Sorriso Insano escrita por LoneGhost


Capítulo 25
Quebra-cabeça


Notas iniciais do capítulo

Eu estou escrevendo pelo celular e não sei que tamanho essa bosta ficou, mas sinto que está imensa.
Se não entenderem alguma coisa, os comentários servem para isso
boa leitura ♡



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 Enquanto esperava por nada ali atrás do carro, fiquei encarando aquela floresta escura iluminada apenas pelas luzes do circo, torcendo para não sair nenhum monstro dali. Era sempre assim: eu pensava que alguma coisa daria certo e... surpresa! Aparecia alguém para acabar com minha esperança. Apertei a arma em minhas mãos e respirei fundo. O tiroteio atrás de mim estava parando, mas ainda podia ouvir pessoas gritando. Ouvi que os policias tinham deixado Jeff fugir, o que não foi novidade para mim, mas comecei a entrar em pânico. Estava com falta de ar e minha cabeça começou a doer muito, até que não aguentei mais e me levantei para ver se a policial com quem eu falara ainda estava ali, ainda atrás do carro, como se este fosse um escudo e comecei a movimentar a cabeça procurando por ela. Estava muito escuro, então estreitei os olhos para enxergar melhor, até que a encontrei. Caída no chão, morta. Arregalei os olhos e engoli em seco. Havia poucos policiais perto dela, mas não senti que devesse arriscar correr até o outro lado da estrada, até o circo e pedir ajuda para eles, então apenas me abaixei de novo e torci para que algum policial chegasse rápido ali. Eles começaram a vasculhar o circo e mais policiais começaram a chegar e comecei a ficar com medo. O que eu faria se um policial decidisse me ajudar? Diria que fui forçada a fazer todas aquelas atrocidades com Jeff? Será que acreditariam mesmo? Eles sabiam que Jeff tinha parceiros nos crimes, sabia que eu também estava sendo procurada. E mesmo que acreditassem, para onde eu iria? Meu pai e meu irmão se esqueceram de quem eu sou. Eu nem existia mais para eles. Será que os policias realmente acreditariam nessa história toda?

 

Idiota! Burra! eu ouvia na minha cabeça.

Comecei a chorar e as vozes começaram a falar uma atrás da outra. Era uma mistura muito grande de vozes, graves, agudas, perturbadoras, aterrorizantes.

 

"Idiota!" "Você vai morrer aqui." "Você só sabe chorar." "Idiota." "Você não presta." "Fraca." "Burra! Burra! Burra!".

 

Soltei a arma e apertei as mãos contra os ouvidos. As lágrimas caíam ainda mais e minha dor de cabeça ficava mais forte. Eu tapava os ouvidos, mas nada adiantava, as vozes continuavam falando, cada vez mais altas. Me encolhi e comecei a bater com os punhos cerrados na minha cabeça.

—Calem a boca! Calem a boca!

Mas elas não iam embora, até que me deitei no chão e me encolhi, gritando.

De repente, senti uma rajada forte de vento no rosto e abri os olhos. Slenderman estava na minha frente. Mas parecia que o mundo tinha parado. Eu não ouvia mais tiros ou pessoas gritando, e nem mesmo as vozes na minha cabeça. Olhei por de baixo do carro, e todos estavam literalmente congelados em posições diferentes, como no jogo da estátua, em que você precisa ficar parado na última posição que fez enquanto se movia.

Olhei para Slenderman e ele ainda me olhava, paralisado. Mas eu sabia que ele não estava congelado como os outros. Me levantei e o encarei de volta, e comecei a chorar de novo. Mas não estava chorando de tristeza, estava chorando de raiva. Eu não aguentava mais um minuto daquela vida miserável, e tudo me deixava nervosa. Comecei a gritar entre o choro.

—Por que isso está acontecendo comigo?! Por que ninguém me mata logo?! E por que eu não tenho a capacidade de me matar?!

Comecei a gritar, por tudo que estava dentro de mim. Chorava alto e libertava todos os meus demônios. Caí de joelhos e comecei a socar o chão em meio ao pranto. Soquei até as minhas mãos começarem a sangrar. Depois me encostei no carro e me encolhi, abraçando meus joelhos. Chorei mais algum tempo e, mesmo que ainda não tivesse me acalmado, me levantei e encarei Slenderman novamente.

—Sabe, eu perdi tudo. Tudo!- gritei.- Eu não tenho mais casa, nem família, e todo mundo se esqueceu de mim! Eu não sirvo pra nada! Estou sendo perseguida por vários psicopatas todos os dias; vi minha mãe morrer na minha frente; matei várias pessoas; e me sinto vazia, e vazia, e vazia! Tudo o que eu faço é matar e correr da polícia e sou obrigada a conviver e fingir gostar de um monstro que tirou tudo de mim! Que destruiu a minha vida! Ele está me fazendo destruir a vida de todos, o que está me estragando mais ainda! E eu o odeio tanto, tanto... que eu tenho vontade de...

