Freedom Planet: Faith & Shock escrita por Hunterx


Capítulo 47
Crônicas: o futuro do Sallo Temple - Parte 1


Notas iniciais do capítulo

Olá, leitores. Como estão?

Agradeço pela paciência por mais um capítulo. E tenho uma boa notícia: a parte 2 já está sendo escrita e em breve estarei postando também.

Sendo assim, aproveitem a leitura e divirtam-se. Espero que gostem.

Música 1: https://youtu.be/8pm_KoguqPM



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E quem disse que as comemorações dos funcionários do Taotao Sushi Bar & Resto haviam terminado e se resumindo a abraços e sorrisos? Como Milla ficou feliz com o sucesso de Viktor e Sr Taotao, ela não perdeu tempo e ligou para casa, avisando a Lilac e Carol sobre a boa notícia. Logo as duas apareceram e... podem ter certeza que elas não iriam deixar passar essa oportunidade para extravasarem de vez!

Shopping Central de Shang Tu

Danceteria Beat House & Groove | Noite

♪Musica: Dancin (Remix)♪

Composer: Aaron Smith

Num salão estonteante, com muito neon e luzes holográficas, uma névoa de gelo seco dava o tom da música que se iniciou no karaokê do lugar, com olhares fixos para Lilac e Carol, que juntas começaram a cantar e dançar num dueto que chamou mesmo a atenção. A dragão púrpura, já mostrando seus dotes musicais, começou a cantoria:

 Get up on the floor... Dancing all night long... Get up on the floor... Dancing ‘til the break of dawn... Get up on the floor... Dancing ‘til the break of dawn... Get up on the floor... Dancing!

E Carol puxou a continuação:

 All the time... My baby, you’re on my mind... And I don’t know why... Yeah, but the feeling is fine... Can’t you see... Honey you are for me, oh... We were meant to be!

E desta vez as duas se juntaram a música:

 Dancing in the moonlight... Gazing at the stars so bright... Holding you until the sunrise... Sleeping until the midnight!

O ritmo dançante fizeram das duas o centro das atenções do salão, mostrando que Lilac e Carol eram mesmo muito competentes no que diz respeito a festejar. As garotas tomaram conta da noite, com Viktor, Sr Taotao, Milla em até o raposa feneco Mu sentados a uma mesa animados e bastante alegres ainda festejando o sucesso do restaurante. E o karaokê corria solto, com a dupla de garotas se esbaldando animadas e muito contentes com o momento especial na vida do jovem humano.

 

♪Get up on the floor

Dancing all night long

Get up on the floor

Dancing ‘til the break of dawn

Get up on the floor

Dancing ‘til the break of dawn

Get up on the floor

Dancing!♪

 

— Essas suas amigas sabem mesmo fazer uma festa, hein! Me sinto até mais jovem... Hahahaha!

— Por isso eu chamei elas! – Disse Milla, batendo sua mão a mesa conforme o ritmo da música – UHUU! MANDEM VER, GAROTAS!

— A Lilac e a Carol são mesmo bem afinadas e dançam super bem... – Disse Viktor, encantado com as duas.

Era fato que o jovem estava impressionado, já que não tirava os olhos das duas, em especial Lilac. A dança que a dragão realizava junto a cantoria era um ponto que surpreendeu Viktor, trazendo uma admiração inesperada.

— *Nossa... A Lilac está muito bonita sob essas luzes e... Até a Carol também está linda... Elas estão tão felizes pelo o que Sr Taotao e eu conseguimos hoje...* - Pensou, ficando levemente corado.

 

♪Dancing is what to do

Dancing’s when I think of you

Dancing’s what clears my soul

Dancing’s what makes me whole

Dancing is what to do

Dancing’s when I think of you

Dancing’s what clears my soul

Dancing’s what makes me whole!♪

 

Durante a dança contagiante e a performance vocal impressionante de Lilac e Carol, Mu estava descolado dos demais, sentado ao bar sozinho e meio que ignorando a alegria do grupo. Tomando um copo com suco de laranja, se manteve calado até que a seu lado se sentou uma felina branca. Usando um vestido amarelado que realçava seus belos olhos de mesma cor, ela diz:

— Oi...

— Hm... Oi.

— Noite animada... Tá curtindo?

— Eh... Não.

— Uh?! Não gosta da música, não é?

— Também... Não é meu estilo musical, mas esse não é o problema.

— Ah sim... Você vem sempre aqui?

— Não virei mais aqui. Isso responde sua pergunta?

— É, você não vem sempre aqui...

— Bingo.

— Bem... Eu estava procurando por alguém pra conversar...

— Tenho certeza que você vai conseguir encontrar. Com licença... – Disse, se levantando do banco.

Mu deixou a felina no balcão, indo em direção a Sr Taotao. A jovem não entendeu absolutamente nada, ficando cabisbaixa em seguida. Por sorte, para levantar seu astral, o barman percebeu tudo que houve e começou a conversar com a gata... e o assunto rendeu para eles... Rendeu a ponto de trocarem número de celular, pra vocês terem ideia da oportunidade ocorrida.

 

♪Every time when I look in your eyes

I smile with pride, happy that you’re mine

Joy in love, your love is true I know

You are the best thing that has happened to me!♪

 

Voltando a mesa onde estavam, Milla logo disse:

— O nosso dia foi mesmo muito legal! Vocês dois fizeram toda a diferença... e eu fiquei muito feliz de ter feito parte disso tudo!

— Pode crer, Milla! – Disse Viktor, abraçando Milla – Pensamento positivo sempre traz recompensas!

— É, jovens... – Disse Sr Taotao, tomando suco de uva – Essa noite está épica, Hahahaha! Se eu não fosse tão tímido eu ia pra essa pista e começaria a dançar!

E Mu, se aproximando do panda vermelho, logo disse:

— Sr Taotao... Por quanto tempo mais o senhor vai ficar nesse lugar?

— Ora, garoto... Sei lá. Estou aproveitando a noite... Você deveria fazer o mesmo!

— Eu ainda estou a trabalho, lembra? Vou levar a comida para o orfanato... Na minha opinião isso é muito mais importante que ficar nessa droga de lugar!

Viktor ouviu isso, sabiam? Bem, sendo assim:

— Aí, Mu... Não está vendo que estamos comemorando?

— Dane-se você, Viktor! Eu não quero saber de nada!

— Ei! Mu, não fale assim com ele! – Disse Sr Taotao.

— Me desculpe, Sr Taotao. Mas eu não pedi a opinião dele pra droga nenhuma! Estou de saco cheio desse lugar... Vou esperar o senhor na caminhonete – Disse, saindo do lugar.

E vale dizer que o feneco saiu do lugar as pressas, mostrando mesmo descontentamento em seu olhar. Sr Taotao só o observou, ficando ligeiramente irritado com a atitude rude de Mu. Mas quebrando esse clima meio chato, de forma involuntária, Lilac e Carol foram até a mesa do grupo, com a dragão puxando Viktor e a felina a Milla e ao panda vermelho. O desejo delas era um só: fazer todo mundo cair na dança, com Lilac cantando enquanto segurava a mão de Viktor:

 Get up on the floor... Dancing all night long... Get up on the floor... Dancing ‘til the break of dawn... Get up on the floor... Dancing ‘til the break of dawn... Get up on the floor... Dancing!

Carol também caiu na cantoria, com sua deixa:

 Dancing is what to do... Dancing's when I think of you... Dancing's what clears my soul... Dancing's what makes me whole... Dancing is what to do... Dancing's when I think of you... Dancing's what clears my soul... Dancing's what makes me whole!

Todo o salão caiu na dança, com até mesmo Sr Taotao jogando a timidez para fora da danceteria e partindo para a gandaia. Milla estava dançando junto a multidão e Viktor insinuou até alguns passos mais categóricos, dentro de seus limites.

 

♪Get up on the floor

Dancing all night long

Get up on the floor

Dancing ‘til the break of dawn

Get up on the floor

Dancing ‘til the break of dawn

Get up on the floor

Dancing! (oh)♪ 2x

 

Até o volume foi aumentado pelo DJ, com a animação na voz de Lilac e Carol ditando a moda e sacudindo a todos com sua empolgante performance.

 

♪Dancing is what to do

Dancing’s when I think of you

Dancing’s what clears my soul

Dancing’s what makes me whole

Dancing is what to do

Dancing’s when I think of you

Dancing’s what clears my soul

Dancing’s what makes me whole!♪

 

E com todos na danceteria dançando numa festa inesquecível, Lilac ficou com o solo que finalizou com a música:

 Dancing is what to do... Dancing's when I think of you... Dancing's what clears my soul... Dancing's what makes me whole... Dancing is what to do... Dancing's when I think of you... Dancing's what clears my soul... Dancing's what makes me whole! YEAH!  – A dragão manteve a animação – MANDAMOS MUITO BEM, PESSOAL! VOCÊS SÃO DEMAIS!

Com uma plateia dominada pela dupla apoteótica, a danceteria quase veio abaixo. A animação era muita, bem acima do normal. Lilac e Carol capricharam dessa vez, coroando com louvor aquela noite mágica. O dia de sucesso de Sr Taotao e de Viktor enfim teve uma comemoração digna... e merecida.

Minutos depois...

Hall principal do Shopping Central de Shang Tu

Saída H | Um pouco mais a noite

Caminhando de forma bem despojada, Lilac, Carol, Milla, Viktor e Sr Taotao ainda mostravam-se bem animados com o clima festivo que os contagiou após a comemoração. E Carol logo disse:

— Maluca, vai dizer que a gente não detonou lá? Caraca, que noite, gente... QUE NOITE! Nyah! :3

— Sim, fomos muito bem... Não me lembro a última vez que a gente festejou tanto assim... Nossa, ainda quero dançar mais! – Disse Lilac, de mãos dadas a Viktor.

