A Seleção do Herdeiro escrita por belleleal


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

TCHARAAAAAAAAAAAAAAAAAAM! Vocês pensaram que eu não ia postar capítulo?



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  – Minerva! – Uma menina, que devia ser apenas alguns anos mais velha que eu, chamou. – O que aconteceu? Elas deveriam ter sido o segundo grupo a chegar, e foram as últimas!

          Minerva sorriu carinhosamente e apenas balançou a cabeça dizendo:

          – Tivemos um pequeno contratempo, Ninfadora. Mas, não se preocupe com isso.

          — Não me chame de Ninfadora! — O tom de voz da garota era perigosamente baixo.

          Srta. McGonagall balançou a cabeça mantendo um sorriso em seus lábios. Virou-se para nós quatro e disse:
          Foi um prazer conhecê-las, senhoritas. – Ela nos saudou, inclinando a cabeça. – Agora, vou deixá-las aos cuidados da Sra. Lupin, certo?! Espero ter a chance de conhecer cada uma de vocês durante sua estadia no palácio.

          Com isso, ela saiu de perto de nós e foi ao encontro de um homem alto e barbudo, para começarem a andar escada acima.

          – É um prazer conhecer vocês, meninas! Eu serei assistente de Minerva durante as lições preparatórias de vocês. – Sorriu s Sra. Lupin. – Agora, me sigam, por favor! Vou explicar o cronograma de hoje enquanto caminhamos.

          Ela virou de costas e começou a andar, fazendo um gesto com a mão para a acompanharmos, iniciando uma faladeira sem fim sobre o palácio e o que estaríamos fazendo em nosso primeiro dia ali.

          De acordo com ela, passaríamos por uma transformação com profissionais de beleza bastante capacitados e faríamos fotos antes e depois do processo. Além disso, estaríamos realizando uma entrevista com o próprio Gavril Fadaye, sobre as mudanças em nossa aparência e nossas expectativas para a Seleção.

O que me deixou apreensiva.

E se eu falasse alguma besteira muito grande, me envergonhasse até a próxima vida e fosse expulsa antes da primeira semana acabar?

          Não fui capaz de dar continuidade aos meus pensamentos, já que, a cada passo que eu ousava dar, meus olhos brilhavam como nunca o tinham feito, me distraindo de tudo.

O palácio era, simplesmente, o lugar mais magnífico que eu já havia visto em toda a minha vida. Suas enormes janelas de vidro mostravam um jardim cheio das mais diversas cores que tirou meu fôlego; as paredes, pintadas de cores claras e delicadas, eram repletas de quadros bem trabalhados; haviam inúmeros arranjos de flores por metro quadrado.

Eu só podia estar sonhando...

Senti alguém entrelaçar o braço no meu, fazendo com que eu virasse minha cabeça e desse uma risada sutil ao ver a clara empolgação de Pansy.

          – Ai, Mi! – Ela suspirou com um sorriso enorme em seus lábios. – Isso aqui é sensacional! Nunca vi tanta coisa linda em um único lugar.

          – Eu sei! – Concordei. – Você viu aquele jardim?

          – Ah, Hermione! – Pansy deu um leve tapinha em meu braço, e murmurou. – Eu estava falando dos guardas...

          – Pansy! – Repreendi. – Deixa de ser assanhada! Se alguém te ouvir falando isso, vão te enxotar na mesma hora.

          Minhas amiga apenas balançou a cabeça com uma expressão divertida e continuou comentando cada pedaço do palácio que passávamos.

          – Ok, ok, ok! – Sra. Lupin parou de andar quando alcançamos uma sala com suas portas duplas (extremamente altas) fechadas. – Aqui, é o Salão das Mulheres, onde nenhum homem, nem mesmo o Rei e o Príncipe, podem entrar sem um pedido oficial da Rainha. Será o local onde vocês passarão boa parte de seus dias. Tem de tudo aí dentro. Tenho certeza de que vão amar!

          Dois guardas abriram as grandes portas, nos dando a visão de uma sala gigantesca e bem decorada, onde havia uma movimentação louca de pessoas indo de um lado para o outro.