Soltei um grito. Corri até o carro e chutei várias vezes a porta. Soquei as janelas e quebrei os vidros, e cortei mais ainda minhas mãos. Mas quer saber? Eu não sentia nada.

—Por que você não me mata de uma vez?! Eu nunca quis tanto morrer! Todo santo dia eu peço para Deus, ou seja lá o que comanda o mundo, jogar um raio na minha cabeça e me destruir de uma vez! Ou que apareça algum assassino de verdade e me mate! Ou que pelo menos eu tenha coragem de tirar minha própria vida! Mas não dá! Eu nunca consigo! Eu sempre tento resistir, sempre tento pensar que vai dar certo. E nunca dá! Nunca!

Respirei profundamente e fiquei em silêncio por um momento. Comecei a pensar em tudo que estava em minha volta e, enfim, cheguei ao ponto.

—Por que está aqui, afinal?- perguntei, tentando me recompor.

Comecei a ouvir chiados na minha cabeça e notei que Slenderman estava prestes a se comunicar comigo, até que enfim pude ouvir uma voz horrível em minha mente.

Você. Está. Morta.

Não sei se foi pelo seu comentário ou por sua voz horrível chiando em minha cabeça, mas senti uma ânsia muito forte, que me fez cair de joelhos no chão e vomitar.

—O que...?- perguntei, sem força.

Morta.— ouvi de novo.

—Como assim?!- gritei.

 

 

Comecei a ver vários flashs e Slenderman começou a estender uma das mão para meu rosto até tocá-lo, exatamente como fizera  na primeira vez que nos encontramos. 

De repente, estava em outro lugar, ainda de joelhos no chão. Me levantei rápido e olhei em volta. Eu estava na casa dentro da casa onde minha mãe e Aurora foram assassinadas, a casa onde tudo aconteceu. Tudo estava perfeitamente normal lá dentro: móveis organizados, cheiro de madeira, limpeza, luzes acesas. Mas parecia um pouco diferente do que eu me lembrava... os móveis talvez. Eles pareciam bem mais novos.

Slenderman estava parado em um canto.

—O que diabo é isso?!- perguntei.

Ele tentou se comunicar comigo por pensamento novamente, mas sua voz parecia ter falhado, então começou a girar o pescoço, como se estivesse limpando a garganta. De repente, passou as longas garras no pescoço, cortando-o profundamente. Começou a sangrar muito, mas seu sangue parecia um líquido ácido: além de provocar fumaça quando pingava no chão, ainda fazia buracos no piso. O sangue começou a escorrer pelo seu terno, mas não tinha efeito nenhum, apenas o manchava de vermelho.

Ouvi mais uma vez um chiado na minha cabeça.

—Bem melhor.- escutei.

Ainda era aquela voz terrível, com chiados, como se eu estivesse ouvindo uma gravação, mas não fazia mais pausas para falar. Ele já começou no ponto:

—Estamos no seu mundo, mas invertido. Existem infinidades de planos espalhados por este mundo. Seu plano, o plano dos homens, é aquele em que os humanos, como são chamados, podem enxergar apenas com os olhos. Vossa capacidade de interação com seres de outros planos é praticamente nula. Apenas aqueles com grandes dons podem se comunicar com outros universos. Porém, eu e outros seres, como Rake e Sally, estamos em um plano capaz de comunicar-se com tudo e todos. Temos a capacidade de fazer isso quando queremos...- sua voz falhou.

Ele tossiu e arranhou a garganta novamente, fazendo cair mais sangue e queimar mais o chão.

—...e como queremos.- continuou.- Porém, os seres de meu plano possuem sede de sangue. Sangue humano, mais especificamente. Precisamos nos alimentar para nos sentirmos vivos. Precisamos de vocês, humanos, para podermos sobreviver. Apesar de haver universos diferentes nesta Terra, há alguns seres que estão em dois lugares ao mesmo tempo, e é isso que aconteceu com Jeff, com seu amigo Thomas... e com você também.

Eu estava tão concentrada e surpresa com tudo aquilo, que não consegui nem responder. Apenas balancei a cabeça e acho que ele entendeu que eu queria mais explicações. Ele continuou.

