Amarras escrita por Rafaela Tainá Santos Maciel


Capítulo 5
Capitulo V: A noite


Notas iniciais do capítulo

mais um capitulo, porque eu demorei muitoooo pra postar dessa vez :(
boa leitura pessoal



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Para minha surpresa, os nossos pais foram conosco para a casa dos Uchiha –Minha casa agora pelo jeito também. - Entrei na sala, com aquele vestido gigantesco e pesado e um marido rabugento. Meus pais se aproximaram de mim e me abraçaram.  

—Minha menina! Vai me dar tanto orgulho, nos de um neto logo, um neto homem! -Meu pai me abraçava e ria, bem bêbado por sinal. Minha mãe me abraçou e disse: 

—Lembre se de tudo que eu disse. Vai ser fácil querida. - Ela passou a mão pelo meu cabelo e disse –Suas coisas ainda estão em casa, venha quando quiser. Me ligue sempre. -Eu apenas assenti, com medo de começar a chorar e implorar pra ir pra casa. Eles se despiram e se foram, rápidos e práticos. Meu coração apertou com a certeza do abandono... 

Os pais de Sasuke me observavam em silêncio, enquanto eu tentava fortemente segurar meu choro.  

—ora querida, depois da viagem de vocês, poderá vê los de novo quando quiser. Eu ganhei uma filha, estou tão feliz. - Ela me estendeu as mãos e começou a subir as escadas. -Não vou mostrar a casa, pois você já a conhece inteira, é sua agora, você é uma Uchiha. - Respirei fundo e continuei subindo, enquanto erguia com a mão livre a saia do vestido. - Esse é o quarto de vocês agora.  

Aquele era o antigo quarto do Sasuke, que não tinha mais a placa com seu nome, era apenas uma porta vazia. Eu já sabia o que encontraria, sua escrivaninha, os lençóis de cor clara em sua cama gigante, seu closet perfeitamente alinhado. Conhecia de cabo a rabo. Mas nada tirava a sensação de estranheza em mim, como se eu não conhecesse nada dali. 

Sasuke abriu a porta e parou em choque, em sua cama estavam lençóis vermelhos sangue, rosas e velas aromatizadoras pelo quarto todo, entrei respirando fundo e tentando esconder meu enjoo. Em sua mesa de trabalho, estavam duas taças, uma garrafa de vinho e outra de champanhe, algumas frutas e uma torta holandesa. Bom, fome eu não iria passar. Sasuke entrou no quarto com seu rosto branco como papel enquanto analisava sua cama com o maior desgosto do mundo. 

—Querida tem toalhas secas no banheiro okay? E suas roupas já estão no closet, boa noite. -A mãe de Sasuke desaparecia pela porta e então a fechou, escutamos o barulho de uma chave. 

—Não é possível certo? -Perguntei, encarando-o. 

—Não, claro que não. Isso seria ridículo. -Sasuke se aproximou da porta e tentou abri la. -Que ridículo meu deus! 

—Prenderam a gente aqui? Isso é uma tentativa de forçar um bebe a acontecer? Que horror. -Sentei na cama exasperada, o vestido me pinicando horrivelmente. 

—Estamos presos aqui. Isso é a coisa mais ridícula que já fizeram. - Sasuke afrouxou e tirou a gravata enquanto falava. 

—Sim , mas tudo que está acontecendo é ridículo. Não faz diferença. -Me levantei irritado com o meu vestido e entrei no banheiro. A banheira nunca me pareceu tão convidativa como ela estava hoje. Comecei tentando desatar o vestido, sem sucesso. -Será que alguma pessoa, que não seja você claro, pode vir me ajudar a arrancar esse vestido? Preciso de um banho. 

—Eles não vão deixar ninguém vir até aqui. De jeito nenhum. -Sasuke apareceu na porta que eu idiotamente esqueci de fechar. -Eu tiro. 

—Nem pense em tocar em minha. -Meus olhos o encaravam com repulsa e ele riu de forma seca. 

—Não tem nada nesse corpo que me interesse. Deixa de ser teimosa. - Sasuke se aproximou e começou a soltar meu vestido devagar. Prestando atenção nas amarras. -Como que vocês me usam algo tão apertado? Que marca tanto sua pele assim? -Seus dedos passearam entre as marcas do vestido na minha pele nua, respirei fundo, segurei a frente do vestido e disse. 

—Fora. Já ajudou. - Sasuke levantou as mãos em rendição e foi para o quarto, fechei a porta. Chutei o restante do vestido do meu corpo. Soltei cada grampo feliz da vida, sentindo o prazer de ter o cabelo livre em minhas costas, entrei na banheira e relaxei. Apenas fingi que não estava mais la. Passaram s e uns trinta minutos, a água começava a ficar gelada, sai com um suspiro, me enrolando na toalha cor de rosa, provavelmente cortesia da senhora Uchiha. Foi quando percebi que, não tinha levado pijama nenhum comigo para o banheiro.  

“Huum, bom, não tem nada nesse corpo que o interesse mesmo.” comentei comigo mesma a contragosto. Sai do banheiro enrola na toalha, e encontrei um Sasuke com uma taça de vinha na mão e uma torta em outra, com as bochechas vermelhas.  

—Meu deus, porque você não está de roupas? - Sasuke parecia alucinado. 

—Ué que aconteceu? Porque essa cara? - Andei até a porta do closet e comecei a procurar minhas coisas. Olhei para trás e Sasuke me encarava com um olhar quase faminto, senti até arrepios. -Sasuke? Você está estranho. 

