The Walk of The Valkyrie escrita por LWinchester, Liran Rabbit


Capítulo 7
Capítulo VI- Sorriso


Notas iniciais do capítulo

Como informei no capítulo anterior, contando com esse ,ainda, há um capítulo em fase de revisão.
Espero que gostem!



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POV EDUMUNDO 

Cansado com o tempo que passei ajudando Pedro com a invasão, esperei todos saírem da tenda e guardei os documentos. Conferi se minha lanterna estava funcionando e tomei cuidado em guardá-la junto aos mapas, amanhã iremos reunir o exército para invadir o castelo. Me ofereci para ir com as quimeras no primeiro grupo, eu só preciso tomar cuidado em entrar em silêncio e autorizar a entrada dos reforços. Suspirei. Lúcia não estava presente, eu mesmo não quis a presença dela aqui, estudar combates, pensar em perdas de homens, era horrível demais. Embora, eu goste do campo de batalha. Quando finalmente alcancei a lona da Tenda, vi os homens se sentando para fazerem sua refeição. Hilde não estava lá. Caminhei até alcançar Frederik e Caspian conversando. 

− Majestade - inclinou Frederik. Caspian esperou que eu falasse. 

− Hilde  não se juntou aos homens? - perguntei. Frederik e Caspian trocaram um olhar 

− Ela deve estar dormindo ou treinando em algum lar, as vezes ela prefere ficar só - explicou Caspian. 

− Vou procurá-la então - notifiquei. Caspian franziu o cenho. Me despedi dos dois e continuei caminhando. Devo ter caminhado por 20 - 30 minutos, quando a vi deitada embaixo de uma árvore. Com cuidado me aproximei e notei que ela chorava. Percebi que ela ia abrir os olhos e esperei.  

− Rei Edmundo? - estranhou. Ela não se importou em mudar de posição. Limpou as lágrimas e continuou deitada, como se minha presença não tivesse a mínima importância pra ela.  

− Posso? - gesticulei para me deitar próximo à ela.  

 

− Claro, majestade… - Confesso que fiquei surpreso com sua resposta. Eu queria que ela aceitasse, mas eu estava esperando que ela se levantasse, ou, até mesmo se sentasse.  Deitei próximo ao seu braço direito e direcionei o olhar para a copa do pessegueiro.  Esperei alguns minutos antes de falar alguma coisa. Tomei coragem e me pronunciei. 

− Não gosta da gente? - perguntei.  Ela virou o rosto de encontro ao meu. 

− A presença de vocês me incomoda, majestade. - disse  Hilde  sem rodeios . Ela disse “incomodar “não “odiar”!  

−  Também me incomoda, quando me chama assim: Majestade. - Confessei. Dessa vez ela mudou de posição e se sentou com uma expressão confusa.  

− Prefere “Rei Edmundo”, então? - perguntou. Neguei  

− Não dói, me chamar de Eddie, ou somente pelo meu nome - dei de ombros.  Imitei sua postura e ficarei esperando sua reação.  

− Tudo bem, Eddie - aceitou, Hilde. Ela ficou de pé e eu fiz o mesmo 

− Você não estava junto com os homens. Não sente fome? - perguntei limpando minha roupa. Negou com a cabeça. Segurou o cabo de sua espada e com a mão livre passou em sua testa. 

− Tenho que treinar, Frederik vai ficar irritado caso eu não esteja preparada para a invasão - declarou. Antes que ela virasse em direção ao campo de treinamento. Fiz uma proposta. 

− Posso ir acompanhar você? Faz 1000 anos desde que usei uma espada, estou enferrujado, também preciso ver o desenvolvimento dos guerreiros - expliquei. Ela assentiu e fez um sinal para que a seguisse 

− Frederik, vai ter uma surpresa. - comentou Hilde. Ela não deu uma palavra até o campo de treinamento. O único som que fazia era o de seus passos. Suspirei. Pensei que isso chamaria sua atenção, mas ela estava tão distraída com a caminhada que se eu espirrasse não perceberia. Apertando meus olhos foi possível ver cinco homens, Frederik os liderava. Exceto Hilde, não havia nenhuma mulher no esquadrão de Frederik, havia poucos soldados - mulheres, eu arriscaria um número que não ultrapasse os vinte contando com Suzana que liderava os arqueiros. Pelo ou menos os felinos tinham um número mais equilibrado em combatentes de ambos os sexos. Os guerreiros eram um tanto mais velhos que nós, bom, aparentemente, se contar o período da Era de Ouro, eles são alguns séculos mais jovens que eu.  

