Um certo dia, em uma casa na França:

—Vovô! - Gritam duas criancinhas.

—Tikki, Plagg? Não deviam estar dormindo a essa hora?

—Não conseguimos, vovô Fu, você poderia contar uma história para nós? - Pergunta Nino.

—Claro, mas no quarto, vamos, crianças.

Eles vão até o quarto, onde haviam duas camas, Tikki vai para sua e Plagg para a sua, e Fu pergunta:

—Qual história querem que eu conte?

—Uma que nunca nos contou.

—Assim fica mais difícil, vamos ver, ah, já sei! Vou contar a vocês a história de Ladybug.

—Nunca ouvi falar dessa.- Diz o moreno curioso.

—É uma história esquecida, quase ninguém a conta.

—Então nos conte, vovô. – Diz a pequenina com um sorriso no rosto.

—Bem ...

“Era uma vez, uma família muito feliz, uma mãe, um pai e uma bebê, a mãe se chamava Sabine, o pai se chamava Tom e a doce bebê, Marinette.

Eles haviam sido alertados que a casa deles ficava próxima a uma região onde bruxas costumavam aparecer, então decidiram se mudar.

Colocavam sua bagagem em uma carroça e seguiram a estrada, porém foram surpreendidos por três coisas que temiam, bruxas.

Elas eram muito feias, qualquer um morreria de medo, a que era mais velha disse:

—Olha se não é aquela família que habita nossa região, onde pensam que vão?

Nada responderam:

—Sabe, Audrey, acho que precisamos dar uma lição neles, por habitarem nossa região, sem a nossa permissão.

—Está certa, Chloe.

As bruxas lançaram um feitiço e paralisaram Sabine e Tom por um tempo e tiraram Marinette do colo de Sabine. Eles logo foram desparalizados e quando viram as três bruxas malvadas com a sua filha, Tom gritou:

—Não! Tirem minha vida, mas deixem minha filha em paz.

—Desculpe, mas não é assim que as coisas funcionam, agora, vamos meninas.

Elas pegaram suas vassouras e voaram para um canto mais escuro da floresta, Tom tentou segui-las, mas já era tarde demais. Os pais choraram a perda de sua amada filha, porém Tom jurou procurar sua filha até o fim de sua vida.”

—Que triste. – Disse Tikki.

—Calma, netinha, pois para tudo há um final feliz.

“No meio da floresta escura, havia um castelo todo quebrado, lá as bruxas pousaram, ainda com a bebê:

—Como vamos chamá-la?

—Que tal de Ladybug, pois a joaninha é o bicho mais repugnante de toda natureza.

—Perfeito, Sabrina, será com ela que Lila, a mais nova bruxa, irá treinar suas maldades e ela trabalhará para nós, será nossa escrava.- Diz Audrey dando uma risada maléfica.

Marinette, sem saber que esse era seu nome, cresceu trabalhando para as bruxas, sempre sendo atormentada por Lila, que tentava fazer maldades com a garota. Certa vez, ela colocará uma cobra para atacar a doce jovem, porém ela sempre tratava bem os animais que Lila trazia para tentar atacar a inocento garota, o que deixava a bruxa com muita raiva.

Marinette sempre foi muito bela, mas nunca conheceu nada de bonito nesse mundo, aquelas malvadas bruxas, sempre criaram ela a chamando de feia e ensinando para ela que seu nome era Ladybug, pois a tradução dessa palavra era joaninha, que por elas, era o animal mais feio da natureza. E por conviver naquele meio, Marinette sempre acreditou no que as horrendas diziam.

Aos cinco anos, as bruxas foram um pouco piedosas com ela, dando um gato preto para a criança, dizendo que era pra lembrar a feiura dela.

Davam trapos para Ladybug vestir, sempre dando tarefas e mais tarefas para ela, nunca deixando a jovem descansar. ”

—Coitada! – Diz a morena triste.

—Sim, as bruxas maltratavam a menina.

—Como você disse, elas eram malvadas mesmo.- Diz Plagg aterrorizado com o nível de maldade que elas chegavam.

“Continuando a nossa história, Ladybug completava seus quinze anos e Lila, obviamente foi atormenta-la como sempre:

—Olha só, a Ladybug completa quinze anos de feiura! Não existe nada no mundo mais horrível que você. Sabia que hoje, bem no seu aniversário, você acordou mais feia do que nunca! Não dá pra saber o que é mais feio em você: Se é esse nariz delicado, seu dente ou esse seu cabelo azulado.- Lila imitou  barulho de vômito.- Olha aqui, você não tem uma verruga, feia!

Lila escorregou em algumas folhas e Ladybug foi ao seu socorro:

—Você se machucou, Lila? –Pergunta a garota preocupada, apesar das bruxas serem más com ela, a azulada sempre teve um bom coração.