—Também existe o plano espiritual. Lá estão os anjos e os demônios, acho que já ouviu falar deles. São eles os encarregados de levar o bem e o mal para as pessoas, respectivamente. Cada pessoa deve escolher a quem seguir. Todos nós que estamos em meu plano, fomos usados pelos demônios e arrastados para o caminho da mais terrível escuridão em alguma hora na vida. Todos nós já fomos humanos. Entretanto, meu plano não é um purgatório. Somos condenados a estar aqui para sempre. Alguns estão aqui por serem muito ruins; outros, por serem crias de demônios com anjos. Existem inúmeros motivos para cada ser se encaixar em cada universo. No seu universo, estão os humanos, aqueles que foram agraciados com dons, aqueles que podem construir e destruir; amar ou odiar; tocar nas belezas da Terra; sentir os ventos; aproveitar os momentos. Vocês podem fazer coisas que criaturas de outros planos não podem. Quando morrem, a vida de vocês determinará para que plano se encaminharão. Todavia, existem seres do seu plano que ultrapassam tão exageradamente o nível de maldade, que não podem mais ser considerados humanos. Vocês não deviam ser seres ruins. Mas quando um de vocês realmente perde o controle e fazem coisas absurdas, como o que Jeff, Liu e Jane, vocês estão com um pé em seu plano e um pé em meu plano. Vocês se tornam seres bidimensionais. Vocês vivem como humanos, mas querem fazer o que nós fazemos. Em seu universo, existem vários seres bidimensionais. Mas poucos chegam ao estado de loucura em que Jeff está. Ele está tão absurdamente fora de controle emocional e espiritual, que pode usar as forças que as criaturas de meu plano usam. Por isso pode se teleportar e fazer outro tipo de coisa que humanos não podem. Jane também pode fazer isso, mas não está no estado de loucura de Jeff. Ele é o ser mais anormal de todo o seu plano.

Cada palavra soava complexa aos meus ouvidos e eu me esforçava para captar todas as informações possíveis. Mas sinceramente, eu ainda tinha muitos, muitos pontos de interrogação em minha cabeça.

—Então... eu estou incluída entre dois mundos?- perguntei.

—Sim.

—Por que você disse que eu estava morta? E por que me trouxe para cá?

Ele ficou em silêncio por um momento. Um silêncio mortal. Mas quando começou a falar, minha cabeça começou a doer.

—Você é uma das poucas pessoas de seu universo que nasceram com os dons de se comunicar facilmente com outros planos. Eu e Jeff já sabíamos que você viria para essa casa com sua família e, como você é especial, lutamos para ver quem te conseguia primeiro. Eu estava interessado em te tornar um de meus proxies; já Jeff estava interessado em te ter com ele, pois te queria para poder te usar como um meio de conseguir se conectar com outros universos e ser poderoso com Zalgo, ou melhor, mais do que ele. Talvez Jeff não tenha feito isso ainda porque não encontrou o momento certo. Não sei o que passa na cabeça daquela aberração. Ele também usou seu primo Thomas para te atrair. Aliás, Thomas também já sabia o que aconteceria com você. Na noite em que matou sua mãe e sua amiga, ele teve piedade de seu pai e seu irmão. Jeff descobriu e o machucou intensamente. De manhã, Jeff usou os poderes para persuadir sua mente, a mente de seu pai e a de seu irmão, usando uma ilusão que fez com que pensassem que estivessem recebendo uma mensagem das duas falecidas. No final, você foi mesmo atraída para Jeff e eu recebi a culpa de ter te iludido.

Ele arranhou a garganta de novo. Mais sangue ácido pingou.

—Seu primo Thomas está literalmente morto há dois anos. Ele foi morto por Jeff quando veio passar férias com a família nessa casa. Admito que os perturbei um pouco, mas Jeff queria os matar mais do que tudo. A irmã de Thomas, Thalia, começou a enlouquecer: entrava no guarda-roupa e arranhava as portas. Eu sei a história que seu priminho mentiroso te contou, que eu matei a família dele e Jeff acabou o tomando de mim depois de ter se tornado meu proxy. Ele só contou isso para que você não descobrisse a verdade: que ele estava te trazendo para esse mundo em que você vive hoje. A verdade é que eu queria a irmã de Thomas para ser minha serva, mas Jeff foi rápido demais e acabou matando a família inteira. Ele ressuscitou a alma de Thomas, que ganhou como missão te levar para Jeff.

—Espera aí, espera aí. Você quer dizer que Thomas está mesmo morto? Quer dizer, morto mesmo? Como um fantasma?

—Exatamente. Já que Jeff ressuscitou sua alma para matar, ele está entre o plano dos mortos e o meu plano. Ele não está exatamente morto. Sua alma nunca descansará em paz.

Respirei profundamente.

Naquela altura, eu já estava começando a me perder em quase tudo que ele havia dito. Eu ainda tinha mais perguntas, mas antes de fazê-las, recaptulei tudo o que tinha escutado, em minha cabeça: Jeff tinha poderes sobrenaturais; havia vários universos no mundo; fui enganada por todos; minha vida era praticamente uma mentira; Thomas estava morto; eu tinha beijado um morto.

Minha cabeça estava quase explodindo.

—Mas fale de mim!- falei.- Há quanto tempo Jeff tem esse plano de me ter? E você disse que eu também estava morta! O que quis dizer com isso?