− Subtenente, Phelps! Assumir o posto! - gritou Frederik ao ver Hilde. Olhei assustado para ela. Que era uma ótima guerreira, eu já imaginava. Mas que tinha uma patente...Não me passava a cabeça. Os soldados mudaram sua postura quando perceberam que eu a acompanhava, mesmo Frederik parecera nervoso com minha presença. Eu tinha me esquecido do respeito que a coroa narniana tinha.  Me posicionei na primeira fila. Não sei se foi uma boa ideia. O pelotão ficou tenso. Me senti frustrado, não era essas lembranças que eu tinha do nosso reino. Moramos no Castelo, caçávamos, cavalgamos, algumas lições diplomáticas, mas eu não lembro se ser autoritário, aliás nem de nós. Tirando Pedro que está vivendo uma crise de autoridade! Acho que ter perdido o posto o deixou meio obcecado com a coroa. Frederick respirava forte e os soldados estavam suando. Preciso agir. 

 

− Soldados! ATENÇÃO! Vamos iniciar as manobras invasivas. – Hilde interrompeu o silêncio. Sorri de leve pra ela. Me pergunto se ela tinha noção de quanto combinava com aquele cenário. Poder, seriedade, tensão. A imagem perfeita de uma guerreira. Os traços delicados de quando eu a vi com o uniforme do internato estavam ocultos. O rosto estava com algumas marcas feitos pelo calor do sol e as mãos estavam com alguns calos. Me senti mal por ela. Ao contrário de quando partimos, Hilde não teve uma vida fácil aqui. Mas admito que eu gosto dessa briga entre a donzela e a guerreira.  

− Algum problema, majestade?- não tinha percebido  que eu estava sorrindo até notar  os olhares do pelotão. Fechei a expressão. “Você é um rei, criatura!” – Nenhum, Subtenente! - me recompôs. Frederick iniciou o treino. Acho que a voz autoritária de Hilde, não serviu apenas para mim. Aos poucos os soldados foram deixando de suar pelo nervosismo, mas pelo esforço físico e acreditem, tem uma diferença, significativa, no semblante dos homens. 

− DISPENSAR! – Com isso Frederick deu o restante do dia de descanso. Alguns soldados vieram conversar comigo, acho que me ver segurando uma espada, tira um pouco o sangue da nobreza. Isso me fez bem. Eu ainda estou preocupado com a invasão. Mas esse tempo   me fez esquecer um pouco, por ironia era um treinamento para colocar o plano em prática. Vi Frederick conversando com Hilde. Fiquei curioso quando vi uma risada de leve que ela conseguiu tirar do centauro. Me aproximei. 

− Conhecia as habilidades do Grande Rei com a espada nas histórias, mas confesso que Sua Majestade, também é um bom espadachim! - elogiou-me. Agradeci  e olhei de soslaio para Hilde. A expressão suave não tinha desaparecido de seu rosto. Acho que isso é bom sinal. Fiquei esperando que ela me fizesse um elogio. Não que eu fosse vaidoso, mas eu tinha esperanças dela notar minhas habilidades e me dar uma desculpa para puxar uma boa conversa. 

− Majestade... – senti meu coração pulsando – Frederick, vou me retirar – saiu cheia de formalidades de novo. E o nosso momento no horário do almoço? Será que não significou nada pra ela? Ela sai assim me tratando com um chefe de Estado, mas não se importa com a minha presença. “Eu vou quebrar esse gelo dela!” 

Frederick se despediu e foi se juntar aos demais centauros. Criei coragem e corri atrás dela. Ela anda rápido. Ter feito um treino puxado e ter simulado uma invasão também não ajudam com o fôlego pra correr tanto assim. Já estava a alcançando quando ouvi a voz de Caspian. Ela virou o rosto para a direção que veio sua voz. Pode ver ela sorrindo e correndo. Corri para os encontrar. Ela se jogou nos braços dele e deu um beijo em seu rosto. Ele estava colocando uma mecha do seu cabelo de trás da sua orelha quando me viu. Ele ficou um pouco envergonhado, mas sorriu para a amiga. “Amiga". “Vou guardar essa palavra”. E Hilde? Ah, Hilde! Mesmo eu interrompendo esse momento, o sorriso dela não se desfez. Ela continuou o olhando da mesma forma de quando o abraçou. Focou em meu rosto, mas o sorriso bonito ainda estava na face. Limpou a roupa e tentou diminuir o sorriso. Tentou. Mesmo sem os dentes amostra, os olhos ainda estavam brilhando e o rosto estava com um aspecto alegre. Pela a primeira vez me senti incomodado com todo aquele carinho entre eles.  

Meus amigos, peço à paciência com a nossa querida Hilde. Ainda é difícil para a nossa donzela guerreira aceitar tudo o que precisou passar quando chegou à Narnia ,no entanto meus caros, sabemos que para uma filha de Eva entrar em Narnia ela precisar ser chamada por Aslan...Acredito que ainda vamos ter uma boa surpresa com nossa nova amiga. 


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Notas finais do capítulo

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