Christmas Marauder escrita por AhSelena


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Eu amo muito o natal, sério. E eu quis fazer uma one shot com Jily. Espero que gostem! ♥
PS: Enquanto vocês leem, podem escutar essa música aqui:
https://www.youtube.com/watch?v=mBycW6iu8GM
Pra deixar um clima bem natalino mesmo. Bjsss



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[24 de dezembro de 1977 – 10:30am – Hogwarts] 

 - Lene, você acha que os meninos estão aprontando alguma coisa? - Perguntou a ruiva.  

— Por que, Lily? Você acha que eles estão aprontando? - respondeu a amiga.  

A ruiva não sabia o que estava acontecendo, porém, à mais ou menos uma semana, os marotos não estavam aprontando como de costume. Isso era um fato a ser observado, coisa que não passou despercebido pela garota. Desconfiada, a garota resolveu deixar o assunto quieto. Mas tiraria à limpo aquela história. Entretanto, por mais que quisesse, não poderia. Ela queria descobrir o que eles estavam fazendo, mas não sabia onde os meninos poderiam estar. Sua cabeça estava em uma perfeita confusão de pensamentos. Ela queria poder resolver isso, mas ainda estava na biblioteca estudando, enquanto Marlene lixava as unhas.  Coçou a cabeça, pensativa. Iria atrás de algum deles, e descobriria de uma vez por todas.   

— Lene, eu estou indo. Você ainda vai ficar aqui? - a ruiva perguntou de forma despreocupada à amiga.  

— O quê? Tá doida, eu só fico aqui por sua causa. - Era possível ouvir o tom de incredulidade vindo da outra. Riu de lado, Marlene não tinha jeito mesmo.  

— Certo, te vejo mais tarde. - E saiu, à procura do primeiro que pegaria pelo pescoço. E ela estava rezando para que fosse o Potter.  

Talvez sua intenção não fosse matá-lo, ora, longe disso. Por mais que não quisesse, a garota acabou se apaixonando por aquele a qual ela mais odiava. Mas o que poderia fazer afinal? Ele se tornou uma pessoa totalmente diferente, droga. Claro que não em tudo, por assim dizer. Ele ainda aprontava alguma ou outra. Mas se tornou uma pessoa melhor, ela não podia negar. O pior de tudo isso é que não conseguia mais parar de pensar na injúria, James Potter. O que aquele garoto tinha? Ela sinceramente não sabia, mas sabia que os lábios do rapaz tinham um gosto maravilhoso. Melhor esquecer essa parte, pensou.  

Enquanto divagava, a garota nem percebeu quando um rapaz de cabelos de vassoura passou à sua frente. Epa, espere aí. Era quem ela precisava encontrar. 

— Potter! Preciso falar com você. - Disse de forma autoritária. Mas por dentro as borboletas estavam a matando, droga de vida.  

— Olá Lírio, à disposição. O que deseja? - sorriu galante para a menina. Ele ainda vai acabar com meu psicológico, pensou.  

— Tem alguma coisa acontecendo, não tem? - perguntou carrancuda, mesmo que não estivesse tão brava assim, apenas curiosa.  

— Bem, na verdade sim. - respondeu ainda sorrindo.  

— E o que seria, você pode me dizer ou terei que te matar? - Semicerrou os olhos, para parecer mais ameaçadora, pena que não funcionou muito. Serviu apenas para fazer o garoto de cabelos espetados gargalhar.  

— Ora Lily, é natal. O que mais poderia ser? - respondeu de forma despreocupada. Ah, não era só isso e ela sabia. Mas também sabia que ele não falaria, maldito maroto.  

— Eu sei que vocês estão aprontando alguma coisa, e eu vou descobrir! - declarou de forma confiante. Afinal, ela a ruiva sabichona, como a chamavam, ela não iria deixar aquilo passar.  

O rapaz sorriu de lado e chegou perto de seu ouvido. Ora, onde estava o oxigênio que precisava? E suas pernas? Achou que poderia estar derretida, com a proximidade do mais alto.  

