Os Fantasmas de Uchiha Sasuke escrita por Jú Pokke


Capítulo 4
Capítulo 04: O Fantasma do Presente


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo pra vocês ;)
Desculpe os erros.

Boa leitura!



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Um baque pequeno foi ouvido, um resmungo, abriu os olhos, e estava em seu quarto, caído ao lado da cama enrolado nas cobertas, tinha batido a cabeça no chão. Levantou-se e olhou ao redor e se perguntou quando tinha ido pra casa, se lembrava de estar em sua sala no departamento, trabalhando. Flashes da noite começou a passar em sua cabeça, seu tio, Kon, seus pais, Itachi, Sakura, e se lembrou de tudo. Suspirou cansado.

Saiu do quarto a passos lentos, olhando para os lados para ver se encontra algo, ou alguém. Já no piso inferior, notou que a luz da cozinha estava acesa. Foi até lá, devagar, quando colocou sua cabeça para espionar, notou uma mulher sentada em um dos banquinhos que cercava a ilha, parecia tomar algo quente pois saía fumaça da xícara. Ela estava de costas para ele, seus cabelos eram enormes, presos somente nas pontas, usava um blusão largo amarelo onde na gola podia ver um tom de rosa claro, uma calça mais justa na cor lilás, seus pés estavam descalços. Levou a xícara mais uma vez à boca, soprando antes de degustar do líquido quente.

            - Esta querendo criar raízes aí Uchiha? – Disse a mulher com uma voz mansa e melodiosa, assustando-o por ter o percebido, não tinha feito nenhum ruído. Viu-a se virar e olhar sobre os ombros. A franja tapava a testa e as laterais de seu rosto, seus olhos num tom violeta, muito bonita, tinha que admitir.

            - Você é o fantasma do presente? – Perguntou. Ela sorriu de canto se virando para ele.

            - Shion. – Foi o que respondeu. Tomou mais um gole do líquido que estava na caneca. E voltou a observar o moreno. – Como foi com o Kon? Gostou da viajem?

            Sasuke bufou, como poderia gostar de ter revivido suas lembranças mais dolorosas? Esses fantasmas estavam é curtindo com a sua cara e se seu tio não fora pro inferno ainda, ia dar um jeito dele ir. Como? Não sabia ainda. Teria uma conversa com o Todo-Poderoso.

            - Vejo que não é muito de falar. – Disse a mulher se levantando indo a sua direção. – Mas Kon me avisou que você é muito esquentadinho.

            Bufou novamente, aquele moleque é que o deixava irritado. Shion entrelaçou seu braço no do Uchiha e o puxou.

            - Onde vamos? – Perguntou com uma das sobrancelhas erguidas por causa da ousadia daquela mulher.

            - Vamos dar um passeio. – Respondeu gentil. Sasuke olhou em seus olhos, ela lhe transmitia certa calma, tinha o sorriso pequeno e falava manso. Lembrava-lhe Hinata, esposa de seu melhor amigo Naruto.

            Passaram pela porta, não era nenhum lugar diferente, estavam na rua onde morava, ainda estava de dia, não soube exatamente o horário. Continuou caminhando, deixando que ela o guiasse, pessoas transitavam na rua, mas os dois não podiam ser vistos, algumas delas passavam através deles, e Sasuke pensou que nunca se acostumaria com aquilo. Por mais que Shion fosse um fantasma ela não flutuava, ou não queria o fazer. O caminho todo foi silencioso, e Sasuke agradeceu por isso. Não queria conversar, sua mente estava cheia, ele ainda refletia sobre o que acabou de passar com Kon. Notou que Shion parou, e repetiu o gesto observando o lugar. Conhecia aquele local, e nem parecia que tinham andando tanto, olhou para o prédio de sete andares e bufou. Já tinha estado ali várias vezes, era o prédio em que Sakura morava.

 - O que estamos fazendo aqui? – Perguntou irritado. Shion sorriu, não disse nada, apenas o empurrou. Por mais que Sasuke tentasse se desvencilhar não conseguia, não tinha forças.

            - Vamos Sasuke. – Disse num tom brando. – Estou aqui a pedido do seu tio, estamos apenas tentando te ajudar.

