Get Mad, Ear. escrita por TMfa


Capítulo 18
Capítulo 18


Notas iniciais do capítulo

Bem, esse capítulo me incomoda muito, porque é muito clara a quebra da linha do tempo aqui, embora ele seja um dos divertidos, ele me dá nos nervos por causa disso. Eu sei que é ironia eu pedir que ignorem esse detalhe sendo que eu mesma não consigo fazer isso, então eu vou só respirar e fingir que nada disso aconteceu.



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Depois de sete dias de provas aterradoras, a turma A finalmente estava livre. Bem, não exatamente, eles ainda tinham treinamento de herói e as provas práticas aconteceriam em duas semanas. Mas tudo bem, porque agora eles não teriam que se preocupar com as provas teóricas, nem com um Bakugou estressado, ou as explosões de estresse de Jirou, ou mesmo as descargas elétricas que Kaminari descarregava quando ele se assustava com o corpo de Kyouka pulsando uma batida após aturar Denki falando pelos cotovelos durante 14 horas por dia.

Estavam todos mortos de cansados, por isso a turma inteira se recolheu logo depois do jantar. O que foi um alívio para Bakugou e Jirou. Eles secretamente estavam dividindo a cama no último mês (não como você está pensando, seu imoral). Desde que eles decidiram falar sobre os pesadelos, os dois acabaram se esgueirando para o quarto um do outro para conversar sobre isso.

Nas primeiras noites foi apenas para desabafar, contar o que acontecia nos sonhos e discutir sobre o que aconteceu durante o ataque de vilões ou, no caso de Bakugou, o que aconteceu no covil da liga. Nenhum dos dois era muito bom nesse tipo de conversa, e ambos eram orgulhosos demais para admitir o quão enraizados esses medos estavam.

Por isso eles passavam boa parte do tempo debochando de si mesmos e fazendo isso parecer a coisa mais idiota do mundo. O que, surpreendentemente acabou funcionando. Jirou ficou mais relaxada em relação à Todoroki, ainda que as chamas azuis lhe representassem um perigo desconhecido, Kyouka aceitou que elas eram uma demonstração do poder de seu companheiro de classe, e acabou se sentindo aliviada por ser Shoto, um futuro herói, o detentor desse poder e não um vilão.

Em uma das conversas sarcásticas sobre os medos de Bakugou se tornar um vilão e assassinar seus amigos heróis, Jirou brincou dizendo que ele não mataria alguém que se rendesse, “tiraria toda a diversão do Bakugou do mal”. E com certeza boa parte da turma se renderia. Isso iniciou uma discussão sobre os primeiros que se renderiam, começando pelo suco de uva, por ser o mais covarde.

Depois de uma semana, eles só sentavam e conversavam sobre qualquer coisa, às vezes faziam bem mais que conversar. Mas no fim, eles deitavam e dormiam rindo ou discutindo – Ou os dois. Como Bakugou levantava 5h da manhã para treinar na academia, a saída não era um problema, já que a maioria ainda estava dormindo (inclusive Jirou, por isso a maioria das vezes era Bakugou quem ia para o quarto da garota, não o contrário, Kyouka tinha um péssimo humor quando tinha que acordar 5h da manhã para voltar ao seu quarto).

Jirou estava terminando de alongar as costas quando ouviu a voz de Katsuki.

— Você vai acabar pegando um resfriado com essa roupa – Ele implicou emburrado ao entrar no quarto de Jirou.

— Qual é, não é tão ruim assim – Ela revirou os olhos.

Jirou começou a vestir outras roupas para dormir quando as visitas noturnas de Bakugou iniciaram. O garoto sempre implicava com seus pijamas. Não era por nada, contudo, você tem que concordar que se você é um garoto de 16 anos passando a noite no quarto da sua namorada, é tentador demais vê-la usando um microshort e uma camiseta tão fina. Eles estão tentando manter uns limites aqui, porra.

— Me dê alguma ajuda aqui, Orelha, eu disse a mim mesmo que eu só vim aqui para dormir – Bakugou largou seu casaco na cadeira, jogou-se na cama de bruços e se enfiou nos lençóis, ele não iria olhar para sua namorada agora, ele estava muito cansado para lidar com seus próprios hormônios.

— Eu vou só terminar de alongar e também vou – Ela bocejou.