O jovem humano estava bem a vontade, feliz e aceitando numa boa tudo o carinho da dragão. E ele, ainda animado, disse:

— Sempre que eu precisar de gente festiva pode ter certeza que eu vou chamar vocês duas sem pensar duas vezes!

— HAHAHA! Caraca, piá... Tamo junto! E vocês tão nessa vibe aí de restaurante Full Food Fantastic que só tem bacharelado! Só rapeize do sindicato, falei?

Mas adivinhem só quem não perdeu tempo de cutucar o pobre Viktor? É, Sr Taotao era rápido e ligeiro nos detalhes:

— Vocês dois aí... – Disse, olhando para Lilac e Viktor – Não sabiam que eram mesmo um casal.

Um silêncio foi ouvido (ou não, sei lá) fazendo com que os dois soltassem suas mãos, com Viktor dizendo bastante envergonhado:

— O-olha, Sr Taotao... A gente é amigo, amigo! Nã-não tenha conclusões precipitadas!

— Ah... É que... – Tentou dizer Lilac – É que a gente é bem próximo e... Ai, que vergonha...

— HAHAHAHA! Acalmem-se, jovens! Haha... Eu só estava brincando. Bonnie comentou algo assim no Sallo Temple e só aproveitei pra cutucar meu cozinheiro aqui. Hehe... Vocês dois são mesmo bem próximos e eu acho isso fofo.

Só que teve alguém que não conseguiu aceitar sem dizer algo: Carol.

— É... Eles são amigos... Assim como euzinha e a Milla! Amigos! Hunf! – Sim, ela ficou irritada, cruzou até os braços.

— Hã?! Carol... Você ficou com ciúmes? – Perguntou Milla, de forma inocente.

— QUE CIÚME O QUÊ, MILLA-NESA?! De novo com esse papin de eu tá na shape com o piá?!

— Você sempre fica irritadinha quando a Lilac é carinhosa com ele.

— EU NÃO FICO, NYAH! ತ_ತ

— Fica sim... e você fica muito fofinha assim, sabia?

— NÃO! EU NÃO FICO NÃO! ಠωಠ

— Wan wan! :9 (para quem não sabe, é ruído de latido em onomatopeia japonesa).

Nem preciso dizer que todos caíram na gargalhada com as duas, não é? Bem, não há exageros em repetir a palavra “animação” mais uma vez pra definir bem o astral do grupo.

Enfim, eles saíram do shopping, indo em direção a caminhonete de Mu. Como Carol foi a primeira a chegar e notar o raposa feneco, já sabem, né?

— OHHH! LILAC, OLHA!

— Hm? O que foi, sua bobona?

— LILAC, UM FENECCITO! FENECCITO!

Mu percebeu isso. Não vai dar certo...

— Hã? Do que você me chamou?

— Feneccito, gente! Caraca, olha as orelhas do figura! Vai, levanta elas pra ficar mó style, feneccito! Vai, nyah! :3

— VAI PASTAR, SUA BOLA DE PELOS SEM NOÇÃO!

— Ih qual foi, feneccito? Tô de zuera só... Quero teu mal não, vacilão!

— Dane-se! Vai se ferrar!

— Vai tu, orelhudo peludo!

Por sorte, Lilac segurou sua amiga antes que ela fizesse alguma besteira. Mas:

— Me solta, Lilac! Eu vô pular nesse cupuaçu de meia tigela!

— Para com isso, Carol! Para!

Sr Taotao precisou intervir antes que os dois saíssem na p... Digo, brigassem.

— PARE COM ISSO, MU!

— Hã? Sr Taotao... Foi ela quem começou!

— COMO É?! – Gritou Carol.

— Acalme-se, Carol... – Sr Taotao tomou a palavra – Mu, você tem que parar de ser tão temperamental! Ela só estava brincando com você!

— Tá... Eu não gosto desse tipo de brincadeira.

— Mas não tinha necessidade de você ser tão rude com ela!

— Ok, Sr Taotao. Desculpa...

— Diz isso pra ela! – Disse, apontando pra Carol.

Ele então se virou e, mesmo contra sua vontade, disse:

— Desculpe, gata... Pode ser?

— Tá. Ok... Show – Carol se resumiu a um sinal positivo com seu polegar, saindo de perto.

Depois da pequena discussão, Viktor logo disse:

— Bem, acho melhor a gente levar a comida para o orfanato... Sr Taotao, eu vou ajudar.

— Oh tudo bem, Viktor. Será de grande ajuda.

Mas Lilac, como era mesmo preocupada com bons gestos, logo deu sua opinião:

— Já que vocês estão indo até lá, nós queremos ajudar também. Seis pessoas descarregando a caminhonete é muito melhor, vocês não acham?

— Olhe, não é má ideia... Mas não tem lugar pra todo mundo na caminhonete.

— Não se preocupe com isso. Carol vai na moto dela e eu... Hehe, eu vou correndo mesmo.

Sendo assim, uma pequena caravana se formou, com Mu e Sr Taotao dentro da caminhonete e Viktor sentado a caçamba. Carol levava Milla na garupa de sua moto e Lilac acompanhava a todos usando de sua velocidade característica. A dragão sequer suava.

Alguns minutos depois...

Shenlin Park | Bairro Milenar de Shang Tu

Sallo Temple | Noite adentro

Um vento gelado era sentido no lugar. O clima festivo de antes deu lugar a um tom mais melancólico, com os internos cabisbaixos no salão principal do templo. O porquê disso? Brendan e Bonnie discutiam em uma sala ao lado, com as crianças sabendo exatamente do que se tratava. Logo o cortejo chegou ao templo e percebeu exatamente esse clima. Pegando a comida, os cinco seguiram para dentro do lugar, se mantendo em silêncio. Mas não foi preciso muito pra ouvir os dois irmãos coelhos dizerem:

— Como você foi capaz de permitir que Xiaohuang pudesse entrar aqui e fazer essa arruaça com a gente?! Bonnie... É nossa história, a dos nossos pais e avós, bisavós... NÓS COMO HERDEIROS DO CLÃ SALLO VEREMOS ESTE TEMPLO SER EXTINTO PRA SEMPRE!

— NÃO GRITE COMIGO! Brendan, escute... Eu tentei... Eu fiz o meu melhor... Mas ela me mostrou que não há como manter esses alicerces de nosso clã como está. Não temos doutrinas, não desenvolvemos artes marciais... Só temos um e o outro e vivemos de doações... em prol dessas crianças que não tem para onde ir e sem família alguma em toda Avalice. Você acha que eu quero isso? VOCÊ ACHA MESMO?!

— Bonnie, não importa nada disso! O que vai acontecer agora é muito ruim... Não só pra gente: as crianças estão doutrinadas pelo Xiaomi Temple! Nenhuma delas quer isso... Minha nossa, nós teremos de ser subalternos deles!

Sr Taotao precisou entrar na sala, interrompendo a intriga.

— Brendan, Bonnie... O que pensam que estão fazendo?

— Hã? Senhor Taotao?! – Se surpreendeu Brendan.

— O senhor está aqui? Mas... – Deste vez foi Bonnie.

— Os internos estão ouvindo tudo o que vocês estão dizendo! Será que vocês perderam a razão?!

Lilac foi a próxima a entrar, assim como Carol. A dragão deu sua opinião:

— Eles estão lá fora, assustados e tristes... A gente ouviu tudo que vocês disseram desde lá de fora!

— Então a Xiaohuang vai fazer isso mesmo? – Disse Carol – Tipo, surrupiar assim na cara dura o templo de vocês? Pô, pensava que aquela bunita de cabelo de capim era gente boa... Gente, o mundo dá voltas...

No lado de fora, no salão principal, percebendo o clima ruim que estava, Viktor e Milla logo trataram de servirem o jantar rapidamente. Com todos sentados a mesa no centro, Milla diz:

— Pessoal, eu sou Milla Basset. Sou amiga da Lilac e da Carol e...

— Eu sei quem você é! – Disse Shoiji.

— Hã?! Conhece?

— Sim! Eu te via correndo todos os dias no Shenlin Park com a sacerdotisa Neera Li... Você tem um incrível nirvana.

— Oh nossa... Brigadinha, hehe – Milla ficou até sem jeito.

Viktor, prestando atenção ao que os dois conversavam, disse:

— Ei, como sabe do nível do nirvana da Milla?

— Hm... Você é o stranger daquele dia... É perda de tempo eu tentar te explicar.

— Porque?

O felino com listas pretas logo foi até o jovem e, o olhando de cima para baixo, disse:

— Você não tem nirvana nem chi.

— Gah?! Mas... O que tem isso?

— Sem valor.

Mas rapidamente, e se colocando entre os dois, uma das raposa do ártico chamada Mika Benz foi em intermédio de Viktor:

— Shoiji, para com isso!

— Você outra vez se intrometendo, Mika?

— Deixa o moço stranger em paz! Não tem problema algum não ter nirvana. Ser diferente é ser alguém do mesmo jeito que as outras pessoas, não se esqueça!

— Hm... Tanto faz. Ninguém liga pra sem valor...

— SHOIJI!

— Chata... Tô caindo fora... – Disse, saindo do salão.

Shoiji colocou suas mãos nos bolsos de sua jaqueta e pôs seu gorro sobre o alto da cabeça, indo de vez para outro salão do templo. Acompanhando a Mika, eis que Alekzandra Blue fez companhia aos dois, dizendo:

— Em nome de todos do Sallo Temple, eu, Alekzandra Blue, peço humildemente desculpas pelos modos de nosso coirmão Shoiji – Disse a menina, reverenciando a Viktor.

— Ah tudo bem. Eu não levo para o pessoal...

Sue Ay, um dos pequenos que costuma ficar mais quieto, logo disse:

— Stranger, porque você sempre vem aqui?

— Eu?! Bem, eu ajudo o Sr Taotao a trazer a comida de vocês... Fui eu que fiz até.

E Nero, o outro felino, foi até ele e disse:

— O Sue perguntou porque o senhor vem aqui e ele tá pensando que o senhor tá aqui pra ser o irmão mais velho dele e adotar ele, moço!

Viktor respirou fundo ao ouvir isso. Embora tivesse independência desde seus 12 anos, ele sabia o quanto a sensação de estar sozinho no mundo era muito ruim, tenso empatia pelo menino por causa disso. Ele, indo até Sue, diz:

— Olha, eu não preciso te adotar pra ser seu irmãozão.

— Pera... Você tá dizendo que você quer ser meu irmão mais velho mesmo a gente não sendo parente? É isso?

— Deixa eu te mostrar um negócio aqui...

Viktor pegou então o símbolo máximo de sua estada em Avalice: a faixa da família Daiyamondo. Com isso ele mostrou a Sue que:

— Está vendo? Eu sou da família Daiyamondo. Sou irmão do Sheng Zyan e de Liane Siber. Eles são felinos e eu sou um humano. Irmandade não tem nada a ver de ter o mesmo sangue e sim de sermos eternamente ligados em corpo e alma com nossos irmãos.

— Mas, mas... E eu ser seu irmão mais novo eu vou ser um Daiyamondo também?!

— Hehe... Podemos ser os irmãos Ay. Seria uma honra.

— Nossa, eu quero sim!

— Está combinado! – Disse Viktor, apertando a mão de Sue - Mas... Tipo, cadê o Aak?

A pergunta de Viktor foi respondida: Aak estava no lugar onde ele se sentia mais a vontade: nas sombras. O felino adorava a noite, porque haviam muitos lugares escuros no templo para meditar... e se isolar.

Só que não era Viktor o único a se confraternizar com os jovens: Milla já estava bem enturmada a Mika, que diz:

— Então você foi treinada pela sacerdotisa Neera Li?! Ah SUGOI!

— Sim, eu fui. Minha mestra é bem forte!

— Se você foi treinada por ela, então você deve ser forte!

— Ah eu tento... E faço o meu melhor sente que luto.

— Quero lutar contra você então! – Disse Mika, ficando em base de luta – VAMOS LUTAR!

— Nossa! Eu nunca recebi um desafio de uma garota da minha idade! EU ACEITO!

Alekzandra estava ouvindo tudo, e:

— Ah vocês duas... Vai lutar mesmo?!

— Claro! O que que tem? – Perguntou Mika.

— Vocês podem ser machucar... Lutar é perigoso.

— Ah sua fofinha... A gente vai tomar cuidado, né? Vamos, Milla!

— Tudo bem, Mika!

As duas ficaram em base de luta num espaço afastado da grande mesa do salão e começaram a similar uma luta que chamou a atenção dos demais garotos: Fei Fei (ou 2F) e Ralf Shark estavam vibrando e impressionados com o nível das suas lutando.

— Nossa, elas lutam mesmo pra valer! – Disse 2F.

— Eles são tão poderosas que mais parecem gente da minha família de tubarões...

— Sua família de tubarões? Ralf, elas não são!

— Mas eu sou!

Ralf tinha uma particularidade: ele se considerava um tubarão. Embora sua raça original fosse de um lince, ele se identificava com um cartilaginoso dominante dos mares e tinha muito orgulho disso. Era visível, por isso esse detalhe era algo considerável. Todos respeitavam essa sua identidade, pois todos no Sallo Temple eram...

— Uma família diversificada e respeitosa – Disse Bonnie.

A coelha, que conversava a Lilac, Carol e Sr Taotao estava falando sobre os internos e suas diversidades. Logo se juntou ao grupo também Viktor que, conhecendo um pouco mais dos jovens, diz:

— Essa gente daqui do Sallo Temple são mesmo especiais. São inocentes e puros...

— Que bom que gostou deles, stranger – Disse Brendan, de uma forma séria.

Com os pequenos já um pouco mais tranquilos no salão principal, o grupo que estava na sala adjacente ao salão principal se sentou em volta de uma pequena mesa enquanto Bonnie lhes serviam chá. O porquê de tudo isso? A curiosidade de Lilac acerca da situação de Sallo Temple.

Com Milla e Mika exaustas no salão principal, elas apoiaram o corpo na outra para tirarem um merecido cochilo, já que lutaram com todas as energias que restavam. As duas estavam dormindo juntas, a exemplo do resto da trupe de internos do Orfanato.

Logo a conversa seguiu, com Lilac dizendo:

— Porque tudo isso está acontecendo, Bonnie? Xiaohuang pode mesmo fazer o que quer?

— Para um templo manter seu nome de clã, é necessário uma doutrina em sua fundação. Ou seja, temos de ter artes marciais e toda sua filosofia viva neste templo, para fazer valer nossa existência. Como Brendan e eu não absorvemos absolutamente nada do antigo matriarca no que se refere a artes marciais, não podermos oferecer isso ao Bairro Milenar.

— “Um templo que não tem doutrinas de artes marciais e nem filosóficas não tem motivo para existir” é o que Master Hiryu propôs. Todos os demais templos seguem sua filosofia... e é esse o ponto onde Xiaohuang levantou seu desejo de adquirir o Sallo Temple ao seu – Disse Brendan.

— Mas essa parada é muito errada! – Carol empática, não? – Não concordo com isso! Isso tá cheirando a “171zice”!

— Concordo com a Carol! – Disse Viktor – Vocês precisam lutar contra tudo isso!

— Não há como... – Bonnie jogou a real – São as leis do Bairro Milenar. É uma política que todos os templos adotaram... e não há contra argumentos.

— Mas... E essa gente que mora aqui?

— Serão doutrinados pela Xiaohuang... – Disse Sr Taotao, num tom triste – Eu já entendi porque vocês estão tão irritados. É muita injustiça ter que chegar a isso...

Lilac, olhando para o salão principal, ficou ligeiramente nervosa com a situação. E mostrando determinação em seu olhar, ela disse:

— Eles... Todos esses que moram no Sallo Temple... Eles não estão tendo escolha alguma e... Bonnie, de onde eles vieram?

— Boa parte das minhas crianças vieram de várias localidades de Avalice. Nero foi encontrado por mim pelas ruas de Shang Mu... Ele estava sozinho, mas sempre tinha um sorriso no rosto. Ele me disse que seus pais simplesmente sumiram na cidade e... Eu até hoje não consegui aceitar isso: Nero tinha dificuldades de andar e Brendan conseguiu ajuda com Ying, um amigo nosso de Shuigang.

Sim, Lilac, Carol e Viktor trocaram olhares, com Sr Taotao percebendo algo no ar. Tanto que o panda vermelho não perdeu tempo (outra vez):

— Vocês três... Quando Bonnie disse o nome do Ying, vocês ficaram impactados... Porque?

— Ah... Bem... Nós conhecemos esse tal Ying... Ele vende doces maravilhosos.

Brendan também sentiu algo no ar e logo fechou a porta, dizendo:

— Olhem, eu já entendi. Um vendedor de doces não iria deixar vocês calados assim do nada...

— Porque tu tá assim, cara? – Perguntou Carol.

Mas Viktor entendeu bem o que Brendan quis dizer:

— Muito bem vocês: todos aqui sabem que Ying é o guardião do Reino de Shuigang.

Pronto. Foi imediato a confirmação dos irmãos.

— Sim. E isso sim foi algo impressionante. Como percebeu do que estávamos falando? – Disse Bonnie.

— Ying falou pra gente sobre um orfanato aqui em Shang Tu (ele disse isso no capítulo “O ataque do clã ninja The Red Scarves” enquanto todos estavam em sua casa), mas nunca imaginaria que seria o Sallo Temple – Disse Lilac.

— Mas peraí... – Disse Carol, pensando em algo (ela pensou!) – Sr Catatal...

— Sr Taotao, Carol! – Disse Lilac.

— Ops... Desculpa – Eu fui elogiar... – Sr Taotao, tu conhece o Ying de onde?

— Bem... Eu já prestei serviços ao Reino de Shuigang.

— Como é que é? – Se surpreendeu Viktor.

— Sim, Viktor. Eu já fiz parte do exército de Shuigang. Conheci o guardião... Aliás, eu sabia do elo dele com o Sallo Temple, mas eu guardo segredo. Só forcei que vocês dissessem o que sabiam porque pressenti algo bem familiar. Mas mantenham esse segredo, por favor. Não deixem que saiam dessa sala, tudo bem?

— Claro... Nunca iríamos dizer isso fora daqui... – Completou Lilac.

E Brendan continuou a explicação:

— Logo após o contato com Ying, ele nos ajudou a levantar fundos para ajudar Nero. Tudo correu bem, mas essa “parceria” foi mais além.

— Como assim?

— Sue Ay foi encontrado por Ying vivendo só em um casebre em Shuigang... Isso ocorreu logo após a guerra contra Brevon. Sua família... foi eliminada.

Lilac e Carol arregalaram seus olhos, surpresas com essa história que não sabiam. A dragão logo se manifestou:

— Vocês estão dizendo que ele é um sobrevivente?!

— A família de Sue Ay... eram do clã do Ying. Todos tentaram vingar o monarca que foi morto por Brevon... e todos eles tiveram o mesmo fim de seu senhor. Sue Ay não sabe dessa história e assim se manterá. Prometemos a Ying... que é seu único familiar: ele é seu tio.

— Pelos deuses...

— Ralf Shark: ele foi encontrado por Ying em uma enseada de Shuigang. O litoral foi seu reduto por dias, onde Ying o encontrou sujo e desnutrido. Não sabemos de onde poderia ter vindo, mas sua espécie lince é original de Big Sea. Suspeitamos que ele seja de lá... Mas muitas ilhas não existem mais, inclusive uma delas sumiu do mapa a alguns anos. Ele foi o último a ingressar no nosso templo.

Sim, Lilac se lembrou da história de Noah Hibiki, que bate perfeitamente com a de Ralf Shark. Mas a dragão se manteve em silêncio quanto a isso, já que prometeu discrição a seu amigo albino morador de Shang Mu. E Bonnie continuou a conversa:

— Fei Fei. Ela foi encontrado nos becos escuros de Shang Mu. Ying recebeu um chamado da guardiã da cidade para que fosse a seu encontro: Fei Fei veio escondida em uma das aeronaves de Spade diretamente de Shuigang durante os embates entre os dois reinos. Sim: foi durante a presença repulsiva de Brevon. A família de Fei Fei foi completamente aniquilada pelas forças do desgraçado do Brevon quando tentavam ajudar aos soldados do reino. Ela também não sabe ddisso

— Mas porque está escondendo deles a própria história? – Perguntou Lilac.

— Controlar danos – Disse Brendan – Nem mesmo Ying conhece de todas as famílias eliminadas por Brevon. Sendo assim, para alguns é melhor a ignorância e se manter forte pensando em coisas produtivas. 2F é muito inteligente e meiga. Sua personalidade será protegida.

A cada história contada, Lilac sentia uma pontada em seu coração, demonstrado em seu rosto triste e estarrecido. Esse sentimento também era compartilhado por Carol e Viktor, onde eles ficaram quietos e cabisbaixos. E Sr Taotao perguntou:

— Todos eles tem histórias que os fez cruzarem seus destinos... Essas crianças são muito sofridas, não é justo. Tão jovens e vivendo assim...

Brendan e Bonnie olharam para todos no momento que Sr Taotao terminou suas palavras e, com a coelha abraçando seu irmão, ele disse:

— Essas crianças... Nossas crianças são mais do que meros jovens com vida sofrida! – Disse, com lágrimas nos olhos.

— Como assim?

— Ainda faltam histórias a serem contadas. Contos que muito de vocês duvidarão ao saberem... e saberão de que essas crianças são incríveis e guerreiras!

— Algumas sabem de onde vieram, como vieram e... como tudo terminou em suas vidas. Mas que tomaram como força suas perdas e se reergueram aqui! – Disse Bonnie.

Seria uma noite de muitas histórias. A começar por agora:

CRÔNICAS DE AVALICE

Capítulo 1: Tão fortes quanto tigres – Clã Tai

Cidade de Shuigang | Um ano atrás

Era um lindo monastério impregnado no interior de Shuigang, o reino dos pandas. Mas contratando com a espécie dominante da bela cidade, esse monastério era conhecido como Jīhu Xiang Laohu - 几乎像老虎 (Quase Como Tigres): eram fortes felinos onde sua pelugem alaranjada com listras pretas era uma característica que todos tinham como orgulho. Tigres, uma espécie milenar em Avalice, já não existiam desde as guerras antigas. Ter a imagem de significante bravos guerreiros motivavam ao clã desenvolverem de sua arte marcial: ela se chamava Feng Zhi Quan - 风之拳 (Punho dos Ventos). Uma técnica poderosa onde seus praticantes conseguiam puxar uma grande quantidade de Chi em suas mãos e pés, podendo atacar com toda sua força.

Os adultos eram os únicos que podiam começar a praticar tal arte marcial, pois crianças não tinham um pré-requisito fundamental para manter a soma de energia: experiência e físico. Entretanto os mais jovens do Clã Tai eram intensificados a estudarem seu nirvana ao extremo e desenvolverem seus Chi como adultos até seus dezoito anos, o que os faziam ser os jovens mais brilhantes de toda Shuigang. Seu conhecimento de nirvana e Chi superavam a até mestres, pois os fundamentos do Feng Zhi Quan eram complexos e sofisticados. Era uma arte marcial única e exclusiva desse clã.

Entretanto, um evento traumático ocorreu... para não dizer trágico.

Grêmio estudantil do Clã Tai | Minutos antes do ataque de Brevon a Shuigang.

Em uma sala de aula comum, várias crianças estudavam tranquilamente. Um deles era Shoiji Tai, com seus 12 anos de idade. O jovem era a maior promessa da nova geração de membros do seu clã, tendo em vista suas notas altíssimas e seu engajamento: Shoiji era popular. Ele até mesmo era procurado por adultos para que os ajudassem a cadenciar seu Chi e fortalecerem seu nirvana. “O jovem era um gênio”, como diziam todos.

Todavia, eventos fora do controle ocorreram nas redondezas com explosões e feixes lasers podendo ser ouvidos. Shoiji, curioso, foi até a janela, percebendo que todo o quarteirão estava sendo atacado por naves e seres orgânicos dentro de robôs, como se fossem armaduras. O pequeno felino listrado correu pelos corredores junto aos seus colegas, mas era um movimento inútil... pois pessoas estavam sendo atingidas durante a fuga. Shoiji presenciou mortes por onde correu, tentando se salvar como podia. Incapaz de lutar por si mesmo, viu que muitos adultos o protegiam enquanto tentava se salvar, vendo muitos caírem durante sua fuga... Ele deixou várias lágrimas caírem de seus olhos, pois muitos de seu clã também caíram frente a um inimigo poderoso.

Com o caos tomando o lugar, Shoiji continuou correndo, olhando ao redor se houvesse algum ponto de alento ou socorro. Ele correu então para dentro do dojoh, lugar esse onde não havia ninguém, pois todos lutavam contra as forças inimigas que os estavam derrotando em número e poderio. Achado um lugar seguro, Shoiji correu para seu interior e se escondeu dentro de uma sala separada de todas as outras. Enquanto ouvia gritos de dor e desespero do lado de fora, o felino se colocou de joelhos, onde mais de suas lágrimas saíam de seus olhos, encharcando sua pelugem que tanto tinha orgulho.

— O que está acontecendo?! Porque estão nos atacando? Meu clã... Todo mundo... Todos eles estão lutando lá fora e eu aqui... me escondendo como um covarde... É assim que eu devo agir? Eu sei que não, mas... Eu estou com medo. Eu estou apavorado... MAS MEUS IRMAOS ESTÃO LUTANDO LÁ FORA E MORRENDO! PORQUE? QUEM OU O QUE ESTÁ NOS ATACANDO? E... o que eu posso fazer? Eu... não sei lutar, não tenho treinamento algum.... PORQUE? PORQUE?

“Lutar não necessariamente quer dizer que deva se colocar em combate. Uma guerra não se ganha só com poder; estratégia é o berço do sucesso e o hangar da vitória”

Logo um monitor ligou as costas de Shoiji. Ele mesmo estranhou que um lugar como o dojoh não disponha de aparelhos tecnológicos. Mas ele percebeu que na verdade estava em um tipo de sala de controle, onde haviam computadores de última geração e uma enorme tela que mostrava a localização de todos os adultos doutrinados do Feng Zhi Quan. Diante as imagens e impressionado com o equipamento, suas atenções logo se voltaram a um rádio que chamava por alguém:

— Sala de controle, câmbio!

Shoiji não perdeu tempo e, com o rádio em mãos, respondeu:

— Oi...

— Quem está aí? Câmbio.

— Sou Shoiji Tai.

— Shoiji, escute muito bem: sou Morty, o líder da guilda protetora do Clã Tai. A partir de agora você será nossos olhos como um sentinela e terá pleno poderes do que faremos como um atalaia. Nossas vidas está em suas mãos, então faça o seu melhor. Câmbio.

Era muita informação para pouco preparo. Mesmo Shoiji sendo um gênio, ele ainda era uma criança. Mas mesmo diante esse dilema, ele tomou fôlego e disse:

— EU ACEITO!

— Ótimo. Shoiji Tai, como devemos atacar ao inimigo? O que vê no monitor? Câmbio.

O jovem logo começou a analisar casa posicionamento de membros do seu clã, visando passar a melhor opção de ataque. No monitor era mostrado até mesmo o nível de Chi de casa um deles. Shoiji tinha um banco de dados incrível em mãos que mais parecia um jogo de estratégia. Ele, após pensar bem, instintivamente disse:

— Quadrante três, abra espaço e deixe o pelotão oito avançar!

— Você está certo disso? Câmbio.

Dito e feito: o movimento de Shoiji ajudou a evitarem uma invasão maior, onde conseguiram atrasar a aproximação do inimigo. Mas o jovem não parou:

— Pelotão sete, os Lutadores Zorow, Parker e Machin tem poder de Chi de 260. Façam o movimento da academia 3x3 e avancem! A compensação deverá ser feita por vocês seis, do mais forte para o mais fraco. Vocês vão conseguir!

Ele fez tudo certo: conseguiram neutralizar o inimigo de avançarem para o fundo do terreno.

Durante muito tempo, Shoiji passou por poucas e boas. A cada coordenada sua, os membros criaram um tipo de elo com o jovem. Eles já agiam sem pensar, só aguardando as ordens dele. Em pouco tempo, uma vontade, uma confiança sem tamanha e uma devoção ao próprio clã os uniu ainda mais, mesmo com o inimigo vencendo. Naquele momento Shoiji percebeu algo muito importante: sua importância havia sido reconhecida por todo seu clã, aqueles que ainda se mantiveram de pé.

Mas a realidade também o marcou definitivamente: lentamente ele via seu clã desmoronar. Aos poucos a tela do monitor perdia os pontos coloridos que demonstravam os membros da guilda, com poucos pontos restantes. Além disso, ele também não conseguia ver aos demais, já raciocinando o que estava acontecendo:

— Todos eles... Meu clã... Nós estamos sendo aniquilados. Essa é a guerra? Isso é o que nossos ancestrais sofreram... e foram extintos? É esse o fim de tudo e de todos? Mas... Eu sequer treinei, não vi nada na vida além dessas paredes... PORQUE TEM QUE TERMINAR ASSIM? PORQUE?

E no rádio, era Morty:

— Shoiji Tai, ainda está aí? Câmbio.

Ele lentamente pegou o rádio, que parecia mais pesado que antes. E vim sua voz embargada, disse:

— Estou.

— Shoiji, mantenha-se forte. Todos que cairam sabiam o que estavam fazendo... Jovem, você já deve saber o que está acontecendo. E eu tenho certeza que você tem maturidade para suportar o que está prestes a ocorrer... Então resista! Faça valer nosso sacrifício. Câmbio.

— Morty, eu estou com medo...

— Não tenha medo, Shoiji. Nenhum membro do nosso clã que está no campo de batalha está... e você está aqui conosco. Então seja valente e nos dê uma última ordem... Câmbio

— Uma última ordem?

— Esses desgraçados vão achar você... Então dê a melhor coordenada para que nós consigamos impedir isso.

Shoiji enfim entendeu o que iriam fazer, como ele mesmo disse:

— Vocês... VOCÊS IRÃO SE SACRIFICAR PARA ME SALVAR?

— Somos do Clã Tai, Shoiji. Estamos juntos nessa... e juramos proteger quem precisa de proteção. Todos nós daqui sabemos o que proteger agora: o único do clã que nos deu esperança. Sem isso não se vive...

— VOCÊS NÃO PODEM FAZER ISSO! NÃO!

— Não há outra forma... Vamos te proteger para que nosso clã se mantenha vivo.

— NÃO! VOCÊS NÃO PODEM!

— Todos morreram, Shoiji. Aceite esse fato. Eu sei que você é jovem, mas... Nós guardamos nossas esperanças no seu futuro. Esse inimigo não vai parar por aqui... E você vai continuar nosso clã. Comece a fazer isso agora e nos honre com sua última ordem.

Era chegada a hora. Shoiji por um breve instante ficou em silêncio, raciocinando tudo que poderia. Ele não demorou muito para dar a última ordem... Seu grito ecoou pelo salão onde estava, com raiva e vontade. Eles também pôde notar detalhes que até então não havia percebido: havia uma foto onde um casal aparecia... com trajes de treinamento e, próximo ao monitor, havia uma placa informativa onde estava escrito “Morty Tai. Mentor e estrategista do Clã Tai”. O tempo todo Shoiji estava comandando os passos da pessoa que deveria estar em seu lugar.

Ele conheceu alguns detalhes de seu salvador...

Ele entendeu que sua importância havia sido reconhecida...

Ele sabia que era o fim de seu clã...

Ele sentiu as dores da perda...

Ele sofreu com a agonia da guerra...

E ele ordenou seus companheiros...

Seus irmãos...

Seu povo.

Lentamente as luzes se apagavam no monitor, com Shoiji chorando compulsivamente. A proteção veio, mas a um custo muito alto. E antes que a luz ofuscante de Morty se apagasse, ele disse:

— Shoiji... foi uma honra. E você é o melhor membro que esse clã teve. Sei que vai crescer, se desenvolver... Tenha uma vida feliz e nunca desista. Você é incrível... tigre!

Aquela última frase marcou Shoiji para sempre. O jovem estava tão inerte aos seus pensamentos que tudo em volta ficou mudo, com o único som percebido era de sua mente:

— *Eu sou um tigre? Mas... tigres existem?*

O sacrifício de Morty permitiu que evitassem as forças inimigas de entrarem no dojoh... naquele instante. Só atrasaram o inevitável. Mas quando alguns dos armadurados conseguiram entrar, Shoiji já estava sendo carregado por um guerreiro vestido com uma armadura verde, a mesma do reino de Shuigang, usando um enorme chapéu de palha. O jovem felino pode ver que se tratava de um panda com um longo cabelo de cor preta e olhos da cor púrpura. Sendo salvo, ele perguntou:

— Quem é você?

— Sou o guardião do Reino de Shuigang...

— Guardião... porque tudo isso?

— Estamos sendo atacados... Mas iremos sair vitoriosos. É uma promessa.

— Vitoriosos... Essa palavra...

— Você honrou seu clã.

“Você honrou seu clã.” Foi o que ele me disse. Como ele sabe? Bem... Eu me sinto honrado, mas... porque me sinto sozinho? Essa sensação... ela me incomoda. O que vai ser a partir de agora? Para onde eu vou? Onde ficarei? O que farei da minha vida? Tigres existem? Eu me olho no espelho e não vejo um... Só um menino com medo... de ficar sozinho”

A história de Shoiji Tai.

Meses depois, após a guerra contra Brevon, foi levado por Ying até a cidade de Shang Tu. Nesse dia ele ingressou no orfanato Sallo Family. Já fazem um ano desde que chegou.

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Capítulo 2: As flores que nascem no ártico – Clã Benz & Blue

Arredores da cidade de Shuigang | Polar Mountains

Em uma área afastada de tudo, nas imediações de Battle Glacier, lá se encontrava um pequeno vilarejo. E era nele onde habitava o clã Benz & Blue, formado por raposas polares. A pelugem de seus integrantes tinham variações entre na cor branca e com tons mais azuis, embora sua pelugem sempre era considerava clara, mesmo com essa distinção de tons. Mas qual o porquê desse detalhe? Era uma qualidade do clã Benz & Blue seus integrantes valorizarem a Kagayaki No Junsui-sa - 輝きの純粋さ(Pureza do Esplendor): caso seu nível de Chi fosse acima de 100, seu batismo seria com o sobrenome Benz; mas os mais sábios recebiam Blue em seu nome. Na verdade, num passado distante, eram dois clãs que se juntaram no futuro, pois suas particularidades se completavam e isso trouxe uma imensa evolução de sua doutrina conforme os anos se passaram.

Para os mais aptos a serem valorosos lutadores, desde crianças recebiam treinamento adequado para desenvolverem a arte milenar do Minami Kanfu Pasu - 南カンフー パス (Caminho do Kung Fu do Sul). Uma arte marcial atlética e bastante versátil, onde qualquer pessoa poderia desenvolver seu corpo para ter condições de lutar sob qualquer cenário, principalmente em lugares congelados do polo sul de Avalice. Engana-se quem pensa que suas habilidades especiais derivam do poder gélido: praticamente todos os membros do Clã Benz & Blue são oriundos do elemento metal. Portanto poderes elétricos e energéticos eram os mais desenvolvidos, com uma grande quantidade de Chi aflorado principalmente em jovens garotas. Sim, a maioria dos membros lutadores do clã sulista eram mulheres.

Era extremamente importante os membros do clã estudarem para absorverem energia e descobrir seu nirvana o mais cedo possível. As condições climáticas daquela região do extremo sul de Avalice eram terríveis e fortalecer o Chi desde cedo era uma vantagem considerável para o sucesso como lutador ou lutadora. Pequenos torneios eram feitos para agilizar esse aprendizado, desde crianças a adultos. Era um estudo bastante aprofundado sobre o próprio corpo.

Mas havia o outro lado: o da diplomacia. Integrantes do clã com sobrenome Blue eram absurdamente inteligentes e bem articulados com suas palavras. Embora Benz estudassem na mesma escola sob o mesmo conteúdo estudantil, Blues naturalmente tinham facilidades de aprendizado, estando em um nível ou dois acima dos demais. Mas mesmo com essa diferença, o tratamento para com seus outros colegas era harmoniosamente bem desenvolvida, com o respeito ao próximo. Aliás, era frequente Benz e Blues desenvolvessem uma forte amizade entre si nesse período. Já na fase adulta, como o vilarejo era distante dos grandes centros, membros Blue quando iam a cidade conseguiam fazer vários acordos comerciais com bastante eficácia. Não faltava nada na vila, até porque era um clã rico e influente na região, fora suas qualidades naturais de resistir ao frio extremo.

O clã Benz & Blue era acolhedor aos viajantes, tendo em vista que sua cultura era diversificada por membros Blue trazerem várias iguarias e livros de toda Avalice. Definitivamente era um clã amigo de todos, mesmo que seu povo fosse inteiramente formado por raposas polares. Muitos povos os criticavam pela homogeneidade do clã, mas não haviam preconceitos por parte de ninguém, seja nativo ou não.

Mas um dia tudo desmoronou...

Vilarejo Benz & Blue | A tarde da aurora boreal

Um colorido bastante especial era visto por todos do clã. O fenômeno da aurora boreal era tratado como um presente do planeta, principalmente porque muitos oravam a Jóia do Reino como se ela fosse a responsável por tamanha magnificência natural do planeta.