            O porteiro estava ali assistindo futebol na sua pequena televisão enquanto saboreava uma pizza. Shion o conduziu até o apartamento de Sakura, no terceiro andar, e entraram atravessando a porta.

            Tudo continuava igual, a mesa de jantar pequena com quatro cadeiras, o sofá de camurça marrom de três lugares, a estante embutida na parede com a Tv e alguns dvd’s, fotos de Sakura com as amigas, com os companheiros de trabalho, e com ele. Sasuke se aproximou da foto e sorriu.

            - Ela ainda guarda essa foto? – perguntou pra si mesmo. Quando um barulho diferente chegou ao seus ouvidos, ele olhou para baixo e tinha um filhote de pug latindo pra ele e pra Shion. Isso era novidade, Sakura tinha arranjado um cachorro? – É impressão minha ou esse cachorro está latindo pra nós?

            - Não é impressão sua. – Respondeu Shion se abaixando e tentando fazer carinho no pug. – Animais podem nos ver, eles são puros e sensíveis, assim como os bebês. - Sasuke ficou surpreso com a revelação e se agachou para ver melhor aquele filhote.

            - Pakun! – Olhou pra cima e viu Sakura sorrindo, enrolada apenas numa toalha e com os cabelos, hoje curtos, úmidos. Uma visão e tanto. – Porque esta latindo ein? Esta com fome? – Perguntou enquanto pegava o filhote em seus braços e o levava até a cozinha perto dos utensílios próprios para cachorro que estavam no chão. – Fique aí quietinho que a mamãe tem que se arrumar porque eu marquei de chegar mais cedo na casa do Itachi ajudar Izumi com a festa. – Ordenou enquanto fazia um cafuné no animal.  Sasuke riu com aquilo, Sakura tratando o bicho como gente.

            - Own! Ela é tão meiga e carinhosa. – Falou Shion sorrindo pra ele. – Sakura é uma boa pessoa, e pelo visto, ainda tem sentimentos por você. – Disse mostrando o porta retrato com a foto dos dois. – Me pergunto por que será? – Zombou.

            - Você não é primeira a falar isso hoje. – Bufou Sasuke. Ele era tão ruim assim?

            Ouviu um telefone e tocar e seguiram Sakura até seu quarto. Viu-a atender e colocar no viva-voz enquanto ia até o armário separar sua roupa.

            - O que você quer Ino? – Perguntou enquanto olhava pro celular numa expressão de zombaria.

            - Credo! Uma amiga não pode ligar para a outra só para saber se está tudo bem? — Respondeu claramente ofendida. E Sasuke rolou os olhos, conhecia Ino e sabia que aquela ligação não era pra isso, assim como Sakura.

            - Mas é claro que pode. – Respondeu Sakura categórica. – Mas isso não se aplica a você, querida. – E riu quando ouviu a mulher bufar do outro lado da linha.

            - Ok! Eu estou muito feliz e você não vai estragar isso hoje. — Deu um gritinho agudo e voltou a falar. – Eu queria saber uma coisa.

            - Claro que você queria. – Disse enquanto olhava um vestido na cor vinho e o analisava. – O que quer saber? – Perguntou Sakura para a amiga.

            - Se Sai vai estar na casa do Itachi hoje. – Cantarolou. Sasuke bufou e rolou os olhos ao mesmo tempo que Sakura fazia o mesmo. Porque não estava surpreso.

            - Vai Ino, ele me disse que vai estar lá. – Respondeu desanimada. Pegou uma sapatilha e um sapato de salto e olhava os dois como se tivesse duvidas de qual usar. – E como eu sou uma pessoa boa e legal, falei muito bem de você pra ele.

            - Por isso que eu te amo!— Um gritinho agudo foi ouvido do outro lado da linha. – Esse ano ele não me escapa. Vou passar o ano novo com um namorado, e este será o Sai. Ou eu não me chamo Yamanaka Ino.

            - Ok Ino! – Respondeu Sakura para a sua amiga, viu ela sorrir para o celular e balançar a cabeça. – Vou terminar de me arrumar. Nos vemos na festa hoje.

