Jily - Ignore The End escrita por Blank Space


Capítulo 8
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

OLÁ QUERIDOS E QUERIDAS! ❤ Como vocês estão? Espero que bem!!
Só quero dizer que agora as coisas finalmente vão começar a esquentar na história. Pode-se dizer que agora sim ela está começando! ❤ Obrigada pelos comentários, favoritos e acompanhamentos!!
Beijoos!!



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É, até que James Potter não era tão ruim.

Foi com esse pensamento que Lily Evans deixou seu quarto pela manhã, encontrando o próprio sentado no salão comunal já pronto para o café, jogando xadrez de bruxo sozinho. Foi impossível conter o sorriso e não demorou para que ele a notasse o observando.

—Posso jogar? –Perguntou e ele indicou o lugar diante dele. Evans deixou os livros no sofá ao lado de Potter e logo se sentou. –Acordado há muito tempo?

—Não muito. –Disse, movimentando uma de suas peças. Ela com certeza o acharia maluco se ele dissesse que havia passado a noite acordado repassando os acontecimentos do dia anterior. –E você? Por que acordou tão cedo? É domingo.

—Preciso devolver estes livros. –E indicou-os com a cabeça, fazendo seu movimento.

—Não vai me dizer que leu todos. –Arregalou os olhos ao ver três livros enormes ali.

—Não. O primeiro eu só li as partes necessárias para o meu resumo de herbologia.

—Nós só tivemos duas aulas!

—E já temos matérias. –Ele riu. –Sua vez.

—Posso fazer uma pergunta?

—Vá em frente. –Respondeu.

—Por que não se dá bem com sua irmã? Ela não é a garota que veio com você até a estação?

—A garota que veio obrigada até a estação, você quer dizer. –Ela riu. –Ela odeia o fato de eu ser uma bruxa.

—O quê? Por quê?

—Ela acha que eu sou anormal.

—Eu sinto muito.

—Não sinta, se ela realmente pensa dessa forma então estou melhor afastada dela.

—Realmente, mas pensa comigo, se o normal da sua irmã for algo diferente do que você é, o mínimo que seja, então não vale a pena. –Ela desviou o olhar, corando. –Eu estou falando sério, Evans, o que seria de mim sem a ruiva mais encantadora que já tive a honra de conhecer?

—Não consegue passar um dia sem flertar comigo?

—Está funcionando? –James riu.

—Sua vez. –Ele olhou para o jogo. –E ainda vai ter que me contar algo sobre você, não pense que eu esqueci.

—Okay, trato é trato. –Ele riu. –Os pais de Wormtail haviam viajado então ele nos chamou para dormir lá e beber um pouco. Pads, quando descobriu que a casa estava vazia chamou algumas garotas também e nós acabamos perdendo o controle da festa. Eu estava um pouco bêbado e o Black começou a empurrar a Leslie pra mim. Nós demos uns amassos no sofá e ela me chamou para ir para o quarto.

—Mas você disse que...

—Minha cabeça estava explodindo e eu havia passado o dia inteiro ajudando meu pai na mudança para a casa nova, então...

—Você não fez... –Ela disse rindo.

—Eu subi com ela e assim que entramos no quarto eu nem disse nada, só me joguei na cama e dormi. –A ruiva gargalhou. –Nunca vi o Moony rir tanto quanto quando contei a ele, e Sirius ainda acha que aconteceu alguma coisa.

—Como ela não te odeia?

—Bem, Lily é claro que essa não foi a história que ela contou aos outros. Ela ficou um pouco irritada comigo no início, mas acho que de tanto ela repetir a outra versão ela acabou acreditando e não demorou para que me perdoasse. Até que foi bom isso ter acontecido, assim o Padfoot parou de empurrar garotas pra mim.

—E qual é a dos apelidinhos estranhos?

—Acho que aqui não é o melhor lugar para contar essa história. Conto se aceitar ir comigo à Hogsmeade. –Convidou, um sorriso divertido em seus olhos.

—Remus estava mesmo certo quando disse que ninguém é tão insistente quanto você.

—E ninguém é tão teimosa quanto você. –Ela riu. –Qual é, Evans, seus motivos para não sair comigo não são válidos e você sabe. Ah, e eu estou falando de um encontro, o que quer dizer só nós.

—Você vai dormir?

—Não, eu prometo. Então o que me diz, você quer sair comigo?

