Exílio do Amor escrita por Funny Hathaway


Capítulo 34
Capítulo 34


Notas iniciais do capítulo

Olá! Serei breve porque estou exausta e com fome. Espero que gostem do capítulo!



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Assim que Elizabeth despertou, Duque soube que ela não fazia mais ideia onde estava. Ela levantou ligeiramente o tronco do sofá e olhou em volta com o cenho franzido. Ela colocou as mãos nos cabelos, que estavam completamente desalinhados e começou a torcer os cachos nas mãos, olhando para si mesma. Ele também conseguiu ver exatamente o momento em que ela percebeu que estava completamente despida e segurou mais firmemente o cobertor no próprio corpo. 

Tentou apertar os lábios mais firmemente para não soltar uma risada com a confusão dela, mas acabou soltando o ar muito ruidosamente, o que levou a dama a se sobressaltar e olhar para o lado, buscando a fonte do barulho. Ela deu de cara com Duque sentado em uma cadeira, apoiando os braços no encosto e a encarando com um olhar que era ao mesmo tempo avaliador, mas também carinhoso. 

A dama sobressaltou-se com a presença dele, arrumando a postura imediatamente. Suas feições ficaram coradas e Duque não conseguiu deixar de abrir um sorriso tipicamente masculino com o rubor dela: 

— Bom dia- ele disse, enquanto esticava um braço para colocar uma mecha do cabelo de Elizabeth atrás da orelha. A moça baixou os olhos e abriu um sorriso tímido. 

— Bom dia

— Não quis acordá-la. Parecia estar dormindo tão tranquilamente com um sorriso no rosto. 

— Que horas são?- ela perguntou, ligeiramente confusa. 

Duque tirou o relógio do bolso e anunciou tranquilamente:

— 9:30

— Da noite?- Elizabeth franziu o cenho, pensando que havia chegado no Royale às 22, então o horário não poderia estar correto. 

— Da manhã…- ele soltou, olhando-a de lado. Ela realmente estava perdida. 

No instante em que ela registrou a informação, Elizabeth pulou do sofá como um gato, procurando pelas suas roupas desenfreadamente. A dama começou a vestir as calçolas, enquanto começou a resmungar: 

— Meu Deus! Onde eu estava com a cabeça? Todo mundo deve estar morrendo de preocupação. Eu não dormi em casa e não deixei nenhum aviso. 

Duque olhou aquela cena com um misto de emoções. Não conseguia deixar de achar cômico Elizabeth correndo desenfreadamente pelo seu escritório. Mas ao mesmo tempo, sentia uma certa urgência, como se a dama estivesse escapando dele. Ainda por cima, ele sentia um desejo inexplicável de abraçá-la e pedir que ela não fosse embora. Que ficasse por uma mais tarde no Royale com ele. Quem sabe uma semana, ou talvez para sempre… 

— Tenho certeza que eles sabem que você não está em perigo. É uma mulher independente e pode ir e vir a hora que lhe apetecer- ele tentou continuar o assunto, empenhando-se para achar uma maneira de fazê-la parar. Fazer com que os dois pudessem voltar para a noite anterior. 

— Mesmo assim, não é do meu feitio. Provavelmente já sentiram a minha falta a essa altura do dia. O senhor poderia, por favor, me ajudar a…- Elizabeth parecia um pouco constrangida ao dizer aquelas palavras- a fechar o corpete. 

Duque inclinou a cabeça e analisou a cabeça. A moça com os cabelos soltos, caindo até sua cintura, enquanto ela segurava com as duas mãos o corpete em volta do tronco. Ela não esperava seriamente que fosse ajudá-la a vestir-se quando justamente o que queria era fazer o contrário. Mas, o cavalheiro suspirou fundo, deu um passo a frente e passou o cabelo dela para a frente, a fim de deixar as costas livres para que pudesse mexer nas cordas. Ele conseguiu perceber um ligeiro tremor nas costas da dama ao sentir o toque dele. 

— Está bem. Então a senhorita irá para a casa por agora. Mas ainda há assuntos que precisamos discutir- Duque comentou enquanto começava pela parte de cima do corpete, passando as cordas delicadamente. Poderia não ser um libertino tão grande quanto Ethan, mas havia tido prática com alguns corpetes na sua vida. 

— E o que seria exatamente os assuntos que precisamos discutir?- ela perguntou, claramente fingindo a falta de entendimento para que Duque dissesse quais eram suas intenções. Uma manobra feminina clássica. 

Ele arqueou uma sobrancelha e decidiu ser direto ao ponto. Já bastava de deixar as conversas entre os dois pela metade:

— Acredito que seja basicamente sobre a noite passada e sobre quando poderei fazer uma visita ao seu pai para fazer o pedido de casamento formalmente. 

Elizabeth virou-se imediatamente, completamente chocada pela franqueza do cavalheiro. Até aquele momento, os dois estavam simplesmente vivendo as emoções do momento, mas nenhum tipo de compromisso havia sido mencionado. Bem, até agora. 

— É o quê?- os olhos dela estavam arregalados enquanto ela o encarava diretamente. 

— Eu fazer um pedido formal para o seu pai... achei que estávamos na mesma página sobre esse assunto. 

— Sim.. não… não sei. Isso é um pouco repentino. Ainda mais porque eu preciso arranjar uma maneira de ajudar Gregory com toda essa questão com o pai dele. 