          Adentramos o cômodo e notamos a loucura ali dentro: criadas iam e voltavam carregando uma infinidade de coisas, algumas pessoas passavam rapidamente empurrando araras cheias de vestidos, o barulho de secadores de cabelo preenchia o local.

          – Cada uma de vocês será preparada em uma estação diferente. – Ela disse apontando para pequenos cubículos que carregavam um número no topo. – Lady Daphne, sua estação é a 6. Lady Apolline, você vai para a estação 7. Podem ir logo! Giulia e Mary vão encaminhá-las até lá.

Duas criadas sorridentes apareceram e pediram que Daphne e Apolline as seguissem. Quando as duas saíram do nosso campo de visão, Sra. Lupin passou algumas folhas na prancheta que carregava nos braços e continuou:

— Lady Hermione, na... Deixa eu ver onde... Aqui! Sua estação é a 9. E, Lady Pansy vai para a 8.

Com isso, ela nos deu um sorriso e nos acompanhou até nossas estações, que eram lado a lado. Quando chegamos lá, ela chamou alguns nomes e, logo um quarteto de pessoas apareceu.

— Esses serão os responsáveis pela transformação de cada uma. – Explicou. – Se despeçam, pois só poderão ver uma a outra daqui a algumas horas.

Depois que ela saiu, Pansy olhou para mim com uma falsa cara de tristeza. Fingi que chorava e nos abraçamos.

— Não se demore, Mi. – Minha amiga disse, com um tom de voz dramático. – Sentirei eternas saudades, ó, amor de minha vida.

Dei uma gargalhada, assim como o time de profissionais que nos assistiam encantados.

— Eu também vou sentir saudades. – Eu assenti e a soltei de meu abraço. – Agora, chega de drama e vamos ao trabalho. Alguma coisa me diz que o dia de hoje vai ser bem longo.

Realmente eu estava certa: o dia foi bem longo mesmo.

Depois do nosso teatro, Pansy e eu nos dirigimos aos nossos cubículos com nossas equipes de beleza.

          Nikki, a estilista; Ângelo, o maquiador; e Pierre, o cabeleireiro, eram um verdadeiro time. Sabiam trabalhar em conjunto, um auxiliando o outro e em sincronia.

          Eles usaram inúmeros produtos em meu cabelo e, quando estavam prestes a aplicar uma loção na minha pele com (o que eles disseram) a essência favorita do príncipe, baunilha, eu não permiti.

          Mia cara... Meu maquiador estava prestes a começar uma faladeira sem fim em italiano, mas eu chamei sua atenção.

          – Por favor, Ângelo! – Pedi.

Os três se calaram com minhas palavras com expressões curiosas e confusas estampadas em seus rostos.

— E o que a mademoiselle sugere? – Quis saber um Pierre sorridente, olhando para mim através do espelho da penteadeira.

— Posso ver nossas opções? – Perguntei, apreensiva.

Ângelo se apressou em pegar uma pequena cesta com todos os tipos de cremes e perfumes, para que eu pudesse sentir o cheirinho de cada um.

Testei um por um, sentindo as essências deliciosas, que, ainda assim, não conseguiam me dar o feeling de ter encontrado uma que desse certo para mim.

Foi, então, que meus olhos pousaram em um frasco rosa e florido, o qual chamou minha atenção. Abri a tampa do mesmo e, finalmente, achei o the one.

Uma essência floral, cítrica e, ao mesmo tempo, docinha invadiu meu olfato.

— É esse aqui! – Apontei para o pequeno vidro.

— Você tem certeza, senhorita? – Nikki questionou, parecendo preocupada.

— Sim. – Afirmei. – Eu sei que baunilha é o cheiro favorito dele. Mas, eu não quero ser só mais uma garota com um perfume doce. Eu quero ser diferente... Quero uma coisa que seja só minha, sabe?!

Eles estavam prestes a dizer alguma coisa quando seus olhos se arregalaram e uma voz suave, divertida e desconhecida soou em minha estação:

— Fico feliz de ter encontrado alguém com cérebro por aqui...

— Alteza... – Eles fizeram uma reverência.

Girei minha cabeça até encontrar a pessoa que falava.

