Derek olhou para a enfermeira aplicando o remédio no soro de Jesse. Levaria um ano para ele poder voltar a andar e ele não sentia nenhum pingo de arrependimento.

Ele merecia por machucar Penelope. Ele merecia morrer, mas ficar paralisado por alguns meses parecia ainda melhor. Morrer seria fácil para esse idiota.

Virando-se ele viu Rossi correndo e por segundos seu coração quebrou, imaginando o pior com sua Baby Girl. Ele correu, sem saber porque estava tão louco. Se Penelope ou o bebê morressem, ele reconsideraria seu plano e mandaria Jesse para o inferno.  

Ele entrou no quarto e viu sua menina o olhando com seus olhos castanhos, cheios de lágrimas. As mãos em seu ventre e ele nunca havia visto imagem tão perfeita.

— Baby Girl. – Derek foi para o lado dela. – Você acordou.

— O bebê. – Penelope o olhou com tanto amor. – O bebê está vivo.

— Sim, ele está. – Derek beijou os lábios de Penelope. – Oh, minha linda menina.

— Me desculpa Derek. – Penelope pediu. – Eu só não queria que você perdesse Sarah. Eu não podia tirar isso de você também.

— Você nunca se desculpe por ser maravilhosa. – Derek sorriu e a beijou outra vez. – Sarah queria estar aqui, mas Jesse bateu nela e ela precisava de descanso.

— E Jesse? – Penelope precisava descobrir. – Ele está vivo?

— Infelizmente. – Derek abraçou Pen com cuidado. – Deveria ter mirado um pouco mais para cima.

Penelope se separou de Derek e de repente começou a rir. Derek se derreteu ao ouvir sua mulher rindo. Ele sentia falta desse som por dois dias agora e seu coração finalmente se sentia livre da água que parecia sufocar.

—Oh, Hot Stuff. – Penelope o chamou de um apelido que era usado raramente agora. – Eu não queria matar ele.

— Não? – Derek acenou para que ela continuasse.

— Não. – Pen sorriu. – Eu queria ele vivesse para ver que ele nunca conseguiu chegar a mim do jeito que ele achava que iria.

— Você, Penelope Grace Rossi Morgan é uma mulher maravilhosa. – Derek colocou a mão em sua barriga de bebê. – Ele já é um menino forte desde a barriga.

— Ele é nosso filho afinal. – Penelope se aproximou de Derek. – Eu te amo.

— Eu te amo mais. – Derek puxou Pen para seus lábios. – Minha deusa.

— Meu deus de chocolate. – Penelope beijou Derek de volta.

Hotch e Emily observaram o casal feliz. Eles derrubaram o último dos vilões que assombravam a equipe.

— Eu diária para pegar um quarto. – Emily brincou. – Mas esse é um quarto.

— Um quarto de hospital. – Penelope brincou sorrindo. – É muito bom ver você, Em e Hotch.

— Espero mesmo. – Emily entrou no quarto. – Aqui, sei que você pode comer coisas boas no momento.

Emily passou a caixa e Pen abriu. Era morangos com chocolate. Penelope sorriu e abraçou a amiga.

Eles nem podiam pedir algo melhor. Derek e Penelope estavam vivendo seu próprio conto de fadas agora.

— Eu vim dizer a vocês que a bolsa de Anne estourou. – Rossi parou na porta. – E os gêmeos estão nascendo.

Derek pegou Pen nos braços e a levou para sala de espera.

Reid estava segurando a mão de sua esposa, com todo o amor que poderia ter. ele se tornaria pai logo mais e era tudo o que ele sonhou, se realizando outra e outra vez.

— Prontos? – A médica perguntou.

— Completamente. – Reid pegou a mão de Anne na sua. – Completamente pronto.

Reid beijou a testa da esposa durante o tempo todo. Ele sentiu tanto amor por essa mulher. A primeira que ele realmente sentia paixão depois de Maeve.