            - Espera aí Sakura. – Chamou a mulher. – Hoje você também sairá com um namorado.— Ordenou Ino e a rosada olhou pasma para o telefone e Sasuke bufou não gostando em nada do rumo da conversa. Sempre achou que Ino era má influência para Sakura, e agora teve certeza. Ou era o ciúmes gritando. – Sasori vai estar lá neh? Ele é tão afim de você. Porque não da uma chance amiga?

            — Ino, eu tenho um filho agora. Quem vai querer? – Perguntou na brincadeira e tentando mudar o foco da conversa.

            - Você chama aquele pulguento de filho? – Rosnou Ino do outro lado. – Pelo amor de Deus Sakura.

            - Ei! Não ofenda o meu bebê. – Ralhou a rosada que neste momento desenrolava a toalha e coloca a lingerie preta de renda. Sasuke não perdia um momento sequer dos movimentos de Sakura. E por um minuto se perdeu do rumo daquela conversa admirando o corpo curvilíneo de sua ex. Ino continuou a tagarelar enquanto a via colocar a meia-calça, o vestido, os sapatos de salto e o cinto. Tão linda.

            - Enfim, pense no que eu te disse amiga. — Ino falou num amoroso. – Você merece ser feliz. Se de uma chance.

            - Vou pensar, não se preocupe. – Sentou na cama e pegou o celular. – Vou terminar de me arrumar e nos falamos mais tarde. – Depois de se despedirem Sakura desligou o telefone e ficou sentada na sua cama. Como se tivesse analisando algo. Sasuke se sentou ao lado dela e tentou pegar sua mão, mas foi em vão. Ouviu ela soluçar e se sentiu péssimo. Seu coração sofreu um aperto e a ansiedade bateu forte.

            Sakura se levantou e terminou de se arrumar, pegou um embrulho no fundo do armário, foi até a cozinha, encheu novamente os utensílios de ração e água para seu cachorro, deu um breve tchau pra ele e saiu sendo seguida por Sasuke e Shion. Observava ela enquanto a seguia, o quanto ela tinha mudado, os cabelos mais curtos, o corpo mais esguio, apesar de amadurecido sua personalidade não mudara quase em nada. Continuava linda, e atraía olhares para ela sem mesmo se dar conta disso.

            - Esta tudo bem Sasuke? – Perguntou Shion enquanto ela o analisava. – Ficou pensativo de uma hora pra outra. – Sasuke suspirou.

            - Eu estou com medo de me aproximar da Sakura, mas descobri agora, que tenho mais medo ainda de vê-la com outro. – Desabafou. – Acho que não vou suportar ver outro a fazendo feliz. – Riu com pesar e escárnio. – Eu sou um puto de um egoísta.

            - É você tem razão. – Shion concordou e Sasuke a olhou com a expressão poker face de sempre. – Que foi? Não me olha assim. – Apontou o fantasma. – Você da o fora nela e não quer que ela siga com a vida? É absurdamente egoísmo de sua parte.

            - O que sugere gênia? – Perguntou cruzando os braços.

            - Que você largue mão desse orgulho, e vá falar com ela. – Aconselhou o óbvio.

            - Não é tão simples...

            - Claro que é. – Interrompeu a linha de raciocínio de Sasuke. – As coisas são simples, vocês que teimam em complicar tudo. – Falou alto erguendo os braços. – Aprenda a olhar com outros olhos e reaja. Esta na cara que vocês se amam, que tem muita química aí. E com certeza ela entendera o seu lado e o perdoará. – Finalizou colocando a mão no ombro dele e apontando pra Sakura que parou para observar uma vitrine e sorria. Sasuke suspirou e sorriu, queria falar com ela, mas uma parte de si ainda tinha dúvidas.

            Seguiram Sakura até a casa de Itachi e ao entrarem tudo estava agitado naquela tarde, as empregadas corriam para todos os lados preparando as coisas para a ceia com Iazumi, sua cunhada, no encalço para que tudo saísse perfeito. Viu Sakura cumprimentar Itachi e Naruto, dar um afago em Daichi, seu sobrinho mais novo, colocar os presentes em baixo da árvore e ir até a cozinha. Ficou ali, observando seu irmão, com o filho caçula no colo, Daichi, enquanto conversava com Naruto sentado ao seu lado.