A Princesa Luna Malfoy conseguia ser ainda mais graciosa ao vivo.

Seus olhos eram azuis e profundos; os cabelos possuíam um tom de loiro tão claro quanto os do irmão; a pele era branquinha, deixando a garota com um aspecto angelical; e seu sorriso era meigo, o que me fez gostar dela no minuto em que a vi.

— Olá, Alteza. – Levantei de meu lugar e imitei minha equipe de beleza.

— Não se dê ao trabalho, Lady Hermione! – Ela riu. – Você pode ser a minha nova irmã daqui a alguns meses... Por favor, sem formalidades.

Arregalei os olhos ao ouvir a Princesa de Illéa falar (e saber!) meu nome e ser tão simpática. Abri um sorriso tímido, porém, sincero.

— Já que estamos ignorando as formalidades, por favor, me chame de Hermione.

A garota pareceu bastante satisfeita ao ouvir minhas palavras e se aproximou, puxando a cadeira ao lado da minha e se sentando na mesma.

— Então, eu me sinto no dever de pedir que me chame de Luna. – Ela disse. – É um prazer conhecer a garota que tirou o fôlego do meu irmão.

Franzi as sobrancelhas ficando, extremamente, confusa com o que fora dito.

— Igualmente, Luna. – Inclinei minha cabeça. –Mas, como assim? Eu ainda não conheci o Príncipe...

Luna balançou a cabeça e falou baixinho:

— Essa é uma história para outro dia. – Segurou o frasco do perfume que eu havia escolhido, com um olhar, aparentemente, orgulhoso.

Continuou ao devolver o perfume para a mesa:

­– Você é diferente... Sua personalidade é, obviamente, forte; tem princípios, e não se deixa levar por aquilo que os outros esperam. – Ela segurou uma de minhas mãos. – Minha mãe costuma dizer que, uma boa rainha precisa ser decidida. Eu acredito que você seja assim.

Fiquei sem fala e senti meu rosto esquentar. Ela deu uma gargalhada, descansou as costas na cadeira e seguiu falando:

— Desde o momento em que a Seleção de Draco foi anunciada, mamãe vem dizendo que precisamos de alguém para domá-lo. – Ela fechou os olhos e manteve seu sorriso. – Eu acho que ela tem razão! Ele, ou melhor, nós precisamos de alguém que seja capaz de desafiá-lo, que ande lado a lado com ele e que, pelo amor de Deus, não aja como se fosse inferior ao meu irmão.

— Luna... – Eu franzi as sobrancelhas suavemente. – Por que você está me contando tudo isso?

A princesa suspirou:

— Você não é como as outras, Hermione. – Revelou. – Além de ter escutado o que aconteceu no aeroporto, eu passei em quase todas as estações e só encontrei meninas tentando se moldar até atenderem aos padrões que são sugeridos. E, eu preciso dizer, você foi a única que me tratou como uma pessoa de verdade. Isso revela muito quem você é. São nos detalhes que percebemos a verdadeira índole de cada pessoa.

Ri baixinho, dizendo:

— Você é uma pessoa de verdade, Luna. – Sacudi minha cabeça ao constatar o óbvio. – Pelo menos, eu imagino que esteja vendo corretamente. Mas, não posso confiar muito na minha visão. Sou ligeiramente míope.

— Está vendo? É exatamente disso que estou falando!

Ela gesticulou com as mãos várias vezes, como se tentasse achar as palavras corretas:

— Todas aquelas garotas estavam agindo como se eu fosse uma deusa ou coisa do tipo. Além de... Argh! Que coisa chata! Além de ficarem me enchendo de elogios vazios e perguntando inúmeras coisas sobre a peste do Draco.

Luna se calou por alguns segundos e, aproveitei o momento curto de silêncio para falar:

— Se você não se importar, gostaria de ser sua amiga...

Suas sobrancelhas se ergueram em completa surpresa.

— Quero dizer, boa parte dessas meninas não querem fazer amizade com ninguém. Não quero passar por essa experiência completamente sozinha.  – Suspirei. – Entende o que quero dizer? É claro que, se você achar que é melhor não, eu não ficarei magoada ou...

