Primrose ▸ Edward Cullen escrita por Woodsday


Capítulo 30
+30




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/771399/chapter/30

 

As próximas horas foram sufocantes, por falta de adjetivo melhor. Sua família convenceu Bella de que a melhor opção para sua segurança e do chefe Swan, seria deixar Forks. É claro que Bella relutou, preocupada com o pai e sentida com a necessidade de ir embora da cidade. Então ela teve a maluca ideia de criar uma encenação que levasse o chefe Swan a pensar que Bella queria partir porque ela e Edward terminaram. Depois disso, seus tios a levariam para outro lugar e a manteriam segura até que o problema com o vampiro estivesse resolvido e dessa forma, Charlie Swan não precisaria saber de nada sobre os acontecimentos recentes.

Prim realmente não sabia como o tal vampiro havia chegado até Bella, mas as teorias eram assustadoras e todas estavam voltadas para a suposição de que eles haviam sido vigiados.

E se haviam sido vigiados, é provável que também soubessem sobre sua existência, isso era definitivamente assustador. Ela se sentou no sofá da sala estar em silêncio enquanto ouvia sua família discutindo hipóteses, Bella, assim como ela, estava sentada sobre a poltrona. 

Ainda mais assustada e retraída que Prim.

— Precisamos pensar em todas as possibilidades. — Seu avô disse lançando um olhar preocupado à Prim. — Talvez seja mais seguro para Prim passar alguns dias com Carmem e Eleazer.

— Ou com Raghe. — Prim comentou. — Vocês sabem, ele ainda está na cidade. E ele é forte.  

— Não. — Edward rosnou imediatamente e Prim bufou, arqueando a sobrancelha para ele. — Não confio naquele vampiro.

Seu pai gargalhou, jogando a cabeça para trás. — Isso é hilário. Com medo de não passar na porta, Ed?

— Cale a boca, Emmett.

— Ei! Cadê o respeito com o seu sogro, Edward?! — Seu pai gargalhou, socando o braço de Edward e Prim segurou o riso, tentando não olhar muito para a expressão desolada de Edward. Ele parecia muito decepcionado que Emmett havia levado tudo de forma tão descontraída. — Desse jeito eu vou ter que limitar as visitas, meu genrinho querido. 

— Emmett, isso é assunto sério. — Carlisle retomou, apesar de também segurar o riso. Recebeu um olhar incrédulo de Edward e finalmente deixou o riso escapar.  — Desculpe, filho.

O clima da casa havia se aliviado quando toda a família riu da careta de Edward. Até sua mãe, Prim observou, tinha um pequeno e discreto sorriso nos lábios.

— Enfim! — Prim retomou, inclinando-se para frente ansiosamente. — Raghe pode cuidar de mim.

Alice sorriu do outro lado da sala. — Ele certamente pode.

— Não mesmo! — Edward decretou furiosamente. — Tânia é a melhor opção.

— Edward! Não seja ridículo! — Prim bufou, cruzando os braços impacientemente. — Eu não quero ter que atravessar o país para ir para o Alasca por causa do seu ciúmes. Eu tenho certeza de que Raghe ajudaria.

— Definitivamente não. — O vampiro foi categórico e Prim bufou. — Não confio naquele vampiro. Mal o conhecemos. Ele ainda é um vampiro. 

— Ai ai. — Emmett gargalhou, jogando-se sobre a poltrona. — Edward, cor sim, cor não? Cor sim... 

— Emmett! — Rosalie chamou sua atenção e Prim até sorriu quando viu o ruivo revirar os olhos. — Eu acho que Edward tem razão, filha. Tânia é a melhor opção para você, nesse momento. 

— E Bella, para onde a levaremos?

— E se formos para a casa da minha mãe, em Phoenix? — questionou Bella ansiosamente, até então ela estivera tão quieta que Prim se esqueceu da sua presença. 

Ficou imediatamente sem graça pelas brincadeiras descontraídas em um momento tão crítico para Bella.

— É muito arriscado. Teríamos que nos dividir.  — Disse Jasper, ainda parado atrás de Prim, as mãos apoiadas sobre o sofá observando a todos com atenção. — Podemos atraí-los para a campina e acabar com todos de uma única vez. 

Esme levou a boca, assustada. — Mas isso seria perigoso demais, Jasper!

— Poderíamos cercá-los. Somos o suficiente e talvez o vampiro de Prim nos ajude e isso nos fará sete.

