sobre quando Annabeth quase virou uma Caçadora escrita por naloss


Capítulo 1
uma força divina


Notas iniciais do capítulo

Alou amigos. Faz muito tempo que não apareço nesse fandom. Desisti da minha antiga conta e venho tentado recomeçar. Então, essa é a minha primeira história percabeth em anos, assim, peço que sejam pacientes.
De igual forma, tô relendo a saga e o diálogo da capa e mais alguns outros, que é do Maldição do Titã, simplesmente não saíram da minha cabeça. Aproveitei e tentei escrever. Nada muito pesado, já que estou desacostumada.
Boa leitura.



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Percy acordou aturdido. Fazia algo tempo que não sonhava, ainda mais com aquela lembrança.

Tudo estava em suspeita paz, não podia se queixar, mas, era evidente que algo estava errado.

Então aquilo o atinge de surpresa, o deixando estranhamente irritado.

Seu corpo se moveu sozinho, quase que movido pela raiva. Limpou a baba no queixo e vestiu qualquer blusa que encontrou. Nem reparou na frase de estampa “eu amo muito meu pet”, nem como ela tinha ficado justa em seu corpo.

Talvez a descrição adequada fosse que estava puto de raiva. Não ligou para o toque de recolher ou que poderia ser comido pelas harpias. Ele ia tirar aquela história a limpo – talvez com alguns anos de atraso. Nem entendia porque de tudo aquilo, daquele fevor, mas faria ainda assim.

Aquela lembrança não passava na sua cabeça fazia muito tempo. Por óbvio, haviam coisas mais importantes para serem recordadas, como, por exemplo, não morrer nas mãos de um titã. Contudo, todo dia é um novo dia.

Passou próximo a fogueira, sentindo o calor esquentar suas canelas. No meio do caminho, tropeçou num elmo e resmungou de dor. No chalé de Hermes, pode ver entre as cortinas da janela da frente, dois pares de olhos brilharem na escuridão.

Se apressou para não chamar mais atenção e para não ser comido.

Parou na frente do chalé de Atena e bateu à porta com força, como alguém que ia tirar satisfações. A adrenalina bagunçava seu estômago e se não estivesse tão agitado com a quantidade de açúcar que tinha comido de sobremesa, talvez percebesse a urgência desnecessária nas suas ações, que tudo poderia ser resolvido amanhã. Todavia, Percy não costumava ser o cara que pensava mais de dois segundos no que ia fazer.

Ouviu uma agitação do outro lado da porta e o ranger da madeira, como passos. Em seguida, uma cabeça loira raspada surgiu no vão da porta.

— Jackson, o que você está fazendo aqui? – reclamou Alex, os olhos inchados de sono.

— Preciso falar com Annabeth.

A essa hora?!— resmungou.

— Sim, é urgente – Alex virou o rosto para dentro do chalé e Percy pode ouvir quando ele o chamou de “seu namorado maluco” para Annabeth.

A loira apareceu, ajeitando os cabelos e usando regata de alcinhas e shorts esportivos. Percy corou quando percebeu que ela não usava sutiã.

— Cabeça de algo, aconteceu alguma coisa? – seu tom ansioso e sussurrado denunciava sua preocupação. – Por favor, não me diga que você teve algum sonho de novo e…

Falavam aos sussurros para que ninguém no chalé pudesse os ouvir.

— Eu não sonhei nada – cortou enquanto tentava se concentrar e parar de pensar no formato dos seios de Annabeth por baixo da regata. Já tinha até esquecido sua raiva. – Precisava falar com você.

— Sobre o que? – ela cruzou os braços e um belo decote se formou. Percy sentiu suas orelhas esquentarem e suor nas mãos. – Aliás, que camiseta é essa, Percy?

Annabeth o encarava risonha, mas ele só deu de ombros. Precisou de três segundos, onde fechou os olhos e reorganizou o máximo que pode suas ideias, afastando seus pensamentos sobre o decote de Annabeth.

— Sobre… aquela vez que você quase virou uma Caçadora – murmurou.

Mesmo estando escuro, a lua permitiu que ele conseguisse ver o sorriso dela desmanchando.

O que?

— Isso mesmo. Quando Ártemis foi capturada e Thalia tinha acabado de acordar do seu sono de árvore…

— Olhe como fala, Percy – advertiu sussurrando Annabeth, beliscando o braço dele.

— Ai! – resmungou. – Você sabe do que estou falando.

— Não, eu não sei! Porque diabos você surgiu com essa ideia agora?

— Eu tive um sonho, mas isso não importa. Grover tinha encontrado na sua mochila um panfleto sobre a Caçada e…

— Você disse que não havia sonhado – ela repreendeu.

— Não desconverse, Annabeth. Você quase virou uma Caçadora.

Annabeth arregalou os olhos, como se finalmente Percy tivesse colocado suas cartas na mesa.

— Não podemos falar sobre isso amanhã? Logo as harpias vão aparecer – sugeriu, esfregando os braços.

— Vamos para o meu chalé – Percy pegou na mão dela e a puxou, mas ela não se moveu.

Seu chalé, Percy? – seu rosto estava corado novamente. – A essa hora da noite?

No momento, ele corou também, mas não se deixou acovardar. Era totalmente contra as regras do acampamento, contudo ele queria tirar aquela história a limpo com a sua namorada. Ainda não sabia lidar com isso.

— Ninguém vai saber – deu de ombros, fingindo que levá-la ao seu chalé não era nada, contudo sabia que era muito.

