Acertando as Contas com o Passado escrita por Carol McGarrett


Capítulo 11
Capítulo 11 - O Traidor


Notas iniciais do capítulo

Capítulo curtinho, só mesmo uma ponte para o que está por vir!
Boa leitura!!



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Juro que já vi de tudo nesse trabalho, as mais diversas pessoas e suas diferentes manias e ideias malucas. De terroristas que assassinam agentes pelo prazer de simplesmente matar, à ex esposas que envenenam os maridos por ciúmes. Mas confesso que o plano do McCallister não entrava em nenhuma categoria que eu já tivesse criado.

Ele vem eliminando agentes há anos, enviando-os a missões que, se não forem fracassadas pela inexperiência dos enviados, estes serão, mais cedo ou mais tarde, eliminados do mapa.

E eu achando que a esta altura já teria me acostumado com tudo.

Quando finalmente McLocalizador disse onde nosso alvo estava, o Chefe nem precisou dar as ordens à equipe. Todas sabíamos exatamente o que fazer e para onde ir.

— Ele quer criar pânico, esse desgraçado! – Ziva já estava com sua – praticamente inexistente paciência – se esgotando.

— Abbs, desligue tudo, e saia do prédio imediatamente. Use a saída dos fundos, e leve Ducky e Palmer com você. Quero você o mais longe do estaleiro em poucos minutos, está me entendendo. – o Chefe olhava fixamente para a nossa gótica favorita. É claro que ele a queria em segurança primeiro. Todos nós a queríamos segura.

— Mas Gibbs – ela fez os seus famosos beicinhos – eu tenho que terminar essas análises.

— Abby, isso pode ficar para depois, agora vá, precisamos de você segura o mais rápido possível. – Jenny intercedeu.

— Mas e vocês?

— Somos treinados para situações assim, Abbs. Vamos todos ficar bem! A única pessoa que irá se arrepender de fazer o que está fazendo é quem está nos ameaçando. – Gibbs deu o seu beijo de despedida em Abby e rumou para o elevador – E vá embora rápido!

— Tá bom. Mas me prometam vocês que vão ficar bem! Levantem suas mãos direita! Custei ter todos juntos, não quero perde-los!!

— Prometemos, Abby! – Era tudo o que podíamos fazer e após recebermos os seus famosos abraços, rumamos para a sala dos agentes.

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Qual será nosso plano? Precisamos pega-lo antes que ele tente destruir o prédio. – McGee estava prevendo o pior.

— Antes de destruir o prédio, McGee, ele quer outra coisa. Na verdade, três pessoas. E vamos dar a ele, duas. – era a única solução

— Enquanto isso, você tirará Eli David daqui e o embarcará no primeiro avião para Israel, Ziva. – Gibbs comandou.

— Não. Eu vou ficar e ajudar a vocês. Meu pai pode se defender sozinho. Eu fico!

— Não, você vai. Porque só confio em você para leva-lo em segurança. Acha que, com toda essa confusão em volta dele, eu o entregaria somente para os agentes do Mossad? Você não acha estranho tudo o que já aconteceu hoje?

— Mas Gibbs! Eu sou mais útil aqui.

— E você será útil quando voltar, Ziva. Lembre-se sempre que temos que ter um plano B. E você será este plano. De início, a ideia é a de que você abandonou o barco. Mas o correto é que você estará nos dando cobertura. Agora vá, pegue o seu pai e os dois agentes do Mossad e os levem daqui, na máxima descrição.

Com muito custo ela meneou a cabeça concordando. Agora faltava DiNozzo e McGee, que olhavam para nós com uma certa expectativa.

— E nós? Vamos para onde? – Tony foi o primeiro.

— Tony, para o prédio do arsenal, do outro lado. Irá ser nosso vigia. McGee, esvazie o prédio, começando com os agentes sem treinamento para situações de campo.

— Chefe?! – Tony não receberia ordens minhas.

— Façam isso!

— Então vocês dois vão realmente sair e encarar McCallister sem apoio? Vocês são malucos ou o que?

Se fosse outra a situação, juro que Jethro teria dado um tapa tão forte na cabeça de DiNozzo que ele ficaria com os ouvidos zunindo, mas hoje ele apenas lançou um de seus olhares mortais e respondeu atravessado.

— Somos os agentes que ele quer, e vamos dar isso a ele. Foram os nossos nomes que estavam naquela lista. Se ele quer nos matar, que seja feito por ele. Agora façam o que foi mandado.

E em um piscar de olhos, Tony já havia saído e McGee estava começando a evacuar o prédio.

— E então, como quer fazer isso? Os dois juntos, cara-a-cara com McCallister ou prefere o famoso, eu te cubro de longe. Eu prefiro o primeiro. Mas o segundo foi mais eficiente na Sérvia.

— Vamos com o segundo. Mas desta vez, eu encaro primeiro. Afinal, não vamos arriscar você ser morta de verdade, desta vez.

— Que mal faz morrer de novo? Pelo andar da carruagem não vai sobrar muita coisa para se fazer por aqui.

— Está enganada, Jen. Você ainda tem que se explicar para a equipe.

— Tá aí um ótimo dia para se morrer.

— Maluca.

— Chauvinista!

— O que isso tem a ver com a situação?!

— Nada, mas gosto de te xingar!

