Primrose ▸ Edward Cullen escrita por Woodsday


Capítulo 15
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— Oi mãe, pai... Edward. 

Rosalie tinha os braços cruzados sobre o peito e a expressão com certeza fez Prim estremecer. Seu pai parecia menos furioso, no entanto era evidente que estava preocupado. Por último, Prim observou Edward, ele a encarava pensativo e ela não teve nenhum indício além do primeiro olhar que deu ao trio. Sua expressão agora era um livro fechado, ela pensou que com certeza queria matar tia Alice. Porque ela sempre autorizava Prim a sair quando os pais não tinham permitido coisa nenhuma? Ela deveria ser mais inteligente e passar a ligar para os pais e confirmar as tais autorizações.

— Onde você estava? — Sua mãe rosnou se aproximando e conferindo-a. As mãos foram de seus ombros para todo o seu corpo em busca de ferimentos possíveis e Prim realmente achou que os pais estavam pirando com a coisa de segurança. — E quem era esse garoto? Qual a idade dele? Onde vocês foram? E porque diabos você está cheirando a bebida e sexo?! 

Prim voltou a suspirar lentamente, espiou seu pai atrás da mãe, mas Emmett não parecia disposto a interferir por ela e Prim sabia que com certeza Edward também não o faria.

 — Eu estava em Port Angeles, com as meninas. — Sua mãe arqueou a sobrancelha incitando-a a continuar. — Jéssica, Lauren e Angela. Esse era Riley, nós nos conhecemos hoje e só saímos, mamãe. — Prim respondeu tudo o mais educada e gentilmente que pôde, não queria ouvir nenhum sermão novo da sua mãe, vinha ouvindo muitos ultimamente. — Fomos ao pier para conversar e comer, só isso. E eu estou cheirando a bebida porque fui ter uma noite de garotas com as meninas, fomos em uma festa.

— Que festa, Primrose? — Seu pai se aproximou, os braços cruzados e a expressão carregada de contrariedade. — Isso são horas de chegar em casa? Onde você pensa que está? Você ainda tem dezesseis anos, filha. 

— Papai, a tia Alice...

— Você tem a obrigação de nos informar onde você vai, Primrose. Somos seus pais, chegamos em casa esperando encontra-la na cama e vemos você chegando cinco da manhã! Com um cara desconhecido e mais velho em plena semana! Você tem aula exatamente daqui duas horas, lembra-se disso?

— Eu não fiz nada de errado, pai. Desculpe chegar tarde, mas vocês estão sendo injustos, eu tive total autorização da tia Alice e do tio Jasper. — Prim se defendeu aumentando uma oitava em sua voz.

No exato momento em que Prim disse isso, Alice entrou pela porta. Ela olhou para Prim com reprovação e em seguida suspirou, saltitando até a ruiva e abraçando seus ombros. 

— Rose, Emm, eu autorizei Prim a sair com as amigas. — Sua tia arqueou a sobrancelha soando tão assustadora quanto sua própria mãe. — Prim estava muito triste e você mesma ligou para Lauren, Rosalie, está com problemas de memória, por acaso?

Uhh, Prim realmente ficaria em silêncio entre as duas mulheres. 

— Para fazer companhia a ela aqui! — Rosalie rosnou. — Não para leva-la para um buraco qualquer! 

Alice bufou. — Prim é uma garota muito responsável e madura. Ela merece sair e se divertir. Além disso, fiquei de olho nela o tempo inteiro. Inclusive, estávamos em Port Angeles também. 

Prim olhou para a tia surpresa, mas Alice se quer dedicou a ela um olhar cúmplice.  

— Acho que vocês deviam ser mais condescendentes com a Prim. Ela está virando uma adulta logo mais, merece uma chance. Acham mesmo que eu ia colocar minha sobrinha em risco?

Alice empinou o nariz e Prim olhou de um para outro em dúvida. Sua mãe estava completamente irritada. Ela realmente não queria receber um novo castigo, mas não conseguiu segurar o sorriso ao pensar que Riley até valia alguns dias em liberdade condicional. 

— Eu sou a mãe dela, Alice. — Sua mãe disse lançando um olhar contrariado para Prim. — Que isso não se repita, Primrose. Dessa vez você escapou, mas não ache que agora vai dormir para se recuperar da sua noitada. Vá tomar um café e se arrumar para a escola.

— Mamãe! — Prim guinchou. — Eu estou...

