Oito anos, oito dicas e uma caça aos presentes escrita por Carol McGarrett


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Tive que dividir a história em três capítulos para não cansar muito!
Aproveitem!
E Feliz Natal!!



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— Aaron, você tem certeza que escondeu os presentes direito, né?

— Mas é claro, Emily! Desta vez ela não vai achar!

— Você disse a mesma coisa no aniversário passado e ela encontrou os presentes uma semana antes do dia!

 - Não foi minha culpa se você contou para a Penelope e que depois a Elena conseguiu fazer a Penelope falar!

— Meu Deus! Ela está completando oito anos e já está assim! Imagina quando entrar na adolescência?

— Em, por favor, um ano de cada vez! Jack é quem está nessa fase, deixe a Elena ser a criança que ela é.

— A criança que é conhecida como a Diabinha da BAU?! Aaron!?

— Vai dizer que não é engraçado a cara de susto dos outros agentes quando ela entra e descobre alguns segredos deles?

 - Você fala isso aqui, contudo sempre fecha a cara para as “descobertas fora de hora” dela.

— E quando ela descobriu que o Reid tinha uma namorada não foi divertido? Ela pulava para cima e para baixo enquanto ele ficou mais vermelho que aquela caneta de pompom da Garcia.

— Você tem razão... nenhum de nós desconfiamos e ela pegou uma frase, em uma ligação e descobriu! E sabe da maior?

— Não, o que ela fez desta vez?

— Quer conhecer a garota! Disse que tem que passar pela aprovação dela!

— Não esperava por menos!

— Aaron?! Ela está ficando controladora igual a você!

— Pelo menos isso ela tem que puxar de mim, porque o fato de ser levada daquele jeito só pode ter vindo de você, querida.

— Agora são os meus genes que fizeram isso? Sei muito bem que você não foi nenhum santo, Sean me contou!

— Deixa quieto... acho que ela puxou os dois e ponto. Porém, o fato da Garcia e do Morgan a ajudarem nos seus planos, não melhora a situação.

— Não melhora, mas pelo menos dá uma levantada no ânimo da equipe. Principalmente depois de casos difíceis como o dessa semana! Mas, então, você me garante que os presentes estão bem escondidos? Mesmo?

— Sim, deixei em um local que ela não vai procurar, a ideia sequer vai passar pela cabeça dela!

— Assim espero. Mal posso esperar para vê-la! Foi uma longa semana e eu estou morta de saudades da minha bebê!

— A casa é toda sua, Sra. Hotchner! – ele disse enquanto segurava a porta para que eu pudesse entrar.

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— Graças a Deus vocês chegaram! Essa menina não existe! Que semana longa! Nunca mais volto a trabalhar nessa casa! Adeus! Podem me pagar por transferência bancária!

Nem pisamos no tapete de entrada, quando a babá – a quinta em menos de seis meses – passou por nós como um furacão saindo correndo. E isso tudo só tinha um motivo...

— ELENA PRENTISS HOTCHNER!

— Mamãe! Papai! Vocês voltaram! Esse caso demorou séculos! Vocês estão bem? Deu tudo certo? Vocês pegaram o cara mau? – ao mesmo tempo em que eu queria colocá-la de castigo ela era irresistível quando chegava toda feliz assim nos cumprimentando. Contudo, não era hora para sermos os bonzinhos, ela estava encrencada, sabia disso e estava agindo como um anjo para poder evitar o castigo.

  - Elena, o que você aprontou dessa vez? – Aaron foi logo perguntando, sem se deixar levar pela carinha de felicidade.

— Nada papai! – Ela respondeu com seus grandes olhos ainda mais abertos.

— Elena. – Aaron não comprou o excesso de inocência no tom e nos olhos da filha, e a chamou mais uma vez naquele mesmo tom que usa com os unsubs.

— Ela mereceu. – Bingo! Elena pode até ser esperta e tentar nos enganar, mas sabe que quando o pai fala naquele tom de agente e não de figura paterna, não adianta mentir.

— Mereceu o que, filha?

— Mamãe! – ela correu em minha direção abraçando minha cintura e, convenientemente escondendo o rosto do olhar do pai. - Ela mereceu porque toda vez que ela olhava para uma foto do papai ela fazia uma cara de que iria comê-lo como se ele fosse um pote de sorvete! Aí eu falei que ela olhava esquisito pro papai e que eu ia contar para vocês! Depois disso ela ficou contando os minutos para poder ir embora! Dessa vez, eu juro, não fiz nada de errado!

Depois desse pequeno discurso, Aaron só me encarou! Ah a inocência de uma criança!

— Tudo bem, mas vamos combinar uma coisa? – Minha menina me encarou com os mesmos olhos de seu pai – Quando algo assim acontecer, não comente nada com a babá, deixe para nos falar quando chegarmos, ok? E você tem certeza que não tem mais nada? A srta. O’connel saiu mais do que apavorada daqui.

— Juro que não fiz nada, nada que me lembro, pelo menos – ela disse fazendo um adorável beicinho – e prometo falar só com vocês...

— Elena, nós já conversamos, desse jeito não dá para continuar, se você continuar descobrindo o que as pessoas escondem, não vai sobrar uma pessoa no mundo para tomar conta de você! E a mocinha não pode ficar sozinha, entendeu?

— Sim, senhora.... mas não foi nada demais. Só essa da foto, e o fato de que ela ficava no celular o tempo todo, aí eu fingi que tinha me machucado na cozinha... foi só um pouquinho de ketchup no braço.... Mas o Jack me ajudou nessa! 