No momento em que o choro do primeiro bebê foi ouvido, Reid olhou para cima. Seus olhos se abrindo, seu coração transbordando de felicidade.

— Parabéns. – A médica lhe entregou o bebê. – É um lindo menino.

Os olhos de Reid brilharam com o bebê, tão pequeno, tão seu e de sua esposa.

Ainda havia mais um e Reid esperou que pudesse cortar o cordão também. Ele havia feito isso por duas vezes agora e tinha total coordenação para cortar.

Anne sorriu quando ouviu o choro do segundo bebê encher a sala. Ela não poderia ser mais feliz do que agora, com Spencer, Julieta e mais dois bebês.

Olhando para toda a gravidez, ela percebeu que Spencer cuidava bem dela e de sua filha. Todos os dias, acordando ao lado desse homem, ela desejou ter conhecido Reid mais cedo.

Reid cortou o cordão e pegou a pequena garotinha. Levando até Anne, ele mostrou.

— É uma menina. – Reid estava com a voz embargada. – Eu não posso acreditar.

— Ela é linda. – Anne sorriu. – Eles são lindos.

— Como você, meu amor. – Reid a beijou. – Eu te amo. Muito.

Derek e Pen, assim como todos esperaram para as boas novas. Reid saiu da sala de parto, bobo e feliz.

— É um casal! – Reid ouviu seus amigos o parabenizando. – Eles estão saudáveis e Anne e eu vamos decidir nomes depois.

— Parabéns Spence. – JJ o parabenizou. – Você merece ser feliz.

— Obrigado JJ. – Reid abraçou a amiga. – Eu realmente me sinto completo.

— Espere até os dois chorarem juntos. – Penelope brincou. – Eu sei sobre isso, meu caro gênio.

— É claro. – Reid foi até a amiga. – Fico feliz que você está bem, Penelope.

— E quais os nomes deles? – Derek perguntou. – Você e Anne já haviam discutido, não é?

— Arthur para o menino. – Reid suspirou de amor. – E Phoebe.

Penelope abraçou Spencer emocionada. Reid abraçou Pen e desceu uma mão para seu estomago.

— Logo ele estará aqui. – Reid brincou. – Então nossos filhos brincarão juntos.

— Amem para isso. – Penelope riu. – Acho que eu deveria voltar para o quarto.

— Leve-a de volta, Derek. – Hotch tentou ser autoritário, mas riu em seguida. – E a amarre na cama se preciso.

— Não quando eu não posso aproveitar. – Penelope provocou uma risada coletiva. – Ok, estou indo.

Todos balançaram a cabeça para Penelope logo que ela saiu. Eles adoravam ela por esse motivo. Conseguia fazer um dia cinza se tornar colorido.

Rossi observou sua esposa dormindo com Amélia e tirou uma foto delas. A pequena bebê crescia rápido e ele havia rido dessa estranha forma de vida.

Um dia eles corriam atrás de malucos e no outro, ele estava brincando de bonecas com sua filha. Mas ele não mudaria nada disso.

Emily comprou outro teste de gravidez na farmácia. Ela e Aaron estavam tentando há alguns meses e ela esperava que dessa vez fosse positivo finalmente.

 Entrando no banheiro do FBI, ela fez o teste e esperou o tempo todo, rezando para um positivo.

O alarme do celular tocou anunciando o fim do tempo e ela pegou a vareta. Ela deixou suas lágrimas caírem quando descobriu que ela estava grávida de novo. Ela correu para contar para Hotch.

Entrando na sala do marido, Emily colocou o teste na frente dele e ele desligou quem quer que fosse ao telefone.

— Estamos grávidos, Aaron. – Emily olhou para Hotch. – Então?

— Eu vou comprar um berço. – Hotch pegou a esposa e a girou, beijando seus lábios. – Eu te amo tanto.

Ela sorriu para seu marido. Eles finalmente estavam indo para toda a vida juntos.

E seriam tempos felizes a partir de agora.