— O que? — Rosalie arqueou a sobrancelha e Prim se silenciou, assentindo. — Agora suba. — Prim pegou os sapatos do chão correndo escadas acima e fechando a porta do quarto. 

— Argh! — Jogou os braços para cima, deixando o corpo cair sobre a cama. Definitivamente era muito injusto que ela não fosse uma adolescente normal, se fosse, provavelmente seus pais estariam dormindo e Prim entraria de fininho em casa, ela poderia se enfiar embaixo das cobertas e não teria que ficar ouvindo sua mãe agir como se ela tivesse cometido um crime.

Por fim tomou um banho relaxante sentindo a cabeça doer com qualquer mínimo balanço. Estava pronta para procurar algumas aspirinas em sua necessaire quando dois toques soaram na porta.

— Entra. — Gritou retirando do closet um moletom e enfiando por cima da blusa regata. Tinha certeza que hoje teria um dia horrível e desanimador, estava morrendo de dor de cabeça mas não ousaria choramingar disso para ninguém, talvez  vovó Carlisle, quem sabe.

— Tudo bem? — Edward questionou apoiando-se na lateral da porta, Prim deu de ombros sentando-se sobre a cama e ele entrou, fechando a porta atrás de si. — Você chegou e mal olhou na minha direção, eu suponho que esteja realmente chateada certo?

— Você não veio me ver, Edward. Você não me atendeu, não me respondeu e quando chegou aqui, a primeira coisa que você fez foi ir no quarto de Bella Swan, seria você uma espécie de psicopata ingrato que esquece da família por uma garota desconhecida? 

Ele piscou, surpreso, provavelmente por Prim estar pela primeira vez estar sendo tão rude com ele, mas ela simplesmente não conseguia diminuir a sua irritação. Não quando pensava em Edward velando o sono de Bella enquanto a ignorava.

— Me desculpe, Princesa. — Ele se agachou a sua frente, tomando as duas mãos entre as suas. Os olhos dourados eram como ouro derretido. — Eu só precisava... Confirmar algo. 

Prim realmente queria expulsar Edward de seu quarto, suas desculpas duraram tão pouco que ela imaginou se ele estava realmente importando-se com a situação. Suspirou então, tentando ser paciente. — O que?

— O sangue dela... — Edward fechou os olhos. — Ele canta para mim, me enlouquece, tudo que eu queria era poder confirmar se estava com sede demais antes ou se realmente o sangue dela é diferente.

— E?

Ele assentiu pesaroso. — É diferente. E naquela sala de aula, eu pensei em mais de mil formas de matá-la. Pensei que eu podia simplesmente atrai-la para a floresta ou outro lugar e acabar com tudo. Haviam muitas possibilidades. Pensei em fazer algo, qualquer  coisa para ter o sangue dela, então eu me lembrei de que você estava me esperando e tudo ruiu, eu jamais poderia ser o homem que você  admira se eu fizesse algo assim. — Edward parecia envergonhado contando-a os detalhes dos seus pensamentos e por um momento Prim se sentiu culpada de ter ficado tão brava com ele, no entanto, o sentimento não durou muito. Edward não teve intenção alguma de dividir isso com ela, o entendia sim, mas isso não significava que ele acertou. — Mas então eu fui no quarto dela, pra confirmar... Entender. — Ele balançou a cabeça parecendo estar longe. — E então ela me chamou, chamou meu nome, Prim. Ela estava sonhando comigo.

Prim engoliu em seco, sentindo seu coração se apertar. Edward a olhava empolgado, cheio de ansiedade e uma excitação contida. Ele realmente gostava de Bella.

— Bella estava sonhando comigo e eu decidi que iria tentar.

— Tentar? — Prim sussurrou duvidosa. — Tentar o que?

Edward sorriu confiante. — Me aproximar de Bella. — Ele disse e em seguida olhou-a profundamente, os olhares de ambos presos de forma que Prim teve medo de deixar tudo ruir. Porque ela sentia tanta vontade de chorar? — Preciso saber se você aprova, Princesa. Você gosta dela? O que você acha? — Ele a olhou esperançoso.

Prim sabia, com toda certeza do seu coração, que se ela dissesse que não, que odiava Bella e nunca seria à favor, Edward não ficaria com a garota, mas tinha certeza de que ele sofreria por isso. Então mesmo que isso lhe causasse um incomodo do tamanho de um elefante, Prim sorriu e apertou os dedos dele entre os seus.

