Thema Nr1 escrita por Berka


Capítulo 15
Era pra ser divertido.


Notas iniciais do capítulo

Fiscalização;
Fuga;
Retorno.



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Acordei com um cutucão no ombro.

- Tom, acorda... - Bill falou calmamente já com a roupa trocada.

- Que horas são? - resmunguei esfregando os olhos. Não consegui dormir pensando nela.

- Oito. Estão chamando todos no saguão pra tomar café e começar as atividades... Tô pregado. - ele bucejou sonolento e esfregou o cabelo calmamente.

- Já vou levantar. - virei-me e voltei a me cobrir.

- Não quer ver Kris logo? - ele riu abafado e virou-se em direção a porta do dormitório. Claro!

Levantei num pulo e troquei de roupa rapidamente. Fui ao banheiro fazer minha higiene pessoal e corri para o saguão encontrar Bill e as garotas.

- Bom dia coisas mais lindas! - sorri e acenei para Kate e Bill que estavam abraçados, juntos de Kris, que estava com uma calça jeans justa, All Star e uma blusa de manga comprida. - Oi Kris. - beijei sua bochecha.

- Oi Tom. - ela sorriu e abraçou meu braço, encostando a cabeça em meu ombro.

- Tá com frio? - ela tremia.

- Não muito. - Kate revirou os olhos com a resposta.

- Falei pra ela colocar um casaco. Tá frio hoje. - Kate sorriu e aconchegou-se mais nos braços de Bill.

- Ela não precisa de casaco quando se tem o Tom Kaulitz ao lado, minha cara! - ri e agarrei Kris num abraço apertado.

- Okay, gente. Vou lá buscar comida. O que vocês querem? - Bill levantou-se e deu um beijo na testa de Kate.

- Bolo de chocolate. - Kris e Kate falaram juntas.

- Então vou buscar o chocolate quente. Esperem aí. - levantei e fui em direção à mesa de bebidas.

Não havia nada de errado. Aparentemente não tivemos problemas até então. O que será que Jeny vai fazer?

- Tom Kaulitz. - a voz rouca da professora soou perto do meu ouvido. - Podemos conversar? - Ferrou. Agora se foi. Já era.

- Claro, professora. - eu gelei.

- Você e seu irmão estão sabendo das regras. Não pode namorar em ambiente escolar ou viagens feitas com a escola. Acho melhor obedecerem ou voltaram para casa, certo? - ela me encarou séria.

- Tudo bem. Desculpe, professora. - senti um alívio.

- Estamos conversados. - deu meia volta e saiu. Peguei as bebidas e fui para mesa o mais rápido possível.

Kate, Bill e Kris me encaravam pálidos.

- O que aconteceu? - Bill sussurrou

- Ela falou pra gente parar de namorar aqui, ou senão seremos mandados para casa. – bufei.

- Pensei que era por causa de Jeny. – Kate me encarou.

- Não, ela não vai contar nada daquilo, ela também estava fora do dormitório. – tomei um gole do chocolate quente.

- Então acho melhor a gente obedecer à professora, porque essa chata da Jeny deva estar só esperando a hora pra nos ferrar. – Kris falou desanimada afastando-se um pouco de mim.

- Aff, minha vontade é de dar um soco na cara daquela... – Kate parou e respirou.

- Bom, agora vai ser assim. Esperar até voltarmos pra casa. Antes disso, nada de beijo. – Bill riu da situação. Ahh, não acredito nisso!

- Bom, então vamos. Hoje a noite a gente se vê. – falei olhando para Kris.

- Não, Tom! Não dá, ela vai nos dedurar! – choramingou.

- Tá, eu sei... Ok, não vou te agarrar, mas a gente pode dar uma volta, não pode? – Bill e Kate sorriram e se entreolharam.

- Claro. – ela sorriu. Lindinha...

A tarde foi cheia de coisas legais. Além de conhecermos o lugar, todos fomos esquiar. Kristin sabia ser mais desastrada que Bill, que parece uma topeira de esquis. Enfim paramos de esquiar, ou tentar, e fomos até os quartos trocar de roupa. Hoje a noite iríamos assistir filme no saguão.

- Tom! - Kris apareceu na porta do dormitório masculino pra me esperar pro filme.

- Oi pequena... - peguei meu edredom preto colocando sobre meu ombro e aproximei-me de Kris.

- A Jeny á lá no saguão. - ela riu marotamente.

- E dai? - perguntei sem entender.

- Ela não está aqui. Não pode nos ver. - sorriu mais uma vez. Pervertida!

- Humm, então será que posso beijar uma garota linda que está bem em minha frente? - ri e puxei-a pela cintura colando nossos corpos.

- O que está esperando? - ela riu. Não demorei a colar nossos lábios intensamente, sentir sua língua macia passeando pela minha boca, apreciar o sabor de seu beijo. Ela sorriu sem separar nossos lábios e tentou separar-se de mim, mas fui mais forte e a agarrei ainda mais forte.

