Theodor mal conseguia conter sua empolgação, sua mãe, Tiana, sorria mostrando está tão empolgada quanto o filho.

— Se algo acontecer, não hesite em ligar. — quem dera a sentença fora seu pai, Naveen, o único na pequena família que se mostrava apreensivo com a partida de, até o momento seu único filho.

— Ora querido, — Tiana alisou a barriga saliente da segunda gravidez. — não se preocupe, Theo sabe se cuidar, aprendera tudo que precisa comigo! — sorriu, beijando a bochecha quente do filho.

Theo sorriu envergonhado, abraçando os pais e dizendo que os amavas, recebendo um “estamos orgulhosos de você”. Beijou a barriga de sua mãe, dando um “até logo” para seu irmão, entrando na balsa que o levaria até o porto, onde pegaria uma limusine para sua nova escola.

Theodor tinha recém completado seus 15 anos, finalmente sendo chamado para ingressar na escola de príncipes e princesas e o nervosismo o consumia. Sua mente lhe levava ao salão do restaurante de sua mãe, onde as quinta se apresentava dançando, os moradores da pequena ilha sempre lhe aplaudiam e elogiavam e isso o deixava leve e relaxado. Gostava da forma como não o tratavam como divindade ou algo do tipo, apenas alguém normal e que se divertia em um salão de restaurante.

Fora despertado para a realidade com a voz do motorista da limusine, sorriu, descendo da balsa e entrando no carro, lá mais dois garotos já se encontravam em uma conversa calma e sorriram quando lhe viram.

— Olá, me chamo Bertoldo, filho da Branca de Neve — o sorriso pequeno e gengival fez as bochechas de Theo esquentarem, o garoto era tão belo quanto sua mãe, sempre a via apresentado os melhores programas na TV.

— Sou Ravi, filho da Rapunzel — o outro garoto também sorria, parecia animado e energético, Theodor sorriu, apertando as mãos de ambos.

— Theodor, filho da princesa Tiana — falou, o orgulho despontando ao falar o nome de sua mãe. Não podia negar como amava a história de sua mãe e se orgulhava de todas as suas decisões.

— Eu amo sua mãe! — Ravi comentou, de forma animada, pronto para embarcar em um falatório, mas Bertoldo fora mais rápido.

— Eu amo a comida da sua mãe — sua fala fez todos os presentes, até o motorista (mesmo de forma discreta), rirem.

Para a sorte de Theo, embarcaram em uma conversa animada até o castelo onde a escola funcionava, foi impossível para o filho de Tiana não ficar boquiaberto com a grandeza do lugar.

— Boa sorte para nós — Ravi quebrou o silêncio assim que a porta fora aberta e a visão de Benjamin, bem arrumado e sorridente, lhe alcançaram.

O frio no estomago de Theo voltou e a vontade de voltar para o carro era gritante, mas sentiu a mão grande e quente de Ravi e sorriu envergonhado ao sentir o aperto, mas aquilo lhe trouxe um calor reconfortante em seu peito, fazendo-o levantar a cabeça e fazer uma reverência para o rei.

Porém o silêncio fora quebrado com o som de outro carro, a musica tocava alta, incomodando Theo, que não estava acostumado com outro estilo musical que não fosse o clássico e o Jazz (sendo este último o mais apreciado por si).

Quando o carro parou, assustou-se com as figuras que saíram de lá, não os reconhecia, confessava não reconhecer todos os filhos da realeza.

— Moradores da ilha — a voz sussurrada de Bertoldo atingiu seus ouvidos, franziu o cenho, encarando os garotos, e a pequena menina, que saiu do carro, assustando-se com o olhar de um deles.

Gael olhava tudo aquilo de forma entediada, Harry perecia animado demais e Gil, seu, infelizmente, meio irmão acompanhava essa animação.

— Vocês são patéticos — murmurou, deixando a pequena faca de lado, voltando seu olhar para o horizonte.

Do outro lado havia um outro mundo, todos eram felizes, tinha seus felizes para sempre sem serem interrompidos pelos terríveis vilões. Ele não tinha raiva, ele só não entendia.

— O que foi maninho, mama Gothel não cantou a música de ninar? — Gil falou, fechando os olhos enquanto ria acompanhado de Harry, porém logo os abriu, vendo a faca na altura de seus olhos, perto demais.

— Não cantou, estava ocupada demais escutando a baboseira do seu pai.

Dizzy, que fora uma das escolhidas para está ali, apenas olhava aquilo tudo com normalidade. A rivalidade entre Gael e Gil sempre esteve ali, ela só não entendia o porquê.

Ao seu lado, Fritz parecia entretido com seu Às passeando de forma graciosa por seus dedos.

— Como faz isso? — a garota questionou, não conseguindo se manter calada por tanto tempo.

— Como faço o que? — a pergunta veio em um tom de voz arrastado e até mesmo preguiçoso, a carta sumindo de seus dedos e um sorriso surgindo em seus lábios.

Olhou atento para a filha de Drizella Tremaine abrir a boca, surpresa, nunca tinha visto de fato os talentos do filho do Dr. Facilier.

— A carta! Para onde ela foi? — a animação infantil fez o sorriso maldoso tornar-se até mesmo gentil.

— É uma questão de ilusão, criança — Fritz não podia usar seus poderes, mas isso não queria dizer que ele não sabia algumas técnicas de ilusionismo.

Esticou o braço, pegando a carta que se encontrava atrás da orelha da garota que sorriu animada com aquilo.

Mas a conversa não se seguiu, o som da limusine foi ouvido e os cinco logo estavam dentro do veiculo.

O caminho foi silencioso, para a infelicidade de Dizzy, mas que logo foi distraída pela quantidade de doces que tinham ali.

Finalmente chegaram, a única garota ali parecia animada e ansiosa para rever Evie. Desceram do carro logo. Olhando para o trio recém chegado. De roupas bonitas e pomposas era evidente serem filhos das princesas.

Gael revirou os olhos, Dizzy pulava animada, Gil parecia distraído com alguma coisa e Harry fitava Mal com ódio.

— Agora que finalmente todos chegaram — Ben chamou a atenção de todos, sorrindo como se a cena lhe fosse familiar demais. — Bem vindos a Auradon!