            - Falei pro Sasuke aparecer aqui, disse que ia começar as dez. – Falou o loiro, e ele se atentou na conversa dos dois. Afinal, seu nome foi citado.

            - Não sei Naruto, já até perdi as esperanças. – Retrucou Itachi, sorrindo, mas seus olhos demonstrava tristeza. – Sinto falta do meu irmão, mas não posso obriga-lo a nada. É compreensível as atitudes que ele vem tomando. – Desabafou. - Mas eu gostaria de ajuda-lo de alguma forma. Só não sei como.

            Sasuke se sentiu péssimo, todos ali se preocupavam com ele, o queriam por perto. Seu irmão não merecia passar por aquilo. Deveria reagir, e mudar.

            - Falei que a Sakura ia vir também, mas mesmo assim ele não quis. – Bufou, Sasuke é muito cabeça dura, e isso o irritava demais. Custa vir ver o irmão e os sobrinhos? Itachi suspirou, aconchegou Daichi em seu colo, as crianças sentiam falta do tio, e já cansou de ligar convidando ele para vir até sua casa. – Eu também queria descobrir alguma forma de ajudar aquele teme. – Sorriu triste. – De tirar ele desse buraco que ele se afundou. – Naruto bufou pensativo, e depois fez um bico totalmente infantil, se sentindo frustrado. – Tem que haver alguma coisa.

            - Não podemos fazer nada Naruto se Sasuke não quer, as consequências somente ele quem vai sofrer. – Itachi pousou a mão sobre o ombro do louro, agradecia a ele por ser um amigo melhor para Sasuke do que ele é como irmão. – Com o tempo ele vai perceber. – Falou mais para si do que para o outro. – Eu só torço pra não ser tarde demais.

            - O que estou fazendo? – Sasuke pra si mesmo e olhou para Shion, mas a mesma não se encontrava mais lá. Bufou, que mania que esses fantasmas tem de aparecer e sumir do nada, deixando ele no vácuo.

            - Sabe, eu e Hinata estamos tentando ter um filho. – Mudou de assunto, e Sasuke sorriu ao ouvir aquilo. Seria engraçado aquele cabeça oca como pai.

            - Sério? – Perguntou Itachi com um sorriso zombeteiro. – Já tenho pena da criança. Não pela Hinata, porque com certeza ela será uma boa mãe. Espero que no quesito beleza puxe à ela. – Finalizou a piada rindo de Naruto.

            - Haha! Muito engraçado. – Bufou, e Sasuke riu com o comentário do irmão. Compartilhava do mesmo pensamento. – Fique sabendo que eu serei um bom pai. – Estufou o peito. –Eu tenho pena é da Izumi e dos meninos. Ela carregou seus filhos por nove meses, sofreu horrores no parto, pra sair a sua cara. Eles não tem nada dela. – Itachi rolou os olhos e depois os dois começaram a rir. Sasuke sorriu, mas se sentiu angustiado. Gostaria de participar daquela conversa, tinha tanto a zoar com a cara do Naruto. Sem contar que não seria nada mal ter herdeiros também. Suspirou reconhecendo aquele sentimento que crescia em seu coração.

            O tempo foi passando, o horário da ceia estava perto de começar. Sauke ficou ali aquele tempo todo, olhando para os convidados que chegavam todos sorridentes e felizes, seu irmão e sua cunhada os recebendo com alegria. Viu Ino chegar e perguntar pra Sakura quando Sai chegaria, depois que o mesmo chegou ela já foi logo se atirando pra cima do homem. Também viu quando Sasori chegou, e por isso ficou o tempo todo próximo a Sakura. Viu quando a ceia começou, quando todos estavam reunidos à mesa farta. Sorrindo, em comunhão. Seu coração se aqueceu com a cena, se lembrou dos dias de crianças nessa época e o quanto gostava de ver todos reunidos. Sem que percebesse, algumas tímidas lágrimas caíam de seus olhos, todo esse tempo Shion não havia aparecido. De certo queria o deixar ali ‘sozinho’ para que refletisse. E estava dando certo.