— Porra, só pode ser brincadeira – Bakugou resmungou baixinho cobrindo a cabeça com os lençóis. Infelizmente sua namorada tinha audição aprimorada e ouviu claramente seu resmungo.

— O quê? – Ela reclamou confusa. Bakugou não respondeu e Jirou puxou o edredom de seu rosto – O que foi? – Ela repetiu impaciente.

— Você acabou de por uma imagem mental da sua bunda nesse short se alongando. Foi isso. – Ele rosnou antes de sentar na cama a encarando, as orelhas vermelhas e o olhar lascivo nos olhos.

— Ok, eu vou trocar de roupa – Ela corou furiosamente e desviou o olhar.

— Ah, foda-se – Ele bufou antes de puxá-la para si.

Talvez essa não fosse a intenção de Jirou, contudo, só a ideia de tê-la trocando de roupa a menos de 2 metros de si, ativou em Bakugou a reversa de energia que os humanos conservam para copular. 

O garoto a beijou com força, sentando-a em seu colo e percorrendo seu corpo com as mãos com uma fome insaciável. Jirou não demorou muito para reagir. Com alguma surpresa, a garota sentiu o corpo aquecer dez graus a cada toque. Talvez Bakugou tivesse razão e esse pijama deixava muita pele exposta, porque não havia um único momento em que mãos de Katsuki encostassem no tecido.

— Espera – Jirou pediu ofegante ao quebrar o beijo.

Katsuki parou imediatamente, temendo ter tocado em alguma área que assustou a garota (Porra, ele tocou em muitas áreas sensíveis que os dois estavam evitando pelo bem da dignidade dos dois).

— Eu vou só trancar a porta – Kyouka rapidamente levantou-se e girou a chave duas vezes antes de voltar para o colo de Bakugou.

Desta vez, foram as mãos de Jirou que percorreram o corpo do loiro, fazendo o grunhir. Com um movimento brusco, Katsuki a deitou na cama, encaixando-se entre suas pernas e a beijando ainda mais profundo.

Jirou não pode dizer que não gostou. Seus cérebros estavam cansados demais para ter alguma sensatez, então os dois estavam aproveitando sem qualquer culpa. Bakugou começou a empurrar os quadris contra a garota, apertando suas coxas e afastando cada vez mais o tecido do short já curto. Kyouka agarrou-se à camisa de Katsuki até a ponta dos dedos ficarem brancos, enquanto a outra mão percorria os cabelos do garoto e ela mordiscava os lábios de Bakugou para conter os gemidos.

Ambos estavam com a respiração ofegante quando Jirou sentiu algo em seu quadril esquentar. Haviam tantas parte do seu corpo prestes a incendiar que a garota não deu muita atenção no começo, pelo menos não até ela sentir uma ardência no local. Quebrando o beijo para tentar entender o que estava acontecendo, Kyouka percebeu que Katsuki tinha fumaça saindo das mãos. Mãos essas que estavam comprimindo suas coxas com força enquanto Bakugou movia os quadris e beijava seu pescoço.

— Katsuki – Ela chamou-o com uma careta de desconforto.

Bakugou não deu atenção, ele desceu seus beijos para a clavícula de Jirou arrancando um suspiro pesado da garota, ela poderia lidar com esse imprevisto se não tivesse começado a sentir sua pele queimando.

— Katsuki – Ela chamou novamente, desta vez tentando tirar as mãos do garoto de suas coxas sem sucesso – Bakugou! – Ela gritou batendo no braço dele com pressa.

Isso teve uma reação, Bakugou retesou o corpo e ergueu a cabeça para encará-la surpreso.

— Você está me queimando – Ela explicou com vergonha ao afastar as mãos do loiro de sua pele.

— Porra, desculpa! – Katsuki arfou retirando as mãos fumegantes do corpo da garota. – Eu machuquei você?

Ele devia estar se sentindo muito culpado para realmente pedir desculpas. Bakugou conseguia ser orgulhoso demais para ser direto quando estava arrependido. Ele sempre tinha um jeito rebuscado e complexo de expressar suas desculpas sem ceder toda a sua pose.

— Não. Não muito – Kyouka balbuciou ajustando sua roupa e sentando-se na cama – Você parou a tempo.

