Sentidos escrita por Miss Ailee


Capítulo 3
Capítulo 3 - Algumas ervas são importantes (POV Luna)




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Encontrei Neville na estufa de Herbologia logo depois do café e ele logo abriu um sorriso ao me ver, Neville sim é um grande amigo, pensei por um instante em por que eu não me apaixonava por alguém como ele. Mas é bastante obvio, não dá pra ligar e desligar essas coisas do jeito que a gente quer.

— Longbotton, será que consegue para mim um bocado de brotos de Flígius? – Perguntei-o.

— Mas, Luna, quem está fazendo isso com você? – Ele perguntou preocupado. – Quem é o desocupado que está te incomodando?

— Neville, como você... – Eu ia perguntar como ele sabia, mas lembrei que ele é o grande especialista em herbologia de Hogwarts, discípulo ferrenho da professora Sprout, então ele devia ser como uma enciclopédia ambulante de ervas e suas funções. – Uau, você é tão inteligente, Neville!

Ele corou e abaixou a cabeça. É tão tímido que dá vontade de apertar as bochechas.

— Devo ter alguns brotos nascendo em um destes vasos aqui atrás, o problema é conseguir tirá-los da terra...

— Por quê? São agressivos como mandrágoras?

— Não, são bem tranquilos, o problema é a terra que eles são cultivados, é encantada para protegê-los, são ervas de proteção da mente, muito cobiçadas pelo mal. Deixe-me ver se lembro do contra-feitiço que a professora Sprout usa. – Então ele pegou a varinha, sussurrou algumas coisas em latim e apontou para a terra, mas quando ele a tocou, transformou-a em um bloco de concreto, foi só tirar a mão e voltou a ser terra. – Acho que não é isso... – ele sussurrou baixinho. – vamos tentar outro. – Sussurrou outra vez, agitou a varinha, e, concreto.

Ficamos ali tentando desencantar a terra por uns bons quarenta minutos, mas sem sucesso, então tivemos de sair, porque tanto minha aula de feitiços quanto a aula dele de sei lá o quê começaria em alguns minutos.

— Fique tranqüila, Luna, vou falar com a professora e conseguirei alguns brotos de Flígius para você! Mas, sem querer me intrometer, você pode me dizer quem é a pessoa que te incomoda?

— Neville, você é um dos meus melhores amigos, confio em você, mas não confio em mim dizendo o que eu teria que te dizer para contar, entende? São coisas que nem eu entendo, e a pessoa eu não quero nem pensar, é até melhor não envolver vocês...

— “Vocês”? Mais alguém sabe que tem alguém te lançando pensamentos durante o sono?

— A Hermione. Foi ela quem me falou que os brotos de Flígius ajudariam por um tempo.

— Você poderia ter vindo falar direto comigo. – Senti uma pontada de ciúmes nestas palavras de Neville.

— Na verdade eu pensei que seria um feitiço, não uma erva, por isso procurei a Mione primeiro. – Esclareci.

— Bem, se precisar de ajuda, digo, se precisar dar “um jeito” em quem está fazendo isso, pode contar comigo. – Ele falou bancando o corajoso.

— Neville, vou apenas tentar me proteger, nunca faria nada deste tipo com alguém.

— Eu sei, por isso estou dizendo que eu faria por você.

— Por isso nunca te direi quem é.

Sorri e fui para a minha sala, sentei em meu lugar, ao lado de Diana, uma menina da Corvinal.

— Você sumiu no meio da noite, o que houve? Deixaram um envelope para você na sala comunal...

— Ela me entregou o envelope, completamente negro, sem nenhuma palavra escrita nele.

— Obrigada. – Respondi guardando o envelope sem ler.

— Você não vai abrir?

— Claro que não, agora vou prestar atenção na aula. – Falei sorrindo, tentando disfarçar minha própria curiosidade. Não queria correr o risco de que mais alguém descobrisse qualquer coisa.

Algumas pessoas da Sonserina começaram a entrar na sala, e Draco passou bem ao lado da minha mesa, e derrubou um dos meus pergaminhos propositalmente, olhou para trás e sorriu ironicamente.

Eu não consigo entender certas atitudes dele, é como se quisesse me ridicularizar, como se quisesse que eu corresse atrás dele apenas para poder me esnobar, depois dizer que eu sou a pior pessoa do universo, e que nunca namoraria alguém como eu.

Mas eu não me permiti abalar, peguei meu pergaminho do chão, e reparei uma coisa que brilhava na ponta dele, era uma pequena pedra de esmeralda, deve ter caído do anel dele da Sonserina ou coisa assim. Não que eu me lembre de o anel da Sonserina possuir pedras preciosas, mas é verde, ele é rico, pode ter mandado fazer um assim, devolverei assim que puder.


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