Sorriso Insano escrita por LoneGhost


Capítulo 23
Senhoras e senhores... corram!


Notas iniciais do capítulo

boa leitura ♥



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Eu podia sentir minha pulsação acelerando enquanto olhava para meu pai e meu irmão. Não acreditava que eles estavam mesmo ali. Queria correr, abraçá-los e me livrar daquele inferno onde vivia. Eu já tinha perdido há muito tempo a esperança de vê-los de novo, e de repente, puff! Aparecem como em um passe de mágica, como se o circo estivesse ali para eles. Foi a emoção mais intensa que eu senti em meu corpo há meses. Enquanto encarava meu irmão e meu pai, que, olhavam distraídos para nós, sem nem saber que estavam olhando para mim, ouvi Jeff sussurrar meu nome e notei que ele já estava me chamando a algum tempo. Balancei a cabeça e voltei minha concentração para o circo.

—Vamos começar.- sussurrei de volta.

Jeff pegou um microfone sem fio em um suporte de microfones ao nosso lado.

—Olá, minhas crianças!

A voz dele soou tão extremamente feia e macabra ao microfone, que fez minha espinha gelar, e tenho certeza que não só a minha. Todos da plateia ficaram quietos.

—Amacie mais a voz.- falei baixo, tentando não mexer muito a boca, fingindo estar ainda sorrindo.

Jeff virou o rosto e tossiu e arranhou a garganta, como se estivesse sem voz. Falou de novo ao microfone, tentando mesmo amaciar a voz, com um tom mais baixo.

—Perdoem-me, estou com um probleminha na garganta, mas isso não afetará em nada o nosso show! Vamos começar o espetáculo!
Assim que terminou a frase, surpreendentemente, caíram confetes do ar. Olhei para Jeff e notei que nem mesmo ele esperava por isso. Talvez fosse mesmo parte do show, já programado. As crianças gritaram de felicidade. Aproveitei a distração para olhar melhor para meu irmão e meu pai. Sabia que precisava fazer alguma coisa, urgentemente... mas não sabia quando e nem como agir. Engoli em seco.

 Jeff falava animadamente da nossa apresentação antes de iniciar, enquanto eu apenas dava um sorriso forçado para as pessoas. No palco, já estavam alguns itens para o show, que deviam ser do mágico de verdade, e o que mais chamava a atenção, era a maldita caixa que Jeff tanto queria, aberta e dividida ao meio, esperando para ser usada. Sabe? Aquela caixa. A clássica. Que serra a pessoa ao meio. Ele faria literalmente aquilo com alguém, o que me deixava cada vez mais angustiada. Não por qualquer pessoa morrer, mas havia duas pessoas ali que...

—Você, garoto!- Jeff interrompeu meus pensamentos.- Venha aqui!

Olhei para quem ele apontava. O garoto se levou e começou a caminhar para perto de nós. Fiquei com vontade de rir de nervoso.

Não... só podia ser brincadeira.

Uma brincadeira previsível, que eu rezava para não acontecer.

—Jackson...- eu sussurrei.

O demônio chamou meu irmão.

 A porcaria do circo devia ter umas 100 pessoas... e ele apontou diretamente para Jackson. Eu já estava acostumada com meu azar, mas aquilo tinha passado dos limites. Um milhão de coisas começaram a se enrolar na minha cabeça, enquanto eu o via se levantar do lugar para vir ao palco. Jeff achava que toda minha família estava morta, achava que Thomas tinha matado a todos. Eu queria correr e abraçar meu irmão, e não podia fazer isso. Mais uma pessoa que eu amava provavelmente seria morta na minha frente em alguns minutos. Eu não fazia ideia do que devia fazer, e não conseguia mexer meu corpo.

—Wendy!- Jeff falou ao microfone e deu um tapa na minha nuca, que quase me fez cair para frente.

—Ai!- eu disse.

As pessoas riram.

—Desculpem, minha parceira parece estar um pouco distraída. Acho que vou ter que substituí-la também.