—Saí daqui!

—Ladybug! Não encoste um dedo na Lila!- Grita Chloe em cima de uma varanda.

—O que essa montra fez com você? – Fala Sabrina.

—Ela me empurrou! – Grita Lila e a jovem abaixou a cabeça.- Eu tenho nojo de você.

Marinette/Ladybug se levantou e foi até o gato que havia sido seu presente de aniversário nos seus cinco anos:

—Você deve estar com fome não é?- O gato miou.- Ou será que você está triste como eu?

A jovem sofria, acreditando ser a mais feia de todas, todos os dias, ela ia até um poço que havia em meio ao castelo destruído e se olhava no reflexo da água:

—Eu não tenho uma manchinha ou uma verruga, deve ser por isso que elas me tratam tão mal.- A garota chorava enquanto observava seu reflexo na água e passava a mão em seu rosto, segurando seus brincos, que desde que chegará naquele castelo, era a única coisa que tinha.

Lila tentou assustar Ladybug com um sapo, mas novamente a garota não mostrou sinais de medo, apenas segurou o sapo e o levou para um lugar mais perto do muro, onde havia um buraquinho, para que o animal pudesse sair:

—Sapo inútil! - Gritou a bruxa brava.

—O que está acontecendo aqui? – Grita a bruxa mais velha, Audrey.

—Aposto que essa tonta da Ladybug, está implicando novamente com a Lilazinha. – Disse Sabrina em um tom de deboche.

—Tia Audrey, essa horrorosa aqui. – Disse apontando para a azulada.- Não serve pra nada, olha o chão, tá todo sujo.

—Esquece essa aí, Lila, hoje você irá a uma festa de bruxas. – Diz Audrey tentando alegrar a sobrinha.

—Será uma festa que só as melhores podem ir. – Disse Chloe colocando a mão no ombro da colega.

—E-eu posso ir com vocês? - Pergunta Ladybug.

—Morcegos, corujas, aranhas, até esse seu gato é bem-vindo nessa festa, mas você com toda essa sua feiura assustará a todos e iria nos envergonhar. E nem pense em sair do castelo! - Diz Chloe.

—Mas fique tranquila, esse gato lhe fará companhia. E não me olhe desse jeito!

Lila arranca os brincos de Ladybug, que logo grita:

—Não, é meu!

As bruxas saíram voando com suas vassouras.

Os brincos que Lila roubou de Ladybug, foi jogado ao meio da floresta e poderia cair em qualquer lugar, mas quis o destino, que eles caíram bem em frente do homem que os fabricou, o pai de Marinette. Logo vendo as bruxas voando, decidiu segui-las, para ver se chegava onde sua amada filha estava.

Ladybug, triste, foi novamente até o poço e se sentou a beira dele, olhando novamente seu reflexo na água e derrubando lágrimas, olhava seu rosto e dizia:

—Por que não posso ser igual a elas? Se fosse, poderia ser tratada bem.

Ela chorava e uma de suas lágrimas caiu sobre o gato que sempre cuidou, porém, algo inesperado ocorreu.

O felino começou a se transformar, um brilho o cobriu. A garota se assustou e fechou os olhos por conta da luz e quando os abriu, no lugar de seu gato havia um jovem de sua idade, vestido roupas brancas e belas, com cabelos loiros que pareciam ser fiados de ouro e dois lindos olhos verdes. A azulada se surpreendeu e perguntou ao garoto que antes se olhava, mas havia parado para observar a jovem:

—Q-quem é você? - O garoto se aproximava, ela levantou do poço e começou a se afastar.- Não chegue perto de mim, onde está o meu gato?- Ela olhava para todos os lados procurando o animal.- Cadê ele?

—Ladybug... Por favor, não foge. Eu passei esse tempo todo ao seu lado, esperando por esse momento, não fuja, por favor...

No mesmo instante a garota começou a correr, mas o jovem de olhos verdes a seguiu, correndo atrás dela. Ladybug tentou se esconder atrás de uma coluna que tinha no lugar, o loiro viu e foi atrás dela, parando perto da coluna e continuando a falar:

—Eu sou um príncipe, meu nome é Adrien. Eu fui capturado pelas bruxas e transformado em um gato. Eu sou seu gato, mas sua lágrima de sentimentos verdadeiros, me libertaram da maldição. Porém nesse tempo que passei ao seu lado, eu me apaixonei por você. Você é gentil, inteligente, atenciosa, tem um bom coração, mesmo se não tivesse essa beleza que tem, eu me apaixonaria por você.

—Beleza? Você enlouqueceu?

