When I Saw You. escrita por Honey Moon


Capítulo 32
Aquele com o casamento no civil.


Notas iniciais do capítulo

Boa Leitura!



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POV INUYASHA 

Kagome está parada na minha frente so de calcinha e sutiã. Ela se aproxima e me beija pressionando o seu corpo contra o meu. Suas mãos vão direto para minha calça abrindo o botão e eu a seguro. 

— Não. - Ela fica imóvel apenas me fitando com seus olhos escuros. - Isso só vai acontecer se você não se casar, Kagome. 

A garota grunhe irritada se afastando de mim passando a mão pelos cabelos agora bagunçados depois de tudo isso. Meu Deus! Ela é tão linda que chega a doer. Eu devo estar maluco. 

— Tem certeza que é isso que te impede de continuar? Porque da outra vez você simplesmente me deixou completamente pegando fogo e sozinha. Como está fazendo agora! - Sua voz soa magoada e eu me viro de costas pra ela. A ver praticamente nua na minha frente em um quarto trancado não me ajuda a manter minha decisão. 

Como eu posso olhar pra ela depois disso sem querer tocá-la? Ela Vai ser minha cunhada amanhã se não desistir dessa ideia maluca! 

— E sério que você não vai falar nada?! - A morena me diz indignada e eu vou até a cama pegando uma manta que estava sobre o travesseiro e a cobrindo.

— Eu não consigo pensar com você assim! 

— Então não pense - Ela joga a manta no chão e me puxa para mais um beijo. Sua língua pede passagem e eu permito explorando sua boca, minhas mãos automaticamente passeiam por todo seu corpo e quando eu aperto sua bunda a pressionando contra meu membro ela geme na minha boca. 

— Droga, Kagome! - Eu a empurro novamente - Eu não consigo não pensar nisso! - Kagome se abaixa pegando minha camisa e empurrando contra meu peito.

—  Chega. Vá embora. – Ela  me encara e posso ver que dessa vez ela está com raiva. 

— Você não entende. Eu não posso fazer isso com você agora porque amanhã você vai estar com outro cara! - Minha voz chega soar agressiva - Eu to pirando a dias por sua causa! Você acha que eu não te quero, eu não só quero você, como preciso de você! 

A morena me olha perplexa e eu continuo. 

— Eu desejo tanto você que chega a doer - Seus olhos vão direto para minha calça que pra mim está quase explodindo - Eu não quero você só por uma noite. Esse é o problema. 

— Inuyasha ...

— Desista. Desista e podemos ficar juntos. - Ela balança a cabeça negando sem me dirigir o olhar - Por quê? Já está mais do que claro que você não gosta do Sesshoumaru, então por quê? 

— Isso tem que ser feito. Foi tudo arranjado, para os dois lados.

— Isso me parece uma desculpa bem conveniente! – Coloco minha camisa tão irritado que quase a rasgo - Se você não me der uma boa razão pra tudo isso, eu vou sair por aquela janela e nunca mais vai acontecer nada entre nós.

Ela permanece calada olhando para o chão.

— Seja feliz, Kagome.

Vou embora descendo pela armação da janela sem olhar pra trás.

—-

Estou chegando em casa quando vejo a porta aberta. Sesshoumaru está sentado no sofá.

— O que você está fazendo aqui? – Bato a porta com força.

— A sua namorada roubou o anel da Kagome. – Ele diz se levantando.

— Porque a Kikyou pegaria aquele anel idiota? – Mantenho minha postura o máximo possível e mesmo assim ele é mais alto que eu.

— Eu coloquei um GPS naquele anel pra saber quem estava roubando ele. Está lá. – Ele me mostra o celular com o endereço do GPS – Essa garota, está trabalhando com o Naraku. Por isso ele conseguiu entrar na casa dos Higurashi tão fácil naquela noite.

— Você acha que eu vou acreditar em você e te ajudar, claro. – Eu praticamente rio.

— Então acredite nisso – Ele joga um envelope em mim – Já sabe com quem ela está e o que quer.

