Thema Nr1 escrita por Berka
Notas iniciais do capítulo
Fiscalização;
Fuga;
Retorno.
Acordei com um cutucão no ombro.
- Tom, acorda... - Bill falou calmamente já com a roupa trocada.
- Que horas são? - resmunguei esfregando os olhos. Não consegui dormir pensando nela.
- Oito. Estão chamando todos no saguão pra tomar café e começar as atividades... Tô pregado. - ele bucejou sonolento e esfregou o cabelo calmamente.
- Já vou levantar. - virei-me e voltei a me cobrir.
- Não quer ver Kris logo? - ele riu abafado e virou-se em direção a porta do dormitório. Claro!
Levantei num pulo e troquei de roupa rapidamente. Fui ao banheiro fazer minha higiene pessoal e corri para o saguão encontrar Bill e as garotas.
- Bom dia coisas mais lindas! - sorri e acenei para Kate e Bill que estavam abraçados, juntos de Kris, que estava com uma calça jeans justa, All Star e uma blusa de manga comprida. - Oi Kris. - beijei sua bochecha.
- Oi Tom. - ela sorriu e abraçou meu braço, encostando a cabeça em meu ombro.
- Tá com frio? - ela tremia.
- Não muito. - Kate revirou os olhos com a resposta.
- Falei pra ela colocar um casaco. Tá frio hoje. - Kate sorriu e aconchegou-se mais nos braços de Bill.
- Ela não precisa de casaco quando se tem o Tom Kaulitz ao lado, minha cara! - ri e agarrei Kris num abraço apertado.
- Okay, gente. Vou lá buscar comida. O que vocês querem? - Bill levantou-se e deu um beijo na testa de Kate.
- Bolo de chocolate. - Kris e Kate falaram juntas.
- Então vou buscar o chocolate quente. Esperem aí. - levantei e fui em direção à mesa de bebidas.
Não havia nada de errado. Aparentemente não tivemos problemas até então. O que será que Jeny vai fazer?
- Tom Kaulitz. - a voz rouca da professora soou perto do meu ouvido. - Podemos conversar? - Ferrou. Agora se foi. Já era.
- Claro, professora. - eu gelei.
- Você e seu irmão estão sabendo das regras. Não pode namorar em ambiente escolar ou viagens feitas com a escola. Acho melhor obedecerem ou voltaram para casa, certo? - ela me encarou séria.
- Tudo bem. Desculpe, professora. - senti um alívio.
- Estamos conversados. - deu meia volta e saiu. Peguei as bebidas e fui para mesa o mais rápido possível.
Kate, Bill e Kris me encaravam pálidos.
- O que aconteceu? - Bill sussurrou
- Ela falou pra gente parar de namorar aqui, ou senão seremos mandados para casa. – bufei.
- Pensei que era por causa de Jeny. – Kate me encarou.
- Não, ela não vai contar nada daquilo, ela também estava fora do dormitório. – tomei um gole do chocolate quente.
- Então acho melhor a gente obedecer à professora, porque essa chata da Jeny deva estar só esperando a hora pra nos ferrar. – Kris falou desanimada afastando-se um pouco de mim.
- Aff, minha vontade é de dar um soco na cara daquela... – Kate parou e respirou.
- Bom, agora vai ser assim. Esperar até voltarmos pra casa. Antes disso, nada de beijo. – Bill riu da situação. Ahh, não acredito nisso!
- Bom, então vamos. Hoje a noite a gente se vê. – falei olhando para Kris.
- Não, Tom! Não dá, ela vai nos dedurar! – choramingou.
- Tá, eu sei... Ok, não vou te agarrar, mas a gente pode dar uma volta, não pode? – Bill e Kate sorriram e se entreolharam.
- Claro. – ela sorriu. Lindinha...
A tarde foi cheia de coisas legais. Além de conhecermos o lugar, todos fomos esquiar. Kristin sabia ser mais desastrada que Bill, que parece uma topeira de esquis. Enfim paramos de esquiar, ou tentar, e fomos até os quartos trocar de roupa. Hoje a noite iríamos assistir filme no saguão.
- Tom! - Kris apareceu na porta do dormitório masculino pra me esperar pro filme.
- Oi pequena... - peguei meu edredom preto colocando sobre meu ombro e aproximei-me de Kris.
- A Jeny á lá no saguão. - ela riu marotamente.
- E dai? - perguntei sem entender.
- Ela não está aqui. Não pode nos ver. - sorriu mais uma vez. Pervertida!
- Humm, então será que posso beijar uma garota linda que está bem em minha frente? - ri e puxei-a pela cintura colando nossos corpos.
- O que está esperando? - ela riu. Não demorei a colar nossos lábios intensamente, sentir sua língua macia passeando pela minha boca, apreciar o sabor de seu beijo. Ela sorriu sem separar nossos lábios e tentou separar-se de mim, mas fui mais forte e a agarrei ainda mais forte.
