Como não ser eu? escrita por BellaZuuh


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Oieee, tudo bom? Gostaria muito que vocês comentassem para que eu saiba que caminho tomar na história, obrigada.
Boa Fic.



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Estaciono minha moto, tiro o capacete e sinceramente rezo por um ano muito bom, meu nome é Manuela Gonzales, para os íntimos o clássico Manu, nascida em 02 de Ju.... não pera, vocês não precisam disso, tenho 18 aninhos lindos e plenos, hoje é meu primeiro dia de aula na faculdade de direito e não posso ter erros, apesar da faculdade ser estadual eu tive que me mudar para outra cidade, coisa que o emprego dos meus pais não permitia, então sim estou morando bem longe deles em um apartamento/republica com mais 4 garotas, que graças a todos os santos umas delas é minha melhor amiga Gabriela Castro (Bi) que passou na mesma universidade que eu.

— Vai cabeça de bagre, desse logo! Se você não descer eu não tenho como descer sem te dar um ponta pé na orelha. –  Digo para Gabi que está de carona comigo.

— Cala a boca, você acabou de parar maluca, quer que eu desça da moto enquanto estava andando? eu não tenho assas não! – Ela diz enquanto desce, mas não posso perder a oportunidade de irrita-la, então desço mais rápido fazendo com que meu pé resvale nela

— Meu Deus você não fez isso! Se sujou minha camisa esse vai ser o ultimo dia da sua vida, eu juro!!

— É aí você vem a pé do apartamento até a faculdade bocó – Nós ficamos nos encarrando até que Bi diz – Prefiro minha camisa cheia de merda do que andar essa distância.

  Rimos ao ponto de as pessoas que passaram poderia achar que ali não era uma faculdade e sim um sanatório, começamos a andar em direção a entrada. Longe do que eu esperava o primeiro dia foi bem calmo, não tinha nada de diferente, apresentaram para nós as salas, os horários e os materiais de apoio, conheci um garoto da turma que meio que se meteu na conversa quando eu e bi estávamos falando sobre animes, a conversa foi legal ao ponto de não nos incomodarmos com a intromissão, depois ele se apresentou como Matheus Domingos, o que gerou muitas piadas como “e o meu é Manuela Segundas”.

 Um veterano (tão lindo que dava vontade de chorar por saber que era seu último ano) disse que aquela faculdade foi proibida de fazer trotes por causa de alguns que tinham dado errado então nada de ficar pintada na rua.

  Após esse maravilhoso primeiro dia (que eu só fiquei triste por não ter trote), troquei número com algumas pessoas da turma que achei que eram interessantes e fui pra moto, estava conversando com Matheus enquanto esperava aquela coisa que eu chamo de bff, ela estava resolvendo coisas que ela deixou atrasado na secretária, que eu não me interessei em perguntar pois conhecendo ela eu sei que quem estaria na fila seria eu se tivesse procurado saber mais do assunto, ela é um ser maligno, pode ser muito persuasiva quando quer... Estávamos encostados na minha motoca e o assunto da vez era a série *The Flash

 – IMPOSSIVEL, não tem como gostar daquele Dr. Wells, eu simplesmente não gosto dele, hipócrita e chato!  – Eu sou uma maluca por séries e filmes de todos os tipos, romance, suspense, americana, inglesa, coreana, chinesa, só não sou muito fã de terror, cagona mesmo, não consigo ver, a mulher fala buh e eu troco a fralda.

— Não acho isso dele, só que ele viu uma oportunidade.

— Sério isso? Não acredi... – Eu estava no meio da frase quando Gabi me da um empurrão que eu quase caio de cara no asfalto. – Porra, você só fala de série, não pode conhecer uma pessoa que já quer falar de série. Dá pra você ser uma pessoa normal não? -  Fico tentando encarar ela no olho o que não da muito certo já que ela é alta e eu não, mas resolvo desistir e apenas ir pra casa me organizar por que eu sei que a faculdade não vai ser igual hoje para sempre.

— Vou te ignorar sobre esse assunto, vai sobe logo na moto – digo subindo na moto e dando tchau para Matheus com um aceno e um básico “até amanhã”.

Quando ela sobe, saio com a moto e no caminho para o apartamento lembro que umas das meninas (ainda não decorei o nome de todas, só lembro da Anna que é a real dona do apartamento), disse por mensagem que estava acabando algumas coisas, então decido parar no mercado no caminho.

Eu e bi nos separamos pra pegarmos as coisas mais rápido e voltarmos para casa. Estou andando na parte de Limpeza quando vejo a Bi pegando alguma coisa na prateleira de baixo, vou correndo em direção a ela e dou um tapão de estralar nos ouvidos.

— Vai danada. -  Essa cena seria engraçada entre nós duas, mas quando a pessoa se levanta, percebo que não só não era a Gabi como também, era um garoto, usando a mesma jaqueta de jeans, top, calça legging preta, maquiado e usando peruca de cor parecida com o cabelo da Bi, me dando um olhar que eu não sei se estava com raiva, sem entender nada ou perguntando de que hospital psiquiátrico eu fugi, eu travei, não sabia o que fazer... Eu bati na bunda de alguém que eu não faço ideia de quem seja, e ele estava vestido de mulher, eis uma história para contar para meus futuros netos.