Eu percebi que aquele tapa foi mesmo para me acordar. Jackson já estava na minha frente, sorrindo, parecendo um pouco nervoso com um monte de olhos focados nele. Sempre fora um pouco tímido. Ele olhou para mim e sorriu, sem me reconhecer, e eu me derreti. Ele estava com um casaco preto aberto e uma blusa cinza estampada com um crânio, calça jeans preta rasgada nos joelhos e um tênis All Star da mesma cor. Quase cinco meses presa naquele inferno, e naquela hora, meu irmão parecia uma parte do meu paraíso. Eu precisava salvá-lo, mas não sabia quem iria me salvar.

Quando Jeff olhou para Jackson, ele pareceu um pouco desconfortável.

—Bom garoto!- disse Jeff.- Tenho certeza que será uma isca excelente.- ele olhou para a plateia.- Nós começaremos com uma clássica, aquela que todos conhecem. Mas tenho certeza que quase ninguém a viu ao vivo, em cores e sem cortes...- deu uma pausa.- ahn, quero dizer... ah, vocês me entenderam!- fez graça.

Mais risos. Meu desespero só aumentava. Jeffrey colocou uma mão no ombro de Jackson.

—Tá vendo aquela caixa ali?- perguntou empolgado, apontando para ela.- Vamos até lá.

Jeff me entregou o microfone e levou meu irmão até a caixa. Ele uniu os dois lados dela, que estavam separados ao meio.

Meu Deus. Meu Deus. Meu Deus. Meu Deus. O que devo fazer?

Meu corpo tremia. Eu me aproximei dos dois. As pessoas da plateia, inclusive meu pai, olhavam curiosos, querendo saber o que aconteceria em seguida. Jeff se virou para mim.

—Segure o microfone perto de minha boca.- falou.

Eu o obedeci, mesmo que a minha vontade fosse bater aquele microfone da cabeça dele até mata-lo, mas aquilo estava fora de cogitação. Pode parecer muito idiota da minha parte não agir nunca, mas acredite, não é tão fácil quanto parece. Mesmo que eu conseguisse matar Jeff ali, o que, na prática, seria meramente impossível, Liu ainda estava lá fora. Ele escaparia, com certeza, e no final, mataria a mim, minha família e tornaria a vida de mais alguém em lixo e inutilidade.

—Agora, meus caros, é hora do show!

Tirei o microfone de perto da boca de Jeff e ele olhou para meu irmão. Percebi que Jeff inclinou um pouco a cabeça quando percebeu o rosto dele e o analisou com cuidado, depois olhou para mim. Olhou para Jackson de novo e depois para mim de novo. Ele deu uma risada baixa.

Merda. Pensei. Era óbvio que ele tinha notado.

—Aqui, garotinho. Deite-se nessa caixa e use esses buracos- ele apontou para uma parte no fim da caixa- para colocar suas pernas para o lado de fora.

—Certo.- Jackson respondeu.

Aquela voz... que preocupação.

Jackson se deitou na caixa e fez exatamente como Jeff pediu. Antes de fechar a parte de cima, meu irmão chamou Jeff, com a voz baixa.

—Hã... eu... preciso fazer alguma coisa? Você não vai me serrar ao meio de verdade, vai?

—Hahahaha... é claro que vou!- Jeff respondeu. Mesmo ele falando a verdade, aquela frase soou tão irônica, que até eu pensei que ele estivesse brincando.- Apenas fique quietinho aí.

—Ok...- não parecia muito convencido.

Jeff fechou e trancou a caixa com tanta naturalidade, que eu tive certeza que não era a primeira vez que brincava com aquilo.

Minha cabeça não funcionava. O que diabos eu devia fazer?!
Jeff fechou a caixa e a trancou. Pegou um serrote grande, ainda maior que o caixote. O serrote seria colocado em um vão no meio da caixa, onde ela se separava, e passaria por ali, para fingir que a pessoa está mesmo sendo serrada ao meio.

