Me sinto largada escrita por GabiCampos


Capítulo 1
Eu não sei o que fazer


Notas iniciais do capítulo

Deixei a história por enquanto +16 por não saber ao certo todos os detalhes que irei incluir, mais pra frente talvez haja alteração, qualquer critica será bem vinda e se ninguém gostar pode dizer também.



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Eu precisava escrever essa carta, a muito tempo um sentimento ruim se apoderou de mim e me consome cada vez mais, um grito está preso em minha garganta e isso me sufoca. Sinto que é um ato egoísta tudo isso, mas também já não sei até onde é verdade ou se minha mente brinca comigo.

Eu sei que não é por querer que fazem isso, afinal faz muito tempo que eles não a viam, mas machuca cada não que meus ouvidos escutam quando sugestões minhas são dadas a missões ou diversões.

Eu nunca tive amigos e sinto que os que ganhei eram apenas temporários, estou largada, sem rumo, eu não quero ficar sozinha de novo mamãe.

Me ajude

Lucy H.

Terminada a carta, Lucy a escondeu, mesmo que ninguém invadisse seu apartamento como um dia já foi costumeiro era bom que não a encontrassem. Caminhando até seu banheiro ao mesmo tempo que cantarolava uma melodia triste, largou todas suas roupas no chão sem se importar com a bagunça que era feita, seus dias pareciam cada vez mais longos e vazios, se sentia sozinha e mal ia a guilda, ficava em sua casa escrevendo e tentando ocupar sua mente. Durante o banho pensou em que tipo de missão poderia pegar, o dia de pagar o aluguel estava se aproximando e não tinha dinheiro suficiente para pagar, e assim meio decidida, se trocou e saiu do apartamento.

Ao colocar os pés pra fora Lucy sentiu um peso no estomago e um frio inexplicável, sua garganta parecia que estava fechando e seu pulmão cada vez menor que resultava em uma respiração quase nula, tentou ignorar tudo e dar um passo a frente, porém assim que feito seu corpo parecia estar virando uma gelatina e não foi capaz de se manter em pé, apenas não dando de cara no chão pois um rapaz que passava na hora a segurou e preocupado perguntou se ela estava bem. Sua cabeça girava e não soube o que responder de imediato, o que preocupou o rapaz, e então tudo ficou escuro.

—x-

Abrir os olhos nunca tinha sido uma tarefa tão difícil, uma luz muito forte tentava penetrar o escuro que era sua visão e isso dificultava o processo, quando finalmente o conseguiu passou a olhar em volta e se deu conta que estava em um hospital, seu corpo, como se tivesse despertado também, levantou sozinho ao mesmo tempo que uma provável enfermeira entrava no quarto.

— Finalmente acordou! – disse e deu um sorriso gentil, a qual não via a tanto tempo que ele de certa forma a aqueceu por dentro e como não disse nada a moça continuou – Um garoto te trouxe mas disse não te conhecer, está desacordada tem algumas horas, fizemos exames e não se preocupe, não foi nada grave, apenas uma queda de pressão, precisa se alimentar melhor e tomar um pouco mais de sol pra não acontecer novamente. – aquele sorriso não saia de seu rosto, Lucy não podia deixar de encarar e queria muito saber se era uma característica dela ou se apenas o emprego a fazia ter-lo.

— Eu vou poder ir embora quando? – apesar dela ser muito simpática não queria conversar.

— Está liberada pra ir quando se sentir melhor – disse enquanto ia confirmar nos papeis presos em uma prancheta na mesa de canto do quarto.

— Então estou indo, obrigada por cuidar de mim – esforçou um sorriso para a enfermeira a qual foi retribuído de imediato com palavras da mesma que se precisasse era só voltar e procurar por Rey,  logo após a mesma saiu da sala.

Lucy levantou e caminhou para fora do hospital, um pouco arrependida de não ter tratado Rey melhor, ela merecia. Pensou se ainda deveria ir pegar alguma missão ou voltar pra sua casa e tomar um banho pra ficar em paz, o tempo parecia estar passando rápido demais enquanto ela estava parada em frente ao hospital e logo chegou a noite, as ruas se encheram com pessoas passeando, saindo pra comer e afins. Ao olhar para frente viu seu antigo grupo de missões passando do outro lado da rua enquanto acompanhava Lisanna a comprar roupas. Seu peito doeu, parecia que não a tinham notado ali e com isso suas pernas a fizeram correr para casa sem nem perceber.

—x-

A madrugada estava muito fria, porém isso não parecia importar para Lucy já que a mesma não movia um dedo para fechar as janelas do pequeno apartamento ou pelo menos ligar o aquecedor. Sua mente se encontrava num turbilhão de pensamentos e ela se sentia perdida no meio deles. Precisava de ajuda, foi tudo que conseguiu pensar claramente. Mas de quem? Por dentro algo gritava que não podia contar com aqueles que já chamou de amigos, não queria atrapalhar a alegria de todos com algo que ela mesmo estava considerando idiota, pensou em Rey também porém a moça devia ser muito ocupada e nem se quer eram amigas ou conhecidas, as opções limitadas estavam a dilacerando por dentro e, como uma luz que ilumina uma pequena parte de um quarto no completo escuro, sua cabeça lembrou de alguém que podia a escutar: o mestre da guilda.


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Notas finais do capítulo

Então?