— Deixa eu ver – Ele olhou para a pele avermelhada de Kyouka e torceu o nariz, não era muita coisa, mas ele perdeu o controle de sua individualidade, ele nem se lembrava a última vez que isso aconteceu, era irritante – Tch. Eu te queimei, porra – Ele resmungou encostando os lábios na pele vermelha.

— Eu acho que só funciona se você for a Recovery Girl, sabe? – Jirou riu debochada do raro beijo delicado que seu namorado deu.

— Não custa tentar – Ele sorriu levemente, ainda beijando sua coxa.

Katsuki começou a fazer uma trilha de beijos, caminhando para a parte interna da coxa de Kyouka, quando Jirou puxou-o pelos cabelos.

— Devagar aí, Bomberman* – Jirou brincou afastando-o de suas pernas – Eu acho que nós exageramos um pouco hoje.

Bakugou bufou decepcionado e deixou a cabeça pender nas mãos da garota.

— Porra, e eu só queria dormir – Ele suspirou levantando-se – Até amanhã, Orelha.

— Não – Ela gemeu segurando-o – Só deita na porcaria da cama. Está frio e não tem aquecedor que resolva.

— Então coloca a porra de uma calça, Orelha! – Ele revirou os olhos – Nada disso teria acontecido se você fizesse isso em primeiro lugar.

— Para você é fácil falar – Ela resmungou aninhando-se embaixo dos cobertores – Você é seu próprio aquecedor.

— Não começa – Ele apontou o indicador acusadoramente e pegando seu casaco – eu vou sair daqui antes que eu mude de ideia – Katsuki abriu a porta e saiu, voltando dois segundos – Eu tô tão cansado que a porra do meu cérebro não consegue pensar – Ele murmurou jogando o casaco em cima de Jirou antes de sair novamente.

Kyouka cobriu a boca com a mão para segurar a risada antes de vestir o casaco de Katsuki e apagar as luzes para dormir.

No dia seguinte, por ser o fim de semana depois da semana de provas, a turma toda se deu um descanso. Bakugou foi um dos últimos a descer. O loiro pulou seu treino matinal e decidiu desligar todos os despertadores. Para sua surpresa, ele não acordou cedo, como esperava, e quase perdeu o café da manhã.

Katsuki passou pelos colegas no salão comum com um aceno simples e foi até a cozinha e pegou seu café da manhã. Quando ele sentou-se na mesa para comer foi que percebeu alguém desconhecido sentado no balcão. Bakugou encarou o garoto de cabelos pretos e bagunçados que tinha uma sobrancelha levantada e a cabeça inclinada para o lado, esperando pela reação de Bakugou.

— Ótimo, mais extras – Katsuki bufou tomando um gole de sua xícara – De onde você veio, boneco de porcelana?

— Boneco de porcelana?

— Ei, Bakubro! Parece que você já conheceu o Saito-san – Kirishima entrou na cozinha com seu sorriso irritantemente radiante. – Esse é o meu amigo, Bakugou – Ele puxou o garoto pelos braços e colocou-o perto de Bakugou – Saito-san é do curso de Suporte.

— Muito prazer, Bakugou-san – Saito esticou a mão com um sorriso leve.

Bakugou estreitou os olhos e avaliou o garoto de cima a baixo antes de voltar a comer. Kirishima retesou a coluna e colocou um braço ao redor de Katsuki, tentando melhor a atitude do seu melhor amigo.

— Eu encontrei com ele no começo da semana ajudando Hatsume-san e acabamos conversando um bocado enquanto esperávamos pelos ajustes no terno do Kaminari.

— Hatsume-san é incrível, tem muita criatividade – O garoto apoiou-se levemente na mesa com os braços cruzados – Mas ela tem alguns problemas nas partes hidráulicas. E como essa é minha especialidade, eu acabo ajudando de vez em quando.

— Isso é tão viril – Kirishima cumprimentou-o com um tapinha nos ombros.

— Nem tanto – Saito riu um pouco – Geralmente, se a parte hidráulica não for consertada, os “babys” da Hatsume-san acabam explodindo. E isso não é muito legal para alguém com a minha individualidade.

— Haha, sim. Ei, Bro, saca só – Kirishima endureceu o corpo e se aproximou de Bakugou – Eu e Saito-san temos individualidades opostas. Enquanto eu endureço meu corpo, Saito-san se liquefaz!

