Caoismo escrita por TioUra


Capítulo 5
Deuses e Valquírias




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St. Albert, Canadá

 

(flashback)

Onze anos atrás

 

— Papai eu não quero ir. – Uma pequena criança começara a chorar – Vamos para casa.

Em um carro, de modelo comum na região, parado em uma rua em frene a uma escola, havia quatro pessoas, sendo elas, dois adultos e duas crianças. Uma das crianças era uma pequena menina, de cabelo curto e castanho, quase loiro, e tinha olhos grandes e claros, aparentava ter seis anos de idade, já a outra criança, era um menino, um pouco maior que a garotinha, com cabelo de mesma cor, mas seus olhos eram escuros. As duas crianças estavam no banco de trás do carro, consequentemente os adultos estavam na frente, o homem no acento do motorista, e a mulher no acento do passageiro, respectivamente seriam o pai e a mãe de ambas crianças.

A menina estava a chorar, o garoto tenta acalma-la, mas é em vão, em seguida, o homem que estava a olhar o retrovisor, redireciona sua atenção para a menina:

— Calma princesa, não precisa chorar a escola é um lugar legal. – Diz o pai da criança tentando tranquiliza-la.

— Filha, nós vamos estar aqui te esperando, não vamos embora. – Logo em seguida, a mãe é quem tem a palavra.

— Lily, você vai poder fazer amiguinhos novos lá. – O menino que estava ao lado da garota, a reconforta.

Ao decorrer das palavras de cada um, Lily, a garotinha, começa a parar de chorar, e logo enxuga suas lagrimas. Um sinal era emitido pela escola, significava o horário de entrada dos alunos, ao escutar o som, os pais das crianças no carro, saem por suas respectivas portas, se locomovem até a parte de trás, o pai abre a porta direita, por onde descem as duas crianças, a mãe se abaixa um pouco, e abraça sua filha:

— Vai ficar tudo bem, a escola é um lugar muito divertido – Dizia com um sorriso no rosto.

Logo em seguida também abraçava o menino:

— E você, Noah, cuide bem da sua irmãzinha, estou contando com você, meu pequeno homem. – Com um de seus dedos, fazia um gesto de carinho, tocando o nariz de seu filho.

— Pode deixar comigo mamãe! – Com as mãos faz a posição de reverencia dos soldados.

Noah pegara na mão de sua irmãzinha, e começa a caminhar em direção a escola, a menina ainda com um resquício de medo, olha para trás, e vê seus pais sorrindo e acenando para ela, logo perde o medo que sentia.

 

Alguns dias depois...

 

— A escola, é muito legal! – Lily falava enquanto mordia um bagel.

— Viu Lily, eu falei que seria muito divertido. – Seu irmão a respondia.

A família tinha o costume de tomar o café da manhã juntos, Lily estava em um lado da mesa, e Noah oposto a ela, já os pais se encontravam nas extremidades. Todos conversavam e brincavam entre si, era apenas um comum final de semana. Algumas horas após terminarem a refeição, o pai e a mãe de Lily dialogavam, a sós:

— Por favor querido, eu tenho que resolver algumas coisas do meu trabalho.

— Mas justo hoje? Nós prometemos as crianças que levaríamos elas ao parque de diversões.

— Eu sei... Mas é urgente, você terá que levar eles sozinho.

— Já é a terceira vez, Margaret! – Reclamou com irritação.

— Obrigada querido!

Com um rápido beijo de canto Margaret encerra a conversa, ela sai as pressas, com uma maleta em sua mão. Quando estava prestes a sair, Lily e Noah aparecem:

— Mamãe nos já vamos para o parque? – Lily a perguntou.

— Então... – Margaret, que estava de costas para as crianças, pois foi pega de surpresa, se redireciona para ambas. – Eu, não vou poder ir com vocês... Mas o papai vai levar vocês dois.

— Mas a gente queria que você também fosse. – Logo respondeu Noah.

— Desculpa, de verdade, mas não vou poder ir... Mas prometo a vocês, que da próxima vez eu vou com vocês.

Margaret como forma de despedida, da um beijo carinhoso na testa de cada um deles, mesmo vendo um olhar triste nas crianças, precisa ir.

Horas depois...

“Essas reuniões me esgotam por inteira, ainda mais quando duram 5h.”

 

Era o que passava na cabeça de Margaret, enquanto andava em direção a sua casa. O clima no naquela estação do ano, era frio, com média de temperatura baixas, e para contribuir já era noite, o céu estava sombrio, e as ruas completamente fazias. Apenas uma mulher com um longo cabelo loiro, segurando um café expresso.