Mais uma vez, ele arranhou a garganta.

— Jeff planeja isso desde que começou a usar seus poderes para praticar o mal. Foi quando ele te descobriu, e descobriu também que você viria para cá.

Ele fez uma pausa.

— E sobre você estar morta... no dia em que nos encontramos na floresta pela primeira vez e você desmaiou, eu te matei.

Arregalei os olhos, sem acreditar no que ouvi. Curto e grosso. Eu que senti vontade de matá-lo.

—O que...?- perguntei, incrédula.

—Sinceramente, achei que se te matasse rapidamente, Jeff não teria tempo de te raptar e te usar. Mas Jeff passou os poderes a Thomas e ele te ressuscitou da mesma maneira que Jeff fez com ele. No entanto, você é diferente de Thomas. Enquanto ele está no meu plano e no plano dos mortos, você está no plano dos mortos e no plano dos humanos. Aliás, é por isso que seu pai e seu irmão não conseguem mais se lembrar de você, depois de tanto tempo sem te ver. Lembravam de você enquanto você estava perto deles, mesmo morta. Mas agora, você está definitivamente morta para eles.

—Por que eu não estou no seu plano também?- perguntei confusa.

—Porque seu objetivo não é matar outros seres humanos. Nunca foi.

—Então como eu ainda posso estar no plano dos humanos se estou morta?

—Porque seu primo te ressuscitou.

—Mas porque ele foi ressucitado e não está no plano dos humanos, mas sim no seu?

Percebi que ele começou a perder a paciência. Seus tentáculos começaram a aparecer e sua voz começou a chiar mais em minha cabeça, que começou a doer ainda mais.

—Porque ele foi ressucitado no objetivo de matar, mas ele não te ressucitou para esse objetivo. Ele te ressucitou para você ter outra chance de viver, sem que Jeff soubesse disso.

Congelei. Eu não sabia o que pensar. Eu não sabia mais como reagir.

—Só mais uma pergunta...- falei.

Minha cabeça chiou mais do que nunca e senti uma pontada muito grande nela, o que me fez gemer de dor.

—O que é?- ele perguntou.

—Por que você me disse tudo isso?

Ele ficou calado por uns trinta segundos.

—Porque você precisa matar Jeff. Mesmo que ele não te use agora, uma hora ou outra, ele sairá do controle de maneira tão descontrolada, que terá poder sobre todos os planos. Se isso acontecer, o mundo se destruirá totalmente.

Fiquei olhando para ele sem dizer nada.

—Você não pode desistir.- ele disse.- Ele irá destruir a todos nós. Se tornará mais poderoso e perigoso que Zalgo, e então, o mundo se consumirá em desgraça.

Engoli em seco.

—Por que eu conseguiria fazer isso?- perguntei. - Olha pra mim: eu não fiz nada de útil até agora a não ser fazer exatamente o que Jeff queria. Eu não sei porque ele está demorando tanto para me usar, talvez até agora só estivesse se divertindo, mas mesmo assim, quando ele quiser fazer algo, vai fazer. Eu não posso com ele.

—Você está morta e viva ao mesmo tempo. Além disso, recorde-se do que eu disse: foi escolhida porque é um dos poucos seres capazes de se comunicar com planos que não seja o seu. Use isso ao seu favor.

Pensei a respeito.

—Eu estou louca, Slenderman. Fiquei sabendo desse "dom" agora. Não sei como usá-lo. Além disso, minhas forças estão acabadas.

Ele não respondeu.

—O que eu ganharia com isso?- perguntei.- Além disso, vamos usar a lógica: se Jeff morrer, eu também morro, já que é praticamente ele quem sustentou minha vida.

—Não era o que você queria? Morrer?- ele perguntou.

Suspirei.

—É. Você tem razão.

Ficamos em silêncio.

—Não posso fazer nada por você. Mas vai carregar um peso enorme nas costas se não fizer nada. Você pode se machucar e ser machucada, mas apenas Jeff pode te matar. Se esperar isso acontecer, talvez até o plano para onde você for depois de morta possa se desestabilizar, e ele te perseguirá pela eternidade. Congelei o tempo para poder falar com você, mas minhas energias estão acabando. Espero que tome a decisão certa.

Dito isso, vi novamente os flashs e Slenderman estendeu a mão em minha direção, e eu desmaiei. 

 

 

Acordei no mesmo lugar em que estava antes, perto do carro. Olhei em volta e Slenderman já não estava mais lá. Os policiais já estavam se movendo e eu já estava escutando tudo em minha volta.

E pela primeira vez em muito tempo, eu me senti cheia. Senti que tinha um dever de verdade.

 Me levantei e saí correndo dali.


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Notas finais do capítulo

Obrigada por chegar até aqui
Nos vemos no próximo capítulo ♡



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