— Eu não ligo – Bakugou rosnou afundando a cabeça nos ombros.

Kirishima murchou como um balão furado e aproximou-se timidamente de Saito.

— D-desculpe – Ele coçou a cabeça e sorriu sem jeito para o novo amigo – Ele não é muito sociável.

— Bem, então porque não vamos para a sala? – Saito apoiou a mão no ombro de Kirishima – Sua turma tem muitas outras pessoas com quem socializar, não é?

— Com certeza! – Kirishima ergueu um punho com alegria e começou a andar para a sala.

Tinha alguma coisa em Saito que incomodou Katsuki. Talvez seja aquela pele branca de mais, ou o tom verde folha em seus olhos, talvez até aquele queixo de bebê que nem saiu das fraudas. Aquilo não combinava com as roupas soltas que ele usava. Só para conferir, Katsuki virou-se para trás, na tentativa de descobrir o que o incomodava. Foi quando seus olhos alcançaram os pés do garoto.

— Puta que pariu, mais alguém no universo usa a porra dessas Crocs – Bakugou sentiu um calafrio percorrer sua espinha ao ver que Kirishima encontro a única pessoa no mundo além dele mesmo que usasse aquelas porcarias.

Quando o loiro terminou de comer e lavar sua louça, ele voltou para o salão comum. Agora com um pouco mais de atenção, ele percebeu que a maioria da turma estava ali, assim com sua namorada, além dos inconvenientes da turma B que continuavam a visitá-los ou arrastá-los para o dormitório ao lado nos fins de semana.

Como a Rabo de Cavalo tinha o hábito de dar atenção aos convidados (alguma merda sobre deveres dos anfitriões), ela estava conversando com a ruiva da turma B. O que quer dizer que a Orelha estava com o Olhos de Guaxinim e o Pikachu.

Afastando Kaminari para o lado, Bakugou sentou-se ao lado de Kyouka e passou o braço ao redor dela sem uma palavra. Jirou já estava acostumada, ela sabia que Katsuki tinha uma pitada de ciúme quando ela conversava com Hitoshi. Até porque os dois continuavam a treinar no fim do dia, então Shinsou era bem presente no seu cotidiano. Por isso ela apenas enroscou seus dedos em uma das mãos de Bakugou e continuou a conversa normalmente.

Apesar de Jirou não ser muito adepta de demonstrações de afeto em público, ela preferia ceder um pouquinho a ter Bakugou inseguro e mal-humorado. Por isso Kyouka ignorava essas estúpidas demonstrações de posse, era um trabalho em andamento.

Depois de quase 15 minutos em uma sala com 8 pessoas, sendo duas delas Kaminari e Sero, não ouvir Katsuki discordando explosivamente de algo, era uma situação preocupante. Kyouka olhou para seu namorado e percebeu que ele tinha toda a sua atenção no novo amigo de Kirishima.

— Você está encarando – Ela disse ao pé do ouvido. Se com isso Jirou não conseguiu a atenção de Katsuki, então havia algo muito errado. – O que foi?

— Nada – Ele respondeu ainda encarando.

— Ok, vamos falar sobre isso mais tarde – Ela decidiu com um encolher de ombros.

— Eu disse que não era nada – Ele resmungou com um beicinho.

— Ainda estamos conversando mais tarde.

E Jirou cumpriu sua palavra. Bakugou pensou que a garota tivesse se esquecido da conversa depois do dia inteiro ocupada. Eles haviam tocado juntos, Kyouka deu mais algumas horas de aula para Shinsou, eles fizeram o dever de casa e de tarde Kyouka esteve no grupo de estudos com os outros.

Ainda assim, quando ela entrou no quarto de Bakugou depois das nove da noite, ela não deitou na cama até que ele explicasse porque estava incomodado com o novo amigo de Kirishima.

— Eu não gosto dele – Bakugou confessou com uma careta de desgosto.

— Por quê? Ele é legal.

— Eu não sei. – Bakugou gemeu emburrado tentando achar um motivo – Tch, ele usa crocs, porra.

— E também o Kirishima – Jirou lembrou-o erguendo uma sobrancelha.

— Ele é muito... Bleh.