— Eu adoro a Bella. — Disse sinceramente. — É claro que eu aprovo, Edward. Seja feliz. 

Edward abriu um sorriso gigantesco, desses que ele raramente dava as outras pessoas e Prim tentou imitá-lo, mas não precisou muito, porque Edward logo a tomou em um abraço aconchegante e Prim suspirou, apertando-se em seus braços. A sensação incômoda era maior que qualquer coisa.

Um grande, grande elegante não em seu quarto, mas em seu estômago ou seria em seu coração? 

Edward finalmente questionou-a depois de alguns minutos sobre a sua noite, parecendo absolutamente contrariado quando Prim contou que Lauren a foi buscar e elas foram em um clube em Port Angeles. 

  — Não gostei da forma como ele pensava em você. — Comentou cruzando os braços e apoiando-se na parede.

Prim mordeu o canto das bochechas, olhando-o curiosa. — O que ele pensou? — Ela arqueou a sobrancelha. — Me conte.

Edward apertou os lábios rigidamente e Prim se inclinou mais em sua direção.

— Por favor. — Pediu animada. — Espero que ele tenha pensado que eu sou quente como o inferno. — ela riu e Edward bufou, revirando os olhos.

— Se ele tivesse pensado algo assim, eu arrancaria os olhos dele e o faria comer. — Resmungou irritadiço.

Prim fez um som de descaso. — Desde quando precisa defender minha honra como 1800? Eu ia amar que aquele cara quisesse algumas coisas comigo, Ed!

Ele a olhou incrédulo. — Não seja ridícula!

Prim suspirou deixando o corpo cair sobre a cama e em seguida olhou para o vampiro ainda contrariado. — Acredita que eu sou a única virgem do meu grupo de amigos?

  — Continue assim. — Ele rosnou irritado e Prim gargalhou. — Desde quando você não cora pra falar sexo? — arqueou a sobrancelha desconfiado. — O que andou fazendo Primrose?

— Nada, Edward! — Prim respondeu sem jeito, observando o teto do quarto.— Só acho que talvez esteja na hora, se até você está namorando, é bom eu começar a ter o que fazer. — Murmurou quase para si mesma.

E era verdade, sua vida sempre foi em torno de Edward. Era bom Prim começar a seguir os próprios caminhos, ou um dia, ela seria uma versão deprimente da irmãzinha mais nova e ciumenta de Edward. 

Edward grunhiu que as suas palavras eram um absurdo e tentou dar a ela um sermão sobre responsabilidade e perigos, mas Prim foi categórica ao dizer que nada poderia ser pior que um desconhecido vigiando-a dormir. 

É claro que Edward ficou absolutamente sem graça e não voltou a tocar no assunto, mas ainda havia algo de irritação em Edward. Quando Prim descia para o andar debaixo, seu celular vibrou e ela sorriu ao ver a mensagem do número desconhecido.

PODE FALAR?

Duas carinhas sorridentes acompanhavam o texto e Prim sorriu, respondendo imediatamente. Dois segundos depois a voz divertida e envolvente de Riley soou aos seus ouvidos. Ela se afastou, sentando-se sobre os degraus das varanda.

— Não achei que fosse ligar tão rápido. — Ela brincou e ouviu o riso de Riley do outro lado da linha.

— Eu já estava com saudades. Ou será que estou sendo muito fácil? — Houve outro som de deboche do outro lado da linha. — Qual o meu problema em não resistir à uma ruiva quente e inocente? 

Prim riu. — Não se preocupe, não sou do tipo de usa as pessoas.

— Ah! — Ele fez um som de desagrado. — Eu ia amar ser usado por você, ruiva.

Prim gargalhou. — Riley... — Um pigarro grosseiro soou atrás dela e Prim virou-se só para ver Edward apoiado sobre o batente da porta. Ele fez um gesto indicando o interior da casa e Prim suspirou impaciente. — Conversamos por mensagem, pode ser?

— Hum. — Ele ronronou. — Eu te vejo na saída.

— Saída?

— Sim, ruiva. Até mais.  

Prim olhou para o aparelho confusa por um momento até levantar-se e ir até Edward, ele ainda tinha a expressão contrariada no rosto e a olhava como se Prim tivesse matado um gato. Como se tivesse matado o gato de Edward — se ele tivesse um.