— Estarei esperando ansiosamente por isso, meu lírio. - sussurrou em seu ouvido, dando um leve beijo em sua bochecha. Se afastou apenas para observar as reações da garota, e sorriu quando a viu estática. Sem conseguir se mexer. Droga, o que esse garoto fazia com ela? Ela não sabia, mas a deixava extasiada. Com isso, o rapaz saiu deixando a sozinha em seus pensamentos.  

[24 de dezembro de 1977 – 14:40pm – Hogwarts]  

 

Depois do evento ocorrido à procura do garoto de cabelos de vassoura, Lily subiu para seu quarto. Aquele dia estava muito, mais muito estranho. Primeiro, havia decidido que não iria para casa dos pais naquele ano, pois queria passar o natal com seus amigos, ainda mais depois de Marlene insistir tanto para que ela ficasse, outro fato a ser observado. Segundo, aqueles marotos não estavam aprontando como de costume, o que era muito, mas muito estranho. Terceiro e último, droga, ela já não sabia mais, havia se perdido pensando num maroto em especial que a deixava de cabelos em pé.  

Após tanto pensar, decidiu tomar um banho e se trocar, provavelmente as amigas estavam a esperando na sala comunal para trocarem presentes. Sabia que deveriam trocar mais tarde, apenas após a ceia, mas quem conseguia? A curiosidade era maior. Optou por colocar um suéter - não muito grosso – vinho, com uma saia preta rodada. Sempre escolheria roupas que a deixasse confortável. Estranhou o fato de suas amigas ainda não terem entrado no quarto. Deixou esse pensamento de lado, e separou os presentes de cada amiga. 

— Lene, confere. Doe, confere. Alice, confere. James, confere. - Sorriu consigo mesma, não esqueceria de presentear aquele que a deixa sempre ruborizada, aquele que está sempre em seus pensamentos, afinal, ele também merecia. Foi uma boa pessoa o ano inteiro, apesar de algumas traquinagens. Mas esse presente em especial, daria separado. Sem que ninguém soubesse, em segredo.  

Desceu para a sala comunal, onde encontraria com as amigas. Chegando lá, estavam todas conversando em frente à lareira, tomando um chocolate quente, envolta de cobertas. Afinal, o frio estava de matar. Sorriram quando a ruiva chegou. Lily se ajeitou no sofá, ao lado de Alice que lhe ofereceu um pouco de seu chocolate. Lily recusou.  

— E então, como estão? Iremos trocar os presentes agora? - Perguntou uma Lily ansiosa, afinal o natal era sua época favorita do ano, era impossível não gostar ou não ficar ansiosa. A morena a sua frente sorriu.  

— Espere um pouco Lily, falta mais gente. - respondeu Lene de forma maliciosa e cúmplice, com as outras, Lily arqueou a sobrancelha. Como assim faltava mais gente? Ora, não estavam todas ali?  

— Estão todas aqui, Lene. - respondeu confusa. As garotas sorriram. Ela iria questionar o porquê do comportamento de todas. Quando abriu a boca, foi interrompida. Mas não por suas amigas. Mas sim por um Papai Noel que apareceu na escada, com seus seguidores elfos atrás. Mas não eram os elfos domésticos, eram pessoas vestidas elfos. O que estava acontecendo ali realmente?  

Lily olhou para as amigas, atrás de resposta. Porém, a única resposta que obteve foi risadas, altas por sinal.  

— Ho, ho, ho. Papai Noel chegou, meus jovens! - Lily conhecia aquela voz. O Homem estava vestido completamente de Papai Noel, desde a roupa vermelha, gorro, botas pretas, cinto, até mesmo havia posto uma barba branca. Mas percebeu que seu rosto não era envelhecido, então certamente não seria Dumbledore. Quem era aquele afinal?  

