She Moves In Her Own Way. escrita por vanprongs


Capítulo 1
tell me you're a keeper.




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not about to lie down for your cause, 

but you don't pull my strings.

'cause i am a better man, 

moving on to better things.

the kooks.

 

Marlene McKinnon havia o ajudado em toda sua vida. Não só ajudado à Sirius, aquela bruxa de cabelos longos e brilhantes que caiam como cascatas em suas costas havia sido casa para Lily, James, Remus e Dorcas quando cada um deles precisou, quando cada um de seus mundos parecia tremer em meio a realidade.

Ela esteve lá quando Orion e Walburga decidiram tomar o prêmio de piores pais do século, raspando os longos cabelos de Sirius e o expulsando da nobre casa Black, deixando-o sem ter onde morar ou qualquer dinheiro para sobreviver. Apenas porque ele não queria se juntar a maldita causa. 

Também esteve lá quando Lily e Dorcas descobriram que Remus era um lobisomem, ajudando-as a levar secretamente chocolates para a Ala Hospitalar após cada noite de lua cheia.

E esteve presente quando Severus Snape chamou sua melhor amiga de sangue ruim, guardou as lágrimas da ruiva e jurou para o sonserino que se vingaria daquela dor que ele tanto causara.

Ela viu James Potter chorar pela primeira vez quando entrou correndo para o Salão Comunal da Grifinória, gritando para Sirius que ele estava morto. Soluçando enquanto dizia que Fleamont Potter havia saído em missão e não voltara com vida, ouvira os dois chorarem em seus braços, lamentando a perda do pai.

Marlene também vira quando Lily se quebrou no meio recebendo de sua irmã uma carta, falando que seus próprios pais morreram após um ataque de Comensais da Morte. 

E segurou o corpo de Dorcas quando a mesma soube que sua mãe havia sido mandada para o St. Mungus, na ala psiquiátrica. 

Foi Marlene quem ajudou Sirius a sair da escuridão, quando descobrira que Regulus era um Comensal da Morte.

E ela sequer reclamara uma única vez, não porque não tinha seus problemas, mas porque McKinnon lidava com seus problemas de seu jeito único de ver o mundo, e ninguém saiba realmente como ajudá-la, ninguém conseguia transpassar suas barreiras quando ela estava para baixo. E Sirius sabia que o aniversário da única McKinnon viva, não era algo que ela realmente tinha vontade de comemorar depois de seu aniversário de dezesseis anos, quando seus próprios pais foram torturados e mortos, pelos Black. 

O maroto queria conseguir, apenas, mostrar que ela não estava sozinha e que ele estava disposto a entrar na dança que ela fazia para sobreviver. E ficar, porque ele queria. Porque ele a amava o suficiente para isso. Era, com toda a certeza do mundo, difícil para ele admitir algo assim, um sentimento tão puro e bom e principalmente por quem não o levava, assim, tão a sério. 

 Eles compartilhavam um elo único e inquebrável, Sirius e Marlene, depois de anos haviam se tornado melhores amigos e também amantes, mas sem laços únicos, a loira pertencia ao mundo e ninguém nunca conseguiria molda-la, era o que ela mesma dizia para si e para os outros, mesmo que seu corpo, por baixo do corpo de Black, dissesse algo completamente diferente.

A porta do apartamento que Black conseguira comprar depois de receber a herança de um de seus tios fora aberta de forma suave, a silhueta de Marlene passou por ela e ela deu um pequeno sorriso ao ver uma árvore da Natal montada no canto da sala e sentiu um cheiro diferente, era... Glacê? Se colocou a andar para a cozinha e se deparou com a cena mais engraçada que já vira na vida.

Sirius Black usava um avental de corações, que ela havia deixado no apartamento, os cabelos negros e agora cumpridos estavam presos em um coque mal feito, os olhos cinzas estavam concentrados no bolo em sua frente e no saco de confeitar cheio de glacê vermelho em sua mão direita. 