— O que foi, Edward? — Ela tocou seu braço suavemente. — Aconteceu algo?

O ruivo balançou a cabeça, os lábios em uma linha rígida. — Esse garoto é muito velho pra você, Primrose. Eu não gosto disso. Olha como ele fala com você.

Prim revirou os olhos e controlou a vontade de ser rude com Edward. — Edward, você é cem anos mais velho que a Bella. Quer falar de idade mesmo? — Ela deu de ombros.— Além do mais, é bem charmoso. — E sorriu finalmente.

Ele bufou, puxando-a pelas mãos e Prim surpreendeu-se ao chocar-se contra o peito duro. — Edward!

— Eu só me preocupo, está bem? — Ele disse pacientemente e Prim sentiu as pernas virarem gelatina, podia sentir seu coração disparado e estava tão envergonhada que Edward pudesse ouvi-lo. — Te assustei? — Perguntou preocupado e Prim sorriu achando-o uma gracinha. — Me desculpa, não era a minha intenção.

Como podia irritá-la tanto e ainda ter uma carinha tão fofa e bonita? Ela balançou a cabeça, sentindo que se dissesse algo, provavelmente ia gaguejar e passar vergonha.

— Eu ando com... Algumas palpitações. — Explicou sem jeito. — Acontece de vez em quando.

Edward a observou com o cenho franzido e os dedos tocaram seu rosto, acariciando-o. Prim realmente sentiu que iria cair se não estivesse tão firmemente abraçada a ele, tinha de haver algo que errado com ela. Algo muito errado e ela iria até o hospital conversar com seu avô. 

— Precisamos falar com Carlisle sobre isso, princesa. 

Seu coração pareceu disparar ainda mais e Prim sentiu as bochechas corarem, continuou

Ela assentiu silenciosa e suspirou. — Eu vou, Edward. —Pigarreou, afastando-se. — Enfim, vamos para a aula? Eu tenho certeza que o dia hoje vai ser longo. — Bufou, dando as costas para o vampiro e sentindo lentamente suas pernas firmarem e o coração se acalmar, levou a mão ao peito franzindo o cenho e encarando as próprias pernas em busca de falhas. O que tinha de errado com ela? Assim que ergueu o rosto outra vez viu Jasper apoiado sobre a porta, observando-a seriamente.

Ele arqueou a sobrancelha e Prim rolos os olhos mais uma vez, pegando a mochila.

— Algum problema, Jasper? — Edward franziu o cenho, olhando para seu tio com confusão. Prim achou uma gracinha que Edward não tivesse percebido que Jasper estava em cima dela há algum tempo. Achou ótimo que ele fosse meio devagar para um vampiro da sua idade. Seu tio sorriu, mexendo a cabeça negativamente e Edward o olhou ainda desconfiado, para em seguida virar-se para Prim. — Vai comigo, princesa?

— Eu...

— Ela vai comigo.— Jasper interrompeu-a e esticando a mão em sua direção. — Não é, Prim? 

Prim respirou fundo, sentindo o nervosismo tomar conta dela. Jasper sorriu abertamente não fazendo nenhuma questão de ajudá-la a relaxar. Ergueu o nariz, soando orgulhosa e sorriu. — É claro que sim, tio Jasper.

 

 


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Notas finais do capítulo

+++

demorei, eu sei, mas olha quem chegou? saoaskaosk aaaaaaa é agora que o Jasper pegou a Prim no pulo. É claro que como um empata ele entende de sentimentos melhor que ninguém certo? É claro que como uma inexperiente, a Prim não sabe nada sobre os próprios sentimentos.

EU AMO ISSO. Essa nossa garota crescendo e conhecendo o mundo, dividindo-se entre seus caras e seus amores. Confesso que o Riley é o primeiro da lista, mas acalmem-se, porque o Edward vai ser o último e definitivo.

Mas até lá, a gente pode fazer nossa garota se tornar uma mulher forte, decidida e conhecedora dos próprios sentimentos e desejos, certo?

Tanta coisa que eu quero pra essa personagem, que eu realmente realmente espero que aprovem.

PS: EU DEMOREI PQ EU TÔ VICIADA EM DORAMAS, NÃO ME JULGUEM, QUE UNIVERSO É ESSE CHEIO DE FOFURA, AMOR E POUCOS BEIJOS? KKKKKKKKK (PELO MENOS OS QUE EU VI ATÉ AGORA)

é isso, até mais!



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