E então depois de anos dizendo não, a ruiva sorriu pronta para dizer sim. Não havia se dado a oportunidade de conhecer aquele lado de James Potter, mas estava ansiosa para isso. Para conhecê-lo e ouvir as inúmeras histórias que ele tinha para contar, da mesma forma que estava animada para contar a ele as suas próprias, que ele escutaria com toda a atenção do mundo.

Mas um barulho na escada chamou sua atenção e seu sorriso desapareceu quando viu os olhos de Dorcas cheios de lágrimas esperando pela resposta da ruiva. Lily então movimentou sua última peça no jogo e disse antes de sair do salão, deixando todas as suas coisas ali:

—Xeque-mate.

James não entendeu o que havia acontecido, apenas havia ficado ainda mais confuso. Aquilo era um não? Um talvez? Ele jurou que por um momento aquele sorriso finalmente significasse o sim que tanto esperara e agora ela simplesmente fugia? Ouviu passos apressados na escada, mas quando se virou para olhar quem era já não havia mais ninguém.

...

—Potter deixou seus livros comigo e eu os levei de volta para o quarto. –McKinnon disse se sentando ao lado da amiga, que estava bem longe do quarteto com quem havia ido à Hogsmeade.

—Droga, esqueci completamente.

—Hey, sabe o que houve com a Dorcas? Ela está trancada no banheiro do quarto desde que eu acordei, tive que pedir à Lucille pra usar o dela. –Lily soltou o ar.

—Ela viu o Potter me convidando para ir à Hogsmeade mais cedo.

—E? Ele faz isso todos os dias, ela já deveria ter se acostumado.

—É, mas eu nunca quase aceitei.

—Oi? Está falando sério? –Marlene disse sorrindo animada. –Espera, você disse “quase”? Ah não, Lily, o que você fez?

—Nada, eu só travei. Ela estava me olhando da escada e você sabe que ela gosta dele, Lene. Eu só me levantei e saí.

—Tá brincando comigo, não tá, Evans? –McKinnon arqueou as sobrancelhas e cruzou os braços. Quando a ruiva não respondeu, a loira lhe deu um tapa no braço.

—Ai! Você não viu a cara dela, Lene.

—Mesmo se eu tivesse visto. Lílian, eu te conheço e sei que você não aceitaria sair com ele só por diversão, você gosta do Potter.

—Fala mais alto que eu acho que ninguém ouviu, Marlene. –Bufou irritada. –Ela é nossa amiga, sabe que eu não posso fazer isso com ela.

—E ela pode fazer isso com você? Lily, não é porque a Dorcas gosta dele que você não pode gostar. Além disso, está claro que ele não quer nada com ela, ela sabe disso, não sei porque fica tão mal quando vê ele com outra garota ou quando ele dá em cima de você. A Meadowes tem que tentar seguir em frente também e respeitar o fato de que se ela não tem chance com ele, você tem e ela definitivamente não vai querer ser a pessoa a ficar no meio de vocês.

—Ela vai me odiar. –Murmurou, reparando que os olhos do Potter estavam fixos nela.

—Se ela te odiar por aceitar sair com alguém que você gosta então eu acho que ela não é uma amiga muito boa, não é? –Marlene disse, dando uma grande mordida no pedaço de bolo que havia em suas mãos.

Depois do café as duas voltaram para o quarto e pegaram os livros que Evans havia separado para devolver e Dorcas continuava trancada no banheiro do quarto. As duas então seguiram para a biblioteca enquanto a loira contava sobre o seu passeio à Hogsmeade e o quanto Zack era maravilhoso. Tinham o horário vago, então poderiam contar todas as novidades tranquilamente.

—Senhorita Evans, acho que vai gostar de saber que temos algumas novidades no corredor dos livros de poções.

—Sério? Muito obrigada madame Pince, vou dar uma olhada agora mesmo.

—Ah, de nada, querida.

Quando as duas se afastaram um pouco, Marlene finalmente pôde falar:

—Ela sorriu. Tem ideia de que você é provavelmente a única aluna de quem ela gosta em todo o castelo?

—Ela gosta do Snape também.

—Então provavelmente é a única. –McKinnon disse com uma careta e Evans revirou os olhos, puxando a amiga para que ela não se perdesse no meio das prateleiras que ela conhecia tão bem quando sua própria casa. –Estou falando sério, ela odeia todo mundo e aquele espanador me dá arrepios.