- Último beijo. - pedi com um sorriso de canto.

- Tá. - ela me deu um selinho e correu pelo corredor fugindo de mim.

- Volta aqui, sua pestinha! - gargalhei e saí correndo atrás dela até o saguão.

Muita gente estava lá, todos enrolados em cobertores e sentados no chão lado a- ado. Bill e Kate dividiam um com o máximo de discrição possível, assim como Kris e eu faríamos. Mesmo com uma certa distância, ainda podíamos tocar um ao outro. Toquei delicadamente minha mão em sua perna, fazendo com que ela me encarasse assustada. Kris, você não sabe o quanto mexe comigo. Tirei a mão de onde estava e segurei as suas, como se pedisse desculpas. Obviamente ela aceitou. Passamos a noite trocando carícias de baixo dos olhos atentos de Jeny e da professora.

Logo depois do filme e da janta, todos foram para os dormitórios. Ou pelo menos deveriam ter ido. Saí em direção o quarto de Kristin o mais rápido que pude, só esperei todos pegarem no sono. Adentrei o cômodo já escuro com vários sons de garotas dormindo profundamente. Cheguei mais perto da cama da minha pequena. Encolhidinha, enrolada em um edredom vermelho estampado com caveirinhas. A cara dela.

- Kris... - sussurrei o mais baixo que pude para não ser notado pelas outras a nossa volta. Ela fica uma gracinha dormindo. - Acorde, lindinha... - sentei-me ao seu lado e acariciei seu rosto.

- Tom? - Kris sussurrou com a voz macia pelo sono. - O que você está fazendo aqui? - Compras, não tá vendo?

- Vim te ver, oras! Sinto sua falta. - suspirei e dei um selinho em seus pequenos lábios.

- É perigoso! Vai que Jeny nos escute? - ela falou aflita.

- Tudo bem, vou voltar pro meu quarto. Você não me quer mesmo... - fiz biquinho.

- Ahh, nem vem! Eu tô louca pra você ficar aqui e a gente dormir juntos, mas não dá! - ela sentou-se e ajeitou seu cabelo delicadamente. - Além do mais, é melhor você ficar um tempinho longe de mim. Anda muito apressadinho... - ela riu me encarando e me roubou um beijo rápido.

- Tudo bem, já vou. - revirei os olhos. - Boa noite, sua chata. - mostrei a língua.

- Boa noite, seu chato. - falou sorrindo lindamente. Tão perfeita que não pude levantar sem antes provar de seus lábios. Segurei seu queixo e com a outra mão coloquei uma mecha de cabelo atrás de sua orelha.

- Te amo. - levantei-me e me arrastei em direção a porta.

- Eu também. - ouvi sua voz abafada quando estava saindo.

Voltei à minha cama e me aconcheguei no edredom com o perfume de Kris. Era o início de uma viagem infernal. Uma semana sem poder agarrar Kris a hora que eu quiser. Saco!

A viagem não tinha a mesma graça de antes. A Professora me encarava a cada vez que eu me aproximava de Kristin, o que realmente dificultava nossos encontros. Jeny não parava de desfilar com Matt pelo saguão como se quisesse que eu sentisse ciúmes. Agia como uma idiota e sempre esbarrava em mim. Kate e Bill estavam desanimados também, pois a professora passara a vigiá-los tanto quando eu e Kris. Não demorou muito para voltarmos para casa. Digamos que não foi a melhor experiência, mas Kris morava ao lado e lá ninguém poderia nos impedir de nos vermos.

Desci do ônibus encarando o colégio em ambiente quase deserto, exceto pelo guarda noturno que fazia a ronda. Todos os pais esperavam por seus filhos do lado de fora, aguardando por novidades, abraços e fotos. Como era de costume, Gordon aguardava sorrindo do lado do carro a nossa chegada. Acenei para Kris e chamei Bill para irmos embora.

- Bill, Gordon já chegou. Vamos sua lesma! - ri colocando minha mala e o edredom no porta-malas.

- Ahh, Tom! Me ajuda! Tá caindo tudo! - gritou se equilibrando com milhares de bolsas, edredom e sua mochila nos braços.

- Quem manda trazer todas as suas maquiagens? - puxei parte da bagagem e coloquei junto das minhas.

- Tom, entenda uma coisa. Eu sou divo, você não. - riu e sentou-se no banco de trás.

- Tá, tá... Tudo bem. Vamos logo que eu tô morrendo de sono. - entrei no carro. - Boa noite, Gordon!

- Olá! Como foi a viagem? - ele falou animadamente e deu partida no carro em direção à casa.

- Er, boa... - o magrelo bocejou e deitou-se no banco de trás.

- Nossa, que desânimo! - riu e continuou a dirigir silenciosamente.


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Notas finais do capítulo

Professora tirana D:



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