O Papai Noel desceu, acenando para todos que estavam na sala comunal, que havia bastante pessoas, a maioria sentada nos sofás, outras em pé perto da lareira. Ele cumprimentou desde os mais novos, os calouros de Hogwarts, aos mais velhos, os veteranos. E a todos distribuiu presentes. Sempre tirando de um por um, dentro do seu saco vermelho. Isso mesmo, até um saco vermelho ele tinha. Aquilo tudo estava muito estranho.  

— Vocês sabem quem é que está de Papai Noel? - questionou Lily às amigas.  

— Não faço a mínima ideia. - Dorcas respondeu, mas a ruiva percebeu um brilho de diversão em seus olhos. Decidiu deixar para lá e voltar a focar no suposto “velho” que estava vindo para perto das meninas.  

— Ho, ho, ho. Papai Noel trouxe presentes para todos da casa de Grifinória. Tem presente para as meninas também. - O “velho”, que de velho não parecia nada, por que na verdade parecia bem jovem e atlético, reparou nos músculos que estavam ressaltados na roupa. Foi subindo e encarou o rosto do rapaz.  

— Esse aqui vai para a Srta. McKinnon, esse para a Srta. Fortescue, esse para a Srta. Meadowes e, esse para a Srta. Evans! - quando parou em Lily, ela percebeu. Ora, não havia como ela não perceber. Aqueles olhos, aquele olhar. Ela reconheceu quem era o Papai Noel e, sorriu graciosamente.  

— Obrigada Papai Noel. - Encarou o mesmo, profundamente. E percebeu que o mesmo, à encarava também. Se demorassem mais um pouco, ela virava geleia ali mesmo, no sofá. James sorriu diante a reação da ruiva. Piscou para Lily e foi terminar de entregar os presentes, para o restante das pessoas.  

Maravilhada com tudo isso, ela descobriu o que eles tanto aprontavam, ah se descobriu. E ficou feliz, feliz não, extasiada. Aquele garoto definitivamente acabava com seu psicológico. Sorriu para as amigas e, começaram as trocas de presentes. Entregou o presente de Marlene, um perfume trouxa, que havia comprado quando foi visitar seus pais. Para Alice, seu livro preferido – Guerra e Paz –. Para Dorcas, um vestido florido curto. Lily também havia recebido muitos presentes, mas o que ela mais estava curiosa é sobre aquele que ganhou do “Papai Noel” grifinório, riu em pensamento. Abriu o presente, enquanto as meninas conversavam sobre algum assunto que não lhe interessava. Devagar abriu a caixinha, e ficou chocada. Era um colar com um pequeno pingente de pomo de ouro, nele continha as iniciais L e J, ao lado outro pequeno pingente de um lírio. Lily quis chorar de felicidade, de emoção. Mas sorriu diante ao colar. Se prontificou para colocá-lo em seu pescoço, sorrindo para si mesma quando a mesma já tinha o posto. James era incrível e surpreendente.  

 

[24 de dezembro de 1977 – 21:15pm – Hogwarts]  

 

Após a ceia, Lily subiu para o dormitório masculino. Ela precisava conversar com um maroto em especial e, tinha certeza que o mesmo estaria sozinho em seu quarto, por que Sirius estava perto de Marlene, e Remus conversava animadamente com Dorcas, e Peter ainda estava comendo. Ela pensou em bater na porta, mas decidiu adentrar mesmo assim. E a cena que viu a frente a fez ficar ruborizada. James Potter estava em pé, sem camisa, apenas com a calça vermelha do Papai Noel e com suas botas pretas. Droga, por que ele tinha que ser tão sexy, e aquele abdômen? Lily achou que todo seu sangue foi parar em sua cabeça. A ruiva pigarreou. James olhou assustado para trás. Estranhando o fato de Lily estar ali.  

— Oi Lírio - Sorriu – Parece que você descobriu o que eu estava aprontando tanto.  

Lily achou que faltou oxigênio em seu cérebro quando ele lhe sorriu. Que Merlin a ajudasse.  

 Linda atitude James, você foi incrível. Como conseguiu comprar todos aqueles presentes? - tentou mudar de assunto, por que senão ela provavelmente desmaiaria ali mesmo.  

