Destinados escrita por Mel


Capítulo 1
Destinados


Notas iniciais do capítulo

Feliz Natal a todos!



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DESTINADOS

As ruas de Paris eram banhadas pela neve que caia no inverno rigoroso, calçadas eram preenchidas pela fina camada de gelo, no parque, crianças brincavam de todas as maneiras: fazendo bonecos de neve a guerrinhas, as árvores brilhavam a luz de pisca-piscas coloridos, casas enfeitadas com guirlandas e badulaques natalinos.

Marinette andava encolhida em seu casaco grosso cor-de-rosa, um cachecol azul cobria o pescoço do frio, um fone de pelúcia evitava que suas orelhas congelassem, calça jeans azul e botas para o frio, nas costas, a mochila costumeira, completavam o conjunto perfeito para a época do ano mais gelada. A mestiça caminhava tranquilamente em direção a escola enquanto observava as ruas decoradas.

—Cuidado se não tropeça!

Olhou o topo da escadaria da escola e avistou a melhor amiga: Alya Césaire, vestia um casaco laranja berrante, calça jeans preta, botas e grossas luvas.

—Engraçadinha.

Mostrou língua para a morena.

—Vamos, estou congelando aqui fora, Nino e Adrian já estão na sala.

Marinette ao menos conseguiu processar as informações dadas pela amiga quando a mesma agarrou seu pulso e a puxou para dentro da escola, todos olhavam a cena rindo dos tropeços da azulada.

—Vai com calma Alya, assim vou cair! -Reclamou.

—Desculpa.

Sorriu sem graça e soltou o pulso para subirem as escadas.

Conversaram trivialidades enquanto subiam os degraus, Marinette parou em frente a porta da sala fechada, ao lado de fora podia ser escutada a voz dos garotos.

—Vamos logo amiga.

Alya passou primeiro com Marinette em seu encalço, respirou uma, duas vezes para então virar em direção aos amigos.

Sorriu para Nino em cumprimento, trajava moletom azul-escuro, os costumeiros red fones no pescoço, jeans e tênis.

—Eai Marinette. -Bateu em sua mão. -Chegou cedo hoje.

—Acordei disposta. -Brincou.

—Bom dia Marinette.

Adrian chamou a atenção para si. O garoto cobria os cabelos com o capuz do moletom preto, as calças eram jeans e os mesmos tênis alaranjados.

—B-bom dia Adrian.

Se amaldiçoou por gaguejar mais uma vez na frente do Agreste. Virou para a amiga que segurava a risada.

—Planos para o natal? -Nino se manifestou livrando a mestiça da vergonha.

Marinette evitou bater na própria testa ao se lembrar que faltavam apenas dois dias para o Natal, andava ocupada com os Akumas que Hawk Moth soltava, ainda podia sentir a dor nas costas e os arranhões nos braços após o último ataque.

—Vou passar com meus pais e meus irmãos como todo o ano. -Declarou Alya.

—Meus pais querem ir para o Brasil, esse clima frio não combina com a gente.

—Só pra você Nino. -Riu Marinette.

—Ira fazer o que Marinette?

—O mesmo que você Alya, uma ceia e comer um dos bolos da padaria.

—Parece divertido. -Comentou Nino. -E você cara? -Virou-se para Adrian que se mantinha calado.

—Eu...não sei, meu pai foi viajar a trabalho hoje junto a Natalie, não sei se voltara para o Natal.

Sorriu tristonho, Marinette sentiu o coração apertar, iria se pronunciar mas ao ver a professora passar pela porta decidiu por fim sentar-se em seu lugar, seria o último dia de aula do ano.

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As aulas se passaram lentamente, nenhum alerta de Akuma naquela manha, agradeceu mentalmente, Tikki ainda dormia no interior de seu casaco em um bolso.

Olhou as horas no relógio da parede e se assustou ao perceber que o sinal para a saída já havia ecoado por toda a escola, mirou a porta onde os amigos a esperavam de forma paciente. Sorriu sem jeito e guardou os materiais, arrumou o casaco e seguiu os amigos.

—Andas meio avoada. -Brincou Alya.

—Apenas pensando.

Assentiu e rumaram para a entrada da escola onde poucos colegas de classe ainda se despediam e desejam parabenizações para a data tão especial.

—Nos vemos depois das férias!

Marinette abraçou Alya e Nino, o casal recém-formado despediu-se de Adrian e saíram de mãos dadas conversando.

—Até mais Marinette.

Acenou ao ver a limousine estacionar em frente a escola e seu motorista buzinar lhe chamando.

—A-adrian espera! -Gritou ao ver o amigo distante.

—Aconteceu algo Marinette? -Voltou alguns passos.

—Bom...se não tiver com quem passar a véspera de Natal, pode aparecer na minha casa.

Adrian mirou a garota que encarava os sapatos como se fossem as coisas mais interessantes no momento, as bochechas estavam rosadas, não soube dizer se eram pelo frio ou a vergonha perante as palavras. Sorriu e pousou as mãos em seus ombros a fazendo encarar o loiro, mas precisamente os olhos verdes que brilhavam como os azuis de Marinette.

—Obrigada Marinette, agradeço o convite mas terei que comunicar meu pai, então será que pode passar seu número para poder te ligar e confirmar?

—Cla-claro.

O Agreste retirou do bolço o celular e entregou a mestiça que anotou seu número.

—Depois te mando uma mensagem para poder gravar o meu telefone.

—Te darei a resposta amanha de manha.

Adrian lhe acenou mais uma vez e saiu em direção ao carro que os esperava.

Marinette o viu se afastar e fez o mesmo indo em direção a própria casa, olhou para cima e percebeu os flocos de neve caírem com mais frequência, apertou o passo e deu graças por morar a metros da escola.

Passou pela porta da padaria sendo anunciada pelo sininho da porta, os pais a recepcionaram e lhe deram folga para a tarde, sem precisar ajudar os pais decidiu ir diretamente para o quarto.

—Conseguiu dar um grande passo hoje Marinette.

Tikki sua fiel amiga e Kwami saiu de dentro de seu casaco e aconchegando-se em uma cama improvisada próximo ao leito da portadora.

—Não sei como fiz aquilo Tikki! -Arregalou os olhos. -Convidei Adrian Agreste para passar o Natal na minha casa! Minha santa o que eu faço?!

—Primeiro fale com os seus pais Marinette.

—Tem razão Tikki, vou fazer isso agora mesmo.

Tikki viu a Marinette descer aos tropeços pela escaria que dava ao quarto indo em direção a padaria.

—O foi Marinette?

Perguntou Tom Dupain, o mesmo atendia uma cliente.

—Sera que posso falar com o senhor?

—Um momento. -Despediu-se da moça e se virou para a filha.-Pode falar?

—Bom...meio que convidei o Adrian para passar a véspera de Natal com a gente amanha, então por favor deixa.

Implorou com as mãos em frente ao quarto.

—Se não tiver problema para o senhor Agreste, Adrian será bem-vindo aqui.

—O senhor é o melhor.

Pulou nos braços do pai o enchendo de beijos.

 

 

♠♠♠♠♠♠♠♠

 

Após a estranha conversa com Marinette, Adrian foi para casa juntamente ao seu motorista e único acompanhante, pelo vidro do carro se permitiu vislumbrar as crianças passeando com os pais e brincando com os amigos, coisa que nunca teve em sua infância, pensou.

Desceu do carro do quando o mesmo parou em frente a mansão Agreste, a casa continuava fria tanto por fora quanto por dentro em pleno clima natalino, passou pelas enormes postas acostumado com o silêncio profundo e correu para o quarto, não havia fome nem animo para almoçar. Jogou-se na enorme cama com Plagg ao seu lado que comia seu tão amado queijo.

—Vai aceitar a proposta da menina Marinette?

—Não sei, acho que foi por educação que ela me convidou.

—Sera mesmo garoto? Marinette nunca foi de mentir, ajuda a todos que precisam, e parece mesmo que quer sua companhia, aproveita e aceita o convite para amanha.

Adrian pareceu refletir por alguns minutos, já havia conhecido a família Dupain Cheng e sabia como eram receptivos com o todos e consigo mesmo.

—Vou ligar para o meu pai.

Os segundos se tornaram minutos no celular, a conversa foi longa, Plagg observava as expressões do rapaz que na maioria das vezes eram tristonhas, mas logo um pequeno sorriso brotou em seus lábios.

—Então? -Plagg incentivou para que falace.

—Meu pai vai ficar fora por mais um tempo e não vira para o Natal. -Entristeceu.

—Adrian…

—Tudo bem Plagg, pelo menos poderei passar o esse dia com a Marinette e sua família.

Plagg sorriu aliviado para o portador e enfiou mais um pedaço de queijo na boca.

—Vou ligar pra ela e confirmar.

 

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A noite havia chegado como de costume e o frio havia se intensificado, Ladybug pulava por entre prédios com o auxílio de seu ioiô, corria em direção a Torre Eiffel onde havia marcado com seu parceiro.

—Boa noite gatinho.

Cumprimentou Chat que se encontrava sentado na beira da torre.

—Boa noite M’Lady.

O gato lhe sorriu ao levantar-se e poder em fim ver a mulher que tanto perambulava por seus pensamentos. Aproximou-se ao ver que a parceira andava em sua direção.

—Pra você.

Ladybug lhe estendeu um pacote de cor vermelha.

—Acho que tivemos a mesma ideia então.

Entregou uma caixinha preta no momento em que pegou o embrulho.

Chat ao desembrulhar o pacote revelou um casaco grosso, preto com as costuras em verde, bolço na frente e um capuz com orelhas de gato pregadas no topo.

—É único, espero que goste. -Falou Ladybug.

—Foi você que fez?

—Sim. -Marinette deu graças pela máscara esconder suas bochechas rosadas.

—Muito legal, abre o meu, espero que goste, não entenda mal, é apenas para lembrar os nossos momentos juntos.

A joaninha acenou com a cabeça abriu a caixa, uma pulseira de pedrarias em verde e vermelho brilhavam sobre a luz da Torre Eiffel.

—É linda, obrigada Chat.

Sem perceber abraçou o parceiro.

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—Marinette você precisa se acalmar, daqui a pouco o Adrian chega.

Falou Tikki pela milésima vez naquela noite, a véspera de Natal havia chegado, e Marinette acabara por acordar tarde demais pois a conversa com Chat Noir na noite anterior rendera até a madrugada, dando a garota bons sonhos, agora Tikki tentava tranquilizar a amiga de todos as formas possíveis, Adrian a minutos atrás lhe mandara uma mensagem avisando que estava chegando.

—O que faço Tikki?

—Marinette seu amigo chego!

A mestiça arregalou os olhos ao escutar o grito de sua mãe do andar de baixo.

—To indo Mãe! -Gritou de volta.

Marinette respirou fundo duas vezes e olhou para sua Kwami, Tikki voou para a bolsa da mestiça e juntas desceram para a sala de estar. Visualizou os pais sentados no sofá de canto, no outro Adrian conversava animado com os mais velhos, aproximou-se envergonhada e conteve o espanto ao ver o casaco em que o loiro vestia junto a calça jeans escura.

Mas é o casaco que dei a Chat”- Pensou Marinette.

—Boa Noite Marinette.

Adrian parou um instante a observando atentamente, sorriu ao perceber o quanto a amiga estava bonita, o vestido de mangas compridas a valorizava melhor que as costumeiras calças, os cabelos estavam soltos e caiam como cascatas sobre os ombros, calçava sapatilhas e não usava nenhuma maquiagem, quando ia desviar o olhar percebeu a pulseira em seu pulso esquerdo, Marinette notando o olhar analítico colocou os braços atrás do corpo.

—B-boa noite Adrian.

—Podem ficar conversando crianças, vamos cuidar da comida. -Sabine saiu puxando Tom pela mão em direção a cozinha.

—Que bom que pode vir Adrian.

—Tem razão, sabe meu pai teve que ficar fora por causa do trabalho e Natalie foi com ele, dispensei o segurança, então ficaria sozinho.

—É bem-vindo aqui quando quiser.

Adrian lançou um sorriso em sua direção.

—Foi você que fez? -Perguntou referindo-se ao vestido.

—S-sim, já faz um tempo então resolvi vestir essa noite.

—Ficou bem em você.

—Obrigada. -Sorriu agradecida. -Que tal jogarmos um pouco? -Tentou aliviar o próprio constrangimento.

—Pode ser, aposto que ganho dessa vez.

—Vai sonhando.

Marinette preparou o videogame e colocou o jogo que a muito tempo havia treinado com Adrian para o campeonato, sentou-se ao lado do loiro e entregou um controle para ele, deu play no jogo e ativou seu lado competitivo.

—Desisto! -Exclamou Adrian ao perder pela décima vez.

—Eu disse que não ganharia de mim.

—Você é ótima Marinette.

—Posso dizer que quase conseguiu me vencer.

—Porque carrego isso comigo sempre.

Retirou do bolso o antigo “amuleto” da sorte que Marinette lhe entregara como presente de boa sorte a tempos atrás.

—Ainda tens?

—Sempre fica comigo, acho que funciona.

A conversa se desenvolveu por mais algum tempo entre ambos, assuntos variados desde interesses pessoais a sonhos e aulas chatas que ambos concordavam, os minutos passaram e viraram horas.

—Vamos comer crianças? -Tom apareceu na porta.

—Que horas são?

—Já é meia-noite Marinette.

—Não vimos a hora passar. -Explicou Adrian. -Vamos? -Levantou-se e estendeu a mão para a amiga que aceitou.

—Vamos.

Adrian sorriu feliz ao sentar-se pela primeira vez em muitos anos com uma família de verdade, a mesa era farta de comidas variadas, o peru se encontrava no meio, dourado e majestoso como deve ser, os mais novos sentaram lado a lado e de frente para os pais da garota, deram as mãos.

—Adrian será que pode começar a oração dessa noite? -Pediu Sabine.

—Certo. Obrigada por essa incrível noite, obrigada por esse ano em que conheci ótimas pessoas e fiz novos amigos, obrigada por poder dividir esse momento com essas pessoas que me convidaram e abriram as portas para mim, que o ano que venha seja cheio de bençãos e alegrias para todos, Amém. -Finalizou.

—Amém. -Repetiram.

—Então Adrian pretende seguir a carreira de modelo sempre? -Perguntou Tom.

—Acho que sim Sr Dupain, gosto de modelar, mesmo muitas vezes sendo uma profissão difícil.

—Entendo, Marinette quer se tornar uma estilista.

—Papai! -Repreendeu.

—Tudo bem Marinette, sua filha tem muito talento para o ramo da moda, afinal ganhou a competição de chapéus e esse vestido e simplesmente lindo.

A garota corou dos pés a cabeça ficando quase da cor do vestido que usava, mais alguns assuntos foram discutidos, sempre incluindo o Agreste em seu meio. O resto do jantar ocorreu de forma calma, o loiro ajudou a retirar a mesa e limpar o que ainda estava sujo.

—Ficara para dormir Adrian?

—Se não houver problemas Sra Dupain, dispensei meu motorista hoje.

—Claro, filha no seu quarto tem um colchão sobrando.

—Vou buscar. -Saiu em direção as escadas.

—Enquanto isso irei ao banheiro, com licença.

Adrian caminhou pela casa em busca de um lugar para ficar sozinha, sua mente trabalhava em teorias que precisavam ser comprovadas, chegou ao corredor e certificou-se que ninguém apareceria, e permitiu que Plagg sai-se de seu casaco.

—Garoto o que pensa em fazer?

—Marinette é a Ladybug.

—Não há provas.

—A pulseira que dei noite passada está no pulso dessa garota.

—Pode ser coincidência.

—Vamos provar isso agora, Plagg mostrar as Garras!

Trajado de Super Herói, Chat Noir sai pela pequena janela que se encontra próxima a escada em direção a padaria, parou no prédio afrente e sentiu a neve cair em seus cabelos e corpo, sem se incomodar, voltou o olhar para a sacada da garota.

Marinette se permitiu um tempo só, a brisa fria acalmou os pensamentos turvos, ver Adrian em primeiro momento em sua sala a assustou e lhe deu suspeitas cavernosas, seu amor, e seu parceiro de lutas parecia uma ideia absurda.

—O que uma princesa com a senhorita faz em meio a tanta neve?

Marinette se sobressaltou ao ouvir a voz atrás de si, virou-se deparando-se com um par de esmeraldas brilhando em sua direção.

—Chat. -Sussurrou.

Os dentes brancos ficaram a mostra revelando um sorriso genuíno, Chat desceu de onde estava e andou em passos lentos em direção a garota como um verdadeiro felino em busca de sua presa.

—O que faz nesse frio Marinette?

—Apenas pegando um ar, já ia entrar tenho um amigo esperando. -Tentou se esquivar mas foi impedida.

—Amigo? Assim ficarei com ciúme princesa.

—Veio aqui por quê? -Foi direta ao ponto.

—Apenas conversar. -Se apoio na grade de proteção observando Marinette, mais precisamente seu pulso onde a pulseira ainda repousava.

—Diga.

Marinette tentou esconder a joia dentro da manga vermelha de seu vestido, com agilidade o gato impediu seu ato e ergueu o pulso na altura dos olhos.

—Me diga você, onde arrumou essa belíssima pulseira?

—Foi um presente de natal. -Tentou se soltar.

—É única, não se encontra em Paris, apenas uma pessoa pode possuí la, e essa é Ladybug, ou devo dizer você.

Marinette com dificuldade e um pouco de força se desvencilhou do aperto do capaz e deu passos para trás se afastando.

—É vo-você mesmo Adrian.

Sem olhar para onde andava, a garota tropeçou em algo caindo no chão de forma desajeitada não se abalando os desviando dos olhos felinos do parceiro, Chat tentou se aproximar lentamente mas Marinette queria distância.

—Não se aproxime, como fui cega.

—M’Lady.

—Não me chame assim, não sou ela, sou apenas aquela garota desajeitada.

—Plagg Guardar Garras. -Desfez a transformação. -Tenta se acalmar.

—Não dá, sempre esteve na minha frente esse tempo todo, meu parceiro, companheiro e amigo, agora descubro que é também o meu amor secreto.

Adrian parou onde estava processando as palavras da garota, Amor secreto, Marinette, sua Ladybug o amava de todas as formas possíveis.

Fitou novamente os olhos azuis que tantas vezes se perdeu e os viu cheios de lágrimas.

—Também tenho um segredo, Eu Te Amo Marinette. -Ajoelhou-se em sua frente e a segurou pelos ombros.

—Não fale mentiras, sempre jurou amor pela Ladybug, sou apenas uma colega de escola para você.

—Marinette…

—Por favor Adrian, entenda, aquela garota que salva Paris todos os dias é apenas uma estudante atrapalhada.

—Marinette…

—Não sou corajosa, não goste de chamar atenção, e não sou mais nada que uma fantasia e poderes misteriosos.

—Me escuta Marinette. -Sacudiu a garota. -Quando derrotamos o Coração de Pedra pela segunda vez, jurei para mim mesmo que não importa quem estivesse por baixo da máscara eu amaria essa garota. -Suspirou.- Fui cego, admito, parando para notar, você é a menina mais parecida com a própria Ladybug, ajuda quem precisa, é corajosa e enfrenta quem for, es atrapalhada mas acho fofo seu jeito.

—Adrian…

—Marinette, você é a Ladybug, com ou sem a máscara. -Uma das mãos foi para a nuca em um gesto envergonhado. -Agora me diga, ficou surpresa em ser eu?

—Sabe Adrian, sempre te achei gentil e prestativo, companheiro, mas algo na sua personalidade faltava, seus olhos escondiam um segredo, agora entendi, um lado extrovertido, corajoso e brincalhão era escondido.

—Fora as piadas ruins.

—Já ia mencionar. -Riram juntos.

Adrian a observou mais aliviado.

—Marinette.

Sentou-se mais perto da garota a puxando para seu peito em um abraço aconchegante, rendida cedeu a tentação de escutar os batimentos cardíacos do rapaz.

—Obrigada Marinette.

As mãos grandes circularam o rosto corado para que pudesse mergulhar na imensidão azul dos olhos que agora brilhavam, de vagar e hesitante roçou os lábios no dela para então aprofundar o beijo, o frio já não existia para ambos, o calor entre eles os aquecia deixando de lado todo o mundo exterior, Marinette passou as mãos para nuca do loiro não desejando quebrar qualquer contato.

—Feliz Natal Marinette. -Selinho. -Eu Te Amo M’Lady.

—Feliz Natal Adrian, também amo você gatinho.

Escondidos onde a neve ou o vento não os atingiam, Tikki e Plagg observavam o mais novo casal.

—Foram feitos um para o outro. -Comentou a Kwami vermelha.

—Não seria diferente com eles, são Yin e Yang. -Completou Plagg.

—Destinados ao amor.

 


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Notas finais do capítulo

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BEIJOS.



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