 Thomas não ia aparecer ali para me ajudar. Eu queria que aquele traidor queimasse no inferno, pra falar a verdade. Eu tinha que resolver aquilo sozinha e eu não tinha escolha nenhuma. Eu teria mesmo que arriscar fazer o que eu não devia em hipótese algum fazer... ataca-lo na oportunidade mais óbvia, mesmo sabendo que, o óbvio é sempre uma armadilha.

Ali estava cheio de crianças. Crianças que veriam cenas grotescas.

Há algum tempo, eu comecei a literalmente ouvir algumas vozes na minha cabeça me mandando fazer coisas... ou não fazê-las. Acho que a loucura é uma das formas de dominação mais eficazes que existe, e Jeff conseguiu me dominar com a dele. Me fez como ele. Eu ouvia vozes naquele momento, sussurrando que eu ia morrer e que levaria muitas pessoas comigo.

Mas sabe...

—Que se dane.- eu disse em voz alta.

Peguei o microfone com as duas mãos e, enquanto Jeff colocava o serrote no vão do caixote, eu golpeei sua nuca com tanta força, que devia tê-lo desmaiado. Mas isso não aconteceu. Ele apenas cambaleou para frente e quase caiu. Recuei e ele virou a cabeça para mim, devagar e eu imaginei o olhar de ódio que devia estar por trás daquela máscara. As pessoas na plateia começaram a falar todas juntas, e notei que algumas começaram a sair de seus lugares.

—O que diabos foi isso...- ele perguntou baixo, com a voz medonha que fazia quando estava nervoso.

Coloquei o microfone perto de minha boca, sem pensar muito no que dizer.

—Vai acontecer um massacre aqui!- falei.- Fujam agor...

Não pude terminar a frase. Quando ele, já estava pulando em cima de mim, me derrubando no chão. Ele não estava com a faca na mão, mas me dava fortes socos no rosto, mas a máscara que eu usava me protegeu um pouco. Consegui me defender e bater nele também, e em uma dessas horas, arranquei a máscara de seu rosto. Todos que estavam em volta se surpreenderam de medo.

—É ele... aquele assassino da TV!- um dizia.

—O assassino Jeff!- outro completava.

Muitos se afastaram e vi que algumas pessoas chegavam perto para me socorrer ou tentar fazer alguma coisa com Jeff, mas eu notava que, ele apenas estendia a mão e as fazia ser arremessada contra as cadeiras da plateia, como naqueles filmes de exorcismo. Eu não sabia que tipo de pacto maligno aquele assassino tinha, mas com certeza, não estava brincando. Todo mundo ali dentro começou a se levantar e gritar, mas quando Jeff percebeu que já tinha me batido o suficiente para eu não conseguir me mexer, saiu de cima de mim e gritou o nome de Liu. Eu ouvia Jackson gritar, trancado e desesperado na caixa e tenho certeza que ouvi a voz de meu pai gritando por seu nome.

O que eu fiz...? O que eu fiz...?

Tentei me levantar e caí logo que o fiz. Mesmo assim, me esforcei para sair do chão e quando consegui, vi que Liu estava na entrada do circo, esfaqueando crianças, mulheres... alguns homens tentavam ir para cima dele juntos, mas ele fazia a mesma coisa que Jeff, apenas esticava uma das mãos e mandava-os para longe.

Olhei para Jeff e vi que ele não se importava com o que estava acontecendo ao redor, mas queria matar meu irmão. Ele já estava com o serrote na mão.

—HAHAHAHA- ele riu, diabolicamente.- Olha o que seu irmãzinha fez com você!

—Não! Não! Por favor!- Jackson implorava, se debatendo.

—Ei!- ouvi uma voz atrás de mim.

Quando me virei, vi Thomas saindo de trás da cortina, ainda vestido de palhaço gótico e ele foi para cima de Jeff. Jeff, quando o ouviu gritar, também se virou para ele e já estava preparado com o serrote na mão. Thomas correu para atacar Jeff, mas não com seu machado ou qualquer tipo de arma. Na verdade, sua arma eram seus próprios dedos, ou melhor, não eram dedos... eram garras. Não enormes como as de Rake, eram do tamanho de dedos normais... ou pouco maiores talvez, mas pareciam afiados, com os de um predador.