- Último beijo. - pedi com um sorriso de canto.
- Tá. - ela me deu um selinho e correu pelo corredor fugindo de mim.
- Volta aqui, sua pestinha! - gargalhei e saí correndo atrás dela até o saguão.
Muita gente estava lá, todos enrolados em cobertores e sentados no chão lado a- ado. Bill e Kate dividiam um com o máximo de discrição possível, assim como Kris e eu faríamos. Mesmo com uma certa distância, ainda podíamos tocar um ao outro. Toquei delicadamente minha mão em sua perna, fazendo com que ela me encarasse assustada. Kris, você não sabe o quanto mexe comigo. Tirei a mão de onde estava e segurei as suas, como se pedisse desculpas. Obviamente ela aceitou. Passamos a noite trocando carícias de baixo dos olhos atentos de Jeny e da professora.
Logo depois do filme e da janta, todos foram para os dormitórios. Ou pelo menos deveriam ter ido. Saí em direção o quarto de Kristin o mais rápido que pude, só esperei todos pegarem no sono. Adentrei o cômodo já escuro com vários sons de garotas dormindo profundamente. Cheguei mais perto da cama da minha pequena. Encolhidinha, enrolada em um edredom vermelho estampado com caveirinhas. A cara dela.
- Kris... - sussurrei o mais baixo que pude para não ser notado pelas outras a nossa volta. Ela fica uma gracinha dormindo. - Acorde, lindinha... - sentei-me ao seu lado e acariciei seu rosto.
- Tom? - Kris sussurrou com a voz macia pelo sono. - O que você está fazendo aqui? - Compras, não tá vendo?
- Vim te ver, oras! Sinto sua falta. - suspirei e dei um selinho em seus pequenos lábios.
- É perigoso! Vai que Jeny nos escute? - ela falou aflita.
- Tudo bem, vou voltar pro meu quarto. Você não me quer mesmo... - fiz biquinho.
- Ahh, nem vem! Eu tô louca pra você ficar aqui e a gente dormir juntos, mas não dá! - ela sentou-se e ajeitou seu cabelo delicadamente. - Além do mais, é melhor você ficar um tempinho longe de mim. Anda muito apressadinho... - ela riu me encarando e me roubou um beijo rápido.
- Tudo bem, já vou. - revirei os olhos. - Boa noite, sua chata. - mostrei a língua.
- Boa noite, seu chato. - falou sorrindo lindamente. Tão perfeita que não pude levantar sem antes provar de seus lábios. Segurei seu queixo e com a outra mão coloquei uma mecha de cabelo atrás de sua orelha.
- Te amo. - levantei-me e me arrastei em direção a porta.
- Eu também. - ouvi sua voz abafada quando estava saindo.
Voltei à minha cama e me aconcheguei no edredom com o perfume de Kris. Era o início de uma viagem infernal. Uma semana sem poder agarrar Kris a hora que eu quiser. Saco!
A viagem não tinha a mesma graça de antes. A Professora me encarava a cada vez que eu me aproximava de Kristin, o que realmente dificultava nossos encontros. Jeny não parava de desfilar com Matt pelo saguão como se quisesse que eu sentisse ciúmes. Agia como uma idiota e sempre esbarrava em mim. Kate e Bill estavam desanimados também, pois a professora passara a vigiá-los tanto quando eu e Kris. Não demorou muito para voltarmos para casa. Digamos que não foi a melhor experiência, mas Kris morava ao lado e lá ninguém poderia nos impedir de nos vermos.
Desci do ônibus encarando o colégio em ambiente quase deserto, exceto pelo guarda noturno que fazia a ronda. Todos os pais esperavam por seus filhos do lado de fora, aguardando por novidades, abraços e fotos. Como era de costume, Gordon aguardava sorrindo do lado do carro a nossa chegada. Acenei para Kris e chamei Bill para irmos embora.
- Bill, Gordon já chegou. Vamos sua lesma! - ri colocando minha mala e o edredom no porta-malas.
- Ahh, Tom! Me ajuda! Tá caindo tudo! - gritou se equilibrando com milhares de bolsas, edredom e sua mochila nos braços.
- Quem manda trazer todas as suas maquiagens? - puxei parte da bagagem e coloquei junto das minhas.
- Tom, entenda uma coisa. Eu sou divo, você não. - riu e sentou-se no banco de trás.
- Tá, tá... Tudo bem. Vamos logo que eu tô morrendo de sono. - entrei no carro. - Boa noite, Gordon!
- Olá! Como foi a viagem? - ele falou animadamente e deu partida no carro em direção à casa.
- Er, boa... - o magrelo bocejou e deitou-se no banco de trás.
- Nossa, que desânimo! - riu e continuou a dirigir silenciosamente.
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Professora tirana D: