O Amor Mora ao Lado escrita por Aninha_M_Cullen, Andrezza_Prado


Capítulo 8
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

Bem gente como o Nyah ficou fora do ar por muito tempo deu para escrever 2 capítulo.. Então segue o outro!!
Semana que vem postarei o próximo!!!!
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Ponto de vista Edward Cullen



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Não acreditei que era Alice quem estava atrás de mim. Ela estava atônita, congelada em seu lugar. Depois de alguns segundos, ela piscou e balançou a cabeça tentando retirar a confusão de seus pensamentos. Ela abriu os olhos e virou-se para mim.

-“Essa garotinha na foto é...” Alice disse não conseguindo terminar a frase.

-“Sim!” Eu respondi.

-“Mas... Como?... Você a conhecia?” Alice perguntou.

-“Sim!” Respondi novamente. “Não está reconhecendo a outra garota?” Perguntei a ela apontando para a foto. Ela direcionou os olhos para onde meu dedo indicava e arfou.

-“É a Anna!” Ela disse com a voz um tom mais alto.

-“Isso mesmo! Não percebe a semelhança?” Perguntei novamente.

-“Não pode ser...” Ela disse balançando a cabeça.

-“Venha!” Eu disse puxando-a pelo braço. “Sente-se a história é um pouco longa!” Eu disse e a fiz sentar em minha cama. A foto ainda em minhas mãos. “Prometa-me uma coisa?” Perguntei.

-“Eu não vou interromper, prometo!” Ela disse adivinhando meu pedido.

-“Ótimo” Eu suspirei.

-“Só uma pergunta antes de começar.” Ela disse, típico de Alice. “E o menino?” Ela perguntou.

-“Ele esta bem, eu acho.” Eu disse.

-“Ok... pode começar então.” Alice disse e se acomodou na minha cama para ouvir a história.

-“Você sabe que eu e Anna namorávamos há algum tempo.” Eu disse e ela balançou a cabeça. “Desde o dia que você a levou à nossa casa para estudarem eu sempre pensava nela. Pouco tempo depois começamos a namorar. Ficamos juntos por quase 2 anos. Ela tinha dois irmãos mais novos, gêmeos, um menino e uma menina. Eu conhecia os dois, mas principalmente a garota. Onde Anna ia sempre levava a irmã. No dia que fiquei sabendo que nós iríamos partir de Londres resolvi que a levaria comigo para qualquer lugar que fossemos... Bem, ela concordou, mas disse que queria levar a irmã com ela. Eu não queria que a pequena viesse, porque conhecia a proximidade dos três irmãos e sabia que o garoto não gostaria de perder as duas irmãs ao mesmo tempo, mas ela disse que sem a irmã não iria, então concordei. Estava tudo certo para ela sair na noite anterior de partirmos e ir par nossa casa encontrar comigo, elas ficariam escondidas lá até a hora de sair. E quando chegássemos eu contaria para nossos pais o que tinha acontecido.” Parei para olhar para Alice. Ela estava agarrada ao meu travesseiro mordendo minha fronha, ela sempre fazia isso para evitar abrir a boca quando não devia. Sabendo que ela não interromperia continuei a narração. “Naquele dia eu combinei com meus amigos de sair para nos despedirmos. Não sei se você se lembra deles. Caius, Aro e Marcus.”

-“Lembro sim, eles pareciam ser muito mais velhos que nós, mas tinha a sua idade. Eram os garotos mais lindos do colégio. Seus olhos dourados eram quentes e prendiam a gente.” Alice disse.

-“Não sabia que você pensava isso deles!” Eu disse estranhando sua reação.

-“Era o que todas as mulheres pensavam deles” Ela deu de ombros. “Continue!” Ela pediu.

-“Bem, eles eram diferentes, disso ninguém duvidava, mas eles eram boa gente, pelo menos era o que eu pensava deles.” Disse pensativo.

-“Naquela noite saímos para beber alguma coisa. Quando deu a hora de encontrar com Anna e sua irmã eu disse que teria que ir encontrar-las. Eles me acompanharam, nenhum deles conhecia Anna até então.” Fiz uma pausa lembrando o que aconteceu aquela noite.

-“Virei em um beco escuro onde eu havia marcado com ela. Um lugar onde com certeza ninguém poderia nos ver juntos e suspeitar de nossos planos. Quando ela e sua irmã entraram em nosso campo de visão eu me aproximei delas e disse que meus amigos tinham me acompanhado. Foi então que algo muito estranho aconteceu. Uma brisa passou por nós tocando os cabelos dela. Os três rapazes na nossa frente ficaram rígidos e seus olhos escureceram. Não entendi muito bem o que aconteceu depois. Eles foram de aproximando de uma forma estranha, rosnados saindo de suas gargantas. Posicionei-me na frente de Anna e sua irmã.”

-“Aro que estava mais adiantado me empurrou para o lado com uma força tão grande que me jogou contra a parede, a metros de distancia. Fiquei zonzo a ponto de desmaiar, só tive condições de ver os três agachando para atacar Anna e sua irmã. Só me lembro de tê-las visto fugindo, e então eu apaguei.” Eu disse sentindo a culpa pensando sobre meus ombros.

-“Quando acordei sentia muita dor na minha cabeça. Um cheiro horrível de sangue inundou meu nariz, percebi que tinha machucado com a pancada, mas não me importei com isso. Levantei-me ainda tonto e fui atrás das garotas que abandonei a mercê daqueles estranhos [...]. Andei por alguns metros e vi uma perna atrás de uma lata de lixo no final do beco. Eu me aproximei sabendo que o que eu veria iria me dilacerar, eu já imaginava o que tinha acontecido. Eu perdi o único amor da minha vida, para aqueles monstros que eu chamava de amigos. Tentei não pensar nas atrocidades que eles deviam ter feito a ela enquanto caminhava em sua direção.” Parei sentindo a mão de Alice secar minhas lágrimas.

-“Não foi sua culpa!” Ela disse. “Isso não foi premeditado, vocês não conhecia aqueles rapazes o suficiente, só isso. Não se culpe pelo o que aconteceu.” Ela falou e me abraçou.

-“Mas se eu não tivesse combinado com ela naquele dia, se eu não tivesse levado aqueles idiotas. Se eu não tivesse inventando aquela estupidez. Ela ainda estaria viva.” Eu disse, uma angustia aumentou com a raiva que as lembranças me traziam.

-“Não pense assim. Foi uma fatalidade.” Ela disse me reconfortando.

-“Então, quando finalmente cheguei perto da lata de lixo eu vi a irmã de Anna jogada toda machucada. Respirando fracamente. Aproximei-me dela para ver se estava consciente. Ela abriu um pouco os olhos, perguntei onde estava Anna e ela disse que eles a tinham levado. Eu disse que iria procurar ajuda e iria atrás da irmã dela. Eu saí e não encontrei ninguém por perto. Demorei um pouco e quando voltei para o beco ela já não estava lá mais. Pensei que eles tinham voltado para buscá-la procurei em todos os cantos e não encontrei nenhum rastro deles. Parecia que eles tinham desaparecido no ar.” Eu tentei entender o que tinha acontecido naquela noite. Nada fazia sentido.

-“Quanto tempo você ficou apagado?” Alice me perguntou ainda abraçada a mim.

-“Não faço idéia” Respondi. “Eu vaguei durante toda a noite até que encontrei um corpo boiando no rio. Reconheci o cabelo e as roupas. Peguei meu celular e liguei para o resgate enquanto eu descia para a beira do rio e fui em direção àquela que um dia pensei fazer parte de toda a minha vida. Quando virei o corpo senti meu estômago revirar. O Rosto de Anna estava desconfigurado, mas ainda era possível reconhecê-la. Ela tinha pequenas perfurações em seu corpo. Quando eu estava terminando de puxá-la do rio as ambulâncias chegaram e me ajudaram. Eles fizeram exames no corpo e viram o que constatei que ela não tinha nem uma gota de sangue. Eles fizeram varias perguntas, e eu respondi a todas atônito com tudo que havia acontecido. Depois fui levado para a delegacia para prestar meu depoimento. Foi quando Carlisle e Esme chegaram me amparando, eles sabiam o que eu sentia por aquela garota. Os pais dela chegaram pouco depois dizendo que a outra irmã estava desaparecida, eu não sabia onde ela estava então não disse que a tinha visto naquele dia.”

-“Agora, você entende a minha reação quando a vi hoje a tarde? Eu pensei que ela também estivesse morta assim como a irmã. Foi um choque a ver tão bem e saudável. Ao mesmo tempo em que eu fiquei feliz, fiquei confuso por não saber o que tinha acontecido aquela noite...” Alice levantou o dedo para me interromper.

