Ino Enchanted escrita por Any29


Capítulo 22
Capítulo 22




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—Estou preocupada com meus familiares também.—Eu digo , com uma expressão triste.—Eu preciso saber como estão...

—Quando tiver alta, você os verá hm.

Me viro na cama, e encaro a parede. Estava exausta com aquela conversa... só queria dormir. Lentamente, fecho meus olhos e caio no sono.

No dia seguinte , acordo cedo. Com a enfermeira tirando o soro do meu pulso. Foi um alívio poder mexer meu braço com mais facilidade. 

—Obrigada.—Eu digo quando ela me entrega minhas vitaminas. 

Percebo que Deidara estava ali, cochilando num canto do quarto.

—Seu namorado passou a noite toda ao seu lado.—Ela diz, me mandando um sorriso sincero.

Sinto minhas bochechas quentes, eu sei que eu não deveria, mas... eu amo quando ás pessoas fazem pequenos gestos pra mim. Além do mais, nossa conversa de ontem foi intensa.

—Quando...—Eu mudo de assunto.—Eu receberei alta?

—Daqui a algumas horas.—Ela informa, depois de olhar na minha prancheta.—Pode se trocar no trocador.—Ela diz fazendo um gesto.

—Obrigada.—Eu digo , finalmente. 

Ela sai do quarto. Então lentamente eu me levanto da cama. 

—Baixinha hm.—Deidara diz surpreso ao me ver.—Você não...

—Está tudo bem.—Eu o acalmo, fazendo gestos com a mão.—A enfermeira me liberou para me trocar...

Ele concorda com a cabeça, parecia extremamente exausto. 

—Só vou..—Eu fiz um gesto para minhas roupas.—Já volto.

Me troquei, foi com certeza um alívio tirar aquela roupa de paciente. Me senti até mais leve. Saí do trocador e me sento na cama.

—Você parece cansado.—Eu digo , observando o loiro.

Ele não diz nada, apenas coça os olhos.

—Deveria ir pra casa dormir.—Sugiro.

—Não vou te deixar sozinha hm.—Ele diz.

Parecia que meu velho amigo estava voltando. 

—Não quero que se preocupe comigo.—Eu digo.

—Não seja durona hm.

—Não seja tão protetor.

Ficamos nos encarando por uns segundos. Percebendo que ele , mesmo cansado , não iria me deixar, eu resolvo ceder... só dessa vez. 

—Tá bom.. vamos fazer o seguinte.—Eu arrumo minha roupa.—Vamos rapidamente ver meu pai e dai você pode ir pra casa.. 

—Você vem hm?—Ele pergunta.

Aquilo me pegou de surpresa. Notando minha reação, ele sorri torto. 

—O que foi hm?—Ele se levanta.—Esqueceu que , iríamos nos casar hm? 

Fico vermelha como um camarão, com toda certeza eu não sabia que ele iria falar isso... 

—Bem... quer dizer... sim mas...—Eu me enrolei. 

Antes que pudesse falar qualquer outra coisa, ele me deu um beijo apaixonado. Eu não deveria admitir isso ... mas... ele conseguia me conquistar. 

.

.

.

.

Quando chegamos no hospital onde meu pai estava, fico tensa... só pensava no pior. Com toda certeza, se eu estivesse sozinha, cairia no choro agora... mas me contive pois Deidara estava lá. 

—Por aqui.—A enfermeira disse, apontando pra um quarto.—Quarto doze. 

Entro no quarto e ... com o coração na mão. Foi horrível... doloroso ... sofrido, vê-lo naquela situação. Estava entubado, com o rosto pálido... estava horrível.

—Ele... ele vai acordar?—Pergunto pra moça.

—Não temos certeza..—Ela diz.

Meus olhos encheram de lágrimas, não me contive... chorei... chorei e chorei. Estava perdida num mar de dor e sofrimento... meu pai não merecia aquilo... 

—Baixinha hm.—Deidara apareceu atrás de mim, ele segurava um copo de água.—Se acalma hm.—Ele me entrega.

Bebo a água entre soluços... estava fraca. 

—Senta hm.—Ele diz, apontando para um banco.

Vou até lá, e caio ainda mais no choro. Ficamos no quarto mais tempo do que o planejado... mas eu consegui me acalmar e conversar um pouco com o médico. Logo, caminhávamos em direção a saída... precisava respirar um ar puro.

Quando chegamos lá fora, fomos até uma lanchonete , para comer algo ... no meu caso.... tentar.

—Não quero nada disso.—Eu digo, quando olho na vitrine.—Quero sushi.—Ah... como eu desejava comer um sushi agora.

Deidara me olha surpreso. 

—O que foi?—Pergunto.

Ele pega uma xícara de café, e aponta para o relógio. 

—São nove da manhã hm.—Ele toma o café.—Não acha que é um pouco cedo pra isso hm?