— Ele não é meu vampiro. — Prim corrigiu rapidamente ao ver Edward revirar os olhos.

— É claro. — Concordou Alice imediatamente. — Podemos levar Prim e Bella para o subsolo e elas estarão seguras lá até tudo acabar.

Rosalie se aproximou, sentando-se no braço da poltrona onde Prim estava e olhando ao redor, preocupada. — A casa pode aguentar o suficiente por algumas horas, seria o bastante. É uma boa ideia.

— Mas mãe... E se eles forem até nós? Como vamos fugir?

— Nenhum humano ou criatura poderia atravessar aquelas portas, querida.

Esme assentiu, aproximando-se e sentando-se na guarda do sofá onde Prim estava. — É verdade, meu bem. Planejei aquele quarto para emergências como essas, justamente.

— Como um quarto do pânico? — Bella questionou, interessada.

Esme mais uma vez sorriu. — Exatamente. Porém dez mais reforçado.

— Um quarto do pânico contra vampiros. — Prim murmurou curiosamente. — Isso é loucura, como pensaram nisso?

— Os Volturi tinham algo como isso quando os filhos da lua ainda não eram extintos. — Carlisle respondeu distraidamente. — Eles o mantinham em ligação com alguns túneis no subsolo. Sempre preparados para alguma invasão. 

— É uma boa ideia. — Jasper concordou. — Um de nós, no entanto, deveria estar lá por vias das dúvidas. 

— Jasper é a melhor opção para estar conosco, sua experiência em lutas nos ajudará. — Carlisle orientou e Jasper assentiu em concordância. — Alice também será mais útil conosco, assim como Edward e Emmett.

— Eu fico. — Rosalie disse com os olhos aflitos disparando de Prim para Emmett.

— Mãe, e se a vovó ficar? 

Rosalie se levantou, balançando a cabeça. — Não. Eu vou proteger você, Prim.

— E a Bella. — Edward relembrou baixo para que a loira escutasse. Rosalie lançou um olhar irritado para ele, bufando e afastando-se em direção ao andar de cima.

— Vamos nos preparar para isso então. Alice, consegue ver quanto tempo temos até que eles cheguem? 

— É claro. — A vampira pequena fechou os olhos e puxou o ar lentamente. Segundos depois, Prim viu a tia olhar alarmada para toda a família. — Temos duas horas até eles virem procurar pelas garotas.

— Certo. — Rosalie disse vindo do andar de cima. — Prim vista isso. — Prim pegou as roupas com agilidade, notando que eram peças da sua tia Alice. — Isabella, você vista essa. São de Esme, não será grande coisa mas adiantará um pouco.

— Muito esperto, Rose. — Emmett elogiou orgulhoso da esposa. 

— Esme, coloque as de Bella e Alice, coloque as de Prim. — Orientou Carlisle. — Rosalie levará as meninas para o quarto, fecharemos a casa e seguiremos para a campina. Com sorte, eles no seguirão e poderemos cercá-los para acabar com isso.

— Vai dar tudo certo, não é? — Prim questionou voltando para sala já com as roupas de Alice. Os olhos dela atravessaram cada um dos rostos da sua família e por fim pararam em Edward.

— É claro que vai, querida. — Murmurou sua tia, passando os braços ao seu redor em um abraço apertado. — Cuide-se.

— Eu deveria dizer isso, tia Alice. — Prim apertou os braços ao redor da cintura pequena de Alice e suspirou, aconchegada em seu perfume. — Arrasa com eles! — Ela disse abafadamente e ouviu a risada de sinos de Alie. 

Prim sabia que sua tia era tão perigosa quanto qualquer vampiro. E o melhor de tudo, ela era determinada. Ficariam todos bem, era isso que ela precisava acreditar.

— Não se preocupe com nada. — Recomendou Jasper depositando um beijo em sua testa e Prim se agarrou a ele, abraçando-o também. — Voltamos em algumas horas. Vai dar tudo certo, tomatinho. 

— Tudo bem. Cuide de todos, major Jasper.

Jasper riu, bagunçando seu cabelos com as mãos e afastando-se. — Pode deixar, comandante. 

Quando o casal saiu pela porta foi a vez dos seus avós. Prim abraçou os dois de uma única vez, passando os braços ao redor de seus pescoços enquanto recebia palmadinhas carinhosas nas costas.

— Cuidem-se, por favor. 

— Nós vamos, querida. — Quem respondeu foi Esme, dando um beijo carinhoso em sua bochecha. — Eu volto para o jantar. — Brincou suavemente e Prim controlou a vontade de chorar. 