Adrien voltou a se aproximar da garota, que correu novamente. O belo princípe voltou a falar:

—Você é a jovem mais bonita da terra, é bela feito a lua e as estrelas, nem o nome que as bruxas te deram é feio, Ladybug.- O garoto segura a mão da garota e puxa ela para perto, ela tentou se soltar, mais era impossível.

—Você é burro? Ladybug quer dizer joaninha, que é o animal mais feio de todos que existem.

—Elas te enganaram, a joaninha é um dos animais mais bonitos que existem, igual você é garota mais bela que existe nesse mundo. Todo esse tempo, as bruxas fizeram você pensar que o feio é belo e que o belo é feio. As bruxas que te raptaram é que são horrorosas.

—Não pode ser...

—Venha comigo e eu te mostrarei a verdade, vamos fugir desse lugar! Eu quero que você seja minha princesa.

—Mas eu nem te conheço direito.

—Vamos fugir e eu te mostro quem eu realmente sou.

Ladybug ouve um som:

—Eu conheço esse som, são as vassouras, elas estão voltando! Fuja você.

—Não! Venha comigo!

—Se elas perceberem que eu sumi e você também, logo vão concluir que eu quebrei a maldição e irão atrás de você, se te capturaram uma vez, sabem onde você vai.

—Você é esperta, é por isso que te amo, volto amanhã para te buscar, eu prometo, M’Lady.

Adrien pula o muro e por sorte, logo depois as bruxas chegam:

—Olá, criatura horrenda, por que está perto do muro? Não pensava em fugir?- Fala Audrey se aproximando da garota.

—Não! Claro que não. Eu fiz todas as tarefas, enchi o chafariz, fiz a comida...

—Onde está aquele seu gato?- Pergunta Chloe.

—O gato?- Fala a azulada, pensando em uma resposta.

—É, o gato?

— Sabe que eu não sei, ele sumiu do nada, tentei procurar ele por todos os cantos, mas não achei.

—Está certo, com toda certeza ele morrerá na floresta se fugiu, bem agora limpe esse chão, está imundo! – Ordenou Sabrina. ”

—Sorte que as bruxas não desconfiaram de nada. – Disse Tikki.

—Sorte mesmo, mas esse não é o fim da história.

“Um dia se passou, Marinette fazia tudo como antes, mas dessa vez com um sorriso no rosto, sabia que ia conseguir daquelas bruxas mentirosas e como sempre, Lila não deixava ela em paz, mas a azulada tentava não ligar muito, sabia que tudo que dizia era uma grande mentira, mas odiava ouvir alguém sendo mentiroso:

—Feiosa! Feiosa!

—Para com isso. – A garota não aguentava, enfrentou a morena.

—O que disse?

—Eu disse pra parar de mentir.

—Mentir? Quem disse que eu estou mentindo? Você é uma horrorosa, olha essa sua pele, sem nenhuma espinha, H-O-R-R-O-R-O-S-A.

—Por que só diz mentiras, Lila, o Adrien me contou tudo e...O-ou

Audrey ouviu tudo e foi na direção de Ladybug:

—Adrien? Você sabe da verdade!

—Sei de tudo, suas bruxas! – A azulada gritou.

—Mas quer saber, se ele voltar, ele não vai te ver!

—Como assim?

A bruxa mais velha, pegou a jovem e a trancou em um quarto, Marinette batia na porta desesperada e chorando, por que ela tinha que abrir a boca? Agora Adrien estava condenado, assim como ela:

—Lilazinha, você já está bem treinada, consegue assumir a forma daquela horrorosa?

—Claro, Chloe.

Lila fica idêntica a Marinette/ Ladybug, o plano delas era enganar Adrien, para Lila chegar no castelo e matar todos que lá viviam.

Algumas horas depois, as bruxas viram Adrien chegar e se esconderam, deixando apenas Lila para enganar o jovem príncipe:

—Ladybug?

—Adrien, ainda bem que você chegou, as bruxas saíram, mas já devem estar voltando, vamos logo e vamos nos casar!

—Espera...

—O que foi, querido?

—Você não é a Ladybug.

—Está ouvindo o que fala? Lógico que sou.

—Não é! A verdadeira Ladybug nunca diria isso, alias, quando disse a ela que queria que ela fosse minha princesa, ela disse que nem me conhecia direito para isso.

—Mas, você é um príncipe muito esperto não é mesmo?

—Onde está a Ladybug?

Marinette conseguiu ouvir Adrien e gritou:

—Eu estou aqui, socorro!

O príncipe tentou chegar na porta, mas Lyla lançou um vento e o jogou longe, as outras bruxas também vieram e começar a duelar com o jovem, que pegou sua espada e começou a lutar para tentar chegar na porta, após muito tempo de batalha, ele finalmente conseguiu e como as bruxas eram burras, haviam deixado a chave na porta.