-“Eu entendo... agora eu entendo” Ela disse.

-“Pelo jeito quem a encontrou foi nosso mais novo vizinho. Levou ela para o hospital e como ela não estava com documentos eles a adotaram já que a família dela não a procurou.” Eu disse pensando no assunto. “Na verdade acho que eles nem chegaram a procurar nos hospitais. Eles não estavam pensando de forma coerente depois de saberem o que tinha acontecido com a filha mais velha deles. Eles não sabiam como agir para procurar pela mais nova” Eu disse e ela acenou com a cabeça compreendendo.

 -“Você disse quem tinha feito aquela atrocidade com a Anna para a polícia?” Ela perguntou.

-“Não, eu não tinha certeza se foram eles que tinham feito aquilo com ela eu tava fora. As vezes eles usaram ela e outro a encontraram e a matou.” Eu respondi frio.

-“O que o laudo do IML disse sobre a morte de Anna?” Alice perguntou.

-“Eu não sei direito, só lembro que tinham drenado todo o sangue dela. Estavam falando em contrabando de sangue.” Eu disse.

-“Ai que horror!” Alice fez uma carranca. Realmente era algo terrível.

-“Você voltou a encontrar aqueles três de novo?” Alice perguntou levantando meu olhar.

-“Não, nunca mais os vi, ou fiquei sabendo deles.” Eu respondi.

-“Bem o resto acho que sei. Adiamos nossa viagem por três dias para ir ao velório e enterro de Anna, e desde então você ficou triste.” Alice concluiu. “Agora eu entendo! Desculpa se eu fui impertinente sobre isso, é que eu realmente não entendia o que tinha acontecido e estava preocupada com você. Não fazia idéia que era algo tão grave assim.” Alice se desculpou terminando praticamente com um sussurro.

-“Eu entendo Alice, você sempre foi muito intuitiva, e notou minha mudança de humor. Mas eu não queria compartilhar isso com ninguém. É algo que, até hoje, meche muito comigo.” Eu disse baixando os ombros.

-“Você disse que tinha batido a cabeça e se feriu.” Alice perguntou de repente. “Ninguém percebeu seu ferimento?”

-“Acho que ele fechou durante a noite e as manchas de sangue saíram nas águas do rio. Como meu cabelo sempre foi essa bagunça e, mais ou menos, grande, não tinha como notar.” Eu respondi, nunca tinha parado para pensar nisso, mas era a única explicação.

-“Entendo...” Alice suspirou e pegou a foto das minhas mãos. “O que você vai fazer agora?” Ela perguntou.

-“Como assim?” Indaguei confuso.

-“Ela precisa saber o que aconteceu com ela, saber sua história e seu passado. Ela tem uma família e precisa conhecê-la” Alice disse apontando para a foto, fiquei rígido e um calafrio passou por meu corpo.

-“Eu não sei se devo fazer isso. Ela está feliz aqui com essa nova família. E eu não sei se tenho coragem para continuar a revolver essa ferida que estava quase cicatrizada.” Eu disse repousando a mão em meu peito.

-“Você DEVE contar pra ela.” Alice disse de forma firme. “É o certo a se fazer.”

-“É eu sei...” Eu não tinha escolhas, eu tinha que contar a ela o que eu sabia.

-“Eu vou com você! Apoiando-te!” Alice disse e voltou a me abraçar.

-“Obrigada, vou precisar de seu apoio mesmo!” Eu disse dando-lhe um sorriso fraco.

-“Bem, você pretende contar a ela amanhã?” Ela perguntou.

-“Acho melhor não demorar muito com isso não é?” Eu perguntei.

-“Sim!” Ela disse. “Esse é um assunto que não pode esperar mais. Essa garota já sofreu de mais.”

-“Eu concordo com você!” Eu balancei a cabeça. “Amanhã é domingo, então todos vão estar em casa, mas eu queria falar primeiro só com ela e com a Bella. Assim ela teria alguém para ampará-la.” Eu disse por fim.

-“Concordo com você. Renesmee e Bella são bem próximas. Vai ser bom que elas estejam juntas quando você contar toda a história para ela.” Alice disse ponderando sobre o assunto.

-“Bem... Já está tarde, e amanhã o dia será um dos mais difíceis da minha vida. Preciso descansar.” Eu disse e Alice se levantou para ir me deixar dormir.

-“Quer que eu fique aqui com você?” Ela se oferecendo me ajudando a arrumar minha cama e colocando minha caixinha de recordações de volta no guarda-roupa.