AH, HERMIONE! — Ela me envolveu num abraço apertado. – É claro que eu topo!

Ângelo pigarreou e, murmurou, apreensivo:

­­– Alteza, precisamos dar continuidade ao tratamento de Lady Hermione...

— Ah, sim! – A princesa me soltou. – Desculpa. Acabei me empolgando demais.

— Percebi... – Concordei. – Mas, se não houver problema, eu acho que você deveria ficar aqui, Luna. Eu sou um pouco perdida nesses assuntos. Não me incomodaria com uma ajudinha extra...

Ela assentiu, completamente, empolgada, bateu palmas apressadas e disse em tom de voz elevado:

— Então, mãos à obra, time!

Depois da chegada de Luna, não vi meu reflexo.

Pierre trabalhou minhas mexas com uma habilidade fora do comum. Ângelo usava mil e um produtos em minha pele. E, Nikki, que estava no canto da minha estação, atrás de uma cortina, saiu de seu esconderijo com uma capa preta com o que eu imaginava ser minha roupa.

Meu time me obrigou a fechar os olhos para colocar meu vestido. Eu não gostei da ideia, mas eles estavam sendo tão maravilhosos comigo... Acabei cedendo.

De repente, todos pararam o que estavam fazendo quando Ângelo exclamou:

Mio Dio, bambina!— Ele bateu palmas.

— Ah, amiga... – Os olhos de Luna lacrimejaram.

               – O que foi?— Questionei já preocupada, à procura de um espelho. – Tem algo de errado comigo?

          — Não, mia cara... – Ângelo sorria como um bobo.

          – Então, por que você estão me olhando assim?

          – Mi... – Minha nova amiga colocou suas mãos em meus ombros, fixando seus olhos nos meus. – Você está parecendo uma princesa!

          Nikki pediu para eu abrir meus olhos e foi quando eu prendi a respiração no momento em que vi meu reflexo no espelho da penteadeira.

          Meu vestido era a coisa mais preciosa que eu já havia visto em toda a minha vida: não tinha mangas, mas, sim, alças finas e delicadas; o corpete era justo e, na altura de minha cintura, sua saia que era solta e longa, se abria com leveza, ficando a dois centímetros do chão (graças aos sapatos de salto beges de 15cm que Luna me forçara a usar), e... Ah, Deus... O tecido era rendado e sua cor podia ser comparada a uma pedra de topázio.

A parte frontal de meu cabelo estava presa em uma trança que Pierre apelidava de “trança tiara”. Minha maquiagem, depois de muita argumentação com meu time de beleza (e Luna!), era leve e delicada; minhas pálpebras estavam cobertas de tons claros de rosa e de detalhes em um branco, levemente, perolado; meu rosto estava completamente uniformizado, sem as olheiras causadas por minhas poucas horas de sono e com as bochechas coradas de maneira natural; e, em meus lábios, optamos por não usar batom algum, colocando, em seu lugar, um produto que Ângelo chamou de liptint.

          Luna não podia estar mais certa.

Não só porque, sim, eu realmente parecia uma princesa. Mas, porque, acima de tudo, eu me sentia como uma.

Gina daria tudo para me ver assim..., pensei com um sorriso melancólico mas, ao mesmo tempo, contente.

Completamente concentrada em meu reflexo, sem acreditar que aquela garota ali, parada diante daquele espelho, era a mesma que havia saído de Carolina.

— Olá, meus queridos. Está tudo indo bem por aqui?

Uma voz doce soou ao meu lado.

Quase caí dura e de bunda no chão quando vi a figura da Rainha Narcissa, com um sorriso carinhoso nos lábios, diante de mim.

Ela era tão... Tão elegante. Tinha um aspecto poderoso, de um jeito que era admirável. Sua postura era, sem dúvidas, digna de uma rainha. E, se, por alguma obra do destino (e, eu esperava que o dito cujo não resolvesse me pregar peças), eu me tornasse a próxima rainha de Illéa, gostaria de ser como ela. Forte e sensível.

— Majestade... – Meu time e eu fizemos uma reverência.

