olhos na televisão da sala de estar.
— Eu vou subir, se precisar de alguma coisa é só me chamar. - Kaede diz dando um beijo na testa da garota e subindo.
— Isso está te irritando. - Digo chamando a atenção da garota que me olha de rabo de olho - Porque não liga pra ele?
— Porque eu ficaria irritada com alguém que não conheço?
— Acredite, ninguém ficaria mais feliz de saber que você não gosta do Sesshoumaru. - Fixo meus olhos dourados nela.
— Eu não sinto nada pelo seu irmão, Inuyasha.
Kagome diz muito mais alto do que eu esperava. Em seguida seus olhos mudam de foco.
Sesshoumaru está parado na entrada da casa.
— Oi, irmão do Inuyasha. - Ela diz com um sorriso forçado no rosto - Boa noite.
A garota sai do cômodo tentando mostrar sua indiferença pelo Sesshoumaru.
— Ela te viu com a Kagura. Como pode fazer isso?
Sesshoumaru ri me dando as costas.
— Você não deveria estar dando pulos de alegria pelo que ouviu a pouco querido irmão? - O deboche em suas palavras fazem meu sangue ferver - Vai em frente. Isso aqui são os papeis de divorcio. Divirtam-se! - Ele balança a pasta já indo em direção as escadas.
POV SESSHOUMARU
Jogo a pasta sobre a escrivaninha da minha futura ex-esposa.
— Pronto. Está livre de mim srt. Higurashi.
— Isso não é jeito de entrar no quarto de alguém a essa hora Sr. Taisho! - A garota finge está indignada, seu olhar segue de mim até os papéis que joguei em sua mesa - Se for os papéis do divórcio eu não vou assinar.
O que?
— Você já assinou e eu também. Estamos oficialmente separados. - Ela parece pensar por um minuto - Pode fazer suas malas srt. Higurashi.
— Você está mesmo doido pra se livrar de mim né ? - Ela caminha até os papéis, pegando a pasta e os analisando - Estranho, você parecia curtir bastante o sexo comigo.
— Como você ... - As palavras travam na minha garganta. Meu coração parece querer sair pela boca.
— Diários eletrônicos são realmente uteis hoje em dia. Eu encontrei mais cedo quando estava vasculhando meu celular. - Ela me encara com seus olhos escuros - Você quer me mostrar? Confesso que fiquei curiosa depois de ler tudo aquilo. - Ela pisca pra mim dando um sorriso travesso me desconcertando completamente - Calma Big Taisho, é brincadeira.
— Apenas vá. Seus pais - Kagome rasga os papéis rapidamente - Mas o que ... Big Taisho?
— Eu quero entender o que está acontecendo aqui, até lá, vou ficar bem aqui. Onde eu já estava. Se você não se importar ... - Ela estende as folhas rasgadas.
— Eu me importo! Vá embora Kagome. - A morena dá um passo em minha direção me olhando atentamente.
— Eu quis dizer pra jogar isso fora, eu não ligo se não me quer aqui ou não! Eu virei motivo de chacota por sua causa com todas essas situações constrangedoras... - Seus olhos escuros são os mesmos, por um segundo acho que ela está com ciumes da Kagura - Eu não me importo se está com outra mulher mas ainda sou sua "esposa" oficialmente! - Ela empurra o papel picado contra meu peito - Você me deve respeito.
— Porque simplesmente não vai embora?
— Eu não vou facilitar as coisas pra você Sr. Taisho. - Quando eu seguro os papéis acabo segurando sua mão junto e seus olhos acompanham o movimento - Lendo aquele diário, eu vi que era apaixonada por você.
— Eu descobri um dia antes do seu acidente. - Ela puxa a mão com força demais.
— E não pensou duas vezes antes de pular na Kagura. - Ela respira fundo confusa - Chega ser um alívio ter esquecido você.
Meu estomago da um nó. Eu nunca pensei que seria esse tipo de pessoa que é apunhalado apenas por um olhar de magoa.
Eu amo essa garota e acho que dessa vez a perdi pra sempre.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Até a proxima ♥