O amor de Maria - Tda escrita por Débora Silva


Capítulo 7
Sete


Notas iniciais do capítulo



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NO HOSPITAL...

Victória estava medicada e esperava no quarto por Heriberto que já tinha sido avisado de seu retorno, não sentia mais dor e já podia mover os braços com calma. Ela não sabia que tinha passado tanto tempo desacordada e que se mover com tamanha brutalidade no dia anterior acarretaria em dores naquela manhã, respirava com calma enquanto pensava em sua menina e em seu amor.

Lola tocou a porta e entrou com um meio sorriso de maldade no rosto que Victória sentiu seu corpo arrepiar por completo com a negatividade que ela transmitia apenas em um olhar. Victória não disse nada apenas a observou e esperou que ela dissesse algo.

— Bom dia, senhora Victória. - se aproximou mais da cama. - Aqui está sua medicação.

— Outra medicação? - perguntou logo.

— Sim, doutor Laerte quer que a senhora tome essa medicação já que ficou quatro meses desacordada e que provavelmente não volte a andar como já disse a senhora...

Victória no mesmo momento arregalou os olhos e negou com a cabeça sem acreditar no que estava ouvindo.

— O que? - berrou com ela. - O que esta dizendo? - gritou mais.

Não podia ser verdade o que aquela garota estava dizendo e ela se desesperou sentindo seu corpo todo tremer e de imediato e sem se importar com qualquer dor em seu corpo ela arrancou o lençol que cobria suas pernas e as tocou já deixando suas lágrimas caírem.

— A senhora precisa se acalmar!!!! - tentou tocá-la, mas Victória gritou.

— Não me toque!!! Saia daqui!!!! - gritou mais sentindo que o ar podia faltar todo em seu corpo que ela não iria ligar.

Tocava suas pernas e não as sentia e Lola naquele momento se preocupou de verdade porque tinha falado apenas para perturbá-la e por pensar que ela já sabia e agora ela estava ali histérica com a bomba que ela tinha jogado em seu colo, passou as mãos no cabelo e saiu correndo do quarto enquanto Victória colocava suas pernas para fora da cama para se levantar.

Não conseguia ver direito por tantas lágrimas e ao tocar com seus pés no chão e se equilibrar seu corpo foi ao chão com ela gritando pela dor que sentiu, chorou pesado e se pergunto que maldito castigo era aquele que estava vivendo. Naquele momento ali no chão se perguntou se tudo que já tinha vivido não era suficiente? Tinha sofrido tanto em sua vida e agora estava ali sem conseguir sentir as pernas e sem conseguir enxergar a frente um futuro já que era uma mulher totalmente ativa.

Maria que entrava ali sem bater já que a porta estava aberta, ouviu o choro de Victória e não a encontrou na cama, mas sim no chão e seu coração disparou a fazendo correr até ela e ajoelhar a segurando em seus braços. Victória se agarrou a ela sem conseguir conter seu choro e Maria a agarrou melhor em seus braços sentindo seu cheiro e o calor que seu corpo dava a ela e a completava.

Estava ali "obrigada" já que João Paulo tinha a levado ali para ouvir toda a história da boca de Victória e assim saber o que de fato tinha acontecido entre as duas e ao chegar ali sua mãe estava no chão chorando desesperada e ela nem sabia o que fazer e apenas deu seu calor a ela para que se acalmasse.

— Shiiil... - Maria beijou os cabelos dela acariciando. - Precisa se acalmar ou vai passar mal. - falou com medo.

Lola voltou com Miranda, foi à única pessoa que encontrou para ajudá-la naquele momento e as duas pararam ao ver a cena das duas no chão com Victória desesperada que ao ver Lola gritou.

— Saia daqui maldita!!! - soluçou.

— O que fez? - Miranda falou com raiva dela.

— Eu só contei a verdade... - falou baixo já se retirando do quarto.

Miranda passou as mãos no cabelo e foi ao botão de emergência e não demorou nada para dois enfermeiros vir para tirá-la do chão e Laerte também adentrou o quarto. Maria deu espaço e um dos enfermeiros a pegou no colo e a colocou na cama.

— O que aconteceu aqui? - Laerte perguntou com preocupação total no olhar.

— Eu não posso mais andar? Eu não vou mais caminhar? - ela falou com desespero sem conseguir quase respirar.

Maria arregalou os olhos e no mesmo momento sua mão foi de encontro ao de Victória, por mais que tivesse rancor e muita mágoa de Victória aquele era um momento em que ela precisava de apoio e se era a sua mãe não iria se negar a estar ali para ajudar, ela segurou a mão de sua menina e por um momento se sentiu mais forte. Laerte respirou pesado se aproximando dela.

— A limpem que está cheia de sangue!!! - falou com firmeza olhando para Miranda que saiu para pegar o que precisava para limpar o braço dela.

— Eu não quero que me toquem até que me digam o que está acontecendo e como eu fiquei quatro meses desacordada!!! - estava desesperada e nem se importava que o braço sangrasse por como ela tirou agulha.

Miranda voltou com tudo que precisava para ajudar e condenava Lola pelo que tinha feito e esperou para ver o que o doutor iria dizer. Heriberto entrou naquele momento com um lindo buquê nas mãos e um sorriso ainda mais lindo que foi desfeito assim que olhou a todos no quarto com Victória em lágrimas.

— O que aconteceu? - largou as flores no sofá e foi a ela.

— Você precisa se acalmar!!!! - Laerte falou.

— Como vou me acalmar se eu não vou mais poder caminhar!!! - soltou a mão de Maria e bateu nas duas pernas deixando Heriberto branco no mesmo momento. - Eu não quero viver assim!!! - chorou ainda mais pesado levando as mãos ao rosto.

— É certo isso, Laerte? - Heriberto falou com o coração na mão indo até sua esposa mais não tirou os olhos dele.

Laerte os olhava e deu um grande suspiro...


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