-“Não, Tudo bem! Eu vou ficar bem!” Eu garanti a ela, mas não tinha certeza de minhas palavras.

-“Ok, Qualquer coisa estou aqui do lado!” Ela disse já me cobrindo e indo em direção a porta com a mão no interruptor.

-“Obrigada Alice, você é a melhor irmã que alguém poderia pedir.” Eu disse a ela com toda a verdade expressas em minhas palavras. Seus olhos negros brilharam e ela voltou para me dar um beijo na testa.

-“Você é a melhor pessoa do mundo Edward, tenho muito orgulho de ser sua irmã mais nova.” Ela disse me abraçando de novo. “Durma bem, até amanhã!” Ela disse e saiu do quarto apagando a luz. Alice era mais nova que eu, mas agia como se fosse minha mãe. Adorava tê-la não só como irmã, mas como minha melhor amiga.

 

 

Não conseguir dormir a noite inteira, toda vez que meus olhos se fechavam as memórias daquele dia vinham com toda a força. Esperei o sol ficar alto e fui para a cozinha preparar o café da manhã. Fiz ovos com bacon pra mim e para Alice. E torradas com geléia para Carlisle e Esme. Durante toda a manhã eu fiquei em meu quarto terminando de ajeitar as coisas. Depois do almoço Alice me chamou para que fossemos na casa dos Swan, para termos aquela conversa. Peguei o material que precisava e fui para o seu lado. Ela segurou a minha mão e foi junto comigo para a casa vizinha.

Ela tocou a campainha e ouvimos algo caindo no chão do outro lado.

-“Já vai!” Alguém gritou. “Não sabia que vocês tocavam a campainha para vir aqui pra cãs...” Bella disse abrindo a porta e parou quando viu quem estava lá. Ela estava de camiseta e shorts e com a mão esfregando o joelho vermelho. Não pude deixar de rir da cara que ela estava fazendo... Já sabia o que tinha caído quando a campainha tocou... Seu rosto ficou quase tão vermelho quanto seu joelho estava. “O que vocês estão fazendo aqui?” Ela perguntou lembrando-me do motivo pelo qual estava parado em sua porta, meu sorriso murchou e ela percebeu.

-“Podemos entrar?” Alice perguntou. “Edward e eu queríamos conversar com você e sua irmã Renesmee.” Ela completou. Bella olhou confusa para mim e Alice, mas saiu do caminho abrindo passagem para nós.

-“Você está sozinha?” Alice perguntou.

-“Mais ou menos.” Ela respondeu ainda confusa. “Renesmee está lá fora com Jacob, meu pai está trabalhando e Emmett está ensaiando com Rosalie na casa deles.”

-“Gostaríamos de falar a sós com você e sua irmã se possível” Eu disse a ela. Uma ruga surgiu em sua testa.

-“Entrem, vamos até o Jardim, ela está lá.” Bella disse fechando a porta atrás de nós. Fomos para o jardim. Renesmee estava no balanço e Jacob a balançava.

-“Oi Lice, ei Edward!” Renesmee nos cumprimentou.

-“Olá!” Alice disse. Eu acenei com a cabeça.

-“Jacob, preciso de um favor seu. Tem uma lista aqui de coisas que estou precisando. Tem como você buscar para mim?” Bella disse como pretexto para que ele saísse da casa.

-“Claro! Vamos Nessie?!” Ele disse.

-“Não!” Bella falou um pouco mais alto. “Nessie fica, não seria educado ela sair de casa quando temos visitas.” Bella disse um pouco nervosa. Mentir ou omitir não eram seu forte.

-“Tudo Bem!” Jacob disse e foi junto com Bella para dentro.

-“Sentem-se!” Nessie disse sorrindo e foi em direção à mesma mesinha de ontem. Eu sentei no mesmo banco com Alice e coloquei o pequeno envelope em cima da mesa. Assim que nos acomodamos. Bella retornou e sentou-se ao lado da irmã.

-“Bem, o que vocês têm para falar conosco?” Bella perguntou. Olhei para Alice que segurou minha mão.

-“É sobre Renesmee!” Alice disse por fim. As duas garotas a nossa frente ficaram boquiabertas encarando-nos.


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Notas finais do capítulo

Finalmente o mistério foi revelado!!!!
Espero que tenham gostado!!!!!
Deixem comentáros!!!!



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