Winter Blues escrita por Any Sciuto


Capítulo 12
Making plans and telling the truth




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Uma semana depois...

— Ainda acho prematuro vocês levarem ela para casa. – O Dr. Carson disse. – Eu entendo que o unsub ainda está a solta, mas não podemos dar outra semana?

— Eu quero ver minhas coisas. – Pen fez uma cara fofa. – Quero ver todos e Rossi parece querer me contar algo.

— Até imagino o que seja. – Ele viu o olhar de Penelope. – Vou buscar seus papéis então. 

— Derek. – Pen chamou o noivo. – O que ele quis dizer com ”Até imagino o que seja”.

— Baby Girl. – Derek foi para o lado dela. – Eu sei o que Rossi quer conversar, mas acho que seria melhor ele te falar. Ele me contou logo que você entrou em cirurgia em São Francisco. Eu não queria esconder por seis meses, porém você teve um pequeno sono.

— Certo. – Ela não gostava de segredos. – Então, eu pensei sobre o casamento.

— Deixe-me te levar para casa. – Derek olhou a hora outra vez. – Estamos indo para a casa de Rossi.

— Por que? – Pen não entendeu. – Tommy está de volta, não é? É por isso que eles estão aqui.

— Sim, baby. – Derek a colocou na cadeira de rodas. – Mas eu vou te proteger de qualquer jeito.

Ela não disse mais nada. Parecia bom demais para ser verdade. Derek não disse nada sobre as cartas de ameaça que chegaram ao quarto dela e que ele interceptou. Ou as ligações que obrigaram Hotch levar Jack e Emily para morar com Dave.

Chegando na casa de David, Morgan tirou Penelope do carro e a carregou nos braços. Eles eram, afinal noivos.

Rossi viu quando o carro parou na entrada e suspirou. Ele finalmente contaria a verdade a ela. Tinha todos os exames de DNA que ele fez quando ela estava em coma, todas as fotos de seu antigo lar e todas as coisas que eles fizeram.

Ele sabia que uma coisa assim era necessária. A experiência de quase perder sua filha foi terrível.

— Derek. – Rossi abriu a porta. – Ei Kitten.

— Ei Dave. – Ela sorriu. – Esse garanhão precisa descansar agora que eu estou fora do hospital.

— Vá dormir um pouco, Derek. – Rossi o olhou profundamente. – Eu e Hotch podemos ficar com Pen.

— Está morando aqui também, Bossman? – Pen achou que Tommy estava preparando algo. – Eu sinto muito. Onde Jack está?

— Garcia. – Ele sabia que o assunto era sério. – Antes de qualquer coisa eu preciso conversar com você e Dave precisa realmente.

— Ei. – Rossi pegou a mão dela. – Eu deixei guardado muito tempo para chegar aqui e não contar.

— Você está me assustando. – Pen ficou medo. – Estou sendo demitida?

— Penelope. – Rossi respirou fundo. – Eu sou seu pai.

A sala ficou em um silêncio de morte e até Hotch parecia ter congelado. Penelope ficou tentando ver se era uma brincadeira sem graça, mas o olhar de Dave era real e assustado.

— Por que? – Ela sabia que ainda não podia simplesmente fugir. – Por que agora do nada?

— Desde o dia que sua mãe saiu com você eu te procurei. – E de repente, as comportas foram abertas. – Eu te procurei por anos e quando finalmente fiz vi que eu não podia entrar em você e arrancar a felicidade.

— Mas você e eu trabalhamos juntos. – Ela estava mais ferida do que chateada. – Tanto tempo que eu poderia te conhecer melhor.

— Eu sei e sinto muito. – Ele levantou o queixo dela. – Eu não posso dizer que sempre quis contar, porque dias e vilões como Henry Grace poderiam usar a minha menina contra mim.

— Então, se não fossem os doentes que pegamos... – Ela sorriu amarelo para ele. – Você teria me contado?

— Exatamente. – Ele sabia que o perdão não viria imediatamente. – Eu entendo se você não quer me perdoar agora, mas eu nem sei se eu mereço.

— Você sabe que eu sempre quis que você fosse meu pai. – Ela aliviou a tensão. – Agora eu consegui e não vou deixar passar.

— Isso significa que sou tolerável? – Ele sentiu um peso ser tirado de seus ombros. – Eu entendo se demorar.

— Eu perdi tantas chances com você, pai. – Ela se arrumou para um abraço. – Que tudo o que eu quero é te abraçar e dizer que Tommy não vai vencer.

Hotch assistia a troca em silêncio, com lágrimas rolando pelas bochechas.

— Eu arrumei algo para você. – Ele entregou a certidão. – Você vai precisar para casar com seu deus de chocolate.

— Você colocou seu nome? – Pen sentiu as lágrimas caírem. – Eu não sei o que dizer.

— Não precisa dizer nada, minha menina. – Rossi a abraçou. – Apenas que tudo vai ficar bem.

— Você vai me levar para meu lindo noivo no meu casamento então? – Seus olhos castanhos quase imploravam. – Por favor.

— Tudo o que minha filha quiser. – Rossi manteve o aperto nela. – Deus, Penelope. Você é a filha que qualquer um gostaria de ter, certo Aaron?

— Não olhe para mim. – Hotch riu. – Eu prefiro ter ela como irmã. Afinal, se Tommy estiver por perto, ele não vai desistir.

— Eu tenho um plano. – Pen disse. – Mas precisamos de todos do time aqui.

Enquanto Hotch ligava para todos e chamava Derek, Pen e Rossi ficaram juntos. Ser pai de Penelope era maravilhoso, divertido e tudo o que ele poderia querer.

Apesar disso, havia alguém nada feliz com a vida maravilhosa que Penelope ganhou em tão pouco tempo depois de sair do coma.

Lisa ainda tentou falar com Luke, mas ele não queria ver a mulher na sua frente de novo. Ela estava sendo irracional. De novo.

Batendo na porta de uma casa não muito longe da de Rossi e alugada por dois anos, Tommy, agora Elijah, recebeu Lisa em sua casa.

— Eu falei para ter cuidado. – Tommy a puxou para dentro. – O que é tão importante para vir a essa hora?

— Eu quero fazer parte de seu plano. – Lisa foi direta. – Mas eu quero punir Luke junto.

— O que mudou? – Tommy serviu uísque para ela. – Há quatro semanas, você não queria seu garoto machucado.

— Eu entendi que ele me odeia. – Lisa colocou o uísque inteiro de uma vez. – Eu quero ver ele e Penelope mortos.

— Eles não estão juntos. – Tommy a lembrou. – E sequestrar três agentes federais é complicado e arriscado.

— Você não me entendeu. – Lisa bateu na mesa. – Eu quero Luke machucado e não sequestrado. E você pode fazer o que quiser com a cadela e o cachorro.

— Lisa, suas emoções vão acabar com o meu plano. – Tommy a encarou. – Não vai acontecer.

 - E se eu for até eles e te entregar? – Lisa sabia que era um caminho rochoso. – Eu te entrego de bandeja para eles e ganho Luke de volta.

— Você está me ameaçando, Lisa? – Tommy a encarou. – Hein?

— Se for preciso. – Ela retrocedeu. – Eu só quero acabar com aqueles dois.

Tommy se viu concordando. Ele poderia apenas eliminar Lisa no final de tudo. E quem sabe, ficar com Penelope para ele.


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