— Posso lhe afirmar que está tudo ótimo aqui. – Sorri.

— Mamãe! – Luna exclamou. – Ela não está linda?

A rainha deu uma sutil risada com a empolgação da filha e passou uma mão pelos cabelos da princesa, dizendo:

— Sim, meu amor. – E, olhando para mim ao assentir a cabeça em sinal de aprovação, ela acrescentou. – Lady Hermione está, isso é certo, digna de uma verdadeira princesa.

          – Ah, Majestade... – Imaginei que minhas bochechas estivessem vermelhas. E, não por causa do blush. – Muito obrigada. A senhora está linda como sempre. Mas, por favor, me chame de Hermione.

          Ela deu um sorriso meigo, dizendo:

          – Pois bem, acho que Luna está mais do que apta para lhe fazer companhia, Hermione. – E, com uma piscadela, a Rainha nos deixou, me presenteando com pensamentos sobre o que o futuro me guardava.

          Abri a porta de meu quarto acompanhada de Luna e o ar me faltou mais uma vez naquele dia. Eu nunca havia visto algo tão grande e majestoso na minha vida...

          O teto era alto e as paredes estavam recobertas com um lindo papel de parede florido. Havia duas enormes portas abertas no final do cômodo que, além de darem acesso à uma varanda, permitiam que uma brisa suave soprasse.

Sobre a cama queen size, uma colcha em tons claros de azul estava disposta e, o detalhe que mais me chamou a atenção: o piano à frente das janelas de vidro que estavam cobertas pela cortina branca.

          – Eu não acredito que tem um piano... – Pisquei várias vezes. – No meu quarto!

          Luna olhava para mim com uma expressão divertida:

          – Luna...

          – Sim, Mi?

          – Tem um piano aqui.

          A princesa deu uma gargalhada gostosa e pediu:

          – Toque para nós, Hermione!

          – Para nós...? – Indaguei virando meu corpo de frente para a porta do quarto.

Até o momento, acho que fiquei chocada demais com a presença do piano na minha frente para perceber que três garotas, duas delas idênticas, que (eu supus) serem gêmeas e uma loira de olhos escuros.

— Ah, meu Deus! – A loira arregalou os olhos e estava à beira das lágrimas. – Alteza... Lady Hermione... Nos perdoem por esse atraso, por favor.

— Não se preocupe, Lilá! – Luna fez um aceno bem despreocupado com a mão. – Nós acabamos de chegar.

Olhei para elas, bastante curiosa. Uma das irmãs, que tinha longos cabelos negros, ao notar minha expressão de dúvida, se apressou em dizer:

— É um prazer conhecê-la, Lady Hermione. – Sorriu. – Meu nome é Parvati. Essa é minha irmã, Padma. E a loira se chama Lilá. Somos suas criadas!

— Oi, meninas! – Eu caminhei até as três e as envolvi num abraço em grupo. – Estou muito feliz por conhecer vocês, também. Mas, vamos começar com a primeira regra...

Elas se entreolharam. Continuei:

— Sem essa história de Lady comigo. Meu nome é Hermione. Então, vocês podem me chamar de qualquer coisa. Contanto que não tenha um Lady na frente, tá bem?

— Tudo bem, La...Hermione .

— Regra número dois: Eu quero ser amiga de vocês. Então, eu sugiro que a gente passe o resto do dia conversando. Que tal?

Sorrisos largos se instalaram nos rostos das três, que balançaram a cabeça confirmando.

— SIM! – Foi Luna quem respondeu. – Mamãe me deu uma folga das mil e uma coisas que tenho para fazer. Disse para eu relaxar e tentar fazer amizade com a minha futura/possível cunhada.

Senti as minhas bochechas pegando fogo. Mas, não falei nada.

Não poderia simplesmente dizer à irmã do príncipe que eu só estava ali para tentar ajudar com as contas de casa. Eu seria, no mínimo, enxotada!

— Certo. – Dei um sorriso amarelo. – Quem começa?

— Primeiro, você vai tocar esse piano para a gente. E, depois... Nós conversamos! – Lilá falou enquanto sentava no chão, ao lado do piano.

— Então... Vamos lá, né?!


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