Amor e Vingança-Reneslec escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 3
Desconfiança




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P.O.V. Alec.

Ela está tramando alguma coisa. Entrei no quarto que lhe foi designado sem bater e esse foi um erro.

—Ei! Você não sabe bater?!

Ela não estava usando nada além de uma toalha creme, os cabelos estavam secos e lisos.

—Eu sei que está tramando alguma coisa.

—Você é um paranoico sem noção. Sabe, eu sentia raiva de você, mas agora? Eu vejo que você não é digno de nada além de pena. Eles roubaram sua luz, seu amor, sua vontade de viver, sua habilidade de morrer. Você não passa de um coitado. Um fantoche, peão de xadrez.

—Você presume saber algo sobre mim?

—Nem você sabe quem é.

Ela pegou na mala um pijama de blusa azul de alcinhas e short xadrez azul. Era um conjunto.

—E você sabe quem eu sou?

—Eu não. Isso você tem que descobrir sozinho.

—Vou descobrir o que está tramando.

—Alec?

—O que?

—Porque está aqui?

—Para descobrir o que está tramando.

—Não aqui no meu quarto, mas aqui nesse Castelo, nesse País, nesse Clã? Porque você está aqui? Você quer estar aqui? Quer que as pessoas te temam e te odeiem? Isso te deixa feliz?

—Eu... Eu...

—Pense a respeito.

—Qual é a de todas essas tranqueiras?

Haviam frascos cheios de plantas, ervas e outras coisas. Cristais, sal e livros. Livros mais velhos que eu.

—Não são tranqueiras. Ainda não acredito que confundiram você e a Jane com um... dois de nós. Você não sabe o que é sifar, não faz ideia do que significa canalizar e chama os meus grimórios de tranqueiras. 

Ela pegou um dos livros e começou a folear.

—Nada disso vai adiantar. Eles já estão aqui dentro, preciso de algo que me ajude a colocá-los pra fora.

P.O.V. Renesmee.

Um deles apareceu. Uma mulher, ela era uma criada, uma protestante.

—Bruxa! Você deseja ajudá-los, roubará nossa vingança!

Senti ela me sufocar. Me enforcar com a mão. Me arrastei, peguei o visco em pó e joguei pra cima.

Ele caiu formando um círculo perfeito. A fantasma ficava tentando me atacar, mas batia na barreira.

P.O.V. Alec.

Meu Deus! Essa foi a coisa mais impressionante que eu já vi. Ela jogou o pó preto pra cima e ele caiu formando um círculo perfeito ao envolta dela.

—Vai ser uma longa noite. Literalmente.

Eu vi a marca de estrangulamento no pescoço dela.

—Então, Volturi ainda acha que é brincadeira? Eles não tem matéria, força bruta não vai funcionar e nem a sua fumacinha. Porque eles existem num plano diferente do nosso. Estão aqui, sem de fato estarem aqui.

Disse a híbrida ainda recuperando o fôlego.

—Você é mesmo uma bruxa.

—Não me diga?!

—Como em todos os meus séculos eu jamais encontrei uma bruxa?

—Você nunca saiu desse buraco. E tem sorte de não ter encontrado uma bruxa, porque se tivesse e ela fosse poderosa o suficiente, você não teria todos os séculos que tem.

P.O.V. Renesmee.

Eu quero a minha vingança, mas eu quero os Mestres. Não a Guarda.

—O que é isso?

—Um feitiço.

—Um feitiço de morte?

Olhei o grimório que ele pegou e ele pegou o feitiço que eu escrevi para trazer a tia Irina de volta do outro lado.

—Algo assim.

—E quem você vai matar?

—Não se preocupe, não é o que pensa.

Os híbridos são a minha arma secreta. Eles vão devastar as capas negras sem remorso. Jane tem me fornecido informações muito úteis, inclusive um modo deles entrarem no castelo sem serem vistos.

—E o que faremos quanto ao solstício?

—Usar as fraquezas deles contra eles. Temos que encontrar as âncoras.

—Âncoras?

—De novo, não acredito que te confundiram com um bruxo. Os espíritos precisam de algo em que se ancorarem para ficarem ligados a esse plano, geralmente é o próprio corpo. Mas, pode ser qualquer coisa. Algum objeto pessoal de valor sentimental, o próprio corpo, uma mecha de cabelo. Uma vez era uma boneca.

—Uma boneca?

—Sim. Antigamente as bonecas eram feitas com o cabelo da criança, era tudo artesanal e tal, a menininha assassina usou a boneca como âncora. Quando eu botei fogo na boneca, o espírito se foi. O que vocês fazem com os corpos das vítimas?

—Eu sei lá. Um guarda se livra deles.

—Que guarda?!

—Eu não sei. Um guarda qualquer.

—Puta merda! O Solstício de Inverno é amanhã! Temos que encontrar os corpos, os ossos, as âncoras, salgá-las e botar fogo. Porque se não, você vai finalmente encontrar a morte. Ou seja, vai morrer. Dessa vez de vez.

—Não pode usar um feitiço para rastrear os corpos?

—Não. Bom, poderia, mas tem muitos vampiros aqui. Os vampiros causariam interferência.

—Aro vai mandá-los não interferir.

Eu respirei fundo. É como explicar a uma criança de cinco anos uma equação de terceiro grau.

—O feitiço rastrearia os restos mortais das vítimas. Em outras palavras, ele rastrearia a própria morte. Com as bruxas, feitiços e talismãs é tudo energia. Vampiros estão mortos, não estou falando de interferência física. É interferência energética como um campo magnético que bagunça uma bússola ou tempestades que cortam o sinal da TV. Tá entendendo?

—A presença dos vampiros no Castelo bagunçaria o seu rastreio mágico.

—Isso! Exatamente.

—O que dá pra fazer é vocês acharem o diabo do guarda que... não acredito que vou usar essa palavra horrível, mas... que desova os corpos e pelo tanto de almas que tem nesse lugar duvido muito que estejam em um lugar só. Devem haver valas espalhadas por sei lá quantos lugares.

—Tem certeza de que queimar os corpos vai funcionar?

—Tenho. E estamos ficando sem tempo. Porque ao invés de ficar aqui me amolando, você não vai achar o guarda e manda alguém comprar gasolina e sal?

—Gasolina?

—Precisamos de um agente comburente. Pro fogo espalhar.

—E você vai ficar ai no chão?

—Quer que eu faça o que? Se eu sair do círculo a protestante maluca vai me matar.

—Eu vou falar com o Aro sobre isso.

—Vai logo que o tempo tá acabando. A natureza não espera ninguém. Ok, isso soava melhor na minha cabeça.

P.O.V. Alec.

Vim falar com Mestre Aro. Mostrei a ele o ataque repentino daquela coisa que ela podia ver e ninguém mais podia, as marcas de estrangulamento no pescoço dela e todas as outras coisas.

—Magnífico. Realmente sem precedentes. Uma joia como essa não se encontra todo dia.

—Temos que encontrar os corpos Mestre. E logo.


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