Nii-san? escrita por Andromeda Black


Capítulo 3
Capitulo 3




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{1}

Fugaku sabia que ele escutava muito bem, seus ouvidos funcionavam perfeitamente. Mas esse conhecimento não o impediu de duvidar se ele tinha ouvido certo. “Não há nenhuma forma?” Seu tom em branco não demonstrava sua disputa interna.

Hiruzen baforou em seu cachimbo mais uma vez, seus olhos tristes para o chefe do clã, era uma notícia que nenhum pai deveria receber. “Infelizmente, não. Os nossos melhores médicos consultaram o máximo que conseguiram e chegaram a essa conclusão. Sasuke-kun não terá suas memórias de volta, é como se fosse um papel em branco. Sinto muito, Fugaku.”

“Entendo.” Fugaku queria poder massagear sua testa no momento, ele podia sentir uma dor de cabeça chegando. Ah, Fugaku sabia que a tristeza do hokage era real, mas também sabia que seus esforços eram mais do que apenas preocupação genuína. Os Uchiha eram valiosos, procurados por inimigos dentro e fora da aldeia. Quantas coisas se podem fazer com um menino, uma criança, totalmente em branco? Seria uma ferramenta a ser moldada. Um perigo para Konoha.

“Outra coisa, Fugaku. Foi encontrado um pequeno selo nele, não visível aos olhos, mas com uma vigilância mais profunda o achamos.” Hiruzen se endireitou na cadeira, seus olhos sérios e firmes. “Eles iam ser usados para controla-lo, força-lo a ir a algum lugar. A pessoa que o colocou queria que Sasuke fosse até ele.”

Fugaku estreitou os olhos, o medo pelo seu filho mais novo ameaçava nublar sua mente, mas ele era o chefe do clã e um ninja acima de tudo, então ele combateu qualquer pensamento emocional e se focou no problema imediato. “Então tudo indica que temos um traidor, alguém de dentro?”

Hiruzen suspirou. Eu to ficando velho demais para esse trabalho. “Não temos provas o suficiente para saber se o mandante está dentro ou fora da vila, mas sim, um traidor provavelmente foi quem colocou o selo em Sasuke-kun. Toda equipe está tentando rastrear, Fugaku, a aldeia está em alerta e a força policial também precisará ser ativada.”

Fugaku assentiu, era um pedido que ele ia fazer. Qualquer ameaça para o clã e para a sua família precisava ser visto. Um espião entrar no complexo Uchiha sem ninguém notar, na sua casa sem ninguém notar. Isso era um perigo.

“Felizmente, o selo não conseguiu cumprir a sua função,” continuou Hiruzen. “Foi colocado de forma ineficiente. Ele só conseguiu fazer metade da sua função, algo interceptou por completo. Não sabemos o que pode ter mudado também, Fugaku.” Sarutobi sabia que os Uchihas já sofriam uma grande rejeição desde o ataque Kyuubi, o próximo pedido dele não vai melhorar essas relações, mas era necessário. “Precisamos vigia-lo mais de perto, por um tempo.”

Fugaku não estava feliz. Na verdade, isso era um eufemismo. Ele estava lívido. Tudo caiu por água bem mais baixa do que ele pensava. Já não bastava o seu filho sem memórias, mas ele tinha um selo que um traidor tinha colocado e o seu clã iria ficar em mais vigia do que já tinha. Isso era uma bagunça. Mas ele tinha que agir de acordo com seu nome, então ele simplesmente assentiu mais uma vez.

Hiruzen suspirou. “Pode ir.”

O Hokage observou Fugaku ir embora. Ele sabia que isso iria pior a situação política entre a aldeia e o clã, mas era um mal necessário, um Uchiha com o sharingan sob controle de outra pessoa era algo perigoso e que devia ser evitado. Além de que tal pessoa podia descobrir os segredos pelo corpo de Sasuke. Era muito arriscado.

Eu realmente estou muito velho para isso.

{2}

Regulus entrou no quarto que ele estava mais cedo, antes de seu desmaio. Ele precisava pensar.