“Podia ter vindo com o meu carro, mas saí tão apressada, agora não passa nenhum taxi.” — Frustrada, pensava enquanto caminhava.

Margaret caminhava naturalmente, até aparecer um homem encapuzado, andando de cabeça baixa, que estava em sua frente, mas andava em direção oposta, ambos continuavam a andar, consequentemente, passam um do lado do outro, já atrás da loira, o estranho homem saca um revólver e aponta para ela, mas sem dizer uma única palavra, a mulher logo repara que estava sendo ameaçada:

— Você não quer fazer isso, meu caro rapaz.

Ignorando sua fala, o homem dispara contra ela, a bala era rápida, mas antes que pudesse atingi-la, um círculo apareceu em suas costas, com um estranho simbolo no meio, que brilhava em azul, e era envolvido por palavras de um dialeto desconhecido. O tal círculo parou trajetória da bala, logo desaparece, então o projétil cai no chão:

— Esse simbolo, então finalmente... finalmente eu te encontrei. – O homem diz enquanto retira o capuz que cobria seu rosto.

Ao escutar a voz do homem, Margaret entra em estado de choque, seu corpo se paralisa por inteiro, deixa o café que estava em sua mão cair.

“Não pode ser, essa voz... esse tom...”

Os pensamentos de Margaret eram atrapalhados por um leve toque em seu ombro, a frieza no toque, e uma energia assombrosa e macabra, a loira já sabia quem era, e isso era o que assustava a:

— Não vai falar nem “oi” para mim? – Aproximava seu rosto, para perto do ouvido de Margaret – Pensou que eu estava morto? Reginleif.

— Érebos? – Falou gaguejando um pouco.

— Para você é senhor, ou esqueceu as boas maneiras da Ordem das Valquírias? – Usava um tom de deboche.

Com uma cotovelada em direção ao estomago, Margaret tenta se afastar de Érebos, mas ele defende seu golpe, segurando seu braço, em seguida prede também seu outro braço, a imobilizando. A loira estava sem saída, então, das costas dela, surgem asas, que se materializam uma real plumagem, se abrindo, isso força a retirada do deus, se afastando alguns passos.

A valquíria, rapidamente, vira em direção a Érebos, seus olhos de imediato encontram seu rosto, que causa uma sensação de temor, suas pernas começam a ficar bambas, aqueles olhos vermelhos sangue, era como olhar um demônio com um desejo bestial, não por sangue, mas por caos. O louco de deus, vê o medo de Margaret, e começa a gargalhar intensamente:

— Por que está com tanto medo de mim? Eu sou um dos criadores da Ordem das Valquírias, você devia me ver como seu criador, como realmente sou.

— Essa tal Ordem, já foi extinta a muito tempo, eu não sou mais uma valquíria, agora eu sou Margaret. – Sem a mínima firmeza na voz, ela o responde.

— Mas como me explica essas asas?

Margaret estava a suar frio, ela pensa em várias alternativas de como sair dali, mas sabia que correr não resolveria em nada, Érebos era mais forte que ela:

— Sabe, algumas criaturas e deuses do meu passado, ainda estão vivos, eu estou querendo elimina-los, tenho um plano maior, e eles não podem estar vivos.

O deus pega do bolso de seu caso, um pedaço de papel que estava amaçado, abri o e tenta ler o que estava escrito:

— Bem você conhece um tal de... Arthur? – Se adquirir nenhuma resposta da valquíria, amaça o papel em sua mão. – Provavelmente não, mas quer saber, não importa.

Na mão em que havia fechado, surge uma energia negra, que queima o pedaço de papel, então, a abre caindo apenas um pó negro. Para Margaret não restava mais duvidas, Érebos estava ali para elimina-la, sem alternativa ela resolve lutar, um círculo quase idêntico ao anterior, surge em sua frente, mas desse vez mudara o simbolo central, uma espada começa a emergia ao círculo, que logo a valquíria saca:

— Pobre Reginleif, após milhões de anos do trágico desfecho das Valquíria ficou louca.

— Meu nome é Margaret.

Um fogo começa a cobrir o corpo da valquíria, uma chama celestial de coloração prata, é diferente do que os humanos entendem por fogo, a composição não pode ser categorizada na tabela de elementos químicos. Tormento divino, Margaret recita essas palavras para enquanto, com um dedo, passava na lâmina dourada da espada, a energizando com o fogo celeste, então a mesma a crava no chão, que começa a brilhar. De onde Érebos pisava, emerge um turbilhão em direção ao céu da chama prata, um tornado se forma em volta dele, criando uma força interna esmagadora, junto com a chama da punição das valquírias.


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