— Defina “Bleh” – Kyouka insistiu, agora erguendo os cobertores e se enfiando na cama.

— Ele é muito branco. Sei lá, pálido? Ele é estranho.

— Você não está com ciúmes do Kirishima? – Jirou sugeriu puxando Bakugou para se ajustarem na cama de solteiro.

— Mas que porra? – Katsuki a encarou incrédulo.

— Acontece, ué – Kyouka encolheu os ombros – Ele é seu melhor amigo. Não tente dizer que não – Ela levantou o indicador impedindo um protesto – Talvez você não goste de Saito-san porque Kirishima se diverte mais com ele do que com você – Jirou provocou com um sorriso malévolo.

— Porra nenhuma – Bakugou bufou e a aninhou em seu corpo – Nem fodendo aquele boneco de porcelana é mais divertido que eu. – Jirou o encarou prendendo um sorriso e com uma sobrancelha erguida. Bakugou estreitou os olhos antes de perceber o que disse – Porra eu tô com ciúme daquele cabelo de merda?

Kyouka gargalhou bem alto e depois cobriu a boca com as mãos. A pior parte de ficar no quarto de Bakugou era que havia muitos colegas de quarto, um deles tendo a audição apurada, assim como ela. Kyouka sempre ficava muito tensa de fazer qualquer coisa ali.

— Eu vou pôr você para fora, Orelha – Bakugou ameaçou com os olhos estreitos.

— Tch. É, claro – Ela soltou uma risadinha debochada antes de se aninhar novamente – Se você quer saber, você não devia ficar preocupado, eu duvido que Saito-san queira ser amigo do Kirishima – A voz de Jirou tinha um tom brincalhão que deixou Bakugou confuso.

— Do que você está falando? – Ele a afastou um pouco para encará-la.

— Eu só estou dizendo que talvez Saito-san esteja sendo mais do que amigável com Kiri – Ela brincou fingindo indiferença.

— Pare com a porra da ironia e explica essa merda – Ele reclamou impaciente.

— Pare com a porra do orgulho e pergunte direito – Ela retrucou irritada cutucando-o com os fones.

— Me explica essa merda! – Ele pediu esfregando o ponto onde seus fones o cutucaram.

— Saito-san é gay, Bakugou – Jirou revirou os olhos por ter que explicar o óbvio.

— Como você sabe? – Ele perguntou alguns segundos depois de compreender.

— Bem, tirando o fato de que Ashido e Hakagure concordam comigo, o que já é alguma coisa, já que Mina parece ter um radar para a coisa – Jirou explicou calmamente – Também tem o fato de que ele sequer tirou os olhos de Kirishima, mesmo tendo Yaomomo do lado dele. Acredite não há hétero que resista à Momo.

— Ei! Eu nunca olhei para a Rabo de Cavalo – Bakugou protestou com o cenho franzido, afastando-se um pouco para encará-la.

— E é por isso que eu pensei que você e Kirishima eram um casal – Jirou afirmou ajustando Katsuki pela terceira vez.

— Você achou que eu era gay? – Bakugou perguntou surpreso.

— Só fique quieto! – Jirou bufou puxando-o bruscamente de volta para a cama e aninhando-se nele.

Era preciso um ajuste muito delicado para dividir uma cama de solteiro em uma posição confortável para ambos e sem nenhum dos dois acordar com necrose avançada em um dos membros. Ainda assim, eles conseguiam encontrar uma meia dúzia de meios para isso. O melhor era que Bakugou era um aquecedor humano, muito bem-vindo até mesmo no comecinho do inverno. Eles não demoraram muito conversando e rapidamente caíram no sono.


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Notas finais do capítulo

* ofhrhfoe Como eu disse antes, boa parte dessa fanfic veio à mim em inglês, só que traduzir tira um pouco da sonoridade da coisa. Uma dessas vezes que me rasgou um músculo de tensão foi imaginar Kyouka chamando Bakugou de "Firework" mas fica muito estranho a fonética de "Fogos de Artifício", eu tentei encontrar um sinônimo decente, mas não rolou, então eu voltei para o constante Bomberman, porque, bem, você também já deve ter jogado esse jogo quando criança, se não, volte duas casas e recupere sua infância.

Oh, sim, e agora temos um Boy Magia para o nosso Baby Shark.



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