A casa estava silenciosa e tudo parecia calmo, calmo demais. Regulus não era um gênio e não era um prodígio, mas ele era bastante perceptivo e sempre teve uma educação reforçada. As pessoas dessa vila eram diferentes, não só dele mesmo, mas também umas das outras. Ele tinha visto trouxas normais andando pelos cantos e fazendo suas coisas diárias de formas normais, mas ele também tinha visto aqueles que pulavam de telhado a telhado, aqueles com roupas padronizadas, como soldados, e também havia a enfermeira do hospital.

Suas mãos brilhavam verde e foi o suficiente para ela.

Mas não era magia. Não se sentia como magia, era diferente.

Chakra, o homem mais velho tinha chamado. Uma pequena exaustão era o que ele tinha dito, então havia limites até onde pode ser usado esse chakra.

Regulus se sentou no centro da cama e fechou os olhos. O sentimento de chakra podia ser diferente da magia ao seu redor, mas devia ter o mesmo principio. Ele fechou os olhos e se concentrou no pequeno zumbido que ele ainda sentia dentro do seu corpo, devagar ele começou a sentir de verdade, era como um poder dentro dele, pronto para ser evoluído, estava ali.

Preparado para um próximo passo, Regulos se levantou ainda de olhos fechados e passou as mãos lentamente nos locais, no chão e nas paredes, tudo emanava essa mesma energia que tinha dentro dele, mas de formas diferentes, umas firmes e uniformes e outras mais maleáveis. Regulos podia sentir e fazia parte de tudo que o rodeava.

Abrindo os olhos, ele suspirou. Sua teoria de ser algum castigo feito pelo Lorde das trevas pela sua traição estava caindo rapidamente. Era a única teoria sólida o bastante.

A que mais lhe deixava confortável.

Não por ser boa, mas era algo sólido e conhecido.

Se não fosse isso, o que mais poderia ser? Ele renascer não tinha nenhum ponto, o seu corpo tinha seis anos, não um recém-nascido.

Esse lugar não era igual de onde ele veio, chakra não existia. Não havia lugar para isso.

Ele havia sido puxado para outro universo? Um véu?

Regulus se lembrava de teorias de outros lugares, magias negras que podiam resultar nisso. Mas nada era comprovado, pessoas que eram atingidas por esses feitiços não voltavam para contar história.

Na pior das hipóteses ele estava sozinho em um mundo do qual ele não sabia nada, com pessoas que ele não conhecia, em uma aldeia no qual tinha pessoas que podiam saltar de prédios e andar pelas paredes. Ele não conhecia o sistema de política no qual ele estava inserido.

Sonserina e as casas puro sangue sempre foram locais onde a informação foi apreciada e valoriza. Informação é poder. Nada mais importante que o conhecimento sobre si mesmo e daquilo que o rodeia.

Regulus suspirou, como ele foi se meter nisso? Ir para outro mundo? Isso parecia mais uma aventura para os marotos. Algum feitiço dar errado e eles vão perturbar outras pessoas em outro mundo. “Bem que poderia acontecer.” Regulos internamente zombou.

O que seu irmão faria se estivesse aqui? Provavelmente tentaria aproveitar o máximo antes de pensar muito. Brigar mais uma vez com Regulos sobre o seu jeito sonserina de ser e de agir.

Regulos pode ter errado muitas vezes em sua vida e ele admitiu isso para si mesmo. Ele fez escolhas erradas e covardes várias vezes. Mas no final, ele tomou a decisão certa e tentou fazer o que foi possível. E ele morreu contente por sua bravura, por ter feito o que ele acreditava.

Mas ele não conseguia abandonar o rancor que nutria por Sirius, o seu irmão o abandonou por ser da sonserina, por não ser igual a ele. O abandonou por opiniões diversas. E ele desistiu de Regulos muito fácil, ainda mais depois que achou seu próprio grupo.

Eles tinham sido amigos uma vez, mas Sirius o traiu. E ele não conseguia o perdoar por isso.

Com mais um suspiro longo e calmante, Regulos acalmou seus pensamentos. Era hora de conseguir respostas e de reunir informação.

Ele tinha que confirmar suas teorias e agir com elas.

Mas não importa qual se comprove, Regulos não ia ser mais um covarde.


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Notas finais do capítulo

Esse foi mais um capitulo para preencher informações e definir um pouco como vai ser essa primeira parte da história. Mais interações irão acontecer mais para frente. Obrigada a todos que estão acompanhando e que favoritaram essa historia ♥



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