— Eu estava economizando há um tempo, desde as férias para ser mais exato. Mas pedi ajuda para os meus pais também, aí consegui comprar todos. - respondeu de forma tranquila, sorrindo. Por que aquele garoto estava sempre sorrindo, ela se perguntava.  

— Ahn, eu gostaria de dizer que... - Lily corava ainda mais, estava quente ali naquele quarto, ela podia sentir. - Eu – ahn. 

— Sim, Lily. - James a incentivou, cruzou seus braços em frente ao seu peito. Se ele a queria ajudar, não estava conseguindo, ainda mais agora com seus músculos ressaltados, com seu peito de fora, com aquela barriga, ah Merlin. Foco.  

— Eu queria agradecer pelo presente, é lindo. Eu tenho um para você também! - disse a ruiva. Ah, ela queria morrer.  

— Oh, sério Lily. Obrigada – sorriu-lhe, parecia encantado pelo fato de a moça querer presenteá-lo também. - Bem, e o que é?  

Lily queria se matar, é isso. Ela devia estar muito, muito maluca. Quando pensou em fazer algo assim. A ruiva começou tirando os sapatos. James estranhou, mas nada disse, continuou parado esperando. Lily respirou fundo e prosseguiu, tirando seu suéter vinho. Ficando apenas de sutiã na frente do garoto, que observou de queixo caído. Não conseguindo olhar na cara do mesmo, foi para o próximo passo, tirar a saia preta rodada. Por fim, ficando de sutiã e calcinha, vermelhos. Mas não apenas isso, Lily havia colocado em sua cabeça um gorro vermelho. Ainda envergonhada, a ruiva subiu seu olhar, dando um sorriso tímido e constrangido para o rapaz.  

James, ah, James não estava nada bem. Ora, ele havia ficado paralisado com a figura de Lily Evans, a ruiva que tanto amava, apenas de calcinha e sutiã em sua frente e ainda com um gorro de Papai Noel. Ele estava estático, perplexo e maravilhado.  

— Lily, o que... - ele parou – o que é tudo isso? - respirou fundo.  

— Bem, é o seu presente. - Ela estava adorável com aquelas bochechas vermelhas. Adorável? Não, ela estava maravilhosa, totalmente. - Você não vai vir pegar seu presente? - sorriu travessa.  

O garoto sorriu-lhe galante, e andou para ficar de frente para Lily. Puxou-a para si, segurando uma mão em sua cintura, enquanto a outra trazia Lily para seus lábios, em um beijo de tirar o fôlego. A ruiva não deixou por menos e jogou seus braços ao redor do pescoço de James. Arranhando, puxando os cabelos da nuca do moreno. James impulsionou Lily para que ela prendesse as pernas ao redor de seu quadril. Mãos passavam nos corpos um do outro, ah, elas nunca paravam. Apertava de um lado, um gemido era ouvido. Aquela noite não acabaria tão cedo e, eles sabiam disso. Como sabiam. Às portas fechadas, eles se amaram, como nunca antes.  

 

[25 de dezembro de 1977 – 7:35am – Hogwarts] 

— Remus foi você que trancou a porta do nosso quarto? - O rapaz de cabelos pretos perguntou. 

— Claro que não, por que eu faria isso? - O loiro respondeu.  

— O Peter não faria isso, com certeza. - Sirius falou, pensativo. O menor olhou para o mesmo.  

— Ei, por que não? - respondeu ofendido.  

— Ora, por que você não consegue fazer essas coisas Wormtail. - Os dois poderiam ter continuado a pequena discussão, senão fosse pela porta sendo aberta e de lá saindo uma ruiva com um sorriso tímido. Os marotos olharam-na espantados, com as bocas abertas em um perfeito ‘o’.  

— Olá meninos, feliz natal! - disse a ruiva passando por eles e deixando a porta entreaberta. Ainda chocados pelo ocorrido, olharam para dentro do quarto. Vendo agora um James com um sorriso de orelha a orelha. O que diabos tinha acontecido ali? Eles não sabiam, mas iriam descobrir. 


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