O amor de Maria - Tda escrita por Débora Silva


Capítulo 5
Cinco


Notas iniciais do capítulo

Obrigada pelo carinho de todas vocês aqui com minha historia, amoooo vocês ♥



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— Victória, meu amor calma! - falou com desespero se perguntando onde estavam os malditos médicos daquele hospital.

Ela grudou em sua camisa e com o último ar que tinha em seus pulmões disse:

— É a minha Maria... A minha pequena Maria... - e os olhos se fecharam com ela desfalecendo em seus braços para o desespero total de Heriberto.

Heriberto nem conseguia assimilar aquela notícia, como assim era a pequena Maria? Como era a pequena que já não era tão pequena, mas eles sempre a chamavam assim nas conversas que tinham. Era ela? Não conseguia entender mais nada e os médicos entraram com ele gritando para que ajudassem sua esposa e ele se afastou passando as mãos no cabelo.

Queria entender o que era aquela fala e saiu do quarto atordoado para ir atrás de Maria e a encontrou nos braços de João Paulo e ela chorava e se via que tremia. Heriberto respirou pesado e sem cerimônia disse:

— É ela? É ela? - estava afobado de um jeito Que fez com que Maria o olhasse.

— Não sou nada dessa senhora! - falou com desespero total. - Não sou! - saiu correndo dali deixando os dois.

Maria estava tão confusa e sentia que aquela história era verdadeira e que Victória Sandoval corria em seu sangue em cada cantinho de seu corpo, era tão surreal sentir a verdade correr por seu corpo que a assustava. Uma nova realidade que ela não queria acertar ainda mais com a mulher que mais a prejudicou e por nada, nada porque Maria não tinha culpa de absolutamente nada, mas Sandoval não acreditou e agora estava diante de uma verdade que ela não iria aceitar assim tão fácil.

Heriberto olhava para João e não permitiu que ele saísse dali para ir atrás de Maria mesmo que ele também quisesse ir atrás dela para que ela ficasse por perto para que entendesse as coisas como eram de fato. João pela primeira vez sentiu medo da expressão de Heriberto.

— Você sabia? - foi quase um grito.

— Por favor, vamos conversar! - João não tinha contado a ninguém que Victória tinha estado com ele por último antes do acidente. - Não aqui... Deixe-me ir atrás de minha menina.

Heriberto esqueceu que ele era um padre e o pegou pela batina o encarando nos olhos.

— Não vai a lugar até me dizer o que sabe e eu sei que sabe mais do que diz! - estava cansado de não saber o que tinha de fato se passado com sua mulher.

— Me solte que estão todos olhando! - falou com calma segurando as mãos dele. - Eu vou te contar tudo!

Heriberto observou as pessoas ao redor e o soltou, caminhou para sua sala e João o acompanhou e ambos entraram na sala, Heriberto o olhou e esperou que ele falasse.

— Ela estava comigo no dia do acidente... - soltou a bomba e Heriberto ficou vermelho.

— Como estava com você e você não disse nada quando soube que ela estava aqui? - berrou de novo passando as mãos no cabelo estava em choque com tanta informação. - Um homem de Deus que não pode mentir, estava escondendo Maria e que esteve com minha esposa! - estava furioso. - E se ela morresse? Desgraçado! - não conseguiu controlar as palavras mesmo ele sendo um padre.

João tentou manter o autocontrole, mas ali não existia mais em Heriberto porque ele tinha pecado mais que ninguém ao esconder o que tinha acontecido antes do ocorrido.

— Ela foi até a igreja e discutimos e ela tinha descoberto sobre Maria...

— E você não disse nada em quatro meses? - gritou o interrompendo. - Que porra de padre é você?

— Heriberto...

— Heriberto é um cassete! - gritou nem deixando ele falar. - Minha mulher quase morreu e você um filho da puta... Que Deus me perdoe por minhas palavras, mas você é um maldito mentiroso! - gritava vermelho se segurando para não fazer coisa pior.

— Queria que eu viesse aqui é falado que ela estava comigo antes do acidente?

Heriberto não aguentou e sentou dois socos em sua cara perdendo completamente o controle de suas ações. João segurou o rosto com o impacto encostado na parede nunca imaginou uma atitude dessas de Heriberto e o olhou, ele busfava o encarando com o rosto vermelho.

— É melhor eu ir embora! - João falou ainda sentindo o impacto do soco. - Assim não podemos conversar! - abriu a porta antes que aquele consultório ficasse pequeno e foi embora quase que correndo.