Se alguém soubesse, estariam completamente ferrados. Lavariam louça pelo resto do verão.

Annabeth se deixou ser levada até o chalé de Poseidon, pelas sombras dos chalés.

Era uma das primeiras vezes que entrava ali e mesmo no escuro, podia notar uma decoração simples do fundo do mar, bem como o cheiro suave de maresia, mas, principalmente, a bagunça que Percy era capaz de produzir.

Ele se sentou na cama desarrumada e Annabeth se sentiu desconfortável e indecisa quando ele deu tapinhas sobre o lençol, convidando-a sentar ao seu lado.

Esfregou as mãos e ao se sentar, torceu para que isso não fosse uma ofensa ao pai do seu namorado. Apesar de saber como ele era “tranquilo” ao seu respeito, Poseidon ainda era um deus e nunca era bom abusar da boa vontade dos deuses.

— Então…

Annabeth suspirou. Já era tarde da noite para fazer delongas.

— Para ser sincera, eu nem lembrava que algum dia isso passou pela minha cabeça, parece que faz tanto tempo… Foi na época em que o meu relacionamento com meu pai estava um caos e quando Luke… Você sabe.

Percy assentiu.

— Eu me sentia sozinha. E quando Thalia acordou e conversamos sobre tudo que havíamos passado… – as palavras saíam aos tropeços – parecia tão tentador a ideia de uma família eterna…

Foi como um soco na boca do estômago. Percy odiava a sensação de quase ter sido trocado.

— Mas você ainda tinha a mim. Você nunca esteve sozinha… – pegou nas mãos frias dela. – Você não está sozinha.

Os olhos de Annabeth lacrimejaram e um soluço balançou seus ombros. Nada disse, apenas chorou.

Percy não sabia se tinha dito algo errado, mas envolveu a loira em seus braços. Ainda não estava acostumado com a ideia de serem namorados, então ainda esperava um soco. Porém, ela enlaçou seu pescoço e parou em seu colo.

Qualquer constrangimento pela posição comprometedora foi afastado pelo choro dela em seu ombro. Era a primeira vez que a via chorando daquele jeito.

Apenas ficaram ali por algum tempo até o choro dela acabar, com Percy afagando-lhe as costas e sussurrando que ele sempre estaria ali, que estava tudo bem. Percy não era muito bom com palavras, mas Annabeth nunca pareceu muito preocupada com isso.

Quando ele finalmente pode olhar nos olhos dela de novo, a ponta do seu nariz estava vermelha e os olhos brilhantes.

— Tudo bem? – ele colocou o cabelo dela atrás da orelha, mas ela segurou sua mão contra seu rosto, beijando-lhe a palma. – Me desculpe ter trazido a tona. Eu não deveria ter feito isso… Eu não sei o que aconteceu, eu sonhei com isso de repente…

Ela sorriu e lhe beijou. De fato, era diferente de todos os beijos que já tinha trocado antes. Era tão quente e molhado – mas não de água.

De repente, o clima havia se invertido. Uma lufada de ar quente varreu o chalé e balançou as cortinas. Parecia com cheiro de perfume.

As mãos de Percy pararam na cintura dela, apertando o corpo pequeno contra o seu. Nunca pareciam estar perto o bastante.

As mãos dela escorregaram até a barra da camiseta justa de Percy.

— Onde você arranjou essa blusa? – Annabeth perguntou, desfazendo-se da peça.

— Não faço ideia – respondeu contra o pescoço dela, satisfeito demais com os arranhões nas costas. – É sua?

— Não, mas você ficou uma gracinha— brincou, mordiscando o pescoço bronzeado.

Percy nem ao menos deu atenção a brincadeira de Annabeth, já que parecia muito mais concentrado em seu dilema moral: o quão errado seria tirar a blusa de Annabeth agora.

Movido por uma força estranha, colocou as mãos por dentro da blusa dela, sentindo a pele quente e macia contra os dedos. Procurou no rosto de Annabeth algo como uma reprovação, mas quando a olhou, foi impossível não beijá-la.

Tirar sua blusa foi só uma sequência lógica. Sentir seu corpo contra o dela e todas as coisas que queriam fazer há muito tempo eram muito mais do que mera consequência.

 

 

 

 

 

E realmente, num quarto vermelho num motel do outro lado do país, Afrodite se regozijava.

— Meus jovenzinhos, eu adoro essa paixão ardente – Afrodite exclamou, encantada com a cena em seu espelho. – Uma pena que o destino de vocês seja tão penoso…

Ares estalou a língua.

— Você deveria parar de brincar com esses semideuses – advertiu, concentrado em algum programa de TV mortal, já que a deusa parecia mais interessada em suas brincadeiras.

— Ah meu amor, qual seria a graça? – questionou, ajeitando o cabelo. – Eu adoro romance adolescente, é tudo potencializado: o drama, a alegria, o prazer… Então, eles só precisavam de uma ajudinha divina pra tornar tudo mais gostoso.

O deus revirou os olhos.

— Você acha bobagem porque não entende – Afrodite justificou. – Quando o ship vira canon é a sensação mais incrível e já que eu posso dar um empurrãozinho…

— Do que você está falando?

Foi a vez de Afrodite revirar os olhos e deixar o assunto pra lá. Não queria perder mais nenhum segundo do seu ship favorito do momento.


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Notas finais do capítulo

E aí, meus queridos? Tá legal?



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