Eu abro o envelope e vejo fotos da minha ex-namorada com um homem mais velho. Esse deve ser o Naraku. Puta merda! Porque ela ajudaria esse sociopata? Tudo que eu sei dele é o que ouço falar. Ele quer a joia da família Taisho.

— Esse cara matou a sua mãe querendo a joia. Você nunca soube que ela tinha ganhado certo? Na noite em que tudo aconteceu ela deveria estar usando ele. – Eu gelo instantaneamente. Esse cara matou a minha mãe... ? Nunca pegaram o assassino  - Amanhã eu vou viajar. Preciso que fique de olho na Kikyou e não, – Ele reforça com a voz grave – Eu disse não diga nada pra ela. Precisamos de provas pra pegar esse verme.

Eu concordo com um aceno de cabeça.               

— E antes que você pergunte, eu não sabia de nada disso até pouco tempo. – Ele respira fundo – Eu sinto muito. – As palavras dele saem com dificuldade. Nunca tivemos empatia um pelo outro. Nunca sequer falamos sobre isso. Sempre fui um bastardo da familia Taisho já que minha mãe nunca chegou a se casar com meu pai oficialmente. Agora eu sei, que ela não teve tempo pra isso.

POV KAGOME

Não consigo dormir. Vejo o sol nascer e me sinto mais vazia do que nunca. Como eu poderia dizer pra ele que o orfanato todo do Sesshoumaru seria fechado caso ele não conseguisse comandar as empresas Higurshi’s?! Adiantaria eu dizer que sou uma imbecil e não entendo nada de tocar uma empresa e não quero deixar meu pai morrer naquela mesa de escritório?! Ou que tem uma garotinha maravilhosa que precisa de uma família e eu preciso fazer alguma coisa a respeito?!

Eu sou patética.

— Feliz Aniversário Kagome, seus tão esperados 18 anos chegaram. – Digo pra mim mesma colocando a caixinha de música do Kouga pra tocar – Eu não vou chorar. – Olho meu reflexo no pequeno espelho.

—-

Separo tudo que eu tinha guardado desde a infância sobre o Kouga e coloco na arvore sagrada, inclusive o cordão com a caixinha de música e seu anel de noivado. Dentro da sua parte oca, bem no meio. Um esconderijo secreto que só eu sei agora. Faço uma oração antes de sair. Vamos assinar os papeis no cartório e em seguida ir embora, só vou voltar quando puder arcar com a responsabilidade que decidi tomar pra mim.

— Kagome-chan! Não acredito que vai fazer isso, você cresceu tanto menina – Kaede diz me abraçando – Você merecia muito mais do que isso.

— Seu avô e eu estamos procurando uma forma de acabar com isso. Espere um pouco. – Minha mãe me diz enquanto estou terminando de arrumar a mala.

— Você sabe que a saúde do papai está muito ruim. Ele deu a vida por aquela empresa e eu não conseguiria mante-la viva. Jogar o trabalho da vida toda dele no ralo é o mesmo que o matar.

— Você e filha dele, ele te ama mais do que essa maldita empresa! – Ela diz irritada, o que é raro de se ver – Acha que ver você triste dessa forma nos deixa feliz?!

— E vou fazer o que é melhor. – Dou um beijo em sua testa – Vou ficar bem. Você disse que está tentando achar uma saída, o casamento religioso só vai ser depois da formatura. Ainda temos tempo. Enquanto isso, eu ganho tempo se não tiver outra saída – As duas me abraçam me sufocando – Meu Deus! Vão me matar no dia do meu aniversário! – Digo tentando distraí-las.

Não tem outra solução, se não, Sesshoumaru já teria encontrado. Eu já aceitei e vou passar por isso, de uma forma ou outra.

—-

Coloco um vestido azul marinho de mangas curtas que se adapta ao meu corpo sem marcar minhas curvas. O tecido é leve, o que me ajuda com o calor desse dia quente. Coloco um salto branco e prendo meu cabelo em um rabo de cavalo alto, finalizo com uma make básica e estou pronta.