—Estou com desejo.—Digo cruzando os braços.

Mesmo que meu pai esteja numa situação delicada, eu não podia ignorar minhas vontades de grávida... além do mais... era só sushi... que mal tinha?

—Hai hai hm.—Ele suspira e vai ao caixa, em seguida volta e juntos vamos procurar um restaurante.

Quando finalmente encontramos um, eu simplesmente devorei uma barca inteira... estava faminta. 

—Este é o melhor lugar para se comer..—Eu dizia enquanto comia.—Certeza que não quer?—Pergunto.

Ele nega com a cabeça. Ótimo, mais pra mim. Enquanto comia, olhei distraidamente pra janela... e levo um susto ao ver... Izumi! Ela estava acompanhada daquele ruivo, Sasori... ambos usavam um boné , para disfarçar.

—Izumi!—Eu digo.

Deidara logo olha pra mesma direção , mas ele não fica surpreso como eu.

—O que ela ..?

—Está fugindo hm.—Ele diz tranquilo.

Volto meu olhar pra ele. De repente, eu não estava mais com fome, eu queria confrontá-la... me levanto da mesa, pego minha carteira e jogo umas notas na mesa.

—Aonde vai hm?—Ele perguntou.

—Conversar!—Eu digo, correndo em direção a saída. 

Eu sabia que se eu não agisse ele não me deixaria ir, então agi por impulso. Eles não andavam rápido... talvez pelo fato dela estar machucada, logo os alcancei. 

—Izumi.—Eu grito.

Eles se viram, e ela fica surpresa em me ver.

—Droga prima.—Ela diz ajeitando o boné e se aproximando de mim.—Não sou mais Izumi... sou Sayuri.—Ela parecia séria.

—Por quê fez aquilo?—Pergunto tentando parecer civilizada.

Ela parecia surpresa de eu saber sobre seu plano. Ela logo vê Deidara se aproximando.

—Então é isso..—Ela diz irônica.—Ele te contou...

—Você não me respondeu.—Eu disse impaciente.

Ela dá de ombros.

—Porque eu queria ter uma vida caramba.—Ela abre os braços.—Agora eu tenho.

—As custas da morte da sua mãe e do coma do meu pai?—Pergunto.

Ela sorri sadicamente. Não podia ser verdade ... 

—Por quê não me matou junto ?—Eu continuo o questionamento.

—Porque eu sentia que eu te devia uma, por ter ficado no meu lugar, por um tempo. De nada.

Me senti lesada. 

—Você...—Eu digo me aproximando dela, pronta para lhe bater, mas Deidara me segurou.—Você é um monstro!

Ela parecia não se importar com isso. 

—Como pode..?—Eu perguntei.

—Ino... vai pra casa.—Ela diz, apontando o dedo pra mim.

Aquilo foi a cereja do bolo. Ninguém... ninguém aponta o dedo pra mim. Num movimento rápido, consigo me livrar de Deidara, e voou em direção a ela, caímos no chão e rolamos no tapa. Eu estava grávida sim, mas eu não estava paralítica, eu podia chutar e bater e morder a vontade, e foi o que eu fiz, até os rapazes nos separarem.

—Kusou Ino.—Deidara diz bravo, me segurando.

—Estamos chamando atenção indesejada.—O ruivo diz, olhando em volta.—Vamos em bora..

—Não!—Izumi grita, tentando se soltar dele , e eu fazia o mesmo.—Eu vou ... eu vou..

—Acabar com você!—Eu dizia. 

Foi muito difícil de nos separar, a confusão só acabou, quando Izumi e Sasori entraram num táxi e partiram. 

—Droga!—Resmungo , quando ele me solta. 

—Kusou!—Deidara me segura pelo braço, me fazendo o encarar.—Você tá grávida, no que estava pensando hm?

—Eu precisava extravasar.—Eu digo nervosa.—Me solta!

Ele solta meu braço.

—Você é tão burra ás vezes hm.—Ele diz.

Fico perplexa.

—E você é um cretino!—Eu concluo lhe dando ás costas e caminhando pela rua.

Eu precisava ficar sozinha. Precisava refrescar a mente... muita coisa aconteceu naquela manhã... fui direto pra casa. Tomo um banho e coloco meu pijama. Me sento no sofá e fico olhando pro nada, esperando o tempo passar... eu precisava entender tudo que havia acontecido.. eu bati na minha prima, ela me bateu, ela não se arrependeu do que fez com sua mãe e meu pai... e... e...

De repente, lágrimas escorriam pelo meu rosto. Malditos hormônios! Eu não queria chorar... eu queria ficar brava... logo me dou conta de que Izumi chegou a me dar um soco no estômago, será que machucou ele?

—Não...—Eu disse , colocando ás mãos na barriga.—Me desculpa..—Sussurrei. 

Afinal de contas, meu bebê não tinha nada haver com meu desentendimento com Izumi. 


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