— Des...Desculpa, achei que fosse minha amiga, S..Sin...Sinto muito mesmo. -  Eu sai dali quase correndo, os passos mais largos que pude, sem olhar para trás, morrendo de vergonha de ter batido na bunda de uma pessoa aleatória. Encontrei com a Gabi no caixa, pagamos e fomos embora, quando contei o que aconteceu, este ser não conseguia parar de rir imaginando minha cara quando vi que não era ela.

Dia seguinte, acordo com uma barulheira insuportável vindo da sala, me levanto e vou checar. Quando saio do quarto me sinto no filme *Matrix pois me inclinei para trás bem na hora que um caderno voa perto do meu rosto – Eita Porra! O que está acontecendo aqui? – Olhando em volta vejo Anna segurando uma garrafa de cerveja vázia com cara de quem vai destruir o mundo se não acertar alguém e do outro lado da sala vejo uma das garotas que morava conosco, usando uma almofada de escudo e na outra mão um livro pronto para atirar, acho que era Fernanda seu nome.

— O QUE ESTÁ ACONTECENDO É QUE A FERNANDA VAI EMBORA DESSA CASA AGORA!!! – Anna berrou para o mundo ouvir, e agora eu tinha certeza que o nome é Fernanda. Anna continua a gritar coisas aleatória e eu não entendo nada, em grande maioria xingando a garota e a outra parte mandando-a embora. Quando eu acho que estou quase entendendo o assunto, sinto um ser extremamente sonolento (Bi) apoiar a cabeça no meu ombro e perguntar o que estava acontecendo ali, quando vou responder que também ainda não entendi, ouço uma frase sair da boca de Anna que no mesmo instante me faz ficar brava, quase chegando do nível que ela estava, a frase? “Sua vagabunda talarica do caralho”.

— Pera, pera, espera só um pouco, talarica? Eu ouvi isso? Isso tem o mesmo significado que tem na minha cidade? Por que eu não consigo acreditar nisso agora. – Anna tem um namorado a uns 7 anos, ele é a coisa mais fofa com ela, vive trazendo presentes, vindo buscar ela pra sair e sendo o exemplo que todo namorado deveria seguir, pelo menos eu achava.

— Sim Manu, tem sim, mas eu não tenho culpa, o namorado dessa aí quase me implorou pra transar com ele por que ela não faz e agora ela vem reclamar – Diz Fernanda como se estivesse na razão de alguma coisa.

  Eu não consigo me segurar e pulo em cima da garota, ela vai ver se as aulas de Box me ensinaram alguma coisa... Vou resumir um pouco, nós ficamos nos batendo, Anna e a outra garota que acordou com o barulho tentando separar e a Gabi preparando o café da manhã dela. Quando a briga finalmente é apartada estou feliz em ver que a Fernanda saiu muito pior do que eu, e a Anna a tirou do apartamento e falou pra outra garota que eu realmente não sei o nome ainda colocar as coisas da Fernanda para fora ou ela ia queimar tudo.

  A situação começou a acalmar e eu percebi que estava atrasada para o trabalho, sai correndo para me arrumar e percebi que não ia dar tempo de tomar café, quando já estou quase na porta do apartamento Bi me dá uma sacolinha com um misto quente e meu copo térmico com café. - Sabia que não ia dar tempo de você comer se resolvesse brigar. Toma vai logo!

  Olha que neném mais fofa, e ainda tem gente que fala que ela não é a melhor amiga do mundo, coloco tudo na mochila e vou pro meu trabalho, uma semana depois de chegar na cidade eu consegui o meu trabalho em uma empresa grande de advocacia imobiliária, não era a área que eu ia seguir mas é bom conhecer as áreas antes de escolher. Depois de bastante trabalho duro eu pego minha moto e paro em frente ao prédio esperando a Bi descer para irmos para a faculdade. Chegando na faculdade, estaciono a moto e vejo Matheus vindo em nossa direção.

— Eae! Vi uns episódios daquele anime que você falou, é bem legal mesmo.

—Viu eu disse, é um dos melhores que eu conheço. – Falo e começamos a andar os três em direção a porta. – Não acredito que você achou alguém tão viciado que nem você – Gabi diz rindo e me dando um empurrão de leve, que me fez sem querer empurrar um garoto que estava passando por nós. Quando me viro para me desculpar, geeente que lindo, alto, cabelo castanho escuro e olhos verdes.

— Me desculpa – espera, eu juro que conheço ele, eu posso não ser nenhuma *Carrie Wells ou *Mike Ross com memória incrível, mas quando eu acho que conheço um rosto é por que conheço – Eu não te conheço? – Quando eu faço a pergunta o garoto parece me reconhecer e me da um olhar quase que com medo que eu fale demais e nesse instante eu lembro aonde vi um olhar parecido. – Não, não conhece. – O garoto fala milésimos antes com olhar quase implorando.

— Aaaaah, eu dei um tapa na sua bunda no mercado – mas mesmo assim não deu tempo.


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Notas finais do capítulo

*The Flash - Seriado Americano
*Carrie Wells - Personagem principal do seriado: Unforgettable
*Mike Ross - Personagem da série: Suits



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