Estava havendo um festival, com muita comida local e danças folclóricas da região. Com muita gente nas vielas e praças do vilarejo, os festejos seguiam entretendo a todos, principalmente aos miúdos. Dois deles em especial não se desgrudavam por nada: era Mika Benz e Alekzandra Blue. As duas raposas polares viraram grandes amigas desde que ingressaram a academia do clã, desenvolvessem assim um grau de irmandade muito alto. Elas praticamente eram inseparáveis, fazendo de tudo juntas. Porém Mika e Alekzandra tinham as mesmas particularidades dos demais membros: enquanto a raposa que usava óculos vermelhos era uma exímia lutadora, mesmo com seus 12 anos, Alekzandra, a pequena gênio do vestido azul, era incrivelmente inteligente e tinha habilidades de etiqueta exemplares e isso sendo até mais jovem, com seus 11 anos.

Durante os festejos, elas andavam de mãos dadas pela ruas, brincando e dançando nos estandes do festival. Mika Benz era muito hiperativa, correndo e pulando quase sem parar, enquanto Alekzandra era mais recatada como uma dama, gentil e bastante educada para com todos. As duas eram mesmo diferentes, mas será amizade era honesta.

— Hihihi... Vamos, Sandrinha! Vai começar a dança!

— Ei, devagar! Estou mesmo cansada de ficar correndo com você pra cima e pra baixo!

— Você é muito mole! Vamos, vamos, vamos! Hihihi... Vai ser muito legal!

— Calma!

Mas mesmo em países afastados como o polo sul de Avalice a paz dos abalada por um evento traumatizante: não demorou muito para que emissários da destruição pairassem os céus coloridos pela aurora boreal da região, trazendo temeridade ao povo ignorante, onde soldados foram convocados as pressas, pressentindo que o pior se aproximava.

Eles estavam mais do que certos: saraivadas de raios lasers caíam do céu como chuva e titãs de metal aterrissaram destruindo o solo fértil do vilarejo. De uma festa singela, agora se passava o pandemônio causado pelas forças terríveis de Brevon, que destruíam o que tinha a sua frente. Vários moradores do vilarejo caiam, tendo suas vidas ceifadas sumariamente. Mesmo com os poderosos guerreiros do clã Benz lutando bravamente, o ataque foi massacrante, pois os soldados de Brevon estavam fortemente armados, aniquilando a todos que que levantavam seus punhos contra eles.

Durante esse massacre, Mika e Alekzandra corriam desesperadas pelas ruas do lugar, evitando como podiam os tiros e armadurados biológicos, o que assustou e muito as duas. A cada metro percorrido para se salvarem, a visão que guardaram em suas mentes eram de morte e sofrimento, vendo seus parentes caindo um a um, num ataque feroz e sem escrúpulos das forças de Brevon.

Passado pelo portal do vilarejo, elas olharam para trás e viram chamas incandescentes queimando seu lar...

— Mika, eles... Nossa vila... Nossos pais... Eles todos... Estão sendo destruídos!

— Alekzandra... Tudo isso... É terrível!

— O que vamos fazer?! O que vamos fazer?!

— Alekzandra... eu não sei! Deveríamos voltar... Ajudar todo mundo... Nossa, o que vamos fazer?!

Não houve muito tempo para pensarem: logo quatro dos robôs das forças de Brevon apareceram e surpreenderam as duas. Mika, instintivamente, se colocou em base de luta e emanou seus poderes energéticos... Como uma formidável guerreira, a jovem raposa polar lutou com tudo que tinha. Suas lágrimas que escorriam de seu rosto jovem mostrava que estava lutando por todos, imaginando todos os seus familiares e amigos que ficaram para trás e tiveram suas vidas encurtadas por puro capricho do destino.

A jovem lutou com fúria, usando de todos os seus poucos conhecimento de combate para neutralizar os robôs, um a um. O esforço de Mika era notável, mas limitado: ela já estava exausta quando restou um dos robôs. Ferida e desgastada, puxava fundo sua respiração enquanto Alekzandra, amedrontada com o que estava acontecendo, ficou imóvel frente ao inimigo... mas não Mika:

— Tudo acabou... Eu sei o que vocês fizeram. E eu sei que ninguém conseguiu sair da vila, além de nós duas... POR TODOS AQUELES QUE FICARAM LUTANDO ATÉ O FIM, EU IREI USAR MEU GOLPE MAIS PODEROSO E HONRAR O SACRIFÍCIO DE TODOS!

Seus cabelos estavam soltos, cobrindo seu rosto, escondendo seu choro de tristeza. E elevando de Chi, Mika concentrou sua energia enquanto dizia:

— Quinto caminho da doutrina Minami Kanfu Pasu: SUPURENDAFOKASU - スプレンダーフォーカス!(Focus Esplendoroso)

Mika fez explodir seu Chi ao máximo, correndo em direção ao robô em linha reta e ignorando os raios lasers disparados contra ela, com alguns a atingindo. Alekzandra acompanhou a tudo, horrorizada por Mika estar sendo ferida... mas que destruiu o robô com um só golpe: uma gama imensa de energia emanou em um dos punhos da raposa polar, destruindo o metálico totalmente. A ameaça havia sido neutralizada, porém isso custou de Mika todo seu Chi. A raposa mal conseguia se manter em pé, sendo acudida por Alekzandra, que diz:

— Mika?! MIKA!

— Ah... Conseguimos, Alekzandra... Destruímos todos eles...

— MIKA, VOCÊ ESTÁ BEM?! MIKA!

— Estou sim... Mas Alekzandra... Eu não sei se vou conseguir ir com você...

— O que?! MIKA, PARA DE FALAR ISSO!

E era preciso uma ação rápida, já que drones armados haviam percebido as duas e, com isso, mais um perigo se aproximava. Rapidamente Alekzandra pegou Mika, a colocando em suas costas e começando a correr. Isso foi extremamente necessário, já que os drones já estavam em seu encalcy, atirando sem parar. A jovem raposa polar Blue gastou tudo se si para prosseguir correndo para se salvarem. Pela neve, ela prosseguia por vias sinuosas, geladas e escuras. Por o ambiente acidentado não ser um lugar seguro, Alekzandra pisou justamente onde a Nenê era fofa e, como consequência, ela despencou em um buraco junto a Mika, caindo em um lago subterrâneo. A correnteza era forte, fazendo com que seus corpos fossem levados sem que pudessem fazer algo.

Seria o fim? Seu esforço de sobreviverem sua em vão?

Após um bom tempo, a margem de um rio tomado por neve, lá estavam as duas: Mika havia desmaiado, com Alekzandra tentando se levantar. Encharcadas por causa da água congelante, pela primeira vez sentiram na pele o frio extremo do ártico. Mas Alekzandra não havia desistido e, colocando novamente Mika em suas costas, rumou sem destino para o norte. Ela sabia que deveria continuar lutando, ainda mais depois do esforço de sua amiga.

Ela caminhou por horas...

Lutando contra todas as adversidades...

O frio extremo as consumia a cada metro percorrido...

E suas energias se esgotavam exponencialmente...

A força da natureza era implacável.

Alekzandra não parou, caminhando com todas as duas forças. A determinação de fazer o máximo que pudesse era proporcional ao que Mika havia feito. Mas o fardo que desejava cumprir era pesado demais: mesmo sua força de vontade fora do comum, ela não podia ir contra a natureza e o cansaço e o frio a definhava lentamente. Sua longa caminhada se tornou mais intensa, com seu corpo ficando mais pesado junto ao de Mika... até que veio sua queda. Alekzandra desabou, sabendo que não poderia mais se levantar. Exausta e quase apagando, ela disse:

— Eu tentei... Eu fui fraca, Mika. Eu sou incapaz de ser forte como você...

O desespero tomou conta de Alekzandra. Deitada enquanto nevava, ela por muitas vezes suplicou para que alguém aparecesse... e a ajudasse a salvar sua amiga e a si mesma. Ela desejava viver, mas a natureza era implacável.

— Por favor... Alguém... Qualquer um... Socorro... Nos ajudem, por favor... Alguém?! Eu... Eu não quero morrer... EU NÃO QUERO MORRER! - Se desesperou Alekzandra, chorando - Eu não desejava nada disso... Eu só desejo salvar a Mika e... viver... ALGUÉM ME AJUDE, POR FAVOR! POR FAVOR! EU NÃO QUERO MORRER! Eu... não... quero... morrer... Eu... não... quero... morrer...

A raposa Blue tinha dificuldades até mesmo de gritar, por estar bastante debilitada depois de seu esforço brutal. Mas parecia que seu fim se aproximava, com sua vida esvaindo conforme as horas se passavam. O frio intenso da zona polar de Avalice não tinha pena. Nem mesmo a resistência natural das raposas polares poderia salvá-la da hipotermia.

Entretanto uma silhueta foi avistada pé Alekzandra ao horizonte. Era alguém... mas estava longe. Ela por diversas vezes tentou gritar, mas até mesmo sua voz estava fraca, quase inaudível. Suas lágrimas escorriam, pois sabia que sua fragilidade possivelmente lhe traria a morte. Mas lutando contra sua natureza e se apoiando no imponderável, Alekzandra começou a emanar uma aura amarelada e, de forma surpreendente, gritou:

— SUPURENDAFOKASU!

Ela arremessou uma bola de energia com o pouco que tinha para cima, a fim de chamar a atenção do viajante. Seu último esforço lhe trouxe estafa, fechando seus olhos em seguida. Alekzandra usou a última gota de sua energia e... involuntariamente o Faith & Shock. Ela aprendeu o golpe de Mika só em observar sua execução.