Heriberto foi pra ir atrás dele estava louco de raiva, toda aquela situação o tinha tirado do eixo e ele busfava, mas a enfermeira não permitiu que ele saísse e o olhou nos olhos, era a única que conseguia falar com ele quando estava daquele modo e ele parou a encarando.

— É ela quem precisa de você agora! - falou com calma. - Victória, precisa de você! - era como entrar na mente dele com aquelas palavras e ele passou as mãos no cabelo tentando se acalmar. - Tome esse comprimido que vai te relaxar e você vai poder pensar com calma e ajudar sua esposa! - estendeu a mão para ele.

— O que é isso, Miranda? - pegou mais não tirou os olhos dela.

— Apenas um relaxante para que você não a altere mais! - foi até a água e pegou para ele. - Vai te fazer bem e a todos nós também! - entregou a água a ele e esperou que tomasse.

Heriberto não disse mais nada apenas tomou o comprimido e depois foi a ela a abraçando com carinha, era uma jovem cheia de sonhos e via nela uma filha que não tinha. Miranda o abraçou com carinho e suspirou pesado dizendo:

— Você é como um pai pra mim e não te quero assim! - se aconchegou mais nos braços dele. - Você precisa voltar a ser quem era, ou melhor, voltar a ser você e assumir o controle de sua vida! - se afastou porque não queria que ninguém pensasse errado deles dois. - Vá ver sua esposa! - sorriu de leve.

Heriberto a trouxe novamente para ele e a abraçou cheio de carinho e beijou seus cabelos dando um leve sorriso, ela era uma grande pessoa e ele sabia disso.

— Obrigada por tudo!!!! - ele a soltou e sorriram um para o outro e ele se foi dali.

Miranda o olhou ir e se encaminhou para sair da sala quando deu de cara com Lola uma outra residente que sorria para ela com maldade e Miranda apenas esperou pelo que viria.

— Se eu fosse você tirava o cavalinho da chuva porque esse homem tem dona e nunca olharia para você! - cruzou os braços. - Ele não é homem pra você, Miranda.

Miranda sentiu o corpo todo retesar a mulher era uma venenosa e para encerrar o assunto disse logo.

— Pois saiba você que nem todos têm sentimentos ruins como você e o doutor Heriberto é uma ótima pessoa e não vou permitir que nos julgue! - a encarou com ódio e saiu dali batendo o braço no dela.

Lola a olhou e sorriu com maldade as coisas iriam ser mais quentes do que ela imaginava e saiu dali cantarolando... Heriberto chegou ao quarto e se tremia por completo, mas entrou logo de uma vez e viu seu amor na cama, caminhou até ela e sentou na ponta da cama pegando em sua mão e a viu suspirar.

— Bem vinda de volta, meu amor! - beijou a pele macia de sua mão.

Victória abriu os olhos lentamente e piscou algumas vezes estava sob o efeito de um leve sedativo e quase não iria conseguir falar, mas se esforçou e disse:

— Maria...

Era tudo que importava para ela naquele momento, sua pequena Maria. A sua vida inteira tinha sido voltada a encontrar a sua pequena Maria e ter o seu amor de volta e agora ela estava de volta e não mediria esforços para estar com ela novamente em seus braços.

— Ela voltará amanhã, meu amor! - falou com calma, mas sem saber se aquilo aconteceria de fato. - Agora descansa um pouco!!! - sorriu alisando sua mão que estava presa na dele.

— Me beija... - piscou mais algumas vezes quase se rendendo ao sono.

Heriberto se aproximou dela e beijou seus lábios apenas com um selinho, era tão maravilhoso estar ali nos braços dela, nos lábios dela que ele não se afastou e pode sentir a mão dela em seu rosto e os lábios se abriram mais dando a ele a passagem para o beijo de amor. O primeiro depois de meses de espera por aquela mulher que era a sua vida inteira.

Heriberto a envolveu com cuidado e suas línguas se tocaram com tanto amor que vibraram junto um nos braços do outro deixando que a saudade fosse "matada" com aquele beijo. Era tão divino poder beijar seu amor que ele aprofundou mais ainda o beijo e ela o correspondeu por algum tempo, mas o ar faltou e ela o empurrou de leve tossindo um pouco.

— Me desculpe... - falou todo atencioso. - Descansa e depois conversamos mais! - sorriu para ela que de leve o puxou para junto de seu corpo e ele deitou a prendendo em seus braços.

Ali era seu mundo e depois ele conversaria com os médicos, ali queria apenas deixar que seu amor tomasse conta dela e o dela tomasse conta dele porque era disso que eles precisavam no momento. Os olhos se fecharam e ela rapidamente adormeceu deixando que o primeiro dia do resto de suas vidas terminasse...


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