Primrose ▸ Edward Cullen escrita por Woodsday


Capítulo 17
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— Há um velho ditado indiano que diz que é muito difícil ver o que está a frente. — Jasper lançou a ela um olhar misterioso — Você sabe, pessoas de fora as vezes podem nos entender melhor. 

— O que quer dizer, tio Jasper? 

Ele suspirou paciente. — Tenho sentido emoções estranhas em você, Prim. 

— Que tipo de emoções? — ela franziu o cenho, olhando-o curiosa. 

— Ciúmes, chateação, curiosidade... — Jasper outra vez lançou a ela um olhar que Prim não soube identificar. — Relacionados a Edward. 

Prim ofegou surpresa. — O que? Eu não! É sério, eu juro! Não tem nada disso passando em minha mente! 

Jasper sorriu condenscendente tocando sua mão sobre o colo. 

— Querida, eu não estou julgando-a. Eu tive muito tempo para assimilar as mudanças disso em você. 

— Mas como..? Eu não... — Prim olhou para as próprias mãos e em seguida para o vampiro. — Eu não gosto dele assim, tio Jasper. Eu só... Nao sei, Edward é importante mas eu não sou apaixonada por ele. — Prim fez uma careta como se a ideia fosse absurda e para ela, era mesmo.

Jasper suspirou. — Apenas dê tempo ao tempo, querida. — ele abriu um novo sorriso. — E tenha cuidado. Não me faça quebrar a cara de Edward por te magoar. 

Prim corou e sorriu. — Eu não faria isso. Não sei porque está considerando. 

— Eu estou porque... — ele balançou a cabeça silenciando-se. — Não é nada. Apenas saiba que eu vou cuidar de você. 

Prim sorriu inclinando-se para dar um beijo em sua bochecha. — Eu sei tio Jasper. Mas você pode manter isso...

— É claro. — respondeu calmamente. — esse será o nosso segredo. Seus sentimentos estão seguros comigo. 

— Sentimentos... — Prim bufou e então eles já estavam na escola. — Até mais tio, Jasper. — Prim acenou pulando para fora do carro e correndo do grupo da sua família. 

Sua mãe ainda a lançou um olhar de alerta que atravessou o estacionamento, mas Prim ocupou-se em ignora-la. 

Rose Hale sempre ia agir como se Prim traficasse drogas sempre que algo perigoso acontecesse. Prim sabia que ela tinha medo e se preocupava demais, ela tinha um histórico afinal. Mas ainda assim, era cansativo ser filha de Rosalie às vezes. 

Ela se jogou sobre o banco de concreto ao lado de Jéssica e Mike, recebendo um olhar descontente da loira. 

— Oi Prim. — disse Mike alegre passando o braço por seus ombros. 

A ruiva sorriu abertamente. — E aí Mike. Então, vocês já estão namorando? 

Jéssica engasgou e Mike corou como uma bundinha estapeada. — Não! — Jéssica rosnou lançando um olhar que Prim julgou ser algo como 'cale a boca'. 

— Vocês deviam! Sabia que é estatisticamente provado que quando você gosta de uma pessoa a chances dela se envolver com outra pessoa é de oitenta por cento? 

Mike olhou de forma assombrada para Prim. — Isso é sério? 

Prim mordeu a bochecha para segurar o riso e assentiu seriamente. — Muito. 

— Será que isso não quer dizer que você deveria finalmente assumir que está apaixonada pelo..— Prim que pulou ao susto da voz de Lauren jogou-se sobre a loira tampando sua boca com a mão. 

— Ficou louca?! — sussurrou para a garota que a encarava com diversão perversa. 

Lauren estralou os lábios empurrando sua mão e Prim lançou um olhar ao outro lado do estacionamento onde sua família — exceto seu tio — tinham olhares curiosos em sua direção. Bufou puxando Lauren pelo braço e arrastando-a consigo. 

— Quando você ficou tão forte neném? 

— Lauren! Você não pode nunca brincar com isso perto da minha família. 

A loira franziu o cenho. — Mas eles estavam longe. 

Prim pensou e sorriu. — Minha irmã faz leitura labial e ela me vigia sempre. — rolou os olhos teatralmente. — acho até que ela paga alguns alunos pra me ouvir. Meus pais não podem sonhar com isso, okay? 

Lauren a olhou estranhamente e bufou. — Isso significa que você assume? - Questionou com um sorriso malicioso.

— Não! - Prim riu empurrando-a e ambas sorriram. 

A manhã como Prim esperava foi exaustiva, ela estava sem dormir há doze horas e não estava se aguentando em pé. Das três primeiras aulas que teve, Prim cochilou em duas e ficou realmente grata por ter amigos tão bons.

Eles a cutucavam sempre que os professores se aproximavam, assim Prim livrou-se de uma possível detenção.