Ela teve fé e se apoiou ao choque... e o viajante surgiu a sua frente numa velocidade incrível: era o mesmo armadurado do reino de Shuigang, com seu grande chapéu de palha que lhe cobria o rosto. E Alekzandra, sentindo sua presença, disse:

— Muito obrigada... – Ela começou a chorar – Eu não sei o que eu fiz ou como fiz... mas salve a gente, por favor... Ajuda minha amiga... Moço, nos salve... Eu já não aguento mais... Nos ajude! Eu lutei até onde consegui suportar... Nos ajude!

Os pedidos incessantes de Alekzandra foram atendidos. Ying as salvou... com todo o ímpeto de um guardião.

Esta foi a história de Mika Benz e Alekzandra Blue.

Duas amigas que conheceram o terror da guerra e a força devastadora da natureza. O guardião de Shuigang as ajudou a se recuperarem e a levarem até Shang Tu após a resolução da guerra contra Brevon. Elas ingressaram ao Sallo Temple naquele dia... e foram recebidas como guerreiras valorosas por Brendan e Bonnie.

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Capitulo 3: Noir Ninjutsu – Clã Jun

Uma sociedade secreta em algum lugar remoto de Shuigang. Essa explicação adrupta define bem o Clã Jun: seu paradeiro era estritamente limitado e seus membros se mantinham no anonimato absoluto. Eles agiam dessa forma por serem um clã ninja muito restrito a missões agendadas pelo Monarca de Shuigang (Pai de Dail) e enquanto a luz do dia não se alcunham com o sobrenome de sua família. Eles eram mesmo secretos e assim desejavam continuar.

Por mais de mil anos eles desenvolveram uma arte marcial única chamada The Dark and Winding Path of the Hidden Ninja (O caminho sinuoso e sombrio do ninja oculto), onde sua filosofia era “nunca ser visto; ser visto e nunca perder; lute até você cair; vença”. Todos do Clã Jun tinham o compromisso de sempre manterem essa ideia durante as missões porque o objetivo era sempre a vitória e sucesso. A condensação de Chi que tinham era diferenciado: era comum inimigos os subestimarem por terem seu desenvolvimento corporal aparentemente franzino e com aspecto frágil. Era uma estratégia na verdade: com o preconceito de seus oponentes, eles conseguiram vantagens no campo de batalha ou ambiente, conseguindo vitórias perfeitas (sem sofrerem danos) e sucesso em missões de infiltração sem serem detectados como uma ameaça.

Seu desenvolvimento de nirvana era abissal: os treinamentos eram seguidos por longas horas de aperfeiçoamento geral e muita meditação. Não havia diferenciação de idade, onde a academia abraçava a crianças e adultos... e até mesmo idosos. Todos os integrantes do clã tinham pelugem escura, embora houvessem muitos que tinham mais de uma cor. E isso era visto como algo vantajoso, já que a graça eram se parecer como indivíduos normais... e assim o eram em público.

Até mesmo a The Red Scarves tinham um certo temor por eles existirem e serem ainda mais ocultos que o clã ninja ladino. Enfim, eles não eram conhecidos presencialmente e sim por seu nome. O Clã Jun tinham também uma imensa devoção por seu código de honra ninja, enraizado em cada um dos membros: Never back down; never surrender (Nunca retroceder; render-se jamais). Eles sempre seguiam com a missão, independente do desafio... e sempre saíam vitoriosos. Perfeccionistas, eles também faziam pesquisas para melhorarem suas aptidões, mediante a implantes e compostos biológicos injetados em suas correntes sanguíneas para aprimorar suas habilidades especiais. Tudo isso era legal: o reino de Shuigang permitia tais experimentos, já que o clã era competente e confiável.

Competência e confiança. O clã sempre teve... mas um dia tudo mudou, para pior...

Base secreta do Clã Jun | Leito de recuperação.

Deitado sobre uma cama em um leito altamente aparelhado, com máquinas modernas de última geração, lá estava um jovem felino de pelem escura e com um ramo de cabelo da cor vermelha ao lado esquerdo de sua cabeça, que vestia um traje de combate ninja da cor preta. Seu nome: Aak Jun, onde estava escrito no pé da cama. Além disso, havia uma outra informação: “Tratamento em andamento. Tempo: 1h”. Havia um porquê disso, mas em uma outra situação será explicada.

Ele lentamente acordava e, olhando para os lados, percebeu que não havia absolutamente ninguém. Todo o lugar estava entregue ao silêncio, onde o jovem felino era o único indivíduo no recinto. Retirando a agulha que estava enfiada em seu braço, começando a caminhar até o exterior da sala. Apesar de estar bem iluminado os corredores, luzes ao fundo piscavam, onde também haviam outras apagadas. Aak parecia saber por onde andava, já que seu senso de direção o levou a lugares críticos, onde ele tinha certeza que encontraria alguém, sem sucesso.

Por seu cabelo ser cheio e macio, parte dele cobria um de seus olhos, embora isso não o atrapalhasse em nada. Mas esse detalhe foi um fator determinante para que não percebesse a princípio que havia alguém a sua esquerda, justamente seu ponto cego: era um indivíduo usando uma armadura esverdeada, exatamente como a do exército do Reino de Shuigang, usando um chapéu de palha que lhe cobria o rosto mas não escondia seu longo cabelo de cor preta. Aak sequer esperou, o atacando com tudo que tinha: o felino desferiu vários chutes potentes, que eram evitados com esquivas precisas do indivíduo, o que trouxe estranheza por parte de Aak. Era veio que o felino era feroz e habilidoso em combate, muito acima da média de alguém com seus 14 anos de idade mas costas. E com essa mentalidade, o indivíduo fiz:

— Interrompa seu ataque!

— WHO ARE YOU, IDIOT? What happening?!

— Sou o guardião do Reino de Shuigang.

— WHAT?! It’s insane, man!

— Eu estou aqui para lhe salvar.

— What the hell is this? I don’t need help ‘cause I am strong enough to defend myself from invaders like you! – Disse Aak, se colocando em base de luta.

— Eu não estou disposto a lutar contra você! Não me ataque... É uma ordem direta de um guardião!

— EAT THIS! – Aak partiu para cima do guardião.

2:00, 1:59, 1:58, 1,57, 1,56...

Os socos fortes do jovem eram mesmo terríveis, onde o guardião tinha até dificuldades de evitar. A agilidade de Aak destoava da do guardião, fazendo com que conseguisse atingir seu chapéu, o quebrando só em ter tocado com seu punho. Neste instante o rosto do guardião ficou exposto, o que faz Aak cessar seu ataque no mesmo momento:

— BY THE GODS! You are Ying Li, the guardian! I can't believe...

— Finalmente... Hm... Bastou ver o mesmo rosto para que chegasse a essa conclusão?

— Sir... I apologize for that. Ah... Man, o que tá pegando?

— Devo tirá-lo daqui... Venha e não faça perguntas.

— Why not? E onde estão todos? Guardian, me responda por favor... answer me please!

Não foi preciso. Por ironia do destino, um monitor com imagens deterioradas mostrou uma transmissão ao vivo, onde o diálogo eram entre Brevon e suas forças. Ying tentou desligar, mas Aak o impediu, segurando seu braço com uma chave. O Cla Jun tinha equipamentos para monitoramento de informações secretas, então Aak sabia exatamente o que significava o acessório tecnológico.

— General Van, reporte o ataque – Disse Brevon.

— Lorde Brevon, senhor da guerra... Interceptados a todos eles. Nossos radares e sensores foram capazes de achar sua base secreta. O ataque ao castelo do panda Monarca foi um sucesso graças a esse detalhe.

— Hum... Eu não pedi sua opinião, mas gostei do que ouvi.

— O que devemos fazer, Lorde Brevon?

— Conseguiram eliminar a todos os vermes que estavam neste lugar secreto?

— Sim, Lorde Brevon. Todos caíram. Eles não sabem o que lhes atingiu. Não foi difícil eles confiarem a entrada dos soldados deste reino medíocre: sequer sobrou vestígios de seus corpos com nossas armas napalm. Não teremos trabalho para limpar o lugar... pois já está limpo.

— Excelente. Muito bem, retornem ao castelo. Vou precisar de suporte na segurança enquanto Syntax irá fazer lavagem cerebral no fedelho do seu finado pai e Monarca... Hahahaha! Como foi fácil... Retornem todos!

Aak ouviu e mal acreditou.

Todo seu clã, assassinado por um tirano sádico.

Dizimados facilmente, desintregafos instantaneamente.

E o guardião de Shuigang tentou impedir que soubesse da verdade.

O felino não era bobo. Ele, tomado por uma fúria descomunal, tratou de defrontar as informações com o guardião, dizendo:

— Todos estão mortos... É isso?!

— Jovem, eu tentei evitar que...

— RESPONDE A PERGUNTA, GUARDIÃO! Eu quero ouvir de um oficial do Reino de Shuigang... porque eu te respeito! My people were pulverized by them?!

Ying respirou fundo, sabendo que precisaria ser honesto em suas palavras após o que Aak disse:

— Fazem vinte minutos que tivemos o castelo de Shuigang invadido por forças desconhecidas.

— Vinte minutos?!

— Houveram outros ataques por toda Shuigang, coordenados e milimetricamente calculados para enfraquecer nossas defesas e contingência. Esses emissários do caos planejaram perfeitamente e diminuíram nossas chances de ataque e contra ataque. Eles arquitetaram tudo com antecedência... e usaram armamentos específicos para infiltrações.

— My gosh... Guardião, então o meu clã foi dizimado por eles... Eu sou o único que estou...

— Sim. E eu fiquei aliviado por ter chegado a tempo... não tanto quanto deveria.

— Porque?

— Eu tinha o dever de avisá-los desde ataque e... Eu falhei.