—Ela é um doce, está falando isso porque não a conhece, tenho certeza.

—Um doce? Uma vez deixei um livro cair e ela quase atirou aquilo na minha cabeça.

—Não deveria ter deixado o livro cair então.

—A culpa foi do Black que resolveu aparecer e me beijar contra a estante. Quando eu vi já tinha caído.

—Existe algum lugar nesse castelo em que vocês ainda não se agarraram?

—A sala do diretor. –A grifinória disse após um tempo pensando. –Acha que seríamos expulsos se tentássemos?

—Você ainda pergunta? É aqui. –Disse puxando-a para o corredor de uma das estantes. A ruiva então deu uma olhada na estante, reconhecendo logo quais eram os novos livros.

Tirou o maior deles, com a capa dourada e deu uma foleada. Muito interessante, com certeza voltaria para buscá-lo quando terminasse os outros que havia pegado. O segundo que tirou era sobre poções de cura. Quando finalmente colocou o último deles de volta na prateleira e se virou para ir embora, se deparou com uma garota da Corvinal que encarava a ruiva fixamente e com os olhos arregalados.

—Oi, eu posso te ajudar em alguma coisa? –Evans perguntou se aproximando, mas ela não respondeu.

—Ei garota, está perdida? –Marlene questionou, mas não se moveu. –Se quiser nos dizer que sessão está procurando, nós podemos ajudar a encontrá-la.

—Lílian Potter? –A menina perguntou e a ruiva arregalou os olhos. Ainda nem havia aceitado o convite de ir a Hogsmeade com ele e já a estavam chamando assim?

—Não, não, com certeza não.

—Harry...

—Quem? –Marlene perguntou se aproximando um pouco.

—Está procurando por ele?

—O menino que sobreviveu...

Tudo aconteceu muito rápido. Em um minuto a garota estava em um completo transe, no outro ela havia agarrado os braços de Lily levando-a junto para aquele mundo. E então tudo ficou escuro e quando piscou novamente, Evans estava em outro lugar.

Um lugar onde era Lílian Potter e ela e James tinham um filho chamado Harry. Um lugar onde Voldemort conseguiu entrar em sua casa e a fez ouví-lo morrer. Um lugar onde ela era a próxima e ele vinha sedento em direção ao bebê em seus braços mesmo que ela implorasse para que ele a levasse no lugar. Aquela viagem horrível acabou quando ela o ouviu proferir a maldição da morte pela segunda vez, só que agora na sua direção e ela a acertou no exato lugar onde seu coração estava. Sentiu uma lágrima quente escorrendo por sua bochecha e de repente estava de volta à biblioteca, ouvindo os gritos histéricos de sua amiga.

—Ei? Solta ela, ficou maluca? O que você fez? Lily, você tá bem?

A estranha finalmente relaxou o aperto em seus braços e ela quase caiu para trás sem ar com tudo o que acabara de ver, por sorte havia se apoiado na prateleira ao seu lado.

—Oi, eu sou a Sibila, podem me dizer aonde fica a sessão de adivinhação, por favor? –A garota disse com um sorriso, como se nada tivesse acontecido. –É que eu estou um pouco perdida.

Mas Evans não queria saber. Assim que conseguiu firmar seus pés no chão saiu correndo daquele lugar. Correu o mais rápido que conseguiu, esbarrando em algumas pessoas pois as lágrimas a impediam de enxergar o que quer que estivesse à sua frente.

Ao cruzar o corredor a ruiva bateu em alguém tão forte que os dois teriam caído se ele não tivesse a segurado. As lágrimas rolaram, um soluço escapou e com muita dificuldade seus grandes olhos verdes focaram em Snape. Ele parecia assustado por vê-la naquele estado, e quando foi abrir a boca para perguntar o que havia acontecido sem nem se importar com os outros alunos da Sonserina que o acompanhavam a garota o empurrou, retomando sua corrida em busca de um lugar onde o que havia acabado de ver simplesmente desaparecesse.


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Notas finais do capítulo

TAN TAN TAN TAN
O que acham que vai acontecer agora que a Lily sabe?? E pergunta, vocês preferem os apelidos dos Marotos em inglês ou português? hahaha Será que mereço comentários? Dicas? Críticas? Favoritos? A primeira recomendação?? DEIXEM PRA MIM E FAÇAM ESSA AUTORA FELIZ ❤
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Beijinhos!!