— Você não está pensando em seguir com esse noivado, está?- Duque perguntou com um olhar cuidadoso. 

— Não, quando eu aceitei o compromisso eram outras circunstâncias. Agora…- ela começou a falar, mas parou no meio, olhando para Duque cuidadosamente- agora tudo está diferente. Mas ainda assim, você não pode pedir a mão de uma moça já comprometida. Isso realmente seria um escândalo- Elizabeth deu uma pequena risada com o pensamento. 

— Então quanto tempo você precisa para resolver essa situação?- ele perguntou, paciente. 

— Não sei, não posso me demorar muito porque a data do casamento está se aproximando e realmente daria o que falar o casamento do próximo duque ter uma noiva que não apareceu.

— Eu acho que isso seria realmente um escândalo- Duque deu com um pequeno sorriso no rosto e Elizabeth respondeu, soltando uma risada melodiosa. 

— Mas espere um minuto. O senhor está dizendo que vai pedir minha mão em casamento para o meu pai, mas não consultou a noiva em si para saber se eu vou aceitar a proposta. Que tipo de despautério é esse?- ela colocou as mãos na cintura e o corpete, que estava somente metade preso, acabou entortando. 

Duque aproximou-se de Elizabeth, segurou o rosto dela com as duas mãos e beijou-lhe com todo o fervor que sentia naquele momento. Ela respirou fundo, completamente surpresa pelo ato. 

— Não vou pedi-la em casamento até o momento em que você possa me dizer sim para valer. Mas saiba que eu a amo, Elizabeth Clark, e sou completamente seu. Não existe outra pessoa que me faria feliz neste universo. Somente a senhorita com seu gênio teimoso e sua mania incorrigível de cuidar de todos ao seu redor.  

— Você fala como se fosse algo ruim- a dama fez um ligeiro bico e cruzou os braços. 

— De maneira alguma. Eu adoro cada detalhe seu, sem exceções. Agora é a senhorita quem tem que me dar uma certeza, não o contrário. Mas por enquanto vire-se que eu preciso terminar de amarrar o corpete. A não ser que prefira que eu faça o serviço contrário e fiquemos mais um tempo por aqui no meu escritório.. 

Elizabeth deu um sorriso envergonhada e corou novamente naquele dia. O que estava acontecendo com seu auto controle? Aparentemente havia saído pela janela no momento em que havia pisado o pé no Royale. Virou-se de costas para ele, enquanto Duque terminava de arrumar seu corpete. O processo foi dez vezes mais demorado do que o normal, já que o tempo todo, ele depositava beijos cálidos em seu ombro, ou na sua nuca. Mas ainda assim, ela estava adorando cada momento e não ousaria pedir para que ele parasse. 

Ela começou a arrumar seu cabelo numa trança, enquanto procurava pelas suas luvas. Duque ficou simplesmente observando, tentando atrasar o máximo o momento em que ela saísse pela aquela porta. Não queria que a mágica da noite anterior desaparecesse. Queria simplesmente ficar com ela por mais tempo. Já havia acontecido tantas coisas entre os dois, que não estava pronto para deixá-la ir. 

Quando Elizabeth já estava minimamente decente, ela ameaçou sair e Duque impediu, segurando a cintura dela e puxando-a para si.

— Dereck, eu estou atrasada. 

Ele abriu um sorriso e acariciou o rosto da moça. 

— Você não está atrasada. Você está atrasada para mim. 

Elizabeth abriu um sorriso largo, os olhos brilhando de alegria. Ele inclinou-se e deu um beijo rápido na moça e a deixando ir embora, mas com a esperança de um futuro em que ela não tivesse que sair do seu lado. 

***

— Finalmente!- foi o que Ethan soltou no momento em Duque contou a ele uma versão resumida dos fatos da noite passada e disse que havia declarado suas intenções de casar-se com Elizabeth- Meu Deus! Eu não aguentava mais você e ela nesse vai e volta. Ainda bem que você vai se casar de uma vez para eu poder ter um pouco de paz. 

Duque soltou uma risada com a fala do amigo. Sacudiu a cabeça, enquanto passava pelas mesas do Royale. Tinha plena consciência da idas e vindas entre eles, mas naquele momento não dava muita importância para tudo que havia passado. Simplesmente queria ver Elizabeth de novo. 

— Alô? Realidade chamando!- Ethan exclamou no momento em que percebeu que Duque não estava prestando atenção- Ah, não preciso nem perguntar onde a sua mente está. Na sua querida e amada Elizabeth. “Eis o oriente é Julieta, e sol”!

— Quem diria que o senhor Ethan Lewis seria um leitor de poesia- Duque exclamou, olhando surpreso para o amigo com as sobrancelhas levantadas. 

— Eu tenho os meus segredos, senhor Duque. Um libertino não pode viver somente de festas, não é mesmo?

— Está certo, está certo- Duque concordou, com um sorriso no rosto. 

— Duque?- o moreno ouviu uma voz chamando-o atrás de si. Quando virou-se, deu de cara com Gregory. Ajeitou a postura, desconfortável pela presença do rapaz. 

— Sim. 

— Acho que precisamos conversar.


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Notas finais do capítulo

Comentem o que acharam!

Beijinhos de luz!



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