Quando o horário do intervalo se aproximou, ela se jogou na mesa dos amigos deixando o corpo cair com um baque surdo na cadeira.

— Você está meio morta, sabia? — Jessica disse acidamente e Prim limitou-se a rolar os olhos, deixando a cabeça cair no tampo da mesa outra vez.

— Você está bem, Prim? — Bella questionou em uma voz fininha, ela se sentou ao seu lado e a ruiva ergueu o rosto minimamente encarando-a. É claro que fazia muito mais sentido ficar brava com Bella, é o que todas as garotas fazem, certo?

Mas ela não estava em uma novela mexicana e realmente não se sentia incomodada com a presença de Bella. 

— Só ressaca. — Ela disse deixando um sorriso escapar. — Minha mãe é tão cruel que não me deixou de castigo por sair com autorização, mas me fez vir para essa escola barulhenta sem dormir e de ressaca.

Bella deu uma risadinha. — Minha mãe teria saído comigo, sorte a sua ter uma mãe normal.

Prim balançou a cabeça e voltou a apoia-la sobre a mesa, o estômago estava enjoado e parecia que sua cabeça estava rodando para todas as direções.

— Tem certeza que está bem? - Angie questionou colocando a mão sobre a sua testa. — Você está meio verde, Prim.

— Edward Cullen está olhando pra você, Bella. — Jessica disse e Prim ergueu os olhos. — Ou pra você, Prim.

Prim olhou por cima do ombro rapidamente e Edward encarava Bella de uma forma que soaria meio psicopata para uma pessoa normal. Bella no entanto, não parecia ver problemas nisso.

— Ele parece com raiva? — Ela questionou em um sussurro dirigido a Prim.  

A ruiva franziu o cenho, realmente confusa. — Não. Porque ele estaria com raiva?

— Ah, acho que seu irmão não gosta muito de mim.

Ah! Edward deve ter feito aquela cara que os vampiros fazem quando estão muito loucos. Prim só viu Edward e Jasper assim uma única vez, foi o que bastou para sua mãe considerar a levar para bem longe da família. 
Prim bufou, revirando os olhos. — Ele só não estava em uma boa semana, Bella 

— A verdade é que os Cullens não reparam em ninguém para gostar, Bella. — Jessica continuou, cheia de veneno. Prim estreitou os olhos, encarando a loira com descaso.

— Eu sou uma Cullen, Jéssica. 

Jessica deu de ombros. — Então talvez tenha algo de errado com seu DNA, amiga. Pois você não parece uma.

Prim bufou sentindo o estômago revirar-se mais uma vez e levantou-se. — Tenho certeza que é ótimo que eu não pareça, não vai gostar quando acontecer. — Resmungou dando às costas para a careta arrependida de Jéssica e cambaleando em direção à saída do refeitório. — Droga de ressaca! 
Ela se sentou sobre um dos bancos de concreto sentindo o ar frio melhorar seu enjoo e relaxar o corpo. Deitou-se ficando esticada e olhando o céu acinzentado por algum tempo, até pensou em procurar por sua mãe ou Edward para lhe fazer companhia mas Prim sabia que Edward talvez viesse falar sobre Bella e que sua mãe provavelmente questionaria sobre o que Lauren havia dito no início da manhã.

Será que se ela ligasse para Esme, poderia ir embora? Desistiu da ideia ao pensar que sua mãe ficaria furiosa com isso, que péssimo ter uma mãe que estuda na mesma escola que você. Não é nada prático ou favorável, a opção de ser uma adolescente impulsiva e irresponsável nunca esteve em aberto para Prim.

O ronco de um motor chamou sua atenção e Prim observou com curiosidade uma moto preta atravessar o estacionamento, franziu o cenho quando o motoqueiro parou perto à entrada. Ele tirou o capacete e Prim imediatamente sorriu levantando-se.

— Riley! O que você faz aqui? — Questionou aproximando-se com as mãos na cintura.

Riley sorriu, pegando uma das suas mãos e puxando-a para perto. — Eu vim te buscar.

— Me buscar? — Repetiu interessada. — Me buscar para o que?

Um suspiro teatral escapou dele e Prim sorriu, Riley aproximou o rosto do dela e Prim não se conteve ao rodear seu pescoço com os braços enquanto ele a beijava. — Para um aventura, baby. — Ele esticou o outro capacete em sua direção e Prim riu, subindo na gigantesca moto.

— Meus pais vão me matar. — Grunhiu rodeando a cintura dele com os braços e ouviu o riso de Riley. — Não acredito nisso!

— Eu te trago de volta. Inteira e satisfeita. — Ele piscou malicioso e Prim sorriu. 

A moto rugiu com Riley dando partida e aí ver Edward parado na entrada da escola ela soube que estaria muito encrencada quando voltasse, no entanto não se importou com isso, colou seu corpo ao de Riley sentindo o vento gelado bater contra seu rosto.


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