—Vou tomar um banho. -Sasuke saiu largando a taça e a torta, entrando no chuveiro e batendo forte a porta. Continuei procurando minhas roupas, até que encontrei algumas camisolas, nenhuma muito decente, mas antes isso do que ficar de toalha. Vesti a camisola preta, que tapava todos os lugares importantes, sentei me na mesa, e usando a escova de cabelo do Sasuke, comecei a pentear meu cabelo. O barulho do chuveiro prosseguia, sentei me na cama, sentindo que cada parte minha estava cansada e com fome. Resolvi comer um pouco da torta e beber um pouquinho de vinho. 

“Que dia longo” - Deitei na cama, sem me cobrir nem nada, tentando dormir o mais rápido possível, mas comecei a sentir calor. Muito calor, parecia que ia explodir, e um comichão la na minha vagina, que ardia, coçava, molhava. Minha testa começou a encher de suor, mas o que raios colocaram nessa comida? Comecei a andar de um lado para o outro no quarto, cedenta. Tentando fazer aquela sensação desconfortável passar. Sasuke saiu do banho, a toalha enrolada tentadoramente em sua cintura. Pegou a primeira bermuda que viu e se enfiou no banheiro por mais dez minutos. Quando ele saiu eu já tinha dado umas dez voltas desesperadas. 

—Mas o que colocaram nessa comida? -Perguntei me esforçando muito pra n ter um treco. Sasuke estava só de bermuda, sem a camiseta e me olhava como um lobo. 

—Um afrodisíaco eu acho, alguma coisa que deixa essa sensação de tesão. -Eu fiquei rubra com o uso das palavras – Tem como darmos um jeito nisso... 

—Nem pense nisso, eu não vou ter minha primeira vez hoje, não aqui e não com você. -Me joguei na cama e embrulhei até o pescoço, Sasuke se deitou ao meu lado, com certa distância, sua testa tinha gotinhas de água se formando. Comecei a apertar com as mãos ela, desesperada por algum alivio. 

—O que está fazendo? Com as mãos? -Sasuke mordia os lábios.  

—Não é da sua conta. - Repeti vermelha. 

—Quer uma ajuda? -Sasuke perguntou com um olhar mais escuro do que a noite. 

—Não. -Meu rosto estava queimando, igual o resto do corpo. 

—Não precisamos fazer mais nada, é só pra aliviar. -Eu comecei a negar com a cabeça, enquanto olhava aqueles lábios. Mas já não tinha tanta certeza se não queria uma “ajuda”. Ele pareceu entender minha dúvida, aproximou a cabeça da minha clavícula, encostando os lábios quentes, colocou sua maõ no meio da minha coxa e puxou pra cima minha camisola. 

—EI. -Murmurei fracamente. 

—Shiuu. - Sasuke respondeu com a boca pressionada no meu pescoço fazendo arrepios na minha pele. Ele colocou a mão por dentro da minha calcinha e começou a massagear bem devagar, e eu comecei a me contorcer, respirando fundo, era a coisa mais gostoso que já tinha acontecido, e ele continuava e entao gemidos leves escapavam dos meus lábios. -Ah sakura – Ele murmurou e cada parte minha se derreteu com o som daquela voz falando baixinho meu nome. 

Ele continuou o movimento com as mãos, e então parou, se ergueu na cama e colocou a boca em mim. 

—O que está fazendo??? -Gemi, envergonhada, enquanto ele apoiava as minhas coxas uma de cada lado de seu ombro e começava com a língua a fazer movimentos circulares. Gemi mais alto dessa vez, ele não parou, e colocou um dedo, depois dois dentro, bem devagar, e então uma coisa que nunca tinha me acontecido, aconteceu, eu gozei. Sasuke se ergueu, a boca branca e um olhar alucinado de desejo. Nem eu sabia o que estava fazendo, só sabia que queria mais e queria gora. Puxei ele para um beijo, e ele correspondeu com vontade, arranquei seu shorts e ele puxou minha camisola , me deixando nua, beijou cada seio meu e eu o senti por inteiro, aquele membro grande, duro se encostando em mim. 

—A Sakura, eu não vou conseguir parar. -Gemeu enquanto me beijava. 

—Não pare. -Respondi entre os beijos. Sasuke então começou a colocar para dentro, devagar, com medo de me machucar. Mas por conta do afrodisíaco não conseguia sentir uma dor horrível como sempre descreveram, eu só queria mais e mais, e não paramos nem quando o sangue saiu e manchou o lençol, não paramos quando eu gozei mais uma vez e mais uma vez e mais outra, nem quando ele gozou na primeira dentro, nem na segunda. Quando era umas cinco da manhã Sasuke me ergueu no colo pois minhas pernas já estavam bambas, me colocou na banheira e entrou junto, tomamos um banho calados, sem coragem de conversar. Começamos a nos beijar de novo e mais uma vez estávamos naquele vai e vem na banheira. Deitamos na cama molhados e sem roupa alguma, adormeci de cansaço. 

*** 

Era de manhã, e eu sentia meu corpo inteiro dolorido, Sasuke dormia com semblante tranquilo, o braço por cima da minha cintura, lembrava de quando éramos crianças e ele tirava cochilos a tarde enquanto eu desenhava alguma paisagem. O que raios eu tinha feito? O que raios tinha acontecido, olhei com ódio para a garrafa de vinho na mesa. Os Uchihas com certeza conseguiam fazer uma lua de mel acontecer. O celular do sasuke tocou com o som de uma mensagem, ele nem se mexeu, cansado. Virei e li: 

“Oi nenê, vamos repetir a meia horinha de ontem hoje, da um chapéu na sua família ai” -Ino. 

O sangue gelou, meus olhos encheram de lágrimas. A gravata desalinhada é claro. Faz todo sentindo. 

 


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Notas finais do capítulo

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