            Algumas pessoas estavam reunidas na sala, e ele notou falta de Sakura e foi a procura dela. Quando a encontrou, no quintal dos fundos, viu que a mesma não se encontrava sozinha. Sasori estava em sua companhia, e ela sorria para o que quer que seja que ele estava falando. Bufou com aquela cena. Ciúmes e raiva foi o que tomou seu coração ao ver aqueles dois e se lembrar do telefonema de Ino mais cedo não ajudou em nada. Se aproximou para ouvir a conversa.

            - Então Sakura. – Disse Sasori colocando uma mecha de cabelo rosa atrás da orelha dela. – Você ficou de me dar à resposta hoje lembra? – Sasuke franziu o cenho com aquele assunto.

            - Eu sei, me desculpe pela demora. – Sorriu sem graça e envergonhada.

            - E qual vai ser? – Sakura suspirou, ela estava pensativa, Sasuke viu algumas dúvidas na face da mulher e torceu internamente para que seja o que for, a resposta seja não. Notou ela suspirar novamente e olhar para o ruivo sorrindo.

            - Eu aceito. – Sasuke ofegou e chegou mais perto dela desejando internamente que tenha ouvido errado. – Aceito ser sua namorada.

            Como assim? Surpreso era como se encontrava agora. Sasori a abraçou, viu quando ele discretamente aspirou o cabelo de Sakura, e depois colocou as duas mãos segurando o rosto dela e a beijou. Aquilo o enojou, sentiu a bile subindo pela garganta, e um tranco no estômago. Seu coração se apertou tanto que chegou a doer em seu peito. O pior foi ver Sakura o abraçando ao pescoço retribuindo o beijo.

            Se virou dando de cara com Shion, que o olhava de maneira serena mas séria, não queria ficar ali, saiu às pressas daquela festa. Sentiu Shion as suas costas. Num rompante, extremamente nervoso gritou com o espírito.

            - Quero ir embora. Agora! – Ordenou em fúria.

            - No tempo certo. – Falou calma.

            - Escuta aqui. – Disse apontando o dedo sob o rosto de Shion. - Você vai me levar embora agora, se não...

 - Se não o que? – Perguntou calma, o encarando. - Esse é o seu presente. É o que está acontecendo agora. O que vai adiantar você ir embora? Já perdeu a ceia. – Falou enquanto sumia gradativamente. – Foi uma escolha sua.

            Sasuke resolveu ir sozinho até o departamento, quando visse seu corpo naquele sofá dormindo, daria um jeito de se acordar. Ele não precisava daquele fantasma pra isso. Depois que acordasse iria direto falar com Sakura. Não permitiria que aquele imbecil do Sasori chegasse perto dela. E resolveria as coisas com seu irmão também.

            Quanto mais Sasuke andava, mais longe ficava o departamento, a impressão que ele tinha é de estar dando voltas e não conseguia sair do lugar. Ele não podia ter se perdido, já rodou aquelas ruas diversas vezes patrulhando. Ouviu uma voz chamando pelo seu nome, reconheceu a voz sendo a do seu irmão. Ele procurou Itachi pelas ruas, mas não o encontrou, a única coisa que viu foi Sakura e Sasori aos beijos, em todos os cantos. Em cada lugar que olhava, em cada esquina que virava, lá estava os dois se beijando.  Começou a correr, tentando fugir daquela cena, e mais uma vez seu irmão o chamava.

            Não fazia idéia do quanto tinha corrido, e já nem sabia pra onde estava indo. Tudo parecia igual, os prédios pareciam ser os mesmos. Queria sair dali o mais depressa possível. Estava doendo ver aquela cena, estava machucando ouvir Itachi o chamando com tanta angustia. Continuou correndo, fechou os olhos para não ver, e os ouvidos para não ouvir. Mas eles continuavam ali, na sua mente. Enquanto fugia daquela realidade, tropeçou e foi de encontro ao chão. Tudo escureceu, não se ouvia mais nada, não se via mais nada, não sentia mais nada.


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Notas finais do capítulo

Está aí... Obrigada!



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