A resposta que recebi foi um olhar zangado. Acho bom ele se acostumar com isso, por que quando tudo acabar e se sairmos vivos, e vou perturba-lo mais ainda.

— Ah, só mais uma coisa, vai se acostumando. Eu pretendo ficar em Washington depois de tudo...

Antes que pudesse sentir a dor, ouvi o barulho! Não acredito que ele estapeou a minha cabeça!

— Você perdeu o senso do perigo, Gibbs?! Desde quando você estapeia a cabeça da sua chefe?

— Você não retornou ao cargo de Diretora, está trabalhando do meu lado!

— O que não quer dizer que seja sua subordinada.

— Não, você não é.

— Então você não pode fazer isso! E não me ignore entrando nesse elevador!

— Jenny, se você não notou, eu estapeio a cabeça de todos com quem me importo. Menos da Abby, ela não precisa disso.

— Você é maluco!!! – Minha cabeça ardia, como DiNozzo aguenta isso todo dia?

Ao chegarmos no térreo, nos separamos. Jethro foi pela saída principal. Enquanto eu busquei a lateral. Notei que McGee já havia esvaziado a agência. O que era bom, sem inocentes na área para serem feridos.

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Como McGee bem falou, McCallister estava parado bem na frente do prédio. Na vaga onde, normalmente, estaciona-se o carro do Diretor em caso de crise. Ele estava relaxado, encostado no capô, esperando calmamente nossa saída.

— Veio sozinho, Gibbs? Achei que a esta altura a dupla Shepard-Gibbs já estaria se entendendo perfeitamente, se é que me entende...

— Você vai realmente fazer isso?

— Defina isso?

É sério que ele vai ficar enrolando o Gibbs? Ele definitivamente não teme a morte!

— Isso, seria ir atrás dos Diretores do Mossad e do NCIS e, também, dos agentes que você comandou em uma operação que você sabia que iria dar errado.

— Sempre tão fiel. Ás vezes você me lembra um cão pastor, Gibbs. Daqueles que são treinados para as unidades K-9. Tipo o que a sua adorada Abby salvou alguns anos atrás. Aliás, o nome daquele lá é Jethro, não é? Combina com você, deveria adota-lo.

— Eu não vou falar de novo. Você tem duas opções, ou se entrega ou...

— Ou você vai atirar em mim? Você está aqui sozinho, sem cobertura, vi seus agentes saindo. Vi David ir junto com o Mossad, vi DiNozzo na direção do estacionamento e McGee sair da base com os demais funcionários e agentes. Sua atitude de herói não vai salva-lo agora. Até porque...

Enquanto McCallister fazia o seu discurso de vilão fracassado, testando a pouca paciência que Jethro possui, algo me chamou a atenção. Por mais que achássemos que ele portava uma bomba, nunca suspeitamos de um comparsa. Porém, quando fui cobrir o perímetro, um ponto chamou minha atenção. Vi a luz do Sol refletir em algo, como uma lente.

O desgraçado não estava só e pela posição do reflexo que vi, notei que mirava em Gibbs.

Nosso plano não contava com essa ajuda extra. DiNozzo estava dentro do arsenal e ainda não atualizara sua posição. Eu teria que agir.

— Jethro, cuidado, bem à sua frente, no alto. Atirador. Vou cuidar dele.

— Você não está sozinho, não é McCallister? Disso eu nunca duvidei. Você nunca foi um cara com coragem suficiente para entrar em uma briga.

— Nunca fiz isso, porque sempre tive meus peões. Você mesmo foi um em incontáveis missões. Ou será que o seu tempo como Agente Sênior e comandando a MCRT deixou a sua memória fraca?

E estas foram as últimas palavras que escutei do embate. Consegui me afastar do prédio e atravessar da rua sem ser notada. Agora tinha que bolar um plano de acabar com o atirador antes que ele acertasse Jethro.

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Pé ante pé subi as escadas que davam para o terraço, bem devagar me aproximei da saída e tentei não fazer nenhum barulho.

Meu mais novo alvo deixou a porta escancarada, o que facilitava a minha vida e reduzia o barulho.

Ele estava tão concentrado no que ele fora designado a fazer que não notou a minha aproximação. - Erro clássico de novato. – e só teve consciência da minha presença quando coloquei minha arma na sua cabeça e o mandei se afastar do rifle.

Tudo bem que ele até tentou um ataque. Mas por favor! Era um garoto de uns vinte e poucos anos, ele realmente acha que eu seria tão besta?

Antes que ele pudesse pensar em se levantar, o imobilizei e algemei, garantindo que sua boca estivesse bem fechada para evitar qualquer aviso inconveniente.

Aproveitando o monóculo do rifle, me vi acompanhando com mais interesse do que deveria a conversa abaixo. McCallister estava realmente testando a paciência de Jethro, dentro de pouco, se ele não se entregasse, aquele sorrisinho iria deixar de existir.

Foi quando ele levou a mão às costas. E, dentro de pouco sacou uma arma de pequeno calibre. Nem pensei duas vezes....


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Notas finais do capítulo

Momento Jibbs em uma briga sem sentido, porque nenhuma das brigas deles faziam sentido na série! E sim, Gibbs deu um de seus famosos tapas na cabeça de Jenny!!
Muito obrigada por ler!!



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