Quando Thomas correu para perto, Jeff tentou cortá-lo literalmente ao meio com o serrote, arremessando a pesada arma para o lado, mas Thomas saltou por cima do serrote, que passou voando sob seus pés e caiu no chão. Thomas usou como vantagem fato de estar no ar e arranhou o rosto de Jeff enquanto a gravidade o levava novamente para o chão. Começaram a se bater e fui correndo tirar meu irmão de dentro do caixote, quando comecei ouvir o carro de polícia do lado de fora. Me aproximei de Jackson, que estava pálido de medo.

—Por favor, não me mata! Por favor!- ele gritou, ainda se debatendo.

—Calma! Eu vou te tirar daí!- eu disse.- Só preciso saber como destrancar essa coisa.

Olhei para todos os cantos para ver se conseguia encontrar a chave do caixote. Eu estava tão desesperada, que nem conseguia raciocinar direito o que estava fazendo, até que vi, bem do lado de um dos pés do caixote erguido sobre o chão, uma coisa prata e reluzente. Me abaixei e percebi que era um bolo de chaves. Eu o peguei e notei que devia ter, no mínimo, umas dez chaves ali.

—Que desgraça!- eu gritei.

Fui para perto do cadeado da caixa que fechava as duas tampas e comecei a testar as chaves. Olhei para trás e Thomas ainda estava em uma luta sangrenta com Jeff, que tentava chegar perto de mim, mas era impedido. Minhas mãos tremiam tanto que eu quase deixei o bolo de chaves cair.

—Rápido! Rápido!- Jackson dizia.

—Eu não sei qual é a chave certa!- respondi, quase chorando.

Percebi que o cadeado era dourado e testei a única chave dourada que tinha ali, e certamente, era aquela chave. Levantei a tampa e Jackson tirou as pernas dos buracos e se levantou dali muito rápido.

—Vamos, depressa!- ele gritou, pegando minha mão e me puxando.

—Wendy!- ouvi Jeff gritar, com uma voz horrível- Eu vou matar você!

Nem olhei para ele.

—Jackson!-ouvi uma voz na minha frente.

Direcionei meus olhos na direção da voz e notei que era meu pai, correndo para alcançar Jackson.

—Pai!- eu gritei.

Jackson olhou para mim ainda correndo, confuso. Quando nós o alcançamos, ele deu um rápido abraço em Jackson.

—Vamos sair daqui!- ele falou.

Eu os segui, mas notei que a única saída que eles encontraram era a da frente, onde Liu estava.

—Pai, Jackson, por aqui! Tem outra saída!- eu disse, com intuito de levá-los pelos fundos, onde entrei com Jeff.

—Como sabe meu nome?- Jackson perguntou.- E por que chamou meu pai de “pai”?

Olhei para ambos e tirei a máscara.

—Jackson, sou eu! Wendy!- falei.

Eles se olharam, confusos.

—O que?- Jackson disse.- Eu não conheço você.

Ah, não...

—O que...?- perguntei.- Sou sua irmã mais nova!- olhei para meu pai.- Pai, sou eu! Sua filha!

—Minha o que..?- ele perguntou.

—Não... Não... Não...- falei, colocando as mãos na cabeça.

De todas as maldições que aconteceram naquele tempo comigo, aquela foi a pior. Eu não sabia o que raios tinha acontecido com eles, mas eles tinham se esquecido de mim.

—Wendy!- ouvi meu nome, atrás de mim.

Thomas estava apanhando de Jeff e percebi que não aguentaria segurá-lo por mais tempo. Olhei para Liu e ele também já estava se aproximando.

—Olha, esqueçam isso!- eu falei.- Saiam daqui o mais rápido possível! Tem uma saída pelos fundos, atrás daquela cortina. Vão! Agora!

Eles se olharam confusos.

—Mas...- Jackson começou.

—Vão!- exclamei.

Eles saíram correndo em direção à cortina pesada.