Do outro lado da sala, sua mãe se despedia de Emmett, recomendando várias coisas sobre se cuidar, não ser imprudente, não se deixar levar pela animação. Coisas que Prim sabiam ser necessárias.

De certa forma, preferia que sua mãe fosse e seu pai ficasse. Sabia que a mãe seria muito mais prudente, mas também sabia que seu pai jamais deixaria Rose ir se arriscar e ficaria ali onde estaria seguro.

— Papai. — Prim choramingou jogando-se sobre Emmett. O vampiro a abraçou forte e Prim apoiou a cabeça no peito frio e musculoso de Emmett. — Você vai tomar cuidado, né?

— É claro, meu amor. — Seu pai beijou seus cabelos carinhosamente. — Vou proteger você enquanto eu viver. Não se preocupe com nada.

— Por favor, toma cuidado, tá bem? — Prim ergueu os olhos, encarando as feições despreocupadas de Emmett. — Lembra que estamos te esperando. Por favor, pai, cuidado.

— Eu sou cuidadoso, vampirinha.

— Pai.

— Eu prometo. — Ele disse suavemente antes de puxar ela e sua mãe para um abraço apertado. Emmett beijou sua testa e mais uma vez o rosto de Rosalie antes de seguir a família porta a fora. 

Por fim, Prim vasculhou a sala e encontrou Edward parado em uma das janelas — agora, não mais de vidro, mas sim cobertas por grossas placas de aço —, os olhos do vampiro eram aflitos e Prim sorriu dando um passo em sua direção. 

Com velocidade vampírica, Edward atravessou a curta distância e em um piscar de olhos estava em frente a Prim. Ela sorriu, sentindo o coração bater furiosamente contra as costelas, suas pernas estavam bambas e quando Edward passou os braços ao redor da sua cintura, puxando-a para ele, Prim sentiu como se todo o seu mundo estivesse ali naquele pequeno cômodo.

Ela, Edward, sua família. Não sabia o que faria se alguma coisa acontecesse com algum deles.

— Me perdoe. — Edward murmurou contra seus cabelos. — Eu não pensei em nada disso. Não era a minha intenção.

— Tudo bem. — Prim o confortou, fazendo um carinho suave nos cabelos macios. — Volte para mim, Edward.

— Vai dar tudo certo. — Ele confirmou, afastando-se e segurando seu rosto entre as mãos. Os olhos dourados eram determinados e firmes. — Eu devo isso a Bella e jamais deixaria ninguém chegar perto de você. Vou resolver isso.

— Não faça nada estúpido. — Prim pediu, passando as mãos pelo rosto liso e perfeito do vampiro. — Sério, volte para mim. 

— Eu te amo, Primrose. — Edward disse antes de tomar os lábios de Prim urgentemente, a ruiva suspirou satisfeita ao se agarrar a Edward, trazendo-o para mais perto. — Amo você mais que qualquer coisa. 

— Ya tebya lyublyu, Edward. — Prim sussurrou, o russo fluindo de seus lábios suavemente como sempre foi. — Eu te amo, também. Fique seguro, está bem? 

Edward assentiu antes de se afastar e Prim deixou os ombros caírem em desanimo ao vê-lo atravessar a porta em direção ao jardim. Da porta da cozinha, sua mãe tinha os braços cruzados e a expressão indecifrável, encarando-a do mesmo jeito que a encarou quando Prim contou que deu seu primeiro beijo ou que estava disposta a ter o primeiro namorado.

— Mãe?

— Vai dar tudo certo, meu amor. — Ela disse estendendo a mão em sua direção. — Venha, vamos para um local seguro. 

Prim assentiu, caminhando com a mãe. Na cozinha, dentro da despensa, Rosalie afastou uma das prateleiras revelando uma porta discreta e imperceptível. Os olhos de Prim se arreglaram quando viu a mãe afastar uma pequena elevação na parede e digitar as senhas que Prim não guardou imediatamente. A porta se abriu e Prim deu um passo em direção as escadas que se estendiam para baixo dela.

Havia pequenas luminárias de led que tornavam o caminho visível, mas não muito claro, além de um corridão em aço maciço que se estendia por um longo caminho. Quando Prim chegou ao andar inferior, deu de cara com um gigantesco espaço.

— Ual! — Exclamou chocada. — Isso é definitivamente... Muito maluco!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Primrose ▸ Edward Cullen" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.