Ele destrancou e a azulada o abraçou forte, mas não durou muito tempo esse abraço, pois aquelas bruxas velhas, com ajuda de um feitiço, se transformaram todas em Ladybug e com outro feitiço, puxaram a garota para o meio delas, deixando Adrien muito confuso, uma Ladybug dizia:

—Sou eu, Adrien, acredite em mim.

—Não! Sou eu, bem aqui. – Dizia outra.

—Não acredite nelas, sou eu.- Dizia uma mais distante

—Me salve dessas bruxas Adrien. – Gritava uma delas.

Quando Adrien ia enfiar a espada em uma delas, da qual tinha certeza que não era, outra se jogou na frente, levado um pequeno corte da espada no braço, mas nada muito grave:

—Não, por favor, não faça isso, elas podem ser bruxas, mais cuidaram de mim por toda minha vida desde que eu era um bebê, não as machuque.

—Ladybug, só você teria esse coração de anjo.

—Hahá, descobriu quem é a verdadeira não é, mas agora vai ter que nos enfrentar! - Gritou Audrey.

—Olha, tá vendo aquela corda? Ela segura aquele tecido que está cobrindo todo o castelo, eu não sei porquê, mas as bruxas não ficam no sol, corte e vamos ver o que acontece.

—Tudo bem, M’Lady.

Adrien corre , mas Lila havia escutado tudo que Marinette havia dito, correu se esconder em uma área coberta, quando Adrien cortou a corda, as bruxas ficaram totalmente expostas ao sol e viraram pedra:

—Conseguimos! 

—Espera, um, dois, três... Cadê a Lila?

De repente um vento enorme surge e levam eles para a área coberta e ambos caem no chão, um ao lado do outro e a espada que Adrien carregava foi para longe:

—Por um momento tive dó dos dois. – Com uma magia, a bruxa traz um punhal para sua mão.- Mas, como dizem, as coisas mudam e acho melhor matar vocês!

Desesperado, Adrien, achando que esse era seu último sopro de vida, se virou para a sua amada e disse:

—Bom, todos temos direito a um último pedido e eu vou fazer uma coisa que queria fazer a muito tempo, mas meu formato de gato impedia.

Ele pega o rosto de Ladybug, puxando a garota para perto de si e sela os lábios dos dois em um beijo ♥.

Lyla estava morrendo de nojo e inveja, sem demora, prepara o punhal para matar os dois ali mesmo, mas Tom, que havia seguido as bruxas, já havia pegado a espada de Adrien e enfio-a no coração daquela bruxa, que iria matar sua filha.

Quando Ladybug e Adrien se separam, esperando morrer, vêm o homem e a bruxa morta no chão. O desconhecido sorria e ajuda os dois a se levantar:

—Obrigado, senhor.

—De nada, príncipe, Adrien.- Deu a espada ao loiro.- Senhorita, acho que isso lhe pertence. – Ele entrega os brincos para a garota.

—Obrigada, como sabia que eram meus?

—Pois eu os fabriquei, para você, filha.

A azulada se emocionou ao ouvir a frase:

—E-eu tenho um pai?

—Tem sim e seu verdadeiro nome é Marinette.

—N-não acredite que te encontrei. – Ela abraça Tom.

Depois de abraçar Tom, Marinette olha para Adrien:

—Me desculpe pela minha ação, achava que íamos morrer e não queria morrer sem um beijo de minha amada.

—Está desculpado.

—Bem, agora tenho que retornar ao castelo e acredito que queira ficar com sua família, adeus, M’Lady.

Adrien se afasta e Marinette olha para seu pai:

—Pode ir, filha.

—S-sério?

—Claro, eu vejo no seu olhar que está apaixonada por ele, vai.

—Obrigada, papai. – Ela abraça Tom novamente.

Marinette saiu correndo, erguendo a barra da saia velha e rasgada que usava para que ela não pudesse atrapalhar. O loiro estava quase saindo do castelo arruinado, quando ouviu um barulho de folhas secas sendo pisadas, se virou e viu sua amada correndo em direção a ele. Assim que chegou perto, Marinette puxou o rosto do loiro, selando os seus lábios em um beijo. Se separam por falta de ar:

—Adrien, eu te amo!

—Eu também te amo, M’ princess.

Alguns meses depois, Marinette e Adrien se casaram e viveram felizes para sempre”

—Que história linda, vovô. – Diz Tikki animada.

—É muito bonita mesmo, mas agora é hora de dormir, pequeninos.

—Boa noite, vovô. – Dizem os dois pequenos juntos.

—Boa noite, meus netinhos.

Fu fecha a porta e deixa os pequenos dormirem.