— Falando no seu irmão, onde ele está?

—Jack está no quarto... ele me pediu para não incomodá-lo porque ele tem prova de física na segunda e precisa rever a matéria! Além de estar estudando para aquele exame que ele vai fazer...– Disse me soltando e olhando escada acima.

 - Agora, está na hora da mocinha ir dormir, já passou há muito tempo o seu horário de ir para cama.

—Amanhã é feriado... pelo menos não temos aula... E falando sobre amanhã, apesar de não ter aula, vocês tem que ir na BAU para fazer os relatórios e papelada, não é? – lá vem a bomba.... – será que eu posso ir junto para ver a equipe, tio Reid e eu temos que terminar uma partida de xadrez e eu tô sem babá e o Jack quer estudar...

— É, está sem babá porque já fez cinco saírem correndo em menos de seis meses... e quanto a ir na BAU, isso é com o Chefe da Equipe! Não comigo! – Disse enquanto bagunçava seus cabelos.

— Pai?! – Ela se virou e abriu o maior sorriso pidão que pode fazer.

Aaron parou e ficou encarando a filha com aquele olhar de agente especial por alguns segundos, e ela, em reação ao olhar sério somente mordeu o lábio.

— Só vai se eu, finalmente ganhar meu abraço de boas vindas!

Em um piscar de olhos ela correu até o pai e deu um abraço apertado enquanto ele a levantava do chão.

— Então, agora eu posso ir amanhã?

— Vamos ver depois, tudo bem? Agora dá um beijo de boa noite na sua mãe que eu vou te colocar na cama..

— Boa noite mamãe! – Ela me deu aquele abraço apertado e um beijo, bom, da melhor forma que ela conseguiu, já que ainda estava no colo do pai.

— Papai, eu tenho que dar boa noite pro Jack, será que ele vai brigar comigo se fizer isso? – Nem deu tempo de Aaron responder quando ela, literalmente gritou:

— BOA NOITE IRMÃOZÃO!!!!

E, claro que Jack não ligou, já que logo em seguida ele respondeu, também gritando..

— BOA NOITE, IRMÃZINHA!

Era bom estar de volta em casa.

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— Você sabe muito bem o que ela quer fazer na BAU hoje, não sabe? – Disse enquanto preparava o café das crianças.

— Sei... ela quer saber onde estão e o que são os presentes de aniversário.

— E você vai deixá-la ir mesmo assim?

— Emily, ela não vai encontrar, não desta vez.

— Ela vai ter ajuda. No momento em que ela se juntar ao Morgan, os dois vão encontrá-los! Até parece que você não sabe como ela dobra o Derek para que ele faça as vontades dela!

— Não se preocupe, Em. Nós já seguramos a ferinha até agora, e por mais desesperada que ela esteja, não vai descobrir uma única pista. Além do mais, combinamos que seria uma festa surpresa no domingo. Até lá, ninguém comenta nada com ela.

— Como controlaremos a Penelope? Sabe que ela é a primeira a fazer isso.

— Simples. Dei a ela permissão para transformar toda a papelada da BAU em arquivo digital. Era algo que ela queria fazer a algum tempo, então não teve dia melhor. Penelope está ocupada. Temos só que ficar de olho na Elena.

— Sabe, Aaron, me desculpe, mas não estou confiando no seu plano.

— Aguarde e verá.

— Então, pai do ano, vá acordar sua filha, porque se deixar por conta dela, nós chegaremos atrasados! Queria que o Jack também fosse.

— Jack me disse que vai aproveitar o silêncio para estudar, afinal ainda tem as provas do final de semestre e, como ele vai tentar o SAT, está estudando com mais afinco.

— Não sei de quem ele puxou tanta responsabilidade assim? Será que você sabe? Anda, vai buscar a pestinha!

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— Tem muito tempo que não venho aqui! Tô com tanta saudade da equipe! Principalmente da Tia Penelope! A Tia Pen tá aqui hoje, né pai?

— Sim, filha. Mas não se esqueça do que eu te falei, nada de ficar bisbilhotando a vida dos outro agentes. Vai chegar, cumprimentar a todos e direto para a minha sala.

 - Sua sala?! Por quê? Não posso ficar em alguma mesa vaga do bullpen, não?

— Porque não quero você atrapalhando os outros e você por acaso se esqueceu o que aconteceu da última vez?

— Descobri que o Tio Spenc tem uma namorada?

— Não, você derrubou o café da Chefe Strauss.

— Ah... isso...

— Derrubou o café dela. Na roupa dela.

 - Eu pedi desculpas! Ela me assustou! Aquela bruxa!

— Elena!! Já te disso para não colocar apelidos nas pessoas!

— Desculpe, mamãe! Chegamos! Eu vou... ai pai! Solta meu casaco!

— Nada de correr, mocinha. Comporte-se. Estou de olho em você.

— Vou me comportar, papai! Palavra de escoteira! – Disse levantando a mão direita.

— Você não é escoteira, Elena!

— Então palavra de futura agente do FBI! Que tal?

 - Você não tem jeito. – ele falou com um sorriso no rosto enquanto abria a porta da BAU para mamãe e para mim.

Eu tinha acabado de chegar na minha segunda casa!! E tinha uma missão. Achar os meus presentes de aniversário que não estavam em nenhum lugar na minha casa.


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