// 1977 //

Já era tarde da noite quando Albus Percival Wulfric Brian Dumbledore adentrou seu gabinete após uma de suas longas caminhadas noturnas.

Seus pensamentos estavam, literalmente, a mil nos últimos meses. A cada dia que passava Voldemort tornava-se ainda mais poderoso e ainda tinham os inúmeros ataques, cada um mais violento que o outro, causados por comensais.
Tudo o que o velho diretor mais almejava no meio de toda aquela guerra era a certeza de que tudo ficaria bem. Que mais pessoas inocentes não precisariam morrer, que seus alunos não se envolvessem em toda aquela loucura, que tudo acabaria bem para os bruxos e trouxas.

Dumbledore estava exausto, tanto físico quanto psicologicamente. No momento, o diretor desejava algo simples .... deitar-se e descansar. Quem sabe uma boa noite de sono não ajudasse a colocar seus planos no lugar, fazê-lo parar de se depreciar.
Quando o diretor já estava no meio da escada para seus aposentos quando, bem no centro de sua mesa de trabalho, uma leve luz se propagou por alguns breves segundos deixando para trás uma delicada carta com a letra A entalhada em seu selo.

Em um primeiro momento, em quanto se dirigia até sua mesa, Albus manteve sua varinha em mãos procurando realizar todo tipo de feitiço existente a fim de averiguar a veracidade e/ou periculosidade da carta (por mais que ele soubesse que nenhum comensal se daria ao trabalho de fazer aquilo, precaução nunca era de mais)

Quando terminou de examinar a carta, confirmando que não era uma armadilha ou qualquer coisa parecida, por fim a abriu..... seus belos olhos claros arregalando-se sutilmente a cada palavra lida....

“O que o senhor estaria disposto a fazer para conhecer e mudar o futuro?”

// 1988 //

Já passava das 2 da madrugada quando Harry James Evans Potter desistiu de tentar voltar a dormir. Haviam se passado quase 3 meses dês do fim da guerra mas, para a infelicidade do moreno, os malditos pesadelos continuavam a atormentá-lo. Não importava o quanto ele repetisse para si mesmo que tudo estava bem ou quantas poções do sono tomasse, ele ainda acordava tenso com o mínimo ruído.
Resignado, por saber que obviamente não voltaria a dormir (e que Selene, sua colega para as madrugadas de insônia, estava literalmente presa com Narcisa e Andrômeda na Malfoy Manor até segundas ordens), Harry por fim levantou-se preguiçosamente de sua cama e saiu de seu quarto. Quem sabe ficar sentado na sala encarando o teto, ou deitado no chão analisando a tapeçaria dos Black OU passar horas zanzando pela velha e empoeirada biblioteca não o fizessem ficar com sono.

Mas, para sua surpresa, no momento em que terminou de descer as escadas para o primeiro andar em Grimmauld Place, uma breve e se propagou por alguns breves segundos bem no meio de sua sala. Deixando para trás, no momento em que se apagou, uma delicada carta com a letra A entalhada em seu selo.

De primeira, Harry preocupou-se em reforçar as proteções ao redor da mansão e confirmar que não tinha mais ninguém alem dele na casa. Em seguida, realizou todos os feitiços que conhecia para verificar a periculosidade e/ou resquício mágico na carta (mesmo com 3 meses de paz, precaução nunca é de mais).
Quando terminou de examinar a carta, e convenceu-se de que não passava de uma simples e inofensiva carta que (por acaso) brotou do nada em sua casa, por fim a abriu..... seu cérebro começando a trabalhar a mil com cada palavra lida ....

“O que o senhor estaria disposto a fazer para mudar o passado?”

~ Continua ~