Quando desço do quarto com a mala encontro Sango me esperando.

— Você me pediu para estar aqui, lembra? – Ela diz sorrindo, mas tem lágrimas em seus olhos. Eu corro e a abraço – Parabéns Kagome-chan. Eu amo você.

Eu apenas respiro fundo e me afasto a olhando com um sorriso no rosto.

— Escolha ousada, mas adorei. – Ela diz sobre o vestido. Parece que sou muda. Uma única palavra não consegue sair da minha boca.

— Kagome! – Escuto meu pai me chamar da biblioteca. Junto toda minha coragem e vou encontrá-lo – Feche a porta. – Ele diz sério.

Entro e me sento em frente a sua mesa como um robô. Ele está com uma foto minha de quando era pequena nas mãos e meu estomago revira. Ele parece abatido e aflito.

— Sabe, a sua mãe passou a noite inteira me pedindo para impedir esse casamento. – Ele dá um sorriso triste pra mim – Eu não queria isso pra você.

— Mas é necessário certo? – Murmuro baixinho.

— Você sempre foi um espírito livre minha filha. Nunca quis saber de regras ou quis seguir uma carreira mais séria ...

— Eu entendo. Esse é o trabalho da sua vida.

— Kagome, você é a minha vida. – Ele levanta e coloca um colar em meu pescoço. Ao olhar o pingente em formato de lótus – Você sabe o significado da Lótus? – Eu nego e ele continua – Pureza. – Eu levanto e o abraço, lhe surpreendendo – Parabéns minha filha.

— Eu amo você. Vou viajar por um tempo, mas logo vou estar aqui, de volta com vocês. – Ele concorda com um aceno de cabeça – Não se preocupe só me prometa que vai descansar e se cuidar.

—-

Ao chegar no cartório encontro Sesshoumaru na portaria, ele parece tranqüilo como sempre e está vestindo um terno azul marinho no mesmo tom do meu vestido.

— Se isso não é destino, o que pode ser? – Sango fala zombeteira.

— Azar né?

— Ele é lindo, misericórdia. Disso você não pode discordar... – Estamos analisando seu tipo quando o homem nos vê. Nenhum sorriso, nenhuma novidade.

— Ai ai, acho que isso vai ser a coisa mais difícil que já fiz. – Sussurro pra Sango que segura minha mão com força.

— Ainda dá pra correr. – Ela diz me fazendo dar um sorriso fraco.

Quando nos aproximamos do homem engravatado eu digo logo.

— Se me chamar de Srt. Higurashi eu vou te dar um soco. – Ele esboça um sorriso e o sol parece refletir em seus olhos amarelos – Vamos nessa.

A cerimônia é curta e quando assinamos os papeis, eu sinto como se estivesse colocando uma bola de ferro no pé. Não me admira Sesshoumaru está tão tranqüilo, quem se f*deu aqui foi eu.

— Temos que ter uma foto. – Ele sussurra dando um beijo em minha testa e eu escuto um click.

— Você contratou um fotografo? – Digo entre dentes.

— Temos que ter provas se quiser ganhar tempo antes do casamento religioso. – Ele me abraça e mais fotos. Escondo meu rosto em seu peitoral.

Depois de tirarmos todas as fotos necessárias saímos do cartório com as alianças no dedo.

— Você não se sente mais pesado? – Suspiro.

— Hmmmm – Ele se aproxima do meu ouvido e sussurra – Não! É um investimento. – Eu dou um tapa em seu braço e ele ri – O que você quer que eu diga?

— Bem vinda ao inferno? – Digo dando de ombros.

— Não. Isso só vai acontecer quando conhecer a minha mãe. – Isso me causa uma crise de tosse.

— Ela não ta aqui agora né? – Olho para os lados assustada.

— O que foi? Ela parece assustada. – Sango volta com as bebidas que tinha do buscar.