Aak iria agredir Ying, mas após o próximo diálogo, ele engoliu seu senso de justiça:

— Não só seu clã, mas outros mais também foram reduzidos a pó... Assim como o meu.

— O que?! Mas... Os guardiões do Reino de Shuigang são os melhores combatentes de todo o reino!

— Um ataque covarde... e uma execução sumária. Porque acha que estou aqui? Estou colocando de lado minha dor para enfim tentar fazer o certo, com o que eu tenho... e posso fazer!

Ying havia pego toda a culpa para si, o que irritou Aak. Triste e aos poucos começando a se alimentar de ódio, ele disse:

— Eles não podem sair desse lugar sem pagarem pelo que fizeram a minha família...

— Aak, não é hora para...

— VINGANÇA? É ISSO MESMO, YING! These bastards killed our beloved brothers... They must pay, here and now... YING, O LEMA DE MEU CLÃ SERÁ MANTIDO!

Ying até tentou contra argumentar, mas seu sentimento se unia ao de Aak. O pouco de consideração que Brevon teve com os aniquilados fez bom que o guardião tomasse uma decisão rápida e sucinta, que revigorou o coração ferido do jovem felino:

— Aak Jun, estou colocando meu posto como guardião como licenciado. No momento estou sob as leis de seu clã, em respeito a todos eles... Qual seu lema?

— NEVER BACK OFF! NEVER SURRENDER!

1:35, 1:34, 1:33, 1:32, 1:31...

Seu brado forte ecoou pelo ambiente inteiro, fazendo com que os dois saíssem em disparada até o interior da base secreta do Clã Jun. Não demorou muito e os dois avistaram uma imensa esquadra de armadurados biológicos e drones armados do exército de Brevon. Como irmãos, Ying e Aak lutaram com toda a força possível, destruindo o que via a sua frente. Os shartrans do guardião cortavam o ar, emitindo um ruído assombroso a quem o ouvia, destruindo facilmente seus inimigos.

1:00, 0:59, 0:58, 0:57, 0:56...

Aak era um lutador formidável, fora de série com todos os louvores. Ele era mais rápido que Ying e seus golpes potentes causavam um belo estrago aos metálicos. Seus combos infligiam aos robôs danos severos, os destruindo aos montes. Era possível sentir o peso de sua dor em casa golpe desferido... e Ying o acompanhou nessa jornada, vendo suas lágrimas caírem por ter perdido a todos. Mas como ele mesmo disse, manteria o lema de seu clã vivo, segundo em frente e fazendo valer sua vontade de justiça.

0:34, 0:33, 0:32, 0:31, 0:30...

“Eu estou morrendo por dentro trabalha a minha dor... Mesmo eu entregando a esses desgraçados a potência de meus punhos e chutes, eu sei que não poderei trazer ninguém de volta... Eu sou um fracassado? Porque estava deitado aquela cama? Porque não fiz parte disso tudo antes e... partiria junto com meus irmãos? É uma maldição, já vi isso antes... O último a sair apaga as luzes... porque as trevas eu pertenço. Mas não importa... EU VOU LUTAR! EU VOU LUTAR! EU... VOU... LUTAR!”

0:19, 0:18, 0:17, 0,16, 0:15...

Ferozes e imparáveis, tanto o guardião quanto o único remanescente do Clã Jun lutaram lado a lado, sob o mesmo objetivo e compartilhando a dor de terem perdido seus entes queridos. Em questões de segundos, toda a armada que assassinou os integrantes do Clã Jun estavam destruídos...

Mas mesmo esse fato não foi o suficiente para servir como alívio por parte de Aak. Ele, ajoelhado e bastante desgastado, olhou para o chão e, com seus cabelos sobre seu rosto, disse:

— A dor... Ying, a dor ainda continua me torturando...

— Jovem... A vingança não aconteceu. Eu vi que você não tinha esse sentimento...

— Vingança... Eu não consegui ter esse sentimento.

— Você é uma boa pessoa, Aak. Você honrou seu clã... Conseguiu algo que eu ainda terei de batalhar para conseguir...

— Seu clã... Eles também...

— Aak, lute a meu lado contra Brevon! Com você como aliado poderemos ter mais habilidosos combatentes contra este tirano desgraçado!

0:05, 0:04, 0:03, 0:02, 0:01...

Uma pontada o peito...

Aak adruptamente foi ao chão...

A frente de Ying, seu corpo inanimado sucumbiu...

Sem motivo algum, o felino desmaiou...

Como guardião o acudindo, preocupado...

E o levou rapidamente para algum lugar seguro...

... e atrás de ajuda médica.

Dias depois, já com a derrota de Brevon, Aak acordou em segurança no hospital da Cidade de Shuigang. Medicado e recebendo todos os cuidados, ele recebeu a notícia que possui uma doença incurável chamada Oripathy: Aak tinha uma anomalia sanguínea que faz com que suas veias se entupam após dois minutos lutando sem parar. Isso faz com que seu coração force o bombeamento e, por cansaço, causa uma pane, o fazendo desmaiar. Se forçar além do que é permitido, pode ser fatal.

Esta foi a história de Aak Jun.

Ying, depois de restituir o castelo junto aos soldados e, pasme, Spade, foi diretamente a Aak, explicando todo o trâmite. Ele então sugeriu que o jovem fosse com ele para Shang Tu, para residir no Sallo Temple. Aak chegou no templo com muita desconfiança por parte dos internos, o que o fez buscar as áreas mais escuras da residência para se sentir bem... pois ele nunca aceitou a situação a qual sua doença incurável lhe trouxe.

“Ele nunca mais poderá lutar como um membro do Clã Jun. Suas habilidades como ninja estão condenadas”

Voltando ao presente...

Brendan enfim terminou as histórias dos membros restantes e... Lilac, Carol, Viktor e Sr Taotao choravam ao saberem do conto trágico de todos eles. Viktor até se levantou, saindo da sala, transtornado. Ele antes de sair, olhou para as crianças, que dormiam juntos no salão principal. Lilac, entendendo bem o sentimento de seu amigo, disse aos irmãos:

— Isso tudo que eles passaram na vida... Nossa, Brendan e Bonnie... Como eles superaram?

— Eu avisei que nossas crianças são guerreiras! Passaram por tudo ido e seguiram em frente porque são fortes! Elas são doutrinadas... Tenho muito orgulho de todos eles! – Disse Brendan.

— Cara, tô muito triste pelo pepino que esses moleques passaram... Mas tô feliz porque, cara... Que barra é enfrentar esse desafio e ficar de boa com você mesmo todo dia... Na boa, mó respeito por eles estou agora. Nunca mais reclamo da minha vida – Carol foi bem sincera.

— Ah... estou sem palavras. A partir de hoje podem ter certeza que irei até dobrar a quantidade de comida trazida pra eles. Dou minha palavra! – Disse Sr Taotao.

— Agradeço, Sr. Mas amanhã já não seremos Sallo Temple... – Disse Bonnie.

Lilac, se levantando e com parte de seus cabelos cobrindo seu rosto, puxou Carol e disse:

— Brendan e Bonnie Sallo, eu desejo a vocês tudo de bom e... Por eles eu lutaria até o fim por este pedaço de terra que eles chamam de lar...

Isso foi um detalhe que marcou Brendan e Bonnie. As palavras da dragão tinham mesmo um peso considerável na consciência dos irmãos.

No lado de fora, próximo a caminhonete de Mu, o raposa feneco observava Viktor sentado no meio fio com a cabeça apoiada em seu joelho. E podem ter certeza que eram virar bastante pesadas que ele tinha que analisar:

— *O que sou eu em Avalice? Olhe só o que essa gente do Sallo Temple passou por aqui... Meus problemas em nada se comparam com o que Shoiji, Mika, Alekzandra e Aak passaram... Agora eu entendi o que Lilac quis dizer com o que é viver em Avalice: são perigos que podem vir do nada. E essa gente daqui tem habilidades especiais... que foi o único jeito de sobreviverem. É cruel e brutal... Então isso é viver em Avalice...*

Viktor enfim caiu na real. A vida em Avalice não é como na Terra. Nirvana e Chi são fatores indispensáveis para que cidadãos em Avalice tenham chances de sobreviverem em um cenário caótico. Não havia como sem valor competirem sem esses dois vieses.

Horas depois...

Casa da árvore de Lilac | Madrugada

Já devidamente acomodados em suas camas, Milla dormia tranquilamente, assim como Viktor no quarto de hóspedes, restando Lilac e Carol acordadas conversando:

— Aquilo no Sallo Temple, escamosa púrpura...

— Sim, Carol... Eu sei...

— Cara, não dá pra aceitar essa injustiça!

— É, não dá...

— Alguém tem que fazer alguma coisa! Aquela turma boa não pode perder o nome...

— O que poderíamos fazer? Brendan e Bonnie não sabem nada de doutrina nem nada...

— Ah mas precisa ser eles?

— Como assim, Carol?

— Tipo, basta ter essa doutrina aí pra manterem o templo. Então tu já imaginou se uma de nós fosse a responsável então?

Sim, Carol teve uma ideia. Não só isso: era uma excelente ideia. Lilac percebeu isso e no mesmo instante imaginou inúmeras possibilidades.

— Carol...

— Hm? O que foi?

— Você é um gênio!

No dia seguinte...

Sede da Millennial Neighborhood Association | Manhã

Em frente ao prédio moderno da associação, Lilac estava de pé, olhando sua fachada. A dragão tinha uma ideia... para salvar o Sallo Temple.

Continua つづく.


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Notas finais do capítulo

Em seguida, a parte 2!



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