Ela levou sua mão até a boca, segurando a risada e se aproximou, abraçando a cintura do companheiro que se assustou e errou o traçado de uma das letras que estava fazendo no momento.

— Estou sonhando ou você está fazendo um bolo de aniversário para mim, Black? - ela perguntou divertida, depositando um beijo na nuca dele.

— Marlene! - ele resmungou, tentando voltar sua respiração ao normal e reclamou, apontando para o bolo em sua frente — Você me fez estragar o final de McKinnon.

— Nós podemos sobreviver à isso, Sirius. - zombou quando o bruxo de cabelos negros virou em sua direção.

— Eu tinha o plano perfeito! - ele resmungou, franzindo a testa, um ato que a fez não conseguir segurar mais, e rir da expressão de criança que um homem de vinte e dois anos de idade conseguia fazer.

Sirius bufou e virou o corpo um pouco para colocar o saco de confeitar em cima do balcão, ao lado do bolo e então guiou suas mãos para a cintura do corpo pequeno de Marlene, levantando-a e colocando a loira em cima do balcão limpo, ao lado da geladeira, ainda com uma careta no rosto.

— Qual era seu plano perfeito? - perguntou.

O homem a encarou por um tempo, antes de a puxar um pouco e encostar suas testas, fazendo com que suas respirações se confundissem.

— Você chegaria depois de um dia cansativo no Ministério, eu teria o bolo pronto e… Te daria a chave do apartamento, porque… Eu… - Black parou de falar e fechou os olhos, respirando fundo.

— Vo-Você me daria a chave? - ela perguntou séria e o viu concordar com a cabeça — Por que?

Um silêncio preencheu o cômodo que eles estavam até que a bruxa puxasse um pouco dos cabelos negros na nuca dele, fazendo-o resmungar e abrir os olhos, encarando-o com uma expressão de poucos amigos.

— Por que você ama me machucar, McKinnon?

Ela apenas deu os ombros e riu leve antes de beijar sua bochecha rapidamente.

— Continue seu plano perfeito, por favor.

 Euqueroquevocêvenhamorarcomigo. - ele disse de uma vez, sem pausas, e suspirou.

— Você o que? - Marlene não havia realmente entendido o que ele quis dizer e umedeceu os lábios, afastando e nivelando seus rostos.

— Não faz isso comigo, McKitten. - Sirius reclamou em um tom de drama, até que resolveu ajeitar sua postura e a encarou, no fundo dos olhos — Eu… Eu quero que você venha morar comigo. - soltou e mordeu o interior da bochecha antes de completar — Se você quiser, é claro.

McKinnon sorriu e sentiu seus olhos lacrimejarem, maldito aniversário, ela sempre ficava mais sentimental nessa época… Ou talvez, fosse outra coisa que a deixou desse jeito.

— Eu adoraria morar com você, Black. - respondeu — Mais da metade das minhas coisas já estão em sua cômoda, de qualquer jeito.

A gargalhada de Sirius ocupou o cômodo e ele a levantou do balcão, grudando-a contra seu corpo e segurando suas coxas, a fim de rodopiá-la rapidamente.

— Acho que esse presente fez mais sua felicidade que a minha. - a loira soltou em um gritinho quando ele a parou de rodar.

— Talvez sim. - obteve de resposta antes que Sirius juntasse seus lábios em um beijo doce — Mas você nunca saberá, feliz aniversário McKitten.

— Obrigada, pulguento. - ela sorriu, antes de unir seus lábios de novo e sentir o gosto de glacê quando sua língua começou a dançar com a dele.

Eles trocaram alguns beijos no decorrer da noite, comeram o bolo e assistiram a alguns filmes trouxas que passavam na televisão aquela noite, até caírem no sono, abraçados e protegidos por uma manta pequena.


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Notas finais do capítulo

FELIZ ANIVERSÁRIO MCKITTEN EU TE AMO DEMAIS!!!!!!!!!!!!!



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