Enquanto eles corriam, olhei para o cutelo em minha mão e, sinceramente, nunca considerei tanto suicídio quanto naquele momento. Olhei em volta, e tudo ficou em câmera lenta. O FBI invadia o circo, tentando tirar o máximo possível de pessoas dentro dali, enquanto outras morriam por balas perdidas. O chão estava ensanguentado. Liu esfaqueava pessoas em uma velocidade absurda, homens, mulheres, crianças... esfaqueava-os na cabeça, no peito, em todos os lugares. Thomas apanhava como um saco de pancadas. E eu estava ali, mais uma vez. A causadora do caos. Eu sentia como se, todas as células do meu corpo estivessem morrendo lentamente. Eu não tinha mais quem me amasse, não tinha mais família, nem motivos para viver. Eu só trazia desgraça para todos. E o causador daquilo... estava a poucos metros de mim.

Balancei a cabeça e olhei para Thomas, já caído no chão. Jeff olhou para mim com ódio, tanto ódio que achei que poderia ser morta pelos seus olhos. Os policiais tentaram se aproximar dele e falharam miseravelmente, como todos os outros. Ninguém podia com ele ali. Ele começou a se aproximar de mim andando, me desafiando. Como se não precisasse correr para me alcançar... ele sabia que eu já estava em suas mãos.

Eu tentei recuar, mas pela primeira vez, ele usou sua força maligna em mim, estendeu o braço e o jogou bruscamente para a esquerda, e junto com o movimento, eu fui arremessada para o ar e caí no chão. Ele chegou perto de mim e me levantou no ar me segurando pelo pescoço e me sufocando.  Me debati no ar.

—Olha só o que você fez, idiota.- ele disse.- Eu pensei que você seria útil para alguma coisa, mas pelo visto, só sabe estragar tudo!

Olhei para ele e percebi que seus olhos estavam avermelhados. Não a parte branca dos olhos, mas sim suas íris. Parecia possuído por algum tipo de demônio. Eu tossia e tentava respirar, já estava ficando sem fôlego e meu pescoço doía muito. Sentia que minha cabeça seria arrancada.

—Eu tenho sido bonzinho com você por tempo demais, não acha? HAHAHAHA- ele riu.

Assim que ele disse isso, fui solta e caí no chão. Coloquei a mão no pescoço e tentei recuperar o fôlego. Quando notei que ele ainda estava na minha frente, tentei recuar.

—Sai de perto de mim!- gritei.- Por que você está fazendo tudo isso?! O que tem de errado com você?!

Ele riu de novo.

—O que tem de errado com VOCÊ, essa é a questão!- ele falou.

Ele estava sem a faca, então pegou meu cutelo, caído no chão.

—Acho que passou da hora de ir dormir!- ele falou.

Quando se aproximou, tive certeza de que cortaria minha garganta. Mas olhei para trás dele e vi que Thomas corria em nossa direção com o serrote nas mãos, ou... seja lá o que fosse aquilo. Quando ele chegou, tentou atacar Jeff, mas ele tinha percebido isso e se virou rapidamente e atacou Thomas antes que ele pudesse fazer isso, cortando sua barriga com o cutelo.

—Thomas!- eu gritei.

Ele colocou as mãos na barriga e sua blusa branca se manchou com sangue.

Me levantei rápido e pulei em cima de Jeff antes que ele pudesse se virar. Nós caímos no chão e eu bolei para cima dele e pela primeira vez, consegui fazer o que nunca tinha conseguido: bater nele. Acho que ele já estava esgotando suas energias de tanto lutar. Agarrei seus cabelos e comecei a bater sua cabeça no chão até desmaia-lo. Mas percebi que ele não desmaiava nunca e que eu estava ficando cansada também. Enfim, quando ele já estava quase inconsciente, eu me levantei e ele ficou ali gemendo de dor. Percebi que Thomas já havia perdido muito sangue e o ajudei a se levantar.

—Vamos sair daqui! Rápido!- falei.

Começamos a correr em direção à cortina.


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Notas finais do capítulo

Obrigada por chegar até aqui!
Nos vemos no próximo capítulo.



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