Vinte anos atrás. — Planeta Tridgan.

                                 — Senhor, XL0078 está mostrando estabilidade!

Um dos ajudantes do cientista Aujirin gritava ao ver o pequeno tridigoniano.

XL0078 estava em um recipiente, era como um bebê qualquer, porém sua espécie era um tanto peculiar.

O pequeno tinha forma humanóide. De cor cinzenta, três longos dedos em cada pé, chifres curtos, guelras nos dois lados do pescoço e era face sem nariz.

— Perfeito, parece até que está dormindo.

Aujirin comentou olhando a criação, de olhos fechados. Ele é um renomado cientista de Tridgan, que agora estava dedicado a criar vida a partir da energia do próprio planeta.

— Os outros quatro morreram, por que este...

— Destino. — Aujirin, o polvo interrompia. — A partir deste bebê, uma nova era, será criada em Tridgan.

Repentinamente, a porta de aço, começou a ser arrombada. Bastaram três golpes para que ela cedesse e caísse. Eram um grupo de soldados e Azura, quem os liderava.

— Eu tinha certeza, você está fazendo algo profano.

Azura acusava emanando uma forte aura de energia EX, a ponto de cobrir todo o seu corpo.

                                              — Veio aqui, para matar o meu filho?

Aujirin perguntava, pondo todos os tentáculos e a si mesmo, na frente do recipiente.

— Filho? Essa coisa é a própria heresia.

— Não diga isso senhor Azura. XL0078 representa a nova geração de super guerreiros, vai mesmo matar um bebê que está dormindo?!

Azura ouvia as palavras de Aujirin e olhava o pequeno recipiente. Ele foi até onde a cápsula estava e a tomou para si.

— Eu não sou um assassino, tudo o que posso fazer é condenar essa criatura a vagar no espaço até o fim de seus dias. Enquanto a você Aujirin, será julgado pelo seu crime.

— Obrigado, senhor Azura, muito obrigado mesmo. — o cientista agradecia.

Dois dias se passaram e XL0078 foi jogado no espaço, dentro de uma pequena nave que o alimentaria por três dias, porém a sorte iria sorrir para o pequeno tridigoniano.

Ao final do segundo dia no espaço, XL0078 foi abduzido por uma gigantesca nave espacial.

                                             — É um bebê, de Tridgan?

Um reptiliano perguntava ao ver o pequeno dorminhoco.

— Nexus. — seu companheiro chamava. — Consegue sentir isso?

— Ivan, é uma energia EX absurda, por acaso vem dele?

O reptiliano apontava para XL0078, que parecia um tanto calmo, como qualquer um que dormia.

— Devemos estar enganados. Essa criança supera até o nosso capitão.

Ivan concluía com ambos os olhos arregalados.

— Não há engano. — a voz de Zillar ecoava. — Os tridigonianos jogaram algo valioso no espaço, bom para nós.

Ele era o capitão daquela nave. Um reptiliano de forma humanóide quase completa se não fosse por sua cauda e grandiosas asas que podiam formar um escudo sobre ele.

— O que faremos senhor? — Nexus perguntava olhando para o capitão.

— Pegue os inibidores de EX. — Zillar ordenava. — Vamos treinar o nosso pequeno, Leviatã.