Quem é Ketherine Collins? escrita por Margarett Levenstein


Capítulo 1
Capítulo 1 - A vida é um lapso


Notas iniciais do capítulo

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É difícil ser uma pessoa que sonha alto demais e gosta de planejamentos, e é tão complicado porque nada do que façamos pode atropelar aquilo que o destino já nos preservou.

É engraçado pensar no tempo que perdemos sonhando e como queremos que o nosso futuro seja promissor, mas a vida é um lapso, num piscar de olhos tudo pode simplesmente virar poeira e no fim das contas, aquela lista de sonhos e planejamentos vai direto para o fundo do baú.

Estive pensando isso durante todo o caminho até a cerimônia de cremação da Samanta, minha melhor amiga. Pensei em como fizemos tantos planos na noite anterior e como tudo parecia sereno quando ela me deu boa noite e desligou o telefone. A noite estava fresca, dessas que a gente consegue sentir um cheiro bom de grama cortada no ar; a lua brilhava de um jeito especial. Talvez nem tão especial assim.

Lembro de ter deixado as janelas do quarto abertas e ter caído num sono profundo assim que deitei na cama. Acordei às 3 horas da manhã com a notícia de que Samanta tinha partido.

Fico pensando se no auge dos seus 22 anos ela já se conhecia o suficiente para saber quem realmente era, sem os rótulos que as pessoas adoravam colocar. Ela era formada em artes visuais, mas seu grande sonho era trabalhar com música. Nós sonhávamos com isso juntas desde nossa pré-adolescência. Queríamos estar nos melhores shows, conhecendo artistas novos e trabalhar com isso até que a música parasse de fazer sentido em nossas vidas.

Ainda não consegui compreender o motivo dela ter decidido partir, mas tudo isso me fez refletir sobre a minha vida e como tudo ainda está estagnado, como se nada de interessante e que realmente tire o meu fôlego fosse acontecer.

"espero que esteja segura e feliz onde quer que esteja. Eu te amo, Sam", falei baixinho enquanto tocava em sua mão gelada. Seu rosto estava sereno, mas tudo aquilo ainda era irreal para mim. Eu consolava as pessoas como se a qualquer momento ela fosse me mandasse uma mensagem pedindo para dar uma volta no shopping, como se tudo aquilo não passasse de uma mentira.

Depois de toda a cerimônia voltei para casa com a minha mãe. Durante o caminho o radialista tocou uma das nossas músicas favoritas "Mary Jane's Last Dance" do Tom Petty, e parecia que o destino continuava a fazer um de seus truques. 

E com o coração cheio de todo aquele sentimento que eu não conseguia jogar para fora em lágrimas, pensei que era hora de sair da minha cidade natal e explorar o que poderia ter para o meu destino em outros lugares.

"Eu não tenho absolutamente nada a perder. Estou formada, desempregada, sai de um relacionamento falido que durou 8 meses, minha melhor amiga acabou de morrer e minha mãe nunca está em casa por conta do trabalho. Eu realmente não tenho nada a perder", pensei quase em voz alta, enquanto uma boa dose de adrenalina começava a correr em minhas veias.

Em casa revivi muitos momentos engraçados enquanto lia listas de coisas que eu e a Sam gostaríamos de fazer juntas. É claro que muitos itens eu não poderia de forma alguma fazer agora, sem ela, mas um item daquela última lista que fizemos foi o ponta pé inicial para que eu pudesse finalmente encontrar Katherine Collins, o meu verdadeiro eu.


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