Ino Enchanted escrita por Any29


Capítulo 20
Capítulo 20




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Quando sai, minha tia estava um poço de nervosos... parecia que tomou todas as ansiedades da noiva... estava extremamente insuportável... qualquer coisa a fazia cuspir fogo. Eu me controlava, pois sabia que em poucos dias eu estaria livre... então... 

 Chegamos em casa tarde, jantei com ela em silêncio e logo fui pra cama exausta, com certeza, amanhã será um dia melhor. 

Na manhã seguinte, fizemos a mesma rotina, só que dessa vez, ela conseguiu ficar no mesmo andar que eu... para o meu azar.

—Fabuloso!—Ela disse quando chegamos. 

Reviro os olhos, e pego meu telefone.

“Nem perca seu tempo vindo aqui.” Eu mandei pra Deidara.

—Larga essa porcaria e vem pro seu banho de lama..—Ela disse ríspida.

—Hum... acho que vou começar na sauna.—Eu digo, correndo pra mesma, e trancando a porta. 

Ouço ela reclamar, mas ignoro.  Me sento num dos bancos e fico por lá, mexendo no celular, eu nem se quer troco minha roupa.  

“Por quê?” Ele mandou.

“Minha tia... veio atrás de mim.” Informo.

Noto que minha prima estava online, então resolvo conversar com ela.

“Oi... você já está vindo?” pergunto, afinal o grande dia já era naquele final de semana... eu queria me certificar de que tudo ocorreria bem... e que o voo dela não se atrasasse.. 

“Estou na cidade... pode ficar tranquila.” Ela mandou.

Aquilo me surpreendeu. 

“Ótimo, pois não aguento mais isso.” Eu mando.

“Eu sei.” Ela mandou. ”Prima... posso te contar um segredo?”

“Pode sim.” Eu mando.

“Tem que ser... pessoalmente..” 

“No nosso grande dia.” Eu mando.

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Meu último dia de SPA de noiva foi louco. Escapei da minha tia maluca e novamente fiz amor , foi incrível. Sei que não é um fato relevante mas... meu último dia de SPA foi na terça, logo na sexta eu comecei a me sentir mal... enjoos frequentes e náuseas. A princípio eu achei que fosse por conta do nervosismo que minha tia me fazia passar... mas não... era outra coisa. A coisa na qual eu e minhas amigas na época do ensino médio alertávamos as garotas mais jovens a evitar... suspeita de gravidez. Que burra.. como eu não me precavi com isso? Como? COMO ? Acho que estava cega demais pra lembrar... mas confesso, que isso não é desculpa para tal. 

Não importava mais essa suspeita, amanhã eu estava ‘liberta’ ... não precisava mais ter aquela vida. Eu teria minha vida de volta.. só pensava em como iria conseguir meu emprego de volta, já que aparentemente Izumi causou problemas , enquanto eu estive fora. Pensava em como será reconfortante passar meus dias com Deidara, com minhas amigas ... e meu pai. 

Finalmente, o grande dia chegou... estava tudo uma bagunça na casa... pessoas iam e vinham , arrastavam e empurravam, tudo ao mesmo tempo. E eu , fiquei trancada no meu quarto, esperando ela chegar...  “Será que ela vai conseguir passar pelos guardas?” eu me perguntei aflita , andava de um lado para o outro.. até que ouço batidas na porta.

—Sou eu..—Ouço a voz de Izumi. 

Corro aliviada para a porta e a abro. Ela estava vestida de empregada.

—Ótimo.—Eu digo suspirando de alívio.

Ela estava pálida, tremendo até... parecia que tinha visto um fantasma.

—O que aconteceu?—Perguntei , colocando uma mão em seu ombro.

—Era sobre aquilo que eu queria te falar no telefone..—Ela começou.

Eu apenas concordo com a cabeça, esperei ela falar.

—Eu fiz algo....—Ela olhava pros lados aflita.—Que... causará grandes consequências.

Estaria ela... tramando uma fuga? 

—Izumi, o que você fez?—Pergunto séria.

Ela não diz, apenas corre até o closet e começa a se despir.

—Toma.—Ela jogou sua roupa de empregada em mim.—Eu cheguei assim, precisa sair assim.

Eu apenas visto sua roupa, ainda preocupada com o que ela estava prestes a fazer...

—Izumi..—Eu comecei.

—Ino...—Ela me olhava fixo.—Eu preciso me arrumar, poderia me dar licença ? 

Fico parada por uns segundos, mas concordo e saio. A cada passo que eu dava, eu pensava no que ela poderia estar tramando... fico remoendo isso tudo, até chegar no jardim, onde seria o casamento. Foi um grande alívio , ver os funcionários e empregados passarem por mim sem se quer me olharem no rosto. Finalmente , minha vida estava voltando ao normal. 

Vejo fotógrafos , jornalistas... pessoas da alta sociedade e tudo mais, mas não vejo meu pai ou Deidara , será que eles já haviam chegado? 

Começo a andar entre as pessoas , na esperança de encontrá-los , mas nada. De repente, fixo meu olhar num rosto familiar.. era ele, Deidara. Ele realmente veio, só que ele não me viu... estava olhando para algo. Ignoro esse fato e vou ao seu encontro alegre.

—Taram.—Eu digo lhe dando um beijo surpresa.

—Ino.—Ele diz , surpreso até demais.

 -E quem mais seria?—Pergunto em tom de brincalhona , seja lá o que Izumi fosse fazer hoje , seria da conta dela. Minha parte, em ajudar eu já havia feito ... agora é com ela.

Ele não me respondeu, apenas olhava pra um ponto. Curiosa, resolvo olhar também e sinto um frio na barriga , quando vejo o mesmo cara ruivo que dialogou com Chiaki do lado de fora da balada. O que ele estava fazendo aqui? 

—O que está acontecendo?—Pergunto, voltando minha atenção pro loiro.

—É...que...

Ele não termina, a música começa a tocar e todos se aprontam para sentar. Entretida pelas pessoas, resolvo fazer o mesmo e segurando a mão de Deidara eu caminho em direção as cadeiras. Seja lá o que esse ruivo veio fazer aqui... também terá de esperar...

—Olha!—Eu digo apontando.—Meu pai... pode pedir sua permissão agora..

Estávamos cerca de quinze passos de distância do meu pai. Infelizmente , estávamos nos últimos assentos do casamento, teríamos que ter muita sorte em ver a noiva sair o que pra mim não faria diferença nenhuma.... mas de repente, tudo ficou... “turvo” . As pessoas se levantaram assustadas, meu pai se levantou também... corria em direção ao altar, a princípio eu não havia entendido o por quê.. mas quando olhei praquela direção, eu vi vários homens, portando armas ... e um deles, um outro ruivo , apontava uma arma pra cabeça de Izumi. O mesmo ruivo que estava acompanhado de Deidara na balada.... 

Por ver meu pai correr em direção a eles, eu me preparo pra ir também, mas Deidara me impediu. Ele segurava minha mão firmemente.

—O que está fazendo?—Exclamo me virando para olhá-lo.—Me solta!

Nesses poucos segundos em que me virei , ouço tiros... uma sequencia assustadora. Volto meu olhar pra lá e vejo , não só a mãe de Izumi, como meu pai caídos no chão. 

Fico em choque. 


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