— Ela está com medo por conta da noite de núpcias – Sesshoumaru diz naturalmente me desconcertando. Minha amiga olha pra ele desconfiada.

— Você disse pra ele que é virgem? – EU QUERO ABRIR UM BURACO NO CHÃO QUANDO SESSHOUMARU ME OLHA SURPRESO. Tenho certeza que estou vermelha demais porque o calor do dia começa a me afetar. Eu pego o refrigerante da mão da Sango e dou duas goladas maiores que minha boca.

— O QUE É QUE VOCÊS ESTÃO FALANDO?! – Praticamente grito – Sango, como pode dizer essas coisas na frente dele! – É a vez dela ficar vermelha.

— Eu estava brincando ... – Sesshoumaru diz desviando o olhar de nós.

— VOCÊ NÃO BRINCA!!!  – Gritamos com ele ao mesmo tempo e quando olhamos uma pra outra começamos a rir.

— Ah foda-se. Você ia descobrir algum dia. – Bebo o restante da bebida – Provavelmente não. – Cubro meu rosto com a mão livre. Meu MARIDO olha o relógio, sinal de irmos para o aeroporto.

—-

— Quando pretende voltar?

— Um pouco depois do recesso de verão. Mas vamos nos falar todo dia! – Eu peço pra morena que me olha com carinho – Ah! Sango, ontem o Kouga apareceu muito bêbado lá em casa. Disse que estava perdido ...

Sango franze a testa confusa.

— Ele lembrou do seu aniversário?! – Ela diz boquiaberta.

— Não. Ele queria saber quem eu era e eu meio que maquiei a verdade. – Dou um sorriso forçado.

— Você mentiu. Porque?!

— Porque era o melhor a fazer. Ele não sabe quem sou eu e não vai ter mais problemas com os pais, pelas marcas roxas em seu pescoço está curtindo muiiiito a namoradinha que conspirou com a sua mãe para me apagar da sua vida! – No fim da frase eu já falava com raiva.

— Entendi. Eu também estou com ranço dele no momento, mas não é culpa dele Kagome. – Ela faz uma pausa pensativa – Na verdade eu disse pra ele me esquecer também, já que não acredita no que eu falo ... – Ela dá de ombros e eu a puxo pelo braço.

— Não amiga, você tem que ficar do lado dele. Uma mãe que manda atropelar o próprio filho e manda hipnotiza-lo para esquecer o que ela deseja é o que? Eu não posso ajuda-lo mesmo querendo. Você é a única pessoa que ele pode contar.

— Eu nunca abandonaria um de vocês. – Ela me abraça e ouvimos a chamada do meu vôo.

— Nos vemos em breve. – Faço um aceno pra minha melhor amiga tentando segurar o choro.

— Aproveite sua noite de núpcias. Eu aproveitaria! – Ela pisca pra mim rindo e eu reviro os olhos. Ainda bem que o Sesshoumaru não está aqui pra ouvir isso.

POV SESSHOUMARU

O que essa garota é? Eu a estou observando enquanto ela olha pela pequena janela do avião. Sua aliança continua em seu dedo, pensei que iria tirar assim que saíssemos do cartório.

— O que foi? – A morena diz sem me dirigir o olhar – Ta me olhando como se tivesse com pena de mim.

— Srt. Higurashi, eu não sou o tipo de homem que tem pena de alguém. – Desvio o olhar para o livro em minhas mãos.

Kagome se volta pra mim levantando a mão esquerda mostrando a aliança que na minha opinião ficou muito grosseira em sua mão delicada.

— Ta vendo isso aqui? Acho que chega de srt. – Ela puxa minha mão fazendo as alianças se chocarem – Kagome, meu nome é Kagome!

— Tudo bem, Sra. Taisho agora. – Ela deixa a cabeça pender pra trás se encostando na cadeira rendida bufando. Dou um sorriso admirando a minha esposa com prazo de validade, acho que não vou ficar sozinho por um tempo.


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Notas finais do capítulo

Até a proxima ♥



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