Hades e Perséfone- A historia que ninguém contou. escrita por Natália Barros


Capítulo 4
Capitulo 4




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Estava sentada em frente ao imenso espelho a minha frente. Penteava mecha por mecha dos meus cabelos marrons de forma calma e precisa, 100 vezes para cada mecha. 
—Senhora- Daira entrou no meu quarto e eu sorri para mesma- O senhor hades te espera para o café da manha- suspirei engolindo seco, como eu iria encara-lo depois de ontem? Parece que tudo ficou tão íntimo de repente, por que raios fiz aquele narciso negro para ele?.
—Me ajuda a escolher uma roupa por favor- a mesma prontamente foi abrindo meu armário é de lá tirou vários vestidos.
—Hades comunicou que irá te levar para conhecer o submundo- um misto de medo com curiosidade tomou conta de mim- fique tranquila minha senhora, nada de mau vai te acontecer- assenti olhando para os vestidos. 
—Como que é? Lá fora? -Perguntei e ela sorriu mechendo na bainha do seu vestido.
—So  vendo para saber senhora, cada um tem uma visão diferente do que vê- assenti me levantando.
—Me diga, Qual vestimenta é melhor para esse tipo de passeio?- ela sorriu pegando um em particular, esse era branco, com a amarração no pescoço, era longo e solto, olhei com cara de dúvida para Daira.
— Não é melhor uma vestimenta escura?- perguntei, não queria desagradar Hades, pelos deuses, já havia provocado demais ele por ontem.
—Nao seja boba senhora, só por que está aqui não significa que tem que usar roupas escuras, o próprio senhor Hades disse para confeccionamos roupas claras pois sabia que não gostaria das escuras- a olhei envergonhada, o próprio  hades pediu para que minhas roupas fossem as mesmas de sempre, tentei não me abalar por isso.
— Bem , então se ele não vai achar ruim- vesti aquele lindo vestido branco, que cabia perfeitamente em mim, sorri olhando para no espelho gostando do que via. Daira fez uma trança em mim, colocando algumas rosas negras do meio do meu cabelo, eu realmente parecia uma rainha do Submundo. Assim como ontem, fui anunciada antes de entrar e Hades já me esperava. Ele estava lindo, Agora parecia mais sério do que ontem, porém vi que seus olhos estavam focados em algo, no meu pequeno Jardim, minhas bochechas coraram  ao se lembrar do episódio.
—Amanheci é meu quarto cheirava a jasmim- disse ele ainda olhando para fora- Nunca acordei tão bem- seus olhos se voltaram para mim é agora me avaliavam de cima a baixo, senti quase nua diante do seu olhar, que se demorava nas minhas curvas, ele ao contrário de mim estava vestido com uma camisa preta, em cima havia uma armadura envolvendo seu tórax de couro negro,as calças da mesma cor porém mais justa, ele estava parecendo um guerreiro, e isso era sexy- Está linda Perséfone- sorri de um modo envergonhado.
—Obrigada- Sussurrei é me sentei na cadeira, começamos a comer em silêncio. Mais a minha curiosidade era maior.
— Por que eu? Por que quer se casar comigo? Dentre tantas deusas mais linda do que Eu?- ele me olhou por alguns instantes é tomou um gole do seu vinho. 
— Você é um acordo antigo entre seus pais e eu- engoli seco ao ouvir aquilo.
—Está mentindo-disse é ele sorriu de modo amargo.
—Nao minto, mais se isso te conforta eu juro pelo Rio estige que não estou mentindo-disse ele passou o polegar em seu lábio contemplando meu rosto. 
—Eles ... Por que? O Que tanto eles precisavam, para vender a própria filha em um acordo- agora não havia nenhum humor em seu rosto. 
—Se eles não te contaram não sou eu que vou contar- sua atenção voltou para sua comida.
— Não sou criança, não precisa não me esconder nada- agora eu queria saber. 
—Ja disse que não vai ser eu a te contar- ele parecia irritado, ótimo por que agora eu estava irritada.
—E quem vai me contar a verdade, por que até onde eu sei estou presa aqui em baixo- minha voz começou a se elevar.
—Perséfone!- alertou ele- Baixe o tom comigo- sua voz era grave e baixa, aquilo me arrepiou por inteira.
—Ja disse que não tenho medo de você Hades- o mesmo se levantou derrubando a cadeira. 
—Ja chega- gritou ele com a voz grave que ecoou pelo salão, me encolhi na cadeira- Você deve me obedecer, quando digo chega é chega- seus olhos cinzas agora eram órbitas negras, o deus impiedoso era isso que ele era! Fui tola em enganar pensando que ele era diferente dos outros. Agora fui eu me que me levantei derrubando a cadeira.
— Você é igual aos outros, me enganei achando que você seria diferente- gritei é várias janelas se explodiram, me assustei percebendo que tinha sido eu a fazer aquilo, coloquei minhas mãos sobre o rosto para não me cortar, abri os olhos devagar e percebi que havia uma muralha de proteção negra em volta de mim. Do outro lado Hades controlava essa muralha para que eu não me cortasse com os vidros , quando o mesmo estava com o rosto todo cortado. Merda o que eu tinha feito.
—Hades- sussurrei atônita, sai da sua proteção e corri até a ele- Me perdoe eu te machuquei, Não foi minha intenção!-sem perceber eu segurei seu rosto querendo cura-lo.
—O que está fazendo?- perguntou ele sério, porém não saiu da onde estava. 
—Nao quis fazer isso, não tenho controle dos meus poderes ainda, mandei energia de cura através das minhas mãos para o seu rosto e o mesmo saiu do meu toque.
—Sou um deus criança tola, sei me curar muito bem sozinho- tentei não ficar ofendida com suas palavras, eu havia o irritado. 
— Eu sei Hades, mais fui eu que te machuquei, deixe-me cura-lo- ergui minhas mãos até seu rosto e o mesmo segurou meu pulso.
—Nao me toque sem minha permissão- O olhei brava, e magoada, desisto! Puxei minha mão com força, lagrimas se formaram nos meus olhos, não me permitiria chorar na frente dele, seu olhar desviou  para fora é então voltou para a cor cinza habitual que tanto me atraia, Agora havia preocupação em seu rosto- Perséfone...- sua voz era terna , porém eu estava irritada e magoada, queria chorar em paz no quarto, me virei saindo com tudo-volte aqui Perséfone - Não era uma ordem , era um pedido, mais eu não estava nem um pouco a fim de ouvir,queria meu quarto- Perséfone por favor- O deus do Submundo estava pedindo por favor. 
—Nao vou irrita-lo mais Hades, me deixe sozinha, por favor- continuei a andar, as lágrimas já ameaçavam a cair.
—Cora...- Congelei no meio do caminho, apenas os mortais me chamavam assim, e alguns deuses devido ao chá maravilhoso que eu fornecia na primavera.
—Nao me chame assim- continuei a andar para longe dele. As portas duplas de ouro se trancaram e eu respirei fundo- Hades, me deixe passar, por favor- Não ousei virar para ele, minhas lágrimas ainda se acumulavam nos olhos.
—Vire-se para mim- suspirei me virando é eu o encarei, pela primeira vez percebi que Hades lutava contra seu próprio ego- Não quis gritar com você- Olhei para o pequeno Jardim é percebi o que ele olhou antes. Meu pequeno Jardim estava morto. Fechei os olhos suspirando, sem conter ,uma lágrima caiu pelo meu rosto, a mesma caiu no chão liberando uma onda dourada de pó que se espalhou pelo chão, fazendo que o jardim retornasse a vida. Sem perceber seus movimentos , Hades já estava a centímetros de mim, engoli seco ao ver seus olhos cinzas me fitando preocupados.
—Me deixei ir-sussurrei,  o mesmo ergueu a mão é seu polegar secou meu rosto, arfei com seu toque.
—Nao  chore minha pequena cora- meu corpo se arrepiou com sua voz- Você me tira do sério como ninguém vivo nesse mundo me tirou - disse ele colando nossas testas- Me perdoe, não lido com uma presença felina que nem a sua há seculos- suas mãos deslizaram pelos meus braços segurando meus pulsos, ele ergueu em direção ao seu rosto e eu puxei de volta, mais ele puxou insistindo para cima- Me cure- sussurrou ele  ainda com a testa colada a minha.
—Hades pare com isso- mordi os lábios para não arfar, estávamos tão perto um do outro que me doía até respirar. 
— Me cure- repetiu ele com os lábios próximos do meu, respirei fundo é segurei seu rosto, estava frio, mais convidativa, espalhei uma onda de cura pelo seu rosto s ele arfou separando seu lábios. Era uma imagem sexy,o deus mais temido de todos suspirando aos meu toques.
—Hades- Seu nome saiu como um gemido pelos meus lábios. Ele abriu aqueles olhos cinzas, completamente tomados pelo desejo é aquilo me ascendeu, me inclinei em um momento de ousadia em direção ao seus lábios. Ele me envolveu com seu braço é o livre segurou meu rosto aceitando a oferta do beijo. Quando finalmente nossos lábios iriam se encontrar alguém rompe a porta com tudo.
—O que está acontecendo aqui?- uma mulher de cabelos negros e olhos verdes brilhantes entrou fervilhando. Quase me separei de Hades, mais o mesmo me segurou mantendo em seus braços. 
—Hecate!- Hades esbravejou irado pela presença da deusa- Quem te deu o direito de entrar no meu salão? Sem minhas ordens. O sorriso da deusa era exuberante e sexy.
—Ouvimos o som de vidros se quebrando-seus olhos pousaram em mim- Achei que estava matando a menina- Um tornado cruel saiu da garganta de Hades.
—Saia agora daqui- Eu ainda permanecia nos braços de Hades, completamente envergonhada- Está surda Hecate?- Ela sorriu de modo preguiçoso.
—Vamos meu querido soberano, o submundo está a sua espera! - A mesma se virou saindo deixando a porta aberta, voltei minha atenção para Hades e o mesmo ainda olhava bravo para direção onde a deusa tinha saido. Seus olhos desceram até a mim e ele suspirou.
—Tenho que ir que ir, gostaria que você fosse comigo, mais se desejar pode ficar por aqui- Ele ainda me abraçava, e me sentia de certa forma segura e confortável em seus braços.
—Tenho medo de irrata-lo- ele sorriu de forma genuína.
— Não terá tempo para isso- assenti e ele se afastou- peça para Daira uma capa de proteção, estarei te esperando na porta do castelo- assenti, ele se inclinou é beijo o topo da minha cabeça é saiu apressadamente. Reparei que os vidros estavam todos de volta em seu lugar. Não havia caco e nada no chão. Quando isso aconteceu eu sinceramente não sei, me perdi na linha dos pesamentos depois que estava em seus braços quase me entregando a ele. Estremeci ao lembrar dos seus braços